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Crupe na Pediatria

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CRUPE	VIRAL	
	
	
CRUPE	
	
D.	 Inflamatória	 que	 pode	 acometer	 faringe,	 laringe,	
traqueia	e	brônquios		
	
Obs.	Síndrome	do	crupe	é	um	grupo	de	doenças	que	
tem	os	mesmos	sintomas	mas	variam	o	acometimento	
anatômico	e	sua	etiologia		
	
QUADRO	CLÍNICO		
	
Varia	de	acordo	com	acometimento	anatômico		
	
Ø Laringite:	rouquidão	e	tosse	ladrante	(tosse	de	🐶 )	
Ø Laringotraqueíte:	todos	+	estridor	(pp	inspiratório)	
e	graus	variados	de	dispnéia	
Ø Laringotraqueobronquite	 (+comum):	 todos	 +	
Sibilos	e	aumento	tempo	expiratório	
	
Obs.	Estridor:		som	produzido	pela	passagem	de	ar	em	
uma	via	aérea	estreitada.	Pode	ser	escutado	sem	ser	na	
auscuta		
	
EVOLUÇÃO	DO	QUADRO	
	
>>	Leve	que	não	progride	para	obstrução	das	VA		
	
v Inicio:	rinorreia	clara,	faringite,	tosse	 leve	e	febre	
⬇ 	
v 12-48h:	 sintomas	 de	 obstrução	 de	 VAS,	 com	
progressão	da	Insuf.	resp	e	⬆ 	da	febre	
	
v Gg	melhora	de	3	a	7	dias	(até	14	dias)	
	
Casos	 +	 graves:	 ⬆ 	 FC	 e	 FR,	 sinais	 de	 esforço	 resp,	
cianose,	agitação	psicomotora	e	até	sonolência	
	
ETIOLOGIA	
	
Viral:	+	comum	—>	Vírus	parainfluenza	(tipos	1,2	e	3),	
influenza	A	e	B	e	VRS	
	
Obs.	 Kid	 >	 5	 anos,	 lembrar	 do	 Mycoplasma	
pneumoniae	
	
	
	
	
INCIDÊNCIA		
	
• Kid	de	1	a	6	anos,	com	pico	aos	18	meses	
• H	>	M	(1,4-2	vzs)		
• >>	Outono	e	Inverno	
	
EXAME	FÍSICO	
	
Varia	de	acordo	com	extensão	da	lesão	do	epitélio	
respiratório	
	
Ø Inflamação	 difusa:	 eritema	 e	 edema	das	 paredes	
da	traqueia	e	alteração	de	mobilidade	das	cordas	
vocais.	
Ø Edema	da	região	subglótica	da	traqueia:	restringe	
fluxo	 de	 ar	 significativamente,	 gerando	 estridor	
inspiratório.	
	
Obs.	Em	lactentes,	só	1	mm	de	edema	subglótico	pode	
⬇ 50%	do	diâmetro.	
	
Obs	2.	Sempre	fazer	Oximetria	se	estridor 
 
CLASSIFICAÇÃO	DA	GRAVIDADE	
	
Estridor	em	repouso,	alteração	do	nível	de	consciência,	
hipóxia	 e	 hipercapnia	 e	 <	 6	meses:	 risco	 de	 falência	
respiratória,	PCR	—>	UTI	
	
Crupe	 moderada	 e	 hipoxemia:	 provavelmente	
acometeu	VAI	
	
DIAGNÓSTICO	
	
v Clínico	!!	
	
RX	cervical:	excluir	DDs	ou	evolução	atípica	—>	Pode	
mostrar	estreitamento	da	traqueia	subglótica	(sinal	da	
ponta	de	lápis),	mas	acontece	por	outras	causas	tbm.	
	
	
TRATAMENTO		
	
Outros:	 Nebulização	 com	 solução	 fisiológica	 ou	 ar	
umidificado	 (é	 usual,	 mas	 não	 tem	 eficácia	
comprovada)	
	
Obs.	 Corticosteroides	 ⬇ 	 necessidade	 de	 usar	
epinefrina	
	
INTERNAÇÃO	
	
ü Toxemia	
ü Desidratação	ou	incapacidade	de	ingerir	líquidos	
ü Estridor	significante	ou	retrações	em	repouso	
ü Ausência	de	resposta	ou	piora	(após	2	hrs)	à	adm	
de	Epinefrina		
	
Obs.	>>	não	requer	intubação	após	uso	de	epinefrina	e	
dexametasona.	
	
DIAGNÓSTICOS	DIFERENCIAIS	(DD)	
	
• Traqueíte	bacteriana	(+rara)	
• Edema	angioneurótico	
• Aspiração	de	corpo	estranho	
• Abscesso	retrofaríngeo	ou	peritonsilar	
• Mononucleose	infecciosa	
• Supraglotite	infecciosa.	
	
Obs	1.	Traqueíte	bacteriana:	obstrução	grave	das	vias	
aéreas	sup	e	faz	parte	da	Síndrome	do	Crupe.	Além	dos	
sintomas	 típicos,	 tem	 febre	 alta	 e	 toxemia.	 Não	
responde	a	Epinefrina	e	Corticoesteroides	
	
Obs	2.	Supraglotite	também	é	uma	obstrução	das	vias	
aéreas	 superiores,	 mas	 não	 entra	 na	 síndrome	 do	
crupe,	pois	só	gera	estridor	e	desconforto	respiratório,	
sem	 rouquidão	 e	 tosse	 ladrante,	 sintomas	 típicos	 do	
comprometimento	das	cordas	vocais	e	traqueia.		
	
	
£	CRUPE	VIRAL	E	BACTERIANA

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