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Propedêutica Cardiovascular

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O sangue flui do local com maior pressão para o de menor pressão. A pressão cai de forma contínua com o movimento do 
sangue para longe do coração. 
 Idade: as idades acima de 45 anos em homens e de 55 anos em mulheres são consideradas fatores de risco para 
doença coronariana, que aumenta a cada 10 anos. 
 Sexo: antes dos 60 anos, homens têm risco 1,5 a 2 vezes maior de apresentar doença coronariana ou acidente vascular 
cerebral (AVC) em comparação às mulheres, mas o risco cardiovascular no sexo feminino aumenta rapidamente com o 
avançar da idade e, aos 80 anos, é igual em ambos os sexos. 
 Etnia: a incidência de doença coronariana é igual entre indivíduos brancos e negros, mas menor em asiáticos. Por sua 
vez, a incidência de insuficiência cardíaca é 1,5 a 2 vezes maior em pacientes negros em comparação aos brancos. 
 Fatores socioeconômicos: pacientes com maior dificuldade para acesso a serviços de saúde podem apresentar 
doenças como febre reumática ou endocardite infecciosa. Várias regiões do país são endêmicas para a doença de 
Chagas, importante agente etiológico de doença cardíaca. 
 
DOR TORÁCICA: 
Diferenciar dor precordial e dor cardíaca propriamente dita. Deve-se investigar a HPMA: início, localização, intensidade, 
caráter, irradiação, duração, periodicidade, frequência, fatores de piora, fatores de melhora, ritmicidade, fatores que 
acompanham (sudorese, náuseas e vômitos). A dor cardíaca é conhecida como angina do peito (ou angina pectoris) e 
pode ser definida como um desconforto torácico associado à isquemia miocárdica. Especificamente em relação à angina 
do peito, é importante caracterizar a duração e as possíveis atividades que a desencadeiam, por serem importantes 
parâmetros na avaliação desse paciente. 
 
 
 
 
 
DISPENIA: respiração difícil. A origem da dispneia pode ser dividida em causas respiratórias e cardiovasculares. As 
dispneias de início agudo estão relacionadas com condições que devem ser diagnosticadas imediatamente, pois podem 
evoluir de forma rápida e colocar a vida do paciente em risco. As principais causas de origem cardiovascular são o 
tromboembolismo pulmonar e o edema agudo de pulmão. Outras causas são a obstrução de via aérea por corpo 
estranho, pneumotórax, hemotórax e pneumonia. Em relação às dispneias crônicas, é necessário pesquisar, durante a 
anamnese do paciente, a realização de atividade física habitual, já que a caracterização de dispneia aos esforços habituais 
depende de cada indivíduo, variando justamente de acordo com os hábitos pessoais. 
 Ortopneia: piora no decúbito (edema agudo de pulmão), pode ter como causa doenças respiratórias, como a doença 
pulmonar obstrutiva crônica, gerando um padrão diferente de dispneia. 
 Dispneia de esforço: pacientes com insuficiência cardíaca (intolerância aos exercícios). 
 Platipneia: dispneia na posição ereta, a qual é aliviada no decúbito dorsal (pericardite). 
 
PERDA TRANSITÓRIA DA CONSCIÊNCIA: 
Síncope: perda total da consciência, mas com curta duração, com perda do tônus postural seguida por recuperação 
completa ao estado mental basal, sem qualquer déficit motor. Pode ser iniciado com sensação de fraqueza, tonturas, 
sudorese e palidez ou, então, ter início súbito e sem sintomas prodrômicos. 
 
PALPITAÇÕES: “batedeira’’. As palpitações representam um transtorno do ritmo, força ou da frequência cardíaca, que 
pode acometer tanto indivíduos doentes quanto pessoas saudáveis em algumas situações específicas, como exercício 
físico ou situações de estresse emocional. Assim, é possível dividir as palpitações em três formas: as de esforço, as que 
mostram alterações do ritmo cardíaco e as que acompanham os distúrbios emocionais. Podem ter diversas causas, entre 
elas as cardíacas (p. ex.: arritmias, insuficiência cardíaca, miocardites, miocardiopatias), mais comuns, e as não cardíacas 
(hipertensão arterial, hipertireoidismo, anemia, esforço físico, emoções, síndrome do pânico e algumas substâncias 
tóxicas que variam desde medicamentos até café e outras). 
 
CIANOSE: coloração azulada da pele e das mucosas devido ao aumento da hemoglobina reduzida no sangue capilar, 
geralmente ficando aparente em concentrações acima de 4 g/dL de hemoglobina reduzida, o que reflete uma saturação 
de oxigênio na periferia de 85% ou menos e uma hipercapnia associada. Há dois tipos de cianose: 
 Cianose central: há diminuição da saturação de sangue por um shunt direito-esquerdo (ou seja, parte do sangue deixa 
de sofrer hematose por não passar pelos pulmões) ou por problema pulmonar; 
 Cianose periférica: há diminuição do aporte sanguíneo periférico devido a uma vasoconstrição periférica relacionada a 
um baixo débito cardíaco, por exposição ao frio ou devido ao fenômeno de Raynaud; 
 Cianose localizada: quando acomete só uma região do corpo; 
 Cianose generalizada: quando atinge o corpo como um todo. 
Os pacientes cianóticos também apresentam sintomas como irritabilidade, sonolência, torpor, crises convulsivas... 
 Baqueteamento digital: também chamado de unha em vidro de relógio ou dedo hipocrático, é um sinal que pode ser 
encontrado em pacientes com cianose central crônica. Trata-se de uma alteração da falange distal e do leito ungueal 
em virtude de hipóxia nessa região. 
 Fenômeno de Raynaud: reflete um exagero das respostas vasomotoras normais centrais, ou locais, ao frio ou a 
emoções. Pode ser primário ou secundário, sendo o secundário oriundo de uma insuficiência arterial das extremidades 
causada por diversas condições. 
 
PALPAÇÃO: 
Tempo de enchimento capilar (normal até 2 segundos), apertar a ponta da unha ou a parte da digital (até ficar branco). 
Ictus cordis: contração inicial do ventrículo esquerdo quando se move anteriormente e encosta na parede anterior do 
tórax, normalmente no 5° espaço intercostal, sobre a linha hemiclavicular. Mais para baixo e/ou mais para a esquerda é 
sugestivo de cardiomegalia. Mais para cima pode ser devido gestação, ascite etc. A palpação é feita com a palma da mão 
e polpas digitais. 
 
FRÊMITO CARDIOVASCULAR: correspondem à sensação tátil gerada a partir de um sopro cardíaco. Podem ser gerados 
pelo turbilhonamento do sangue quando passa por válvulas lesadas, fístulas arteriovenosas e no interior de grandes 
vasos. Podem ser divididos em sistólicos, diastólicos, sistodiastólicos e pericárdicos. A palpação é feita com a palma da 
mão. Vibrações. 
EDEMA: aumento da quantidade de líquido intersticial, proveniente do plasma sanguíneo, que, na causa cardíaca, é 
ocasionado principalmente por um quadro de insuficiência das câmaras cardíacas direitas, dificultando o retorno venoso 
e, consequentemente, gerando um aumento da pressão hidrostática nos capilares que acaba produzindo extravasamento 
do líquido para o interstício. 
 Compressão com o dedo da parte edemaciada (contra o osso), com força apenas para afundar a superfície 
levemente por 30 segundos. Caso permaneça após a retirada da pressão, gera o chamado sinal de Godet. 
PULSO: 
 
 
PULSAÇÃO DAS VEIAS JUGULARES: resulta da variação de volume nas veias jugulares durante o ciclo cardíaco (sístole e 
diástole), refletindo, assim, a dinâmica do coração direito, em que suas ondas são a expressão da mudança de pressão 
internamente às câmaras cardíacas direitas. 
INSPEÇÃO: 
Refluxo hepatojugular: aumento de 3 cm do nível da coluna venosa pulsátil das jugulares após compressão com a mão 
espalmada no quadrante superior do abdome por aumento do retorno venoso. Sua positividade indica pressão venosa 
elevada, presente, por exemplo, na insuficiência cardíaca congestiva. Deve-se lembrar que na insuficiência ventricular 
esquerda pura não há alteração da pressão venosa. 
AUSCULTA: 
 Foco aórtico: no 2° espaço intercostal, à direita do esterno (paraesternal). 
 Foco pulmonar: 2° espaço intercostal, à esquerda do esterno (paraesternal). 
 Foco aórtico acessório: 3° espaço intercostal, na borda esternal esquerda. 
 Foco tricúspide: 4° ou 5° espaço intercostal,correspondendo à base do apêndice xifoide com uma leve 
predominância para o lado esquerdo. 
 Foco mitral: 5° espaço intercostal, na linha hemiclavicular (linha que passa no meio da clavícula) esquerda. 
Corresponde ao íctus cordis ou à ponta do coração. 
 
Áreas de ausculta cardíaca. 
Área 1: mitral 
Área 2: tricúspide 
Área 3: aórtico 
Área 4: pulmonar 
Área 5: aórtico acessório 
 
 
 
 
 
 
Focos de ausculta: 
A: foco aórtico 
P: foco pulmonar 
T: foco tricúspide 
M: foco mitral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Locais de ausculta ao se realizar o inching, ou ausculta gradual. O examinador inicia a ausculta na área aórtica (1), move o 
estetoscópio lentamente para o rebordo esternal esquerdo (3) e desce em direção ao apêndice xifoide (5,6), progredindo 
até o local do íctus cordis (7). Após o inching, auscultam-se ainda outras regiões, com os focos da base com o paciente se 
inclinando para a frente (8): o rebordo esternal direito, o pescoço, a clavícula, as linhas axilares anterior, média e 
posterior e a linha escapular no dorso do indivíduo. 
 
ORIGEM DAS BULHAS CARDÍACAS: 
O que são bulhas cardíacas? 
Durante a sístole, a contração dos ventrículos gera um refluxo de sangue em direção aos átrios, contra as válvulas 
atrioventriculares, fechando-as, de forma que a cordoalha elástica do aparelho valvar e a valva fechada fazem com que o 
sangue colida contra elas e seja lançado novamente contra o ventrículo. Essa situação gera um turbilhonamento do 
sangue e uma vibração das valvas e da parede ventricular, formando ondas que viajam pelos tecidos adjacentes até a 
parede torácica, onde podem ser auscultadas pelo estetoscópio como a primeira bulha (B1), geralmente representada 
como um “tum”. 
Ao final da sístole, há o fechamento das valvas semilunares. Nesse momento, ocorre o lançamento do sangue contra a 
parede das grandes artérias e contra as paredes dos ventrículos. O turbilhonamento do sangue gerado dessa maneira 
entre a valva e a parede arterial e a valva e a parede ventricular provoca uma vibração que passa pelos tecidos adjacentes 
e pode ser auscultado como a segunda bulha (B2), representada como um “tá”. 
O que representa a 1ª bulha? 
Resultado do fechamento das valvas mitral e tricúspide, pode ser, portanto, mais bem auscultada nesses focos. 
Geralmente, é percebida como um único som, mas seus dois componentes, mitral (M1) e tricúspide (T1), podem ser 
sentidos separadamente em algumas ocasiões. Como o ventrículo esquerdo termina sua contração pouco antes que o 
direito, o componente M1 ocorre antes e é mais alto (de maior intensidade), sendo melhor auscultá-lo com o diafragma 
na área mitral. O componente T1 é menos perceptível e pode ser auscultado na área tricúspide. 
O que representa a 2ª bulha? 
Som produzido por vibrações geradas no fechamento das valvas aórtica (A2) e pulmonar (P2), no início da diástole 
ventricular. Normalmente, é um som mais agudo e de menor duração do que B1. Como a pressão na aorta normalmente 
é significativamente maior que a da artéria pulmonar, a valva aórtica normalmente fecha antes da pulmonar; dessa 
forma, A2 precede e é mais alta que P2. 
 
 
SOPRO SISTÓLICO: 
 
 
 
SOPRO DIASTÓLICO: 
 
 
SOPRO CARDÍACO: 
Fase: sistólico ou diastólico. 
Localização: Qual foco é melhor auscultado. 
Irradiação: Carótida, axilas, não irradia. 
Intensidade: 1+ a 6+. 
Classificação de Levine de intensidade dos sopros cardíacos: 
 1+ Sopro audível apenas com manobras específicas. 
 2+ Sopro audível, sem irradiações ou frêmitos. 
 3+ Sopro audível e que irradia para as carótidas (sopros aórticos) e para a axila (sopros mitrais). 
 4+ Sopro audível e que se acompanhada de um frêmito (“tremor”) à palpação. 
 5+ Sopro que necessita apenas da borda da membrana do estetoscópio para ser ouvido. 
 6+ Sopro audível sem a necessidade do estetoscópio. 
3ª e 4ª bulhas são incomuns: 
3ª bulha: vibração das paredes ventriculares pela alta velocidade do sangue durante a fase de enchimento rápido. 
Indivíduos jovens. 
4ª bulha: sístole atrial. 
Insuficiência cardíaca com congestão sistêmica (direita): 
Edema membros inferiores, ascite, hepatomegalia, estase jugular. 
Insuficiência cardíaca com congestão sistêmica (esquerda): 
Taquipneia, dispneia, estertores finos, sibilos. 
 
Insuficiência mitral aguda: 
Caracteriza-se pela presença de refluxo agudo do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo durante a sístole ventricular, 
por disfunção súbita da valva mitral. Pode ocorrer por ruptura espontânea das cordas tendíneas, endocardite infecciosa e 
ruptura da musculatura papilar por IAM. 
No exame físico, apresenta sopro com pico proto ou mesosistólico, crescente-decrescente (em diamante), com término 
antes de B2, irradiando para a parede anterior do tórax, a base do coração e o pescoço. 
 
 
Na insuficiência mitral aguda grave, os pacientes frequentemente possuem um sopro de alta intensidade proto ou 
mesosistólico (o gradiente de pressão entre o ventrículo esquerdo e o átrio esquerdo diminui na porção final da sístole). 
Pode ocorrer também sopro semelhante na insuficiência tricúspide na ausência de hipertensão pulmonar. 
Insuficiência mitral crônica: 
Caracteriza-se pelo refluxo de sangue para o átrio esquerdo durante a sístole ventricular devido à incompetência do 
mecanismo de fechamento valvar mitral. Pode ocorrer por prolapso da valva mitral, cardiopatia reumática crônica, 
doença isquêmica do miocárdio, calcificação senil do anel mitral e dilatação ventricular esquerda. No exame físico, 
identifica-se presença de B3, sopro sistólico em área mitral, holo ou telessistólico, de alta frequência, que pode ser rude 
ou por vezes piante (em “pio de gaivota”), com irradiação para a axila esquerda e a região infraescapular esquerda, se 
folheto anterior comprometido, para focos da base e da região interescapular, se folheto anterior comprometido, e para 
a borda esternal esquerda e a base cardíaca, se folheto posterior (sopro aumenta com Handgrip). A doença pode ser 
considerada mais grave quando há a presença de eventos diastólicos acompanhando o sopro sistólico de insuficiência, 
como o galope de B3, sopro em ronco, diastólico no ápice, ritmo de fibrilação atrial. 
 
 
Prolapso de valva mitral: 
É a alteração mais comum da valva mitral. Tem-se alteração de um ou ambos os folhetos valvares, em que ocorre 
deslocamento superior e posterior para dentro do átrio esquerdo. Geralmente, é benigno, porém, em alguns casos, pode 
levar à insuficiência mitral. Caracterizado por um clique mesossistólico com a presença de sopro musical, característico de 
insuficiência mitral. Normalmente, quando o prolapso é leve, tem-se sopro em crescendo e telesistólico, indicando um 
prolapso mais tardio na sístole. Já nos casos mais graves, tem-se a presença de sopro holossistólico com uma B1 
hiperfonética pela fusão de B1 com o clique do prolapso, que geralmente ocorre mais cedo na sístole. Manobras de 
aumento do retorno venoso tendem a conduzir o sopro e o clique mais para o final da sístole e próximo de B2, enquanto 
a diminuição do retorno venoso tem efeito inverso. 
 Alteração mais comum da valva mitral. 
 Alteração de um ou ambos os folhetos valvares. 
 Deslocamento superior e posterior para dentro do átrio esquerdo. 
 Geralmente benigno, podendo levar à insuficiência mitral. 
 Sopro sistólico típico = musical, característico de insuficiência mitral. 
 
Estenose mitral: 
Representa restrição à abertura dos folhetos valvares com redução da área valvar mitral. A cardiopatia reumática crônica 
é a principal etiologia. O sopro da estenose mitral é caracterizado por hiperfonese de B1, hiperfonese de B2 com 
desdobramento fisiológico ou componente P2 mais intenso, estalido de abertura da valva mitral, som de alta frequência, 
protodiastólico, sopro diastólico em foco mitral, rufar diastólico com irradiação para axila e foco tricúspide, de baixa 
frequência, cuja intensidade diminui com a manobra de Rivero-Carvalho, maisbem avaliado na posição de Pachón, com 
intensidade aumentando após o exercício físico. Quanto mais próximo o estalido de abertura está de B2 e quanto maior a 
duração do sopro diastólico, maior a gravidade da estenose. Na cardiopatia reumática aguda, pode ocorrer inflamação 
intensa da valva mitral, espessando-a e gerando turbilhonamento do sangue ao passar pelo orifício valvar. Esse evento 
pode ser auscultado como um sopro mesodiastólico, similar ao da estenose mitral crônica, porém é transitório 
(desaparece após a melhora do processo inflamatório), sem estalido de abertura ou B1 hiperfonética e pode ser 
acompanhado de B3. É chamado de sopro de Carey Coombs. 
 Restrição à abertura dos folhetos valvares. 
 Redução da área valvar mitral. 
 Principal causa: cardiopatia reumática crônica e inflamação intensa da valva mitral, espessando-a e gerando 
turbilhonamento do sangue ao passar pelo orifício valvar. 
 Exame físico: hiperfonese de B1, estalido de abertura da valva mitral, som de alta frequência, sopro diastólico em 
foco mitral, irradiação para axila e foco tricúspide de baixa frequência e a intensidade diminui com a monobra de 
Rivero-Carvalho (inspiração). 
 
Estenose aórtica: 
Restrição à abertura dos folhetos valvares com redução da área valvar aórtica, cuja etiologia pode ser por valva bicúspide 
congênita, estenose aórtica calcificada e cardiopatia reumática crônica. Caracteriza-se por sopro em área aórtica, 
mesossistólico em diamante (crescendo-decrescendo), grosseiro/barulhento, com irradiação para carótidas, fúrcula 
esternal e para foco mitral. O sopro pode irradiar também para o ápice e passar a ter qualidade musical e de alta 
frequência (fenômeno de Gallavardin). Conforme a estenose progride, o sopro passa a ter duração mais longa, com pico 
mais tardio na sístole, e a ser acompanhado de B4, desdobramento paradoxal de B2, ruído de ejeção aórtico e frêmito 
sistólico palpável na clavícula direita. Outras alterações: pulso tardus et parvus (pulso filiforme e tardio ocorrendo 
tardiamente à sensação do íctus, além de apresentar duração aumentada), íctus forte, lento e tardio, sinais de palpitação, 
angina de peito (pectoris), dispneia, lipotimia ou síncope. O quadro de insuficiência cardíaca (geralmente representado 
por dispneia), angina pectoris e síncope compõe a tríade clássica da estenose aórtica. 
 Restrição à abertura dos folhetos valvares. 
 Redução da área valvar aórtica. 
 Causas: valva bicúspide congênita, estenose aórtica calcificada e cardiopatia reumática crônica. 
 Exame Físico: sopro sistólico em diamante (crescendo-decrescendo), grosseiro/barulhento, com irradiação para 
carótidas, fúrcula esternal e para foco mitral, também pode irradiar para o ápice e passar a ter qualidade musical e 
de alta frequência. 
 Com a piora e progressão do caso = o sopro passa a ter duração mais longa, com pico mais tardio na sístole, e a ser 
acompanhado de B4, ruído de ejeção aórtico e frêmito sistólico palpável na clavícula direita. 
 Outras alterações: pulso tardus et parvus. 
 
Insuficiência aórtica crônica: 
Define-se com refluxo de sangue para o ventrículo esquerdo durante a diástole ventricular devido à incompetência do 
fechamento valvar aórtico. Pode ocorrer em virtude de acometimento da aorta ascendente (aterosclerose, necrose cística 
da média, aortite sifilítica) ou da valva aórtica (cardiopatia reumática crônica). Caracteriza-se por hipofonese de B2, 
presença de B3, desdobramento paradoxal de B2, sopro em área aórtica, proto ou holodiastólico, aspirativo, de alta 
frequência. Se a aorta ascendente for a acometida, o sopro é mais audível no foco aórtico. Se for a valva aórtica, o sopro é 
mais audível no foco aórtico acessório. O sopro aumenta com o Handgrip, mais bem auscultado com paciente sentado, e 
diminui com vasodilatadores. Quanto maior a intensidade do sopro, maior a gravidade da lesão. Nessa lesão, pode 
ocorrer ainda jato regurgitante da aorta para o ventrículo esquerdo, atingindo a superfície ventricular do folheto anterior 
da valva mitral e levando a uma posição mais fechada, enquanto o fluxo do átrio para ventrículo esquerdo tende a movê-
la a uma posição mais aberta durante a diástole. Nessa situação, pode ocorrer também um sopro apical, mesodiastólico 
ou pré-sistólico, de baixa frequência, em ronco, na ausência de estenose mitral, pelo estreitamento relativo da luz dessa 
valva, chamado sopro de Austin-Flint, presente em 60% dos casos de insuficiência aórtica moderada a grave. Pode haver 
ainda presença de sopro de ejeção (crescendo-decrescendo) sistólico na borda esternal esquerda que aumenta de 
intensidade ao aproximar na área aórtica, causado pelo turbilhonamento do fluxo regurgitante. Outras alterações são: 
íctus desviado para a esquerda e para baixo (cardiomegalia); pressão arterial divergente (PAs alta e PAd muito baixa, 
gerando uma grande diferença entre elas (ou uma alta pressão de pulso, p. ex.: 160 a 170 por 40 a 30); pulso martelo 
d’água (grande amplitude e de curta duração, acaba subitamente); pulso de Corrigan (presença de pulsações carotídeas 
amplas, observadas no pescoço); pulso bisferiens (pulso no qual são palpados dois picos sistólicos por sístole); sinal de 
Musset (movimento da cabeça que ocorre em decorrência da força balística do grande volume de ejeção); sinal de Müller 
(pulsação da úvula); sinal de Quincke (ou pulsação capilar – empalidecimento e ruborização pulsáteis das unhas dos 
dedos à compressão leve). 
 Refluxo de sangue para o ventrículo esquerdo durante a diástole ventricular. 
 Incompetência do fechamento valvar aórtico. 
 Causas: acometimento da aorta ascendente (aterosclerose, necrose cística da média, aortite sifilítica) e acometimento 
da valva aórtica (cardiopatia reumática crônica). 
 Exame Físico: sopro em área aórtica, diastólico, aspirativo, de alta frequência. Sopro aumenta com o Handgrip. Quanto 
maior a intensidade do sopro, maior a gravidade da lesão. Íctus desviado para a esquerda e para baixo (cardiomegalia) 
e delta grande de pressão arterial (pressão sistólica alta e pressão diastólica baixa). 
 Pulso martelo d’água (grande amplitude e de curta duração, acaba subitamente); pulso de Corrigan (presença de 
pulsações carotídeas amplas, observadas no pescoço); pulso bisferiens (pulso no qual são palpados dois picos sistólicos 
por sístole). 
 
Insuficiência aórtica aguda: 
Assim como a insuficiência crônica, trata-se de disfunção da valva ou da aorta, gerando refluxo do sangue da aorta para o 
ventrículo esquerdo, cuja etiologia pode ser por dissecção aórtica, endocardite infecciosas, disfunção de prótese valvar 
aórtica, trauma com ruptura da aorta, aneurisma roto de aorta. Caracteriza-se por B1 hipofonética ou ausente (pelo 
fechamento mitral prematuro). Pode haver sintomas de insuficiência cardíaca esquerda aguda e com rápida progressão 
para edema pulmonar agudo. Nos aneurismas de aorta, a presença de abaulamento pulsátil é uma pista frequente para 
iniciar a investigação. Diferentemente da insuficiência crônica, não apresenta grande diferença entre PAs e PAd. 
 Disfunção da valva ou da aorta, gerando refluxo do sangue da aorta para o ventrículo esquerdo. CASO GRAVE. 
 Causas: dissecção aórtica, endocardite infecciosas, disfunção de prótese valvar aórtica, trauma com ruptura da aorta 
e aneurisma roto de aorta. 
 Exame Físico: sintomas de insuficiência cardíaca esquerda aguda e com rápida progressão para edema pulmonar 
agudo. 
 
Dissecção de aorta: 
Trata-se da lesão entre a túnica íntima e a média da aorta, com extravasamento de sangue para o espaço entre essas 
duas camadas, formando uma falsa luz. Essa situação diminui a luz real da aorta e gera, ainda, risco de ruptura do vaso. 
Trata-se de uma emergência médica que deve ser diagnosticada rapidamente para tratamento adequado. A etiologia 
pode ser doença aterosclerótica, hipertensão arterial sistêmica, doenças do colágeno, como síndrome de Marfan, ectasia 
ânulo-aórtica. Caracteriza-sepor hipofonese ou ausência de B1 com surgimento de novo sopro, de alta frequência, 
diastólico, em rufar ou piante, mais intenso na borda esternal direita do que na esquerda. Nesses casos, deve-se tomar 
cuidado com a ausência de B1, pois a B2 pode ser tomada por B1 por engano e o sopro diastólico ser avaliado como 
sistólico, dificultando o diagnóstico. Outras alterações são: presença de dor torácica de início súbito, excruciante, 
rasgando, irradiando para dorso, braços, pescoço e mandíbula, HAS. A presença de dor característica, HAS e sopro 
característico de insuficiência aórtica mais intenso na borda esternal direita em relação à esquerda é chamado de sinal de 
Harvey, característico da dissecção do início da aorta ascendente. 
 Lesão entre a túnica íntima e a média da aorta com extravasamento de sangue para o espaço entre essas duas 
camadas formando uma falsa luz. Diminuição da luz real da aorta, risco de ruptura do vaso e emergência médica = 
diagnosticada rapidamente para tratamento adequado. 
 Causas: doença aterosclerótica, hipertensão arterial sistêmica, doenças do colágeno, como síndrome de Marfan, 
ectasia ânulo-aórtica. 
 Exame Físico: sopro diastólico, em ruflar ou piante, mais intenso na borda esternal direita do que na esquerda. 
Presença de dor torácica de início súbito, excruciante, rasgando, irradiando para dorso, braços, pescoço e mandíbula, 
HAS. 
 
Insuficiência tricúspide e pulmonar: 
Na insuficiência tricúspide, ocorre refluxo de sangue para o átrio direito durante a sístole ventricular devido à 
incompetência do mecanismo de fechamento tricúspide. No caso da insuficiência pulmonar, é definida como refluxo do 
sangue da artéria pulmonar para o ventrículo direito por incompetência da valva pulmonar. A insuficiencia tricúspide 
pode ser causada por prolapso da valva tricúspide, cardiopatia reumática crônica, endocardite infecciosa ou causas 
secundárias (disfunção sistólica do ventrículo direito, como na hipertensão pulmonar). No sopro de insuficiência 
pulmonar, diante da ausência de hipertensão pulmonar (geralmente, etiologia primária), tem-se sopro protossistólico 
sutil ou apenas durante a inspiração. Na presença de hipertensão pulmonar, pode haver B3 de origem direita e/ ou B4, 
sopro holossistólco, mais bem auscultado na borda esternal esquerda baixa (área tricúspide), cuja intensidade aumenta 
com as manobras de Rivero- -Carvalho e Müller (aumento desse sopro na inspiração refere-se ao sinal de Carvalho). O 
sopro de insuficiência pulmonar pode ocorrer, ainda, por incompetência da valva de mesmo nome, gerando sopro de alta 
frequência, diastólico, decrescente, acompanhado por uma B2 hiperfonética com maior componente P2 (sopro de 
Graham- -Steel). Clique mesossistólico: se prolapso tricúspide associado. Outras alterações são: congestão sistêmica 
(ascite, hepatomegalia e edema de membros inferiores); turgência; e pulsação jugular patológica (onda v ou c e v 
proeminente – onda v gigante – apenas com deflexão y). 
 Insuficiência tricúspide = refluxo de sangue para o átrio direito durante a sístole ventricular (incompetência do 
mecanismo de fechamento da tricúspide). 
 Insuficiência pulmonar = refluxo do sangue da artéria pulmonar para o ventrículo direito (incompetência da valva 
pulmonar). 
 Causas: prolapso da valva tricúspide, cardiopatia reumática crônica, endocardite infecciosa ou causas secundárias 
(disfunção sistólica do VD, como na hipertensão pulmonar). 
 Exame físico: sopro por incompetência da valva, de alta frequência, diastólico, decrescente, acompanhado por uma 
B2 hiperfonética, congestão sistêmica (ascite, hepatomegalia e edema de membros inferiores), turgência e pulsação 
jugular patológica. 
 
Estenose tricúspide: 
Restrição à abertura dos folhetos valvares com redução da área valvar tricúspide, causada, por exemplo, por doença 
reumática. Caracteriza-se por estalido de abertura da valva tricúspide, sopro diastólico em foco tricúspide, rufar 
diastólico, cuja intensidade aumenta com a manobra de Rivero-Carvalho. Outras alterações são: congestão sistêmica 
(ascite, hepatomegalia e edema de membros inferiores); e turgência jugular patológica (onda a proeminente). 
 Restrição à abertura dos folhetos valvares e redução da área valvar tricúspide. 
 Principal etiologia: doença reumática. 
 Exame Físico: estalido de abertura da valva tricúspide, sopro diastólico em foco tricúspide, rufar diastólico, intensidade 
aumentada com a manobra de Rivero-Carvalho (inspiração). 
 Outras alterações: congestão sistêmica (ascite, hepatomegalia e edema de membros inferiores) e turgência jugular 
patológica (onda a proeminente). 
 
 
Insuficiência cardíaca: 
Situação em que existe uma deficiência na principal função do coração, a de manter um débito cardíaco adequado para o 
organismo. Com base na sua apresentação clínica, ela pode ser classificada em insuficiência crônica, aguda, cardíaca 
esquerda, cardíaca direita, cardíaca sistólica e cardíaca diastólica. 
Incapacidade do coração de bombear sangue suficiente para atender às necessidades teciduais de oxigênio e nutrientes. 
Insuficiência cardíaca esquerda: ocorre quando as alterações da função cardíaca estão relacionadas especificamente às 
câmaras esquerdas (p. ex.: IAM de ventrículo esquerdo, HAS, doenças das valvas aórtica ou mitral). Geram, assim, 
sintomas de queda do débito sistêmico, como cansaço e taquicardia, e acúmulo de sangue nessas câmaras, provocando 
congestão pulmonar com dispneia, dispneia paroxística noturna, ortopneia, asma cardíaca e até mesmo edema pulmonar 
e derrame pleural. 
Insuficiência cardíaca direita: ocorre quando o comprometimento da função cardíaca está relacionado à alteração das 
câmaras direitas e congestão sistêmica, gerando, assim, quadro de cianose, edema de membros inferiores, turgência 
jugular, hepatomegalia e ascite. Frequentemente, está associada à progressão da insuficiência cardíaca esquerda ou a 
situações como infarto de ventrículo direito (raro) e doenças pulmonares, como a doença pulmonar crônica, gerando 
insuficiência do coração direito apenas (chamado cor pulmonale). 
 
Desdobramento de bulhas: 
 Som das valvas fechando de forma não sincronizada. 
 Desdobramento da B1 pode ser observado em condições de atraso da contração do ventrículo direito, atrasando o 
fechamento da valva tricúspide em relação à mitral. Uma causa frequente é o bloqueio do ramo direito. 
 Desdobramento da B2: durante a inspiração deve ser avaliado com o paciente sentado e pode ser causado por 
 um atraso de do fechamento da valva pulmonar, como no bloqueio de ramo direito, ou um fechamento da valva 
aórtica adiantada, como na estenose mitral. 
 O desdobramento na expiração deve ser investigado com o paciente em posição ortostática, podendo ocorrer, por 
exemplo, no defeito do septo atrial. É possível que haja o desdobramento paradoxal de B2, em que o fechamento da 
valva pulmonar ocorre antes da aórtica, sendo causado, por exemplo, pela estenose aórtica ou em episódios de 
isquemia miocárdica aguda, que geram atraso do fechamento da valva aórtica. 
Dor não cardíaca x dor cardíaca: 
 Cardíaca: coração ou aorta. 
 Dor precordial de outras estruturas: esôfago, pulmões, pleuras, músculos, pele... 
 
 
 
Diferenças entre angina e infarto: 
Ambas provocam uma dor no peito com características muito parecidas 
 Causa: inadequado fluxo de sangue nas artérias coronárias. 
 Diferença: na angina o fluxo está reduzido, mas não o suficiente para causar necrose do músculo cardíaco. No infarto 
não há fluxo ou ele está reduzido gerando necrose 
 Angina é um sinal de que o coração está no seu limite, trabalhando com um fluxo de sangue que é suficiente apenas 
para suprir suas demandas básicas. 
 
 Angina estável: isquemia cardíaca causada pelo esforço físico, estresse ou qualquer outra situação que aumente 
temporariamente a demanda de sangue do músculo cardíaco. 
Obstruções não são grandes o suficiente para causar dor em repouso. 
 Angina instável:isquemia cardíaca que ocorre em repouso ou com apenas mínimos esforços. 
Obstrução é grande o suficiente para que o fluxo de sangue seja inferior ao necessário em situações basais, é 
considerada como pré-infarto. É classificada como uma síndrome coronária aguda. Apenas pelos sintomas não é 
possível distinguir uma angina instável de um infarto. 
 Infarto agudo do miocárdio: isquemia cardíaca grave que leva à necrose de parte do tecido muscular do coração. 
Dor cardíaca: 
O mais importante nesta fase da anamnese é diferenciar a dor precordial da dor cardíaca propriamente dita. Isso porque 
a primeira pode ser referida como a dor em qualquer estrutura precordial, ao passo que a dor cardíaca abrange apenas os 
acometimentos do coração e da aorta. Nesse momento, todas as características da dor são importantes, devendo-se, 
assim, investigar: localização; irradiação; caráter; intensidade; duração; frequência; fatores desencadeantes; fatores de 
piora; fatores de melhora; periodicidade; ritmicidade; e sintomas acompanhantes, como sudorese, náuseas e vômitos 
(Quadro 8.1). Na história, não se deve atentar apenas às respostas do paciente, mas também às mímicas que ele realiza, 
como o gesto de fechar a mão sobre o tórax enquanto descreve a dor, o que é altamente sugestivo de dor precordial de 
origem isquêmica. A dor cardíaca é conhecida como angina do peito (ou angina pectoris) e pode ser definida como um 
desconforto torácico associado à isquemia miocárdica. Especificamente em relação à angina do peito, é importante 
caracterizar a duração e as possíveis atividades que a desencadeiam, por serem importantes parâmetros na avaliação 
desse paciente. No Quadro 8.1, é possível fazer uma distinção entre os tipos de dor precordial e, principalmente, saber 
distinguir a dor cardíaca característica de isquemia ou infarto cardíaco 
 
Choque: 
No choque, inicialmente ocorre vasoconstrição com palidez cutânea. Porém, com a evolução do quadro pela permanência 
dos fatores patogênicos, em algumas regiões se dá vasodilatação seguida de vasoparalisia. Essas regiões apresentam 
aspecto vermelho arroxeado e estão intercaladas com regiões com aspecto marmóreo branco. Esse fenômeno, chamado 
de cutis marmorata, se associado a sudorese fria, é sinal de mau prognóstico pela vasoparalisia de todo o sistema 
circulatório. 
Definição: 
 Transferência inadequada de O2 e nutrientes para os órgãos e tecidos. 
 Tipos: hipovolêmico (desidratação e hemorragia), distributivo (séptico, anafilático e neurogênico), cardiogênico, 
obstrutivo (pneumotórax, tamponamento cardíaco e tromboembolismo pulmonar). 
Choque hipovolêmico: 
 Mais comum. 
 Causas: desidratação e hemorragia. 
 Taquipneia silenciosa (preservar equilíbrio ácido-básico). 
 Sinais de desidratação ou hemorragia. 
 
 
 
CHOQUE DISTRIBUTIVO: 
3 subtipos: choque séptico, choque anafilático e choque neurogênico. 
 
Choque séptico: 
 
Quadro clínico: 
 TEC lento ou rápido (flush). 
 Pele fria ou avermelhada e quente. 
 Febre ou hipotermia. 
 Petéquias. 
 
Choque anafilático: 
 
Quadro Clínico: 
 Urticária, angioedema, sibilos, estridor, hipotensão, taquicardia, náusea e vômitos. 
 
Choque neurogênico: 
 
Quadro Clinico: 
 Frequência cardíaca normal ou bradicardia, temperatura normal ou hipotermia. 
 
Choque cardiogênico: 
 
 Disfunção miocárdica. 
 Causas: doença cardíaca congênita, miocardite, arritmias, lesão miocárdica etc. 
 
 
Quadro clínico: 
 Taquipneia com esforço respiratório (edema pulmonar). 
 Estertores finos. 
 Sinais de insuficiência cardíaca. 
 Piora com reposição rápida de volume. 
 
 
 
 
Choque obstrutivo: 
 
 
 Pneumotórax hipertensivo. 
 Tamponamento cardíaco. 
 Embolismo pulmonar maciço. 
 
Pneumotórax hipertensivo: 
Quadro Clínico: 
 Desvio contralateral da traqueia. 
 Taquipneia com esforço respiratório (pneumotórax). 
 Lado afetado: elevado, timpanismo e diminuição da MV. 
 Distensão jugular. 
 
Tamponamento cardíaco: 
Quadro Clínico: 
 Tríade de Beck: distensão jugular, hipotensão arterial e abafamento de bulhas cardíacas. 
Embolismo pulmonar: 
Quadro Clinico: 
 Dor de membro inferior e torácica. 
 TVP ou trauma.

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