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O que é o Método ABA

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O que é o Método ABA?
A análise do comportamento aplicada, ou ABA (Applied Behavior Analysis, na sigla em inglês) é uma abordagem da psicologia que é usada para a compreensão do comportamento e vem sendo amplamente utilizada no atendimento a pessoas com autismo. As técnicas de modificação comportamental têm se mostrado bastante eficazes no tratamento, principalmente em casos mais graves de autismo. Para o analista do comportamento ser terapeuta significa atuar como educador, uma vez que o tratamento envolve um processo abrangente e estruturado de ensino-aprendizagem ou reaprendizagem.
O trabalho com crianças autistas tem por objetivo integrar a criança à comunidade da qual ela faz parte. Para isso, a intervenção é planejada e executada cuidadosamente, abrangendo as atividades das crianças em todos os ambientes frequentados por ela: escola, casa, lazer, etc. Também acompanha-se o trabalho do psiquiatra (quando existente), pois a comunicação entre diferentes profissionais permitem um maior conhecimento das habilidades da criança.
Paralelamente ao trabalho terapêutico, os pais e profissionais que lidam com as crianças devem receber treinamento em análise do comportamento, tornando-se hábeis na produção e manutenção de comportamentos adequados e nas técnicas para redução de frequência dos comportamentos inadequados, além de se tornarem aptos a avaliar o desenvolvimento da criança passo a passo. Caso a criança frequente a escola, acompanha-se seu comportamento no ambiente acadêmico, favorecendo uma mudança mais rápida.
Métodos de ABA são utilizados para apoiar as pessoas com autismo em pelo menos seis maneiras:
Para aumentar comportamentos (por exemplo, procedimentos de reforço aumentar o comportamento on-tarefa, ou interações sociais);
Para ensinar novas habilidades (por exemplo, os procedimentos de instrução e reforço sistemáticos ensinar habilidades funcionais de vida, habilidades de comunicação e habilidades sociais);
Para manter comportamentos (por exemplo, o ensino de procedimentos de autocontrole e auto-monitoramento para manter e generalizar as habilidades sociais relacionadas com o trabalho);
Generalizar ou transferir o comportamento de uma situação ou resposta a outra (por exemplo, de completar as tarefas em sala de recursos para um desempenho tão bom na sala de aula regular);
Para restringir ou condições estreitas sob o qual ocorrem comportamentos interferem (por exemplo, modificar o ambiente de aprendizagem); e
Para reduzir comportamentos de interferência (por exemplo, auto-lesão ou estereotipias).
ABA é uma disciplina objetiva. ABA se concentra na medição confiável e avaliação objetiva do comportamento observável.
Teacch x ABA
	Várias estratégias do ABA (Análise Aplicada do Comportamento) assim como o método do ensino estruturado da abordagem TEACCH são exemplos de estratégias educacionais feitas especialmente sob medida para pessoas com autismo.
O TEACCH é fundamentado na avaliação individualizada centrada na pessoa com autismo e no desenvolivimento de um programa de ensino estabelecido a partir de sua habilidades, interesses (motivação) e necessidades. Adota uma perspectiva holística, levando em conta as vidas das pessoas com autismo e suas famílias. A parceria com os pais é vital, assim como desenvolver habilidades de comunicação, de socialização e de lazer. Outro objetivo principal é generalizar todas as habilidades e atuar de forma mais independente quanto possível para levar uma vida mais plena. Usa como ponto de partida o potencial relativamente bom da maioria das pessoas com TEA nas habilidades visuais, no reconhecimento de detalhes e memória.
A ABA é a aplicação da ciência chamada Análise do Comportamento. É uma técnica de intervenção educacional estruturada usada no delineamento de programas de tratamento individualizados. Uma parte crucial do processo é saber o tempo todo onde o indivíduo está (saber o que ele pode e não pode fazer) e desenvolver estratégias para ensinar novas habilidades específicas. Uma das etapas principais é decidir que comportamentos-chave irão ajudar a criança a levar uma vida mais plena. Existe a concepção de que os défictis no autismo resultariam primariamente de um bloqueio de "aprendizagem". Os pais são parte importante no ensino de seus próprios filhos e a generalização das habilidades também é uma parte principal do ensino.
A intervenção compreensiva deveria ser realizada em todos os lugares, em todo momento disponível. Deveriam ser praticados e generalizados em situações naturais.
Os programas da ABA são delineados para trabalhar com pessoas em situações de um para um, dando ao indivíduo o máximo de atenção. Os programas enfatizam mais a importância de duas áreas: da imitação e atentividade, porém a mais importante de todas é a motivação.
A abordagem TEACCH usa estratégias que permitem que a pessoa "entenda" (atue) Através da interpretação da informação, delineadas para propiciar o desenvolvimento cognitivo e reduzir o estresse e a pressão. Usa também estratégias de adaptação do ambiente para delinear programas que os capacite a atuar na vida cotidiana com estresse mínimo e também não tendo que depender dos outros para atuar. O programa TEACCH assume que as pessoas são diferentes. Mudar o comportamento não é um objetivo em si mesmo, não pensam que o comportamento torna as pessoas diferentes: as diferenças são fundamentalmente diferenças cognitivas devido a diferenças neurológicas.
É possível combinar as estratégias do TEACCH e da ABA, porém, se for usar mais de um programa é muito importante que eles sejam integrados. Talvez as pessoas que trabalham com ABA omitem o ensino da independência, sendo as vezes difícil evitar que as crianças tornem-se dependentes de dicas. Trabalhar com a abordagem TEACCH pode fazer com que os profissionais se concentrem demais na independência e nas tarefas e deixem de trabalhar com imitação, usando as situações de um para um somente para ensinar a realização das atividades.
Não importa o que façamos ou o que escolhemos, o importante é entender que todo processo de ensino/aprendizagem é baseado nas mesmas intervenções: avaliação, observação, análise e o uso dessas informações para delinear programas fundamentados na motivação e individualização. Para muitas pessoas com TEA aprender é difícil e, consequentemente, somos responsáveis por ensinar-lhes habilidades úteis, significativas e com o menor custo possível: o objetivo maior é ensinar as pessoas com TEA e suas famílias.

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