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Relatório da 13ª Aula Prática de Química Inorgânica Experimental Título da Prática: Análise dos impactos dos metais pesados nas raízes da cebola Docente: Maria Celiana Pinheiro Lima Discentes: Danyelle Queiroz e Vinícius Bolzan Duque de Caxias – RJ Julho de 2017 1. METODOLOGIA Primeiramente, foi sorteada a concentração que cada grupo de laboratório utilizaria para a realização do experimento, juntamente com o metal pesado. Pelo sorteio obtivemos a solução de Pb2+ com a concentração de 0,01 mg/L. Em seguida, foi feito o cálculo de diluição a partir de uma solução de Pb2+ com concentração igual a 400 mg/L . Em seguida prepararam-se 6 cebolas (3 cebolas brancas – orgânicas e 3 cebolas roxas), elas foram lavadas em água corrente e a casca fina foi retirada. Foram colocados quatro palitos de dente com uma angulação de 90° entre os mesmos, de modo que as cebolas ficassem suspensas sobre os copos descartáveis onde elas seriam colocadas. Encheu-se os 6 copos descartáveis com a solução preparada até que a mesma toca-se o bulbo das cebolas, que foram guardadas por uma semana. Na semana seguinte, pegou-se novamente as cebolas e as raízes formadas foram lavadas para que pudessem ser manuseadas. As raízes foram medidas com o auxílio de uma régua, agruparam-se os tamanhos mais próximos e os valores foram anotados para a obtenção da tabela. Comparou-se os dados e aspectos morfológicos obtidas pela concentração de 0,01 mg/L de Pb2+ com a solução padrão (a qual não foi adicionado nenhum metal pesado), para que assim pudesse ser construída uma tabela de comparação. E por fim, foram coletados os dados de todos os outros grupos, para que assim pudesse se observado graficamente a interferência dos metais pesados sobre o crescimento das raízes das cebolas. Figura 1: cebolas na solução de Pb2+ 0,01 mg/L 2. RESULTADOS E DISCUSSÕES Foi feito o cálculo de diluição para a solução de concentração desejada (0,01 mg/L de Pb2+). C1.V1 = C2.V2 Onde: C1 = concentração 0,4.V1 = 0,01.0,5 V1 = volume da solução mãe V1 = 0,005/4 C2 = concentração de Pb2+ sorteada V1 = 0,0125 mL da sol. mãe V2 = volume final ou 12,5 𝛍L da sol. mãe Na semana seguinte as raízes das cebolas foram medidas com o auxílio de uma régua e contada a quantidade média de raízes maiores e menores, como pode ser observada pelas tabelas abaixo: Tabela 1: Dados da cebola branca Tamanho da maior raiz (Quantidade) Tamanho da menor raiz (Quantidade) Média geral Desvio padrão geral Cebola 1 9,8 cm (21). 3,5 cm (6). 6,61 cm 3,56 Cebola 2 9,3 cm (25) 2,7 cm (2) Cebola 3 10,4 cm (18) 4,0 cm (3) Tabela 2: Dados da cebola roxa Tamanho da maior raíz (Quantidade) Tamanho da menor raíz (Quantidade) Média geral Desvio padrão geral Cebola 1 9,6 cm (24) 1,5 cm (15). 41,5 cm 3,54 Cebola 2 6,5 cm (24) 2,5 cm (20) Cebola 3* 8,7 cm (7) 3,7 cm (4) *Os valores da terceira cebola foram desconsiderados devido à pequena quantidade de raízes. Figura 2: cebolas após uma semana de crescimento em solução de Pb2+ 0,01 mg/L Figura 3: comparativo entre as cebolas em solução de Cu2+. Da esquerda para a direita: branco, 0,009 mg/L e 0,027 mg/L. Figura 4: comparativo entre as cebolas em solução de Pb2+. Da esquerda para a direita: branco, 0,01 mg/L e 0,03 mg/L. Após a comparação do aspecto morfológico entre as cebolas branca e roxa com o branco (solução a qual não foi adicionado metal pesado), foi obtida seguinte tabela: · Legenda para a compreensão das tabelas a seguir: I) Quantidade de raízes significativas de forma irregular; II) Bulbo necrosado; III) Crescimento disforme; IV) Pouco desenvolvimento e de forma irregular; V) Crescimento no tamanho normal; VI) Número de raízes. Tabela 3: Dados dos aspectos morfológicos com relação ao branco da cebola branca I II III IV V VI Cebola 1 Não - Não Sim Maiores que o branco 27 Cebola 2 Não - Não Sim Maiores que o branco 27 Cebola 3 Não - Sim Sim Maiores que o branco 21 Tabela 4: Dados dos aspectos morfológicos com relação ao branco da cebola roxa I II III IV V VI Cebola 1 Não - Sim Não Sim 39 Cebola 2 Não - Sim Não Não 44 Cebola 3 Sim - Sim Sim Não 11 Para a realização de um gráfico comparativo, foram coletados os dados de todos os grupos e suas concentrações e pode-se obter então, as tabelas que se encontram a seguir: Tabela 5: Tamanho das raízes (cm) x concentração de metal pesado · Cu2+ Concentração (mg/L) Cebola Branca (cm) Roxa (cm) 0 1 6,6 ± 1,2 6,7 ± 0,35 0,009 2 6,3 ± 0,2 5,1 ± 0,2 0,027 3 11,7 ± 0,95 12,2 ± 1,57 Tabela 6: Tamanho das raízes (cm) x concentração de metal pesado · Pb2+ Concentração (mg/L) Cebola Branca (cm) Roxa (cm) 0 1 6,6 ± 1,2 6,7 ± 0,35 0,01 2 6,61 ± 3,56 5,03 ± 3,74 0,03 3 3,96 ± 0,416 3,7 ± 10 Tabela 7: Quantitativo de raízes (nº) x concentração de metal pesado · Cu2+ Concentração (mg/L) Cebola Branca Roxa 0 1 35,3 ± 5,13 43 ± 17 0,009 2 28 ± 1,4 42 ± 8,5 0,027 3 26 ± 3,15 18,67 ± 2,3 Tabela 8: Quantitativo de raízes (nº) x concentração de metal pesado · Pb2+ Concentração (mg/L) Cebola Branca Roxa 0 1 35,3 ± 5,13 43 ± 17 0,01 2 25 ± 3,46 41,5 ± 3,54 0,03 3 24,67 ± 6,02 25, ± 10 3. CONCLUSÃO Os metais pesados cobre e chumbo, interferem no desenvolvimento das raízes das cebolas tanto quantitativamente quanto qualitativamente. Essa interferência ocorre mesmo em baixas concentrações e independe do tipo de cebola, branca ou roxa.