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A importanciada ergonomia no ambiente de trabalho

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Prévia do material em texto

¹ Graduação em Eng. de Produção – UniDrummond – Aluno - lucasmatheustst@yahoo.com.br 
² Graduação em Eng. de Produção – UniDrummond - Aluno - pehps26@gmail.com 
3Graduação em Eng, de Produção – UniDrummond - Professor orientador - wagner_botelho@terra.com.br 
4Graduação em Eng. produção – UniDrummond – Professor coordenador - luis.quintino@outlook.com 
5Graduação em Eng. Produção – UniDrummond – Prof. coordenador adjunto - prof.valter@drummond.com.br 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA DENTRO DO AMBIENTE ADMINISTRATIVO: 
RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES PARA UM TRABALHO MELHOR 
 
Lucas Matheus da Silva¹ 
Pedro Henrique da Silva² 
Wagner Costa Botelho3 
Luis Fernando Quintino4 
Valter Menegatti5 
 
 
RESUMO 
A ergonomia é uma ciência que estuda a relação entre seres humanos e seus locais 
de ofício, onde sua finalidade é proporcionar um aumento de produtividade 
relacionado à postura adotada, otimizar o tempo do funcionário/operador em sua 
tarefa diária e causar o menor desconforto possível. Um estudo aprofundado no setor 
administrativo de uma farmácia nos revela o que pode estar acontecendo nos mais 
variados ramos do Brasil e do mundo, seja a empresa uma montadora de carros ou 
um escritório de contabilidade. Neste artigo destacamos a importância de uma análise 
ergonômica criteriosa no ambiente trabalho, para que assim possamos encontrar 
“problemas-detalhes” e efetuarmos mudanças significativas em nosso cotidiano. 
Palavras – chaves: Ergonomia. Produtividade. Análise Ergonômica. 
 
ABSTRACT 
Ergonomics is a science that studies the relationship between human beings and their 
where its purpose is to provide a productivity increase related to the posture adopted, 
optimize the time of the employee / operator in their daily task and cause the least 
possible discomfort. An in-depth study in the administrative sector of a pharmacy 
reveals can be happening in the most varied branches of Brazil and the world, whether 
the company a car assembler or an accounting office. In this article we highlight the 
importance of a careful ergonomic analysis in the work environment, so that we can 
find "problems-details" and make significant changes in our daily life. 
Key words: Ergonomics; Productivity; Ergonomic Analysis. 
 
 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
A palavra de origem grega “ergon” (trabalho) e “nomos” (normas) nos faz 
entender que a ergonomia é exclusivamente o estudo corporal do homem em seu 
local de trabalho, porém essa ciência pode ser aplicada também em nossos 
momentos de lazer. 
Uma ciência antiga, e já aplicada a centenas de anos, foi sendo aperfeiçoada 
ao longo do tempo. Hoje podemos definir a finalidade da ergonomia como justamente 
a correção postural do corpo e simultaneamente com esta diretiva, a adequação e/ou 
adaptação do ambiente a nossa volta aos padrões antropométricos da pessoa que 
usufruirá deste. 
“A ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao 
homem. O trabalho aqui tem uma acepção bastante 
ampla, abrangendo não apenas aquelas máquinas e 
equipamentos utilizados para transformar os materiais, 
mas também toda a situação em que ocorre o 
relacionamento entre o homem e seu trabalho.” (IIDA, 
1997). 
“Esforços estáticos, caracterizam-se por um estado de 
contração prolongada da musculatura e exigem 
manutenções na postura, são os tipos de esforços que a 
ergonomia busca evitar através da avaliação dos 
trabalhos que exigem muito tempo em pé ou sentado” 
(KROEMER, 2005). 
Segundo Abrahão (2009), durante anos, muitas empresas, exclusivamente da 
metade do século XVIII ao fim do século XIX, período em que ficou conhecido por sua 
mudança no método de produção fabril, e que mais tarde veio a ser conhecido como 
Revolução Industrial, tinham como seu objetivo principal a produção em massa. Com 
a descoberta de máquinas a vapor, onde o homem poderia produzir muito mais do 
que o habitual, uma mentalidade foi cravada na mente dos empresários da época, 
“produção a todo custo”, e esse custo era a saúde física e mental do operário. Sendo 
assim o operário se adaptava ao equipamento/maquinário, realizando movimentos e 
esforços repetitivos durante toda sua jornada de trabalho, o que consequentemente 
causaria sérios danos psicofisiológicos. 
O mesmo autor, complementa que alguns cientistas administradores da época, 
tal qual o famoso Frederick Taylor (1856-1915), já estudava uma melhor maneira de 
produção sem que causasse a fadiga dos operadores, encontrando métodos para que 
houvesse o menor desgaste possível, mas vale ressaltar, sempre com enfoque na 
produção e nunca no trabalhador. 
https://www.blucher.com.br/autor/detalhes/julia-abrahao-74
https://www.blucher.com.br/autor/detalhes/julia-abrahao-74
 
 
3 
 
No início do século XX, marcadas pelas guerras entre países europeus, 
estudiosos se propuseram a estudar melhorias para os soldados em meio aos 
conflitos, o primeiro ponto a ser ressaltado foi a diferença corporal e mental entre os 
soldados, sendo assim os generais e comandantes não poderiam se aproveitar de 
sistemas/armamentos padrões, já que isso implicaria na baixa eficácia dos mais 
variados soldados, cada homem deveria carregar o equipamento correto e a 
quantidade necessária de acordo com seu corpo, essas observações foram de suma 
importância para o desenvolvimento militar, o que anos mais tarde levariam os 
exércitos a procurarem por um porte físico padrão, pois seria mais vantajoso e mais 
barato armar e adaptar homens semelhantes fisicamente. A ergonomia surgiu 
oficialmente em meados de 1949 após anos de sofrimento operário e o fim das guerras 
mundiais, com intenção definitiva de estudar o ambiente para o homem, formaram-se 
associações determinadas a discutir, regrar, aperfeiçoar e implementar métodos em 
nosso cotidiano, assim se tornando cada vez mais uma ferramenta indispensável em 
nossas vidas e principalmente em nosso trabalho, trazendo benefícios aos “dois lados 
da moeda” (empresa e funcionário) (ABRAHÃO, 2009). 
DULL (2004) afirma que a relação entre o homem e a máquina ocorreu durante 
a IIª Guerra Mundial, tendo como objetivo aperfeiçoar o uso de aparelhamentos 
militares pelos combatentes. Estudar a relação entre o homem e a máquina fora 
aperfeiçoado juntamente com a área da medicina, utilizados no pós-guerra. Esse 
aproveitamento contribuiu para o desenvolver de uma área inovada tecnologicamente, 
apartada da ciência tradicional: O primeiro momento em que a palavra ergonomia 
surgiu, foi na Inglaterra em 1949. 
O entendimento da ergonomia nas empresas com foco no trabalhador, em 
tarefas organizadas, que segundo Brown (1995) o conceito usabilidade foi definido 
como sendo uma relação estabelecida entre usuários, atividades, os equipamentos e 
os diversos impáctos do ambiente no qual o trabalhador se vale com sistema 
produtivo. 
A Ergonomia dentro dos ambientes administrativos brasileiro, afirma Marins 
(2004), iniciou o seu desenvolvimento na área acadêmica em 1983, com a criação da 
ABERGO (Associação Brasileira de Ergonomia). 
Quanto ao atendimento a Lei Trabalhista, normalizada pelas Normas 
Regulamentadoras, a Ergonomia consta na norma número 17 de 1978. A NR17 como 
https://www.blucher.com.br/autor/detalhes/julia-abrahao-74
https://www.blucher.com.br/autor/detalhes/julia-abrahao-74
 
 
4 
 
é comumente chamada, regulamenta a Lei 3214/78, estabelecendo parâmetros que 
levam a adequação do posto de trabalho ao trabalhador. 
Os princípios da ergonomia são definidos por Martins (1998), como a busca da 
maximização com qualidade de vida do “corpo” do trabalhador no seu espaço de 
trabalho. Esses princípios de movimentos, são definidos pelo autor como princípios 
de: 
I - Utilização do corpo: 
I1. Mãos trabalhando em movimentos simultâneos. 
I2. Mãos paradas simultaneamente. 
I3. Braços em movimentos simétricos. 
I4. Movimentos simples das mãos. 
I5. O uso do impulso é necessário. 
I6. Movimentos das mãos suaves e contínuos. 
I7. Utilizarmovimentos precisos com as mãos. 
I8. Ritmo de trabalho mantido. 
II - Local do trabalho: 
II1. Manter um local de armazenamento de ferramentais e materiais. 
II2. A antropometria ado trabalhador deve ser obedecido quanto ao acesso 
ao ferramental e materiais. 
II3. A gravidade deve ser utilizada na movimentação de materiais. 
II4. Alimentadores devem ser usados para evitar excesso de carga a ser 
transportada pelo trabalhador. 
II5. A sequência lógica da movimentação deve ser observada. 
II6. A higiene ocupacional do ambiente deve ser observada (luz, ruídos, 
temperatura, umidade, eletricidade). 
II7. O conjunto de cadeiras e mesas devem seguir padrões ergonômicos. 
Esses princípios levam ao alcance de uma melhor produtividade e menor 
absenteísmo, sem prejudicar o trabalhador em seu local de trabalho. 
 
 
5 
 
Maciel (2017) discorre sobre alguns problemas da falta desses princípios dentro 
de um ambiente administrativo, como: 
– A falta de exercício laboral, pré-dispões ao aparecimento de LER (Lesão por 
Esforço Repetitivo) e anomalias da má-postura, por cadeiras não reguláveis, 
problemas de visão se a iluminação for insuficiente ou em excesso, participando da 
perda da eficiência das tarefas. A carga excessiva de trabalho com pausas de 
descanso por vezes inexistentes. 
1.1. Ergonomia atualmente 
Vivemos em um mundo moderno onde cada vez menos trabalhos braçais são 
realizados, máquinas modernas invadem as indústrias e fábricas e computadores e 
celulares facilitam nossa compreensão sobretudo, estima-se que 75% da população 
trabalhará sentada nos próximos 30 anos. As corporações tomam conta do mercado 
de trabalho a cada dia, se pensarmos que passamos 8 horas dentro de um escritório 
e que segundo uma pesquisa com 2 mil pessoas feita pela organização British Heart 
Foundation e pelo grupo Get Britain Standing que identificou que 45% das mulheres 
e 37% dos homens ficam de pé menos de 30 minutos por dia enquanto estão no 
escritório, chegamos a conclusão de que quase metade das mulheres e homens 
passam 93,75% de seu tempo sentados em frente a um computador, o que é um 
grande risco para o aparecimento de lesões tais quais a LER/DORT (PAULA, 2016). 
Para essa autora, LER (Lesões por Esforço Repetitivo) e DORT (Doenças 
Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho), são os nomes dados às doenças 
ocupacionais causadas por movimentos repetitivos que exigem força em sua 
execução. Seus sintomas são basicamente dores em tendões e articulações, 
dificuldade para movimentar membros, formigamento, fadiga muscular, sensibilidade 
e inflamação. Após detectar alguns destes sintomas, é imprescindível a procura de 
um médico especializado, e nunca fazer uma automedicação. Esses problemas 
podem acarretar em consequências mais graves futuramente se não diagnosticar o 
que está causando o desconforto e não tratar da forma correta. 
Por se tratar de um tema atual e que cada vez mais se torna preocupante para 
as empresas, utilizamos o resultado da AET (Análise Ergonômica do Trabalho) no 
setor administrativo de uma farmácia localizada na grande São Paulo, onde são 
entregues medicamentos de diversas patologias aos pacientes. Esta análise baseou-
se no acompanhamento da rotina dos colaboradores, no turno de trabalho e nas 
atividades desenvolvidas. 
 
 
6 
 
Os fatores levados em consideração foram: ambiente, mobiliário, 
equipamentos e ferramentas, postura corporal adotada e comportamentos dos 
funcionários. Após um exame crítico destes fatores, a AET concluiu que funcionários 
que ali atuam, passam demasiado tempo sentados a frente de seus computadores, 
sendo este um ambiente propício para o aparecimento das LER/DORT. 
Nos ambientes de trabalho, nas situações habituais, a ergonomia é focada no 
trabalhador, dentro de se evitar situações inseguras, insalubres, desconfortável e de 
ineficácia laboral, a favor da manutenção da integridade física e psicológica do homem 
(MOTTA, 2009). 
Quanto a saúde do trabalhador, Nascimento (2016), dentro de uma abordagem 
pública apresenta que: 
A Política Nacional de Saúde do Trabalhador tem como 
finalidade definir os princípios, as diretrizes e as 
estratégias a serem observados pelas três esferas de 
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para o 
desenvolvimento da atenção integral à saúde do 
trabalhador, com ênfase na vigilância, visando á 
promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a 
redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de 
desenvolvimento e dos processos produtivos. Em relação 
aos trabalhadores, há que se considerarem os diversos 
riscos ambientais e organizacionais aos quais estão 
expostos, em função de sua inserção nos processos de 
trabalho. Assim, as ações de saúde do trabalhador devem 
ser incluídas formalmente na agenda da rede básica de 
atenção à saúde. Dessa forma, amplia-se a assistência já 
ofertada aos trabalhadores, na medida em que passa a 
olhá-los como sujeito a um adoecimento específico que 
exige estratégias – também específicas – de promoção, 
proteção e recuperação da saúde (Ministério da Saúde 
- Secretaria de Políticas de Saúde) (NASCIMENTO, 
2016) 
Conforme Botelho (2018), o bem-estar do trabalhador está de forma geral, nos 
aspectos relacionados às condições de segurança e higiene do trabalho, que visam 
analisar o posto de trabalho, as condições ambientais do trabalho, os tipos de 
atividades realizadas, e os métodos adotados para a execução destas. Diante deste 
cenário de atenção ao trabalhador e sua relação com sua atividade laboral, destaca-
se a ergonomia. Nesse contexto apresentado, esta pesquisa tem como objetivo a 
análise ergonômica da atividade laboral realizada por trabalhadores do setor 
administrativo de uma farmácia. 
1.2 Fatores humanos no ambiente laboral administrativo 
 
 
7 
 
A fadiga a monotonia e a falta de motivação são aspectos importantes que 
motivam ou desmotivam a atividade laboral no setor administrativo. 
Para Iida (2002), o homem se apresenta pronto para o trabalho em momentos 
que o rendimento laboral é diminuto quanto a possibilidade da ocorrência de 
acidentes. Alguns fatos dão condições a um estado favorável para o trabalho. Os de 
maior gravidade são o técnico-humano pela falta de treinamentos e a função do 
organismo do homem, ou seja, os aspectos da fisiologia humana. Quanto ao horário 
do dia, se manhã, tarde ou noite, também é um fator de estudo preponderante. Há 
fisiologias que preferem um horário a outro. 
1.3 Atividades monótonas 
A monotonia é quando o organismo reage a ambientes com pouco estímulo à 
atividade laboral. Os sintomas são a percepção de cansaço, apatia, morosidade e 
uma redução da aplicação. Kroemer e Grandjean (2005) apresentam a monotonia no 
trabalho como sendo o maior causador do crescente absenteísmo nas empresas de 
atividade administrativa. As atividades delongadas e cíclicas de baixa complexidade 
acercar-se ao crescimento da monotonia. 
Segundo Iida (2002) alguns agravos causados pela monotonia, são em função 
da diminuta duração do período de trabalho e restrição dos movimentos corporais. A 
má iluminação dos locais, por vezes com temperatura extrema, com ruído acima dos 
limites estabelecidos em lei, levando aos profissionais a redução da sua atenção a 
atividade, assim como o aumento do tempo de reação por reflexo. 
1.4 Fadiga laboral 
Grandjean (1998), define a fadiga como sendo uma relação entre a capacidade 
de produção reduzida, para qualquer atividade laboral. Vários aspectos se somam em 
resultar a redução da capacidade de executar atividades, como fisiológicos, 
psicológicos, a motivação diminuída e o envolvimento social com superiores e 
companheiros de tarefa, e por fim, os ambientais como a iluminação inadequada, 
ruídos excessivos, temperaturas extremas. 
1.5 Motivação 
O homem tem uma força interna que acelera o ir à busca de seus objetivos. 
Essa força interna é acionada pela denominada motivação. O trabalhadormotivado 
 
 
8 
 
trabalha mais e com melhor qualidade, gerando menor número de falhas e 
consequentemente com menos monotonia e fadiga. 
1.6 Posturas do corpo humano 
A postura do corpo humano é geralmente, definida pelo tipo da atividade 
relacionada ao posto de trabalho. Más posturas durante muito tempo prejudicam as 
musculaturas e articulações. Uma postura ideal é aquela que o corpo sofre o mínimo 
de carga em suas estruturas musculares, tendo o menor consumo de energia com o 
máximo possível de um corpo eficiente (DUL & WEERDMEESTER, 2004). 
Conforme Iida (2002), corpo admite posturas em posições como: 
• Deitada: sem concentração de tensão muscular. 
• Sentada: exige esforço muscular no ventre e dorso. 
• Em pé: é a mais fatigante para toda a musculatura do corpo. 
Dentre elas, a sentada tem vantagens, pois o corpo posiciona-se bem apoiado 
em superfícies como mesa, cadeira e piso. 
2. METODOLOGIA 
Os profissionais que desempenham suas atividades neste setor administrativo 
da farmácia em estudo são única e exclusivamente o farmacêutico e o auxiliar 
administrativo. A metodologia utilizada no presente trabalho se deu primeiramente 
através do recebimento e análise de queixas de alguns colaboradores do setor 
administrativo a dores no corpo (tabela 1). 
Tabela 1 – Região de queixas 
Sexo Região de queixa 
Feminino Pescoço 
Feminino Punho 
Feminino Braços 
Feminino Pernas 
Feminino Pescoço 
Masculino Cotovelo 
Feminino Pescoço 
Masculino Pernas 
Fonte: Autores 
Também foram constatados alguns afastamentos, faltas e restrições de 
trabalho no setor administrativo (tabela 2), podemos verificar que grande parte se deve 
a incidentes ergonômicos. 
 
 
9 
 
Tabela 2 – Consequência X CID - 10 
Consequência CID – 10 
Restrição a atividade M75.5 – Bursite do ombro 
Afastamento M65 – Sinovite e tenossinovite 
Restrição a atividade M65.2 Tendinite calcificada 
 
Restrição a atividade M65.0 Abscesso da bainha tendínea 
 
Afastamento G56.0 Síndrome do túnel do carpo 
Restrição a atividade M75.0 Capsulite adesiva do ombro 
 
Restrição a atividade M76.7 Tendinite do perôneo 
 
Afastamento 
 
F33.0 Transtorno depressivo recorrente, 
episódio atual leve 
 
Fonte: Autores 
Os afastamentos e restrições ao setor em estudo, acarretaram em ausências e 
falta de pessoal para atender a demanda de pacientes, com isso notou – se que o 
nível de estresse e sobrecarga de trabalho dos demais colaboradores que 
permaneceram no setor aumentou consideravelmente. 
Figura 1a – Pesquisa aplicada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autores 
http://www.medicinanet.com.br/cid10/7982/m652_tendinite_calcificada.htm
http://www.medicinanet.com.br/cid10/7982/m652_tendinite_calcificada.htm
http://www.medicinanet.com.br/cid10/7980/m650_abscesso_da_bainha_tendinea.htm
http://www.medicinanet.com.br/cid10/7980/m650_abscesso_da_bainha_tendinea.htm
http://www.medicinanet.com.br/cid10/8030/m750_capsulite_adesiva_do_ombro.htm
http://www.medicinanet.com.br/cid10/8030/m750_capsulite_adesiva_do_ombro.htm
http://www.medicinanet.com.br/cid10/8045/m767_tendinite_do_peroneo.htm
http://www.medicinanet.com.br/cid10/8045/m767_tendinite_do_peroneo.htm
http://www.medicinanet.com.br/cid10/5353/f330_transtorno_depressivo_recorrente_episodio_atual_leve.htm
http://www.medicinanet.com.br/cid10/5353/f330_transtorno_depressivo_recorrente_episodio_atual_leve.htm
http://www.medicinanet.com.br/cid10/5353/f330_transtorno_depressivo_recorrente_episodio_atual_leve.htm
http://www.medicinanet.com.br/cid10/5353/f330_transtorno_depressivo_recorrente_episodio_atual_leve.htm
 
 
10 
 
Após estas queixas e dados de restrições e afastamentos no setor, foi realizada 
uma pesquisa de campo (figuras 1a e 1b) com todos colaboradores do setor para 
entender e verificar se algum destes colaboradores sentiam desconfortos ou dores, 
onde se constatou que o trabalho neste setor é realizado em turnos: das 07:00 ás 
13:00 horas e das 13:00 ás 19:00 horas, sendo que em cada turno temos 38 
colaboradores, totalizando 76 colaboradores, sendo 63 femininos e 13 masculinos, os 
dados de queixas por região do corpo podem ser visualizados na tabela 3. 
Figura 1b – Pesquisa aplicada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autores 
Após a quantificação destes dados, foi realizada uma análise ergonômica no 
setor, a técnica aplicada baseia-se no FMEA (Failure Mode Effect Analysis), uma 
ferramenta utilizada para verificar possíveis falhas em produtos ou processos, e que 
apresenta ações de melhorias para as falhas encontrada. 
 
 
 
11 
 
Tabela 3 – Sexo X Região do corpo 
Região do corpo Feminino Masculino 
Mãos 8 1 
Punhos 59 9 
Cotovelos 34 3 
Antebraço 27 7 
Braço 33 6 
Dedos 1 0 
Pescoço 57 7 
Ombros 48 8 
Pernas 38 4 
Costas 55 5 
Cabeça 42 3 
Olhos 17 1 
Fonte: Autores 
Esta técnica é capaz de analisar e identificar as exigências e os riscos 
ergonômicos relacionados a cada função. Este artigo substanciará as recomendações 
para as ações relacionadas a cada função, objetivando colocar em prática o plano de 
ação para prevenir, minimizar ou eliminar riscos ergonômicos nas atividades 
desenvolvidas. 
A NR-17 (Norma Regulamentadora 17, 2019) tem como objetivo de esclarecer 
os aspectos que devem ser considerados na elaboração de uma Análise Ergonômica 
do Trabalho. Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições 
de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a 
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho. 
Esta norma é um importante instrumento para garantir a segurança e a saúde 
dos trabalhadores. 
Objetivos do método: 
• Reconhecer e avaliar as exigências e riscos ergonômicos através de uma visão 
pró- ativa; 
• Identificar ações que possam eliminar ou reduzir a chance de problemas 
ergonômicos. 
Para cada alvo de análise, foram selecionadas classes que servem de guia na 
identificação de exigências e irregularidades. São agrupadas as seguintes classes: 
 
 
 
 
12 
 
Quadro 1 – Classes x Característica dos riscos 
 
N° 
 
 
Classes 
 
Caracterização 
 
1 Interfaciais Posturas prejudiciais resultantes de inadequações do campo de 
visão/tomada de informações, do envoltório acional/alcances, 
do posicionamento de componentes comunicacionais, da 
morfologia e topografia dos apoios, com prejuízos para os 
sistemas muscular e esquelético. 
2 Instrumentais Incongruentes arranjos físicos de painéis de informações e de 
comandos, que acarretam dificuldades na tomada de 
informações e de acionamentos, em face de inconsistências de 
navegação e de exploração visual, com prejuízos para a 
memorização e para a aprendizagem. 
3 Informacionais Deficiências na detecção, discriminação e identificação de 
informações, em telas, painéis, mostradores e placas de 
sinalização, resultantes da má visibilidade, legibilidade e 
compreensibilidade de signos visuais, com prejuízos para a 
percepção e para a tomada de decisões. 
4 Acionais Constrangimentos, biomecânicos no ataque acional a 
comandos e empunhaduras; ângulos, movimentação e 
aceleração, que agravam as lesões por traumas repetitivos. 
Dimensões, conformação e acabamento, que prejudicam a 
apreensão e acarretam pressões localizadas e calos. 
5 Movimentacionais Excesso de peso, distância do curso da carga, frequência de 
movimentação dos objetos a levantar ou transportar, 
Desrespeito aos limites recomendados de movimentação 
manual de materiais, com riscos para o sistema músculo 
esquelético. 
6 De deslocamento Excesso de caminhamentos e deambulações. Grandes 
distâncias a serem percorridas para a realização das atividades 
da tarefa. 
7 Espaciais Deficiência de fluxo, circulação, isolamento; má aeração, 
insolação, iluminação, isolamento acústico, térmico, radioativo. 
Falta de otimização luminosa, da cor, da ambiência gráfica, do 
paisagismo. 
8 Operacionais Ritmo intenso, repetitividadee monotonia, pressão de prazos de 
produção e de controles. 
Fonte: Autores 
Após a determinação das caracterizações perante as observações de classes, 
foram levantadas as possíveis exigências. Estas podem ser classificadas com a 
nomenclatura da patologia e especificação da região, ou simplesmente pela 
delimitação da região. É possível, com a identificação de caracterização e exigências, 
sugerir propostas de melhorias. 
Tendo conhecido todos estes fatores, organizou-se então a planilha de análise 
ergonômica do trabalho, tendo em sua principal estrutura: 
 
 
13 
 
• Caracterização - Descrição do aspecto observado, quais os fatores que podem 
levar a risco ou grandes exigências, a partir de sua classe. O aspecto é definido 
como a maneira pela qual possa agredir a saúde ou segurança do trabalhador 
ou causar distúrbio operacional (falha; erro); 
• Exigência - Efeito da caracterização. São descritas as possíveis exigências 
para cada caracterização, de uma forma pró - ativa, assumindo-se o que pode 
ocorrer, mas não necessariamente vai acontecer. 
Quadro 2- Escala de Severidade- S 
 
Escala 
 
 
Descrição 
 
Definição 
 
 
 
3 
 
 
Grave 
Podem surgir afastamentos e impactos no absenteísmo, 
prejudicando com isso a saúde do empregado, e gerando custos 
para a empresa em atenção a este problema. O evento poderá criar 
um non-compliance com regulamentações governamentais, o que 
acarreta em não atendimento à Requisitos Legais. Consequências à 
produtividade, implicando em atrasos no tempo previsto de produção 
ou em redução quantitativa do trabalho planejado. 
 
2 
 
Moderada 
Haverá procuras e consultas ambulatoriais por reclamações de 
sensações dolorosas e/ou desconfortos. Estes desconfortos 
poderão impactar em uma pequena perda da produtividade. 
1 Baixa A atividade poderá criar um desconforto para o funcionário, mas 
suas reclamações não chegam em nível de procura ambulatória, 
afastamentos e/ou registros. Estes desconfortos ou reclamações de 
nada interferem na produtividade. 
Fonte: Adaptado da AET do local analisado. 
Quadro 3 - Escala de Ocorrência- O 
Escala Descrição Definição 
3 Alta Este tipo de risco vem acontecendo com frequência na organização. 
Uma ocorrência mês, ou uma probabilidade de 1 ocorrência em 10 
eventos. 
2 Moderado Existe histórico razoável de ocorrências do risco na organização. Um 
exemplo de mais que 1 ocorrência a cada ano. 
1 Baixo Relativamente pouquíssima ou nenhuma ocorrência. 
Fonte: Adaptado da AET do local analisado. 
OBS - Os dados pesquisados podem ser os índices de absenteísmo, reclamações 
ambulatoriais, consultas, acidentes, ou aplicação de questionários, entrevistas, e 
protocolos de pesquisa desenvolvidos pelos avaliadores. 
 
 
14 
 
Quadro 4 - Escala de Controle de Risco- C 
Escala Descrição Definição 
3 
Inexistente 
Não existe um processo ou um controle organizacional que permita 
o controle do risco. Não existe um plano e uma conscientização 
para lidar com o risco. 
2 
Remoto 
Existe um plano para lidar com o risco, mas existem algumas 
dúvidas sobre sua eficácia. Há ausência de procedimentos formais. 
1 
Certo 
Existem processos ou controles organizacionais bastante 
estabelecidos, amadurecidos e eficazes para controle deste tipo de 
risco. Existe um bom histórico de eficácia destes processos lidando 
com riscos como estes. 
Fonte: Adaptado da AET do local analisado. 
NPI - Priorização de Intervenções: Demonstra a atitude a ser tomada na prevenção, 
eliminação, ou minimização do risco, de acordo com a sua prioridade. Devem-se fazer 
esforços para que os índices sejam os menores possíveis, visando a melhoria da 
condição observada e a prevenção do risco de maneira proativa. 
Conforme o resultado, quanto maior, pior a condição, mais prioritária será a 
intervenção e o controle. Equação de priorização: S x O x C = NPI 
O resultado desta multiplicação também pode ser priorizado de acordo com o 
quadro a seguir: 
Quadro 5 - Faixas de enquadramento da somatória da pontuação obtida após a análise dos fatores 
Escala Descrição Definição 
 
Ate 1 ponto 
TRIVIAL 
Baixíssimo Risco 
Nenhuma ação é requerida e nenhum registro 
documental precisa ser mantido. 
De 2 a 3 
pontos 
TOLERÁVEL 
Baixo Risco 
A monitoração é necessária para assegurar que os 
controles são mantidos. 
De 4 até 9 
pontos 
MODERADO 
Médio Risco 
Pode-se considerar uma solução mais econômica ou a 
aperfeiçoamento que não imponham custos extras (de 
longo prazo). 
De 12 até 18 
pontos 
 
SUBSTANCIAL 
Alto Risco 
Devem ser feitos esforços para reduzir o risco em 
médio prazo. Os custos devem ser cuidadosamente 
medidos e limitados. As medidas devem ser 
implementadas dentro de um período de tempo 
definido. 
27 pontos INTOLERÁVEL 
Altíssimo Risco 
Ações urgentes devem ser tomadas. Deve-se reduzir o 
risco com recursos ilimitados. O Risco deve ser 
reduzido (em curto prazo). Recursos consideráveis 
poderão ter de ser alocados. 
Fonte: Adaptado da AET do local analisado. 
 
 
 
15 
 
2.1. Análise do setor/funções 
O local de desenvolvimento das atividades tem as seguintes características de 
acordo com a AET do local: Área total de 105 m², piso Paviflex, ventilação natural, 
iluminação artificial. 
FUNÇÃO: Auxiliar Administrativo. 
Realiza as tarefas e rotinas administrativas da Unidade organização do 
atendimento e distribuição de números; organização e manutenção do arquivo 
de prontuários e armário de materiais, organização do espaço de atendimento 
e escritório; agendamento das atividades externas da farmácia; zelo e 
conservação do material da organização – Quadros 6 e 7. 
FUNÇÃO: Farmacêutico 
Presta assistência farmacêutica, desenvolve atividades referentes a logística 
de medicamentos, treinamentos, supervisão de funcionários, análise de 
prescrição médica, acompanhamento de estagiários, supervisão de 
fracionamento de medicamentos, inventários, livro de psicotrópicos, 
normatização no fluxo de atividades, entrada e saída de medicamentos no 
sistema da farmácia – Quadros 6 e 7. 
Quadro 6 – Atividade x Caracterização 
Atividade Caracterização 
 
 
 
 
 
 
Auxiliar 
Administrativo/ 
Farmacêutico 
 
Interfaciais: Atenção com posturas inadequadas na realização das tarefas 
no setor. Teclado apoiado em superfícies sem mecanismos de regulagem 
independentes, posto de trabalho sem apoio para os pés adequado, sem 
apoio para os punhos. Mesa de trabalho com pouco espaço para as 
pernas, CPU embaixo da mesa utilizando espaço físico para as pernas do 
colaborador. Flexão do pescoço. 
Instrumentais: Monitor apoiado em superfícies sem mecanismos de 
regulagem independentes. 
Informacionais: Não procede. 
Acionais: Não procede. 
Movimentacionais: Não procede. 
De Deslocamento: Não procede 
Espaciais: Conforto térmico, luminosidade, ruído e umidade relativa do ar 
adequada. 
Operacionais: Ritmo de trabalho moderado. 
Fonte: Adaptado da AET do local analisado. 
 
 
 
 
16 
 
Quadro 7 – Exigências 
Exigências S O C Controles NPI Observações 
Interfaciais: Posturas inadequadas poderão 
ocasionar problemas de cervicalgia, 
lombalgia e tendinopatias. Implantação e 
utilização de regulagem da altura do teclado, 
apoio móvel para os pés e apoio para os 
punhos. Acondicionar o CPU em local 
apropriado e permitir melhor espaço físico 
para as pernas do colaborador. Essas 
medidas facilitam o processo de prevenção. 
2 1 2 Remoto 4 Intervenção 
em longo 
prazo 
Instrumentais: Implantação e utilização de 
regulagem da altura do monitor. Essa medida 
facilita o processo de prevenção. 
1 1 2 Remoto 2 Intervenção 
em longo 
prazo 
Informacionais: Não procede 1 1 1 Não 
procede 
1 Nenhuma 
ação é 
requerida 
Acionais: Não procede. 1 1 1 Não 
procede 
1 Nenhuma 
ação é 
requerida 
Movimentacionais: Não procede. 1 1 1 Não 
procede 
1 Nenhuma 
ação é 
requerida 
De deslocamento: Não procede. 
Operacionais: Ritmo moderado.1 1 1 Não 
procede 
1 Nenhuma 
ação é 
requerida 
Espaciais: Adequado 1 1 1 Não 
procede 
1 Nenhuma 
ação é 
requerida 
Fonte: Adaptado da AET do local analisado. 
Observa-se, que no setor os colaboradores permanecem grande parte de sua 
jornada de trabalho com pescoço curvado, as farmacêuticas trabalham 80% da 
jornada em pé, a postura é limitada pelo tipo de trabalho, o monitor de computador 
está baixo do ângulo de visão, a cadeira possui ajuste manual, suas funcionalidades 
não estão sendo utilizadas, deixando os colaboradores afastada do encosto, forçando 
a região lombar, desalinhamento de antebraço, punhos e mãos em relação ao teclado. 
Com isto houve o estudo de melhorias e possíveis adaptações nos locais do trabalho, 
como treinamentos de ergonomia, ginástica laboral para os colaboradores, utilização 
de apoio para os pés para colaboradores que não conseguiam alcançar o nível do 
piso e manter o ângulo recomendado de 90°, desenvolvimento de campanhas para 
disseminar técnicas de alongamento através de diálogos, reportagens, e-mail, 
adequação de cadeiras irregulares dos setores inserindo dispositivos de ajustes. 
 
 
17 
 
Figura 2 – Postura correta do colaborador x posto de trabalho 
 
Fonte: Adaptado da AET do local analisado. 
3. RESULTADOS E DISCUSÕES 
A problemática ergonômica dos aspectos físicos da organização do trabalho, 
se demonstram em condições pouco favoráveis quanto á saúde e bem-estar dos 
trabalhadores, atingindo a qualidade das tarefas realizadas na organização. Dessa 
forma, o propósito foi averiguar quais as decorrências das tarefas de trabalho em face 
á saúde dos colaboradores, conforme aspectos físicos da organização do trabalho. 
A análise dos resultados revela que os desgastes físicos dos trabalhadores que 
exercem atividades operacionais em algumas funções são altos. 
Isto acarreta cansaço físico e mental ao final do dia de trabalho. Entende – se que 
essa agitação deve – se, em parte, ao excessivo arranjo físico do ambiente de trabalho 
somado aos movimentos repetitivos e levantamentos e deslocamentos de cargas 
pesadas. 
 
 
18 
 
Isto confirma que o desgaste físico e emocional é elevado devido as condições 
ergonômicas serem inapropriadas para a execução das atividades, as pressões a que 
os trabalhadores estão submetidos podem ser tanto no âmbito psico – afetivo, quanto 
no âmbito físico. 
Após as melhorias realizadas nos mobiliários e equipamentos do local, bem 
como os treinamentos e campanhas desenvolvidas a fim de orientar os funcionários, 
foi realizada uma nova pesquisa e acompanhada diariamente as possíveis queixas 
referentes a ergonomia, notou – se uma melhoria significativa na questão. 
Os funcionários que estavam restritos a desenvolverem suas atividades no 
local, após nova avaliação da medicina do trabalho retornaram ao setor aptos a 
desenvolverem suas atividades normalmente, conforme tabela 4 podemos verificar o 
número de queixas após algum tempo da implantação de melhorias citadas acima. 
Tabela 4 – Queixas após implantação de melhorias 
Sexo Região de queixa 
Feminino Olhos 
Feminino Ombro 
Fonte: Autores 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Conforme podemos notar nas pesquisas, são notórias a melhoria e a satisfação 
dos funcionários dos setores, tornando o ambiente mais harmonioso e diminuindo 
drasticamente o absenteísmo e falta dos colaboradores ao setor, evitando assim 
sobrecarga aos colegas de trabalhos e futuros processos trabalhistas por conta de 
doenças ocupacionais relacionadas com aspectos ergonômicos do ambiente de 
trabalho. 
Na análise dos resultados, pode ser observado que o estudo de caso 
apresentou falhas nas condições físicas de trabalho, exatamente relacionadas ao 
ambiente administrativo, que por sua natureza específica foi negligenciado em 
detrimento de setores denominados de produção. 
Não obstante que os setores de produção também carecem de uma análise 
profunda como essas, porém, esse trabalho não se ocupou em analisar tal setor 
produtivo. 
Alguns trabalhadores descreveram anomalias lombares e cansaço nas pernas 
pelas posturas durante o período de trabalho, isso é fato apesar de atividade ser 
 
 
19 
 
administrativa, onde o labor ocorre em grande parte de modo sentado. Postura que 
melhor posiciona a musculatura do corpo humano durante a jornada de trabalho. 
Assim, recomendações para elevar a qualidade de vida no trabalho desses 
trabalhadores no que se refere às condições físicas e organizacionais de trabalho, e 
consequentemente melhorar a qualidade e produtividade dos serviços da empresa, 
foram dadas. Espera-se que realmente a empresa atente a real necessidade de uma 
ação efetiva e imediata quanto as ações propostas e identificadas por essa pesquisa 
científica. 
Atendeu aos seus objetivos propostos, que foi analisar ergonomicamente os 
postos de trabalho, bem como, apresentar as medidas corretivas necessárias e 
suficientes para corrigir os riscos decorrentes dos riscos ergonômicos, presentes nos 
ambientes, atividades, operações e postos de trabalho. 
Essa pesquisa dentro de seu levantamento, pôde deixar para pesquisas futuras, 
uma linha mestra quanto a obtenção e análise das questões ergonômicas das 
atividades laborais de funções outras desse ramos de atividade estudado, tanto ainda 
dentro do setor administrativo como dentro da área produtiva. 
5. REFERÊNCIAS 
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Foco – Volume 16, capítulo 9, 2018. Editora Poison, Belo Horizonte, MG. Disponível 
em: < https://poisson.com.br/2018/produto/gestao-da-producao-em-foco-volume-
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São Paulo. Edgard Blücher, 2004. 
GRANDJEAN, Etienne. Manual de Ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 
4 ed. Porto Alegre: Bookman, 1998. 
IIDA, Ítiro. Ergonomia, projeto e produção. São Paulo: Edgard Blucher, 1ª edição - 
2002. 
IIDA, Ítiro. Ergonomia: Projeto e Produção. São Paulo: Editora Blucher, 2ª edição - 
2005. 
KROEMER, K. H. E. Manual de Ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 
Porto Alegre: Bookman, 4ª edição, 2005. 
MACIEL, Jenifer da Silva. Ergonomia e Funcionalidade dos Serviços 
Administrativos do Primeiro Setor: Um estudo de caso com municípios do 
Estado do Rio de Janeiro. UFF/ICHS - Volta Redonda. 2017. Disponível em: 
https://www.blucher.com.br/autor/detalhes/julia-abrahao-74
https://www.blucher.com.br/autor/detalhes/julia-abrahao-74
https://www.blucher.com.br/autor/detalhes/laerte-idal-sznelwar-833
https://www.blucher.com.br/autor/detalhes/laerte-idal-sznelwar-833
https://www.blucher.com.br/autor/detalhes/diana-pinho-698
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20 
 
https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/5992/1/Jenifer%20da%20Silva%20Maciel.pdf. 
Acesso em: 01/06/2019. 
MARINS, Maria Margareth Maciel Lima, Ergonomia e sua implantação no Poder 
Judiciário, FGV, Rio de Janeiro, 2004. 
MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando Piero. Administração da 
produção. São Paulo: Saraiva, 1998. 
MOTTA, Fabrício Valentim. Avaliação ergonômica de postos de trabalho no setor 
de pré-impressão de uma indústria gráfica. 2009. Juiz de Fora, MG – Brasil. 
Disponível em: 
http://www.ufjf.br/engenhariadeproducao/files/2014/09/2009_1_Fabricio.pdf; Acesso 
em: 01/06/2019. 
NASCIMENTO, C.R.F.; ALVES, E.; LIMA, P.P.S.; DUARTE, S.; MORO, A.R.P. Um 
estudo sobre as consequências da ausência de ergonomia nas organizações. 
Revista Científica Semana Acadêmica - ISSN 2236-6717. Fortaleza, ano MMXIV, Nº. 
000056, 11/06/2014. Disponível em: https://semanaacademica.org.br/artigo/um-
estudo-sobre-consequencias-da-ausencia-de-ergonomia-nas-organizacoes; 
Acessado em: 02/05/2019.NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR-17 – 
Ergonomia, 2009. 
PAULA, Adma Jussara Fonseca; SILVA, José Carlos Plácido; SILVA, João Carlos 
Ricco. Avaliação de risco ergonômico em indústria de confecção através do 
método de análise postural RULA (Rapid Upper Limb Assessment). In: 
SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, Bauru, SP. Anais do XXIII SIMPEP - 
2016.

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