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Tendinopatia: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

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DEFINIÇÃO
A tendinopatia é uma síndrome clínica caracterizada por
dor crônica e espessamento de um tendão. Ele
geralmente resulta do uso excessivo do tendão,
principalmente em trabalhadores que fazem movimentos
repetidos ou atletas amadores.
TENDINOPATIA X TENDINITE X TENDINOSE
O termo tendinite tem sido abandonado, pois o sufixo
“ite” é habitualmente usado para descrever a presença
de inflamação em alguma estrutura.
A palavra tendinite, portanto, significa inflação do tendão.
O fato é que na maioria das tendinopatias provocadas
por uso excessivo do tendão há pouca ou nenhuma
inflamação presente, o que torna o termo tendinite
inadequado.
O termo tendinose deve ser usado para descrever uma
lesão crônica do tendão, provocada pelo seu uso
excessivo, o que antigamente era chamado de tendinite.
O termo tendinite só deve ser usado para os poucos
casos nos quais há realmente um processo inflamatório
do tendão.
O termo tendinopatia é mais amplo e pode ser
empregado para descrever qualquer lesão do tendão,
seja ela uma tendinose, tendinite ou até uma ruptura do
tendão.
TENDINOPATIA
Existem mais de 600 unidades músculo-tendão no corpo
humano. Teoricamente, a tendinopatia pode ocorrer em
qualquer uma delas.
Locais mais comuns: o manguito rotador (tendão
supraespinhal) no ombro, os extensores do punho
(epicôndilo lateral) e os pronadores (epicondilite medial)
no cotovelo, os tendões patelar e do quadríceps no
joelho, e o tendão de Aquiles.
TENDÕES
Estruturas anatômicas que unem os músculos aos
ossos, dando movimento aos mesmos.
Cordão fibroso, composto de tecido conjuntivo e
colágeno, que existe ao final de cada músculo, sendo
responsável pela fixação do mesmo aos ossos.
Espécie de corda que fica “grudada” aos ossos,
ajudando os mesmos a se moverem toda vez que o
músculo se contrai.
É graças aos tendões que conseguimos mover os
dedos, as mãos, pernas, ombros, e diversas outras
partes do corpo.
Nos atletas, os locais comuns para tendinopatia incluem
os tendões de Aquiles e da patela.
Na população geral, os mais afetados com maior
frequência são o epicôndilo lateral, os tendões do
manguito rotador e o tendão de Aquiles.
FISIOPATOLOGIA
A fisiopatologia da tendinopatia é difícil de ser estudada,
em razão da dificuldade de se obter biópsias antes que
um tendão esteja rompido. Os tendões podem ser
afetados por uma variedade de condições.
Muitas doenças sistêmicas estão associadas com defeito
no metabolismo da matriz e da estrutura tendínea, que
comprometem a força e a elasticidade tendíneas,
resultando em inflamação do tendão ou de seu local de
inserção.
A predisposição genética para essa enfermidade
também tem sido estudada.
Verificou-se que variações relacionadas aos genes
COL5A1, tenascina C e metaloproteinase da matriz 3
(MMP3) foram associadas com um maior risco de lesões
do tendão do calcâneo. Uma vez que esses genes estão
relacionados com a homeostase da matriz extracelular
em tendões, sugere-se que as variantes genéticas
ofereçam suscetibilidade para o desenvolvimento de
algumas formas de tendinopatias.
A natureza precisa de um processo tendíneo
degenerativo ainda é matéria de debate.
Existem diversos fatores que contribuem para a
degeneração tendínea, inclusive acúmulo de
glicosaminoglicanos e de lipídios, bem como
calcificação. Entretanto, muitos desses fatores são
encontrados em tendões normais e, necessariamente,
não implicam enfermidade.
A tendinopatia pode estar associada a uma variedade de
fatores intrínsecos e extrínsecos
SINTOMAS
O principal sintoma da tendinopatia é a dor, que piora
quando o tendão e utilizado.
Nas tendinopatias dos tendões mais superficiais (tendão
de Aquiles), é possível notar dor e um espessamento do
tendão à palpação do mesmo.
Um inchaço na região do tendão também é comum
QUADRO CLÍNICO
O quadro clínico específico depende do tipo de tendão
acometido.
Tendinopatia do manguito rotador – paciente sente dor
intensa no ombro quando tenta fazer movimentos com o
braço
Tendinopatia patelar – dor na porção anterior do joelho
ao caminhar, subir ladeira ou quando está sentando e
levanta-se.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico na maioria das causas de tendinopatia é
clínico – principalmente com base na história e exame.
Na maioria dos casos, o tendão é prontamente palpável
Quando há dúvidas – exames complementares
RADIOGRAFIA
Embora não seja um teste vital para a avaliar estruturas
tendinosas, o RX pode ajudar a excluir outras patologias,
tais como tumores ósseos ou calcificações dos tecidos
moles.
Em esqueletos imaturos, podemos ver também lesões
apofisárias.
ULTRASSOM
É o exame mais utilizado no momento devido à sua
confiabilidade e facilidade.
Esta modalidade fornece uma boa imagem da condição
das fibras de colágeno, bem como os novos vasos em
torno do tendão.
Um dos principais benefícios do ultrassom é que ele é
uma exploração dinâmica que pode complementar o
exame.
RESSONÂNCIA
É menos utilizada para a avaliação da tendinopatia, mas
pode fornecer informações consideráveis
A principal vantagem da ressonância é de fornecer
dados sobre o estado das outras estruturas articulares e
é vital para o diagnóstico diferencial.
A principal vantagem da ressonância sobre a ecografia é
que ela fornece uma imagem reprodutível do tendão a
partir de múltiplos ângulos.
TRATAMENTO
Muitas vezes, o paciente acaba se automedicando para
a dor e demora para procurar um atendimento médico. A
demora para iniciar um tratamento pode diminuir as
chances de cura completa.
O primeiro passo no tratamento da tendinopatia é
identificar e corrigir a causa. Posições inadequadas na
hora de escrever ou datilografar, tênis inapropriados para
correr, falta de orientação de um profissional de
educação física na hora de fazer musculação ou nadar,
podem ser causas corrigíveis de tendinopatias.
Para as pessoas que trabalham com computador e têm
tendinopatia no braço, a troca por um teclado mais
ergonômico pode ser a solução. Às vezes, basta mudar
a altura da cadeira ou a posição do punho ou do
cotovelo durante o trabalho para reduzir a carga sobre o
tendão afetado.
No período de recuperação, o paciente deve evitar
sobrecarregar o tendão lesionado.
Repouso é essencial.
A fisioterapia para reabilitação muscular e do tendão é
muito importante no processo de recuperação. É preciso
ter paciência, pois o tratamento de reabilitação do
tendão pode durar várias semanas.
Medicamentos da classe dos AINE podem ser usados
por curto períodos. Tratamentos mais prolongados com
esse fármacos não apresentam benefícios e ainda
aumentam muito os risco de efeitos colaterais. As
pomadas contendo anti-inflamatórios podem ajudar na
dor e apresentam menos efeitos colaterais que os
comprimidos.
A injeção de corticóides pode ser usada de forma
pontual para aliviar os sintomas na fase mais crítica da
tendinopatia, porém, o seu uso de forma repetida é
prejudicial, já que aumenta o risco de rotura do tendão.
Aplicação local de calor ou gelo podem ser usados para
aliviar a dor.
Tratamento vendidos como de última geração, tipo
Laser, ultrassom ou ondas de choque apresentam mais
publicidade do que resultados nos estudos clínicos.
A Acupuntura pode ajudar no controle da dor aguda,
mas não há evidências científicas de que, a longo prazo,
haja benefícios.
Se após 6 meses de tratamento não houver relevante
melhora da dor, deve-se pensar no tratamento cirúrgico
(desbridamento cirúrgico).

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