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Defeitos produzidos por alterações cromossômicas

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Millena Fernandes l @medmillena 
Defeitos produzidos por alterações dos 
cromossomos sexuais (DDS) 
CASO 1 
Jovem realiza o exame de sexagem fetal na 10. Semana de 
gestação. O resultado mostrou que o feto era do sexo 
feminino. Na 14a semana foi realizado o exame morfológico 
onde o médico encontra características que condizem com o 
sexo masculino. Nos próximos exames de imagem a mesma 
informação foi confirmada. Ao nascimento, a genitália 
masculina tinha aparência normal, sem ambiguidade. O 
testículo, em pequeno volume para a idade, foi identificado 
através de US. O pediatra solicitou o cariótipo apresentado na 
figura. 
 
 Sexo cromossômico do paciente: XX, feminino. 
 Sexo gonadal do paciente: masculino. 
 Motivo da alteração: crossing over incorreto na 
região pseudoautossômica e o cromossomo x 
carregou o sry do cromossomo y. 
 Infértil: o paciente não possui o cromossomo y 
completo, têm somente o gene sry → não tem os 
genes responsáveis pela produção de 
espermatozoides. 
 Ginecomastia: desenvolvimento de mamas. 
 Distribuição feminina dos pelos pubianos. 
 DDS 46 XX testicular (homem xx): incompatibilidade 
entre sexo gonadal e cromossômico. 
Disgenesia gonadal completa: caracterizada por genitália 
externa de aparência normal do sexo cromossômico oposto. 
CASO 2 
Paciente de 04 anos, foi encaminhado para endocrinologia 
pediátrica devido a presença de genitália ambígua. Ao exame 
físico, verificou-se a presença de saliências labioescrotais, 
parcialmente fusionadas na porção posterior, hipospadia 
penoscrotal (o meato uretral encontra-se situado na raiz do 
escroto), criptorquidia (testículos não descem), phallus com 1,5 
cm. 
 Cariótipo: 46 XX 
 US 
 pélvico: mostrou a presença de útero. 
 Exames de Imagem: Ovotéstis (tecido ovariano e 
testicular) a esquerda e Ovário a Direita. 
 Exames genéticos não detectaram a presença do 
gene SRY. 
 Têm incompatibilidade entre o sexo cromossômico e 
o sexo gonadal. 
 DDS ovotesticular, 46 XX (anteriormente nomeado 
de hermafroditismo verdadeiro). 
 
 Localização do gene 
Ex: 9q33 
9 número do par (cromossomo) 
Q representa o braço longo e P o braço curto. 
33 representa a posição/ banda onde o gene se encontra 
(região 3, banda 3) 
OBS: A duplicação do gene SOX9 pode gerar o 
desenvolvimento de uma genitália masculina. Ele está localizado 
no cromossomo X Se ele estiver duplicado no mesmo 
cromossomo X, pode-se desenvolver uma genitália masculina 
mesmo na ausência do sry. 
Outros genes também são responsáveis pela incompatibilidade 
de sexo gonadal e com o cromossômico. 
 
Desfecho: optou pelo sexo 
feminino; Realizado 
vulvoplastia + gonadectomia 
esquerda; Manteve 
acompanhamento regular 
até a adolescência; 
Puberdade espontânea aos 
11 anos, menarca aos 13 
anos; Acompanhamento na 
ginecologia; Casou-se aos 20 
anos e estava grávida na 
última consulta; Sem queixas 
psiquiátricas 
 
Millena Fernandes l @medmillena 
 
CASO 3 
Paciente de 02 anos de idade, criado no sexo masculino desde 
o nascimento. Ao exame físico, apresentou genitália ambígua, 
com aparência masculinizada, com hipertrofia do clitóris e 
fusão parcial dos grandes lábios para formar estrutura 
similar à bolsa escrotal. Exames de imagem: presença de 
ovário. 
Cariótipo: 46,XX 
Exames hormonais: dosagem de 17-hidroxiprogesterona 
elevada. 
 
 DDS 46, XX (anteriormente pseudohermafroditismo 
verdadeiro) 
 Hiperplasia suprarrenal congênita, HSC. 
 Alterações na biossíntese do cortisol: superprodução 
de esteróides com atividade androgênica (deficiência 
da 21-α-hidroxilase). 
 
Mutações no gene CYP21A2 (braço curto do cromossomo 6) 
resultam na deficiência de uma enzima, a 21-hidroxilase, 
que impede a síntese do hormônio cortisol, produzido nas 
glândulas supra renais, que resulta na virilização de fetos 
femininos. 
Desenvolvimento ovariano normal, mas produção excessiva de 
andrógenos causa masculinização da genitália externa, com 
hipertrofia do clitóris e fusão parcial dos grandes lábios para 
formar estrutura similar à bolsa escrotal. 
 
 
Em meninas recém-nascidas, os androgênios em excesso 
causam a masculinização da genitália externa, levando a uma 
condição chamada de síndrome adrenogenital. 
 Desfecho: 
- Optou pelo sexo feminino 
- Realizado vulvoplastia 
- Manteve acompanhamento regular até a adolescência; 
- Estava grávida na última consulta 
- Sem queixas psiquiátricas. 
CASO 4 
Paciente de 8 anos, criado no sexo masculino, queixa-se das 
alterações em sua genitália. Ao exame físico, apresentou 
formações lábios-escrotais não fusionadas, Phallus com 
1,5cm, gônadas palpáveis bilateralmente. 
Exames de imagem: presença de testículo. 
Cariótipo: 46, XY 
 
O tecido gonadal corresponde ao 
seu sexo cromossômico? 
Incompatibilidade reside no 
estabelecimento do sexo 
fenotípico: aqui, sua genitália 
interna e/ou externa apresenta 
características que são 
contrárias às normalmente 
esperadas para aqueles daquele 
dado sexo cromossômico e 
gonadal. 
 
Os androgênios em excesso são 
secretados pelo fato de que o 
substrato que não é convertido 
em cortisol e aldosterona acaba 
sendo convertido em androgênios. 
Tecido gonadal corresponde ao 
sexo cromossômico: sim. 
Genitália ambígua. 
 
Millena Fernandes l @medmillena 
 DDS 46, XY (anteriormente nomeado de pseudo-
hermafroditismo masculino). 
 Gônadas: Em geral de acordo com o sexo 
cromossômico: testículos normais ou 
hipodesenvolvidos. 
 Genitais externos femininos ou ambíguos; vagina em 
fundo cego, sem útero ou tubas uterinas. 
Amenorréia primária (achado clínico que leva ao 
diagnóstico). 
 Amenorreia primária: não menstruação até os 15 
anos de idade. 
 Causas: distúrbios da produção, ação ou 
metabolização dos hormônios testiculares; 
Ex: Síndrome de insensibilidade androgênica completa; 
Deficiência da 5-alfa-redutase. 
1. Erros no metabolismo da testosterona (deficiência 
da 5-alfa-redutase). 
 
2. Anormalidade nas células-alvo dos androgênios: 
insensibilidade aos andrógenos (feminilização 
testicular) 
O gene que está no cromossomo x, se há uma mutação dele, 
não haverá a produção do receptor que carregara a 
testosterona pra dentro da célula, o que acarreta o 
desenvolvimento da genitália masculina. 
 Testículos presentes dentro do abdome ou no canal 
inguinal, são confundidos com hérnias em lactentes. 
 Testículos secretam androgênio 
normalmente: ausência de receptores androgênicos 
nas células-alvo adequadas. 
 A proteína receptora, especificada pelo alelo normal 
no lócus do receptor de androgênio (AR) ligado ao X, 
tem a função de formar um complexo com 
testosterona e diidrotestosterona. 
 Se houver falha na formação do complexo, o 
hormônio não estimula a transcrição de genes-alvo 
necessária para a diferenciação na direção do sexo 
masculino. 
 Desfecho do caso 
- Sem resposta terapêutica às tentativas de induzir 
crescimento fálico com testosterona; 
- Trocado sexo de criação para “feminino”; 
- Realizado clitoridectomia + gonadectomia bilateral. 
- Realizado mudança judicial do registro. Trocado nome de 
“Roberto” para “Odete”; 
- Apresentou distúrbios sexuais na adolescência; 
- Retorna à Urologia aos 32 anos com desejo do fenótipo 
masculino; 
- Voltou a se chamar “Roberto”. Tinha namorada. Libido 
Normal. Solicitou confecção de “neopênis”. 
Anomalias do sexo cromossômico 
CASO 5 
Paciente do gênero feminino, oito anos de idade, foi 
encaminhada ao ambulatório de Odontopediatria por um 
médico geneticista. A principal queixa do genitor foi a 
ausência do incisivo central superior após a perda dos dentes 
decíduos. A paciente foi diagnosticada há 2 anos com uma 
síndrome através do teste de cariótipo, que 
resultou em monossomia do cromossomo X. Relatou-
se o uso do hormônio do crescimento. Ao exame extra-
bucal foram observados pescoço curto e 
em forma de teia baixa estatura, peito proeminente, linha 
capilar posterior baixa em região de nuca
 
CASO 6 
Paciente de33 anos, masculino, casado, foi encaminhado ao 
serviço de endocrinologia para avaliação de ginecomastia. O 
paciente queixava-se de aumento progressivo da mama 
direita há cerca de três anos, com aumento subseqüente da 
mama esquerda, com dor local e ausência de galactorréia, 
observou-se atrofia testicular. Ao exame clínico o paciente 
apresentava biotipo eunucóide (longilíneo com predomínio do 
segmento inferior), com altura de 170cm, peso de 76kg e 
índice de massa corporal (IMC) de 26kg/m2. O exame do 
aparelho genitourinário revelou padrão masculino de 
distribuição de pelos, testículos endurecidos, firmes e de 
volumes reduzidos. Os exames laboratoriais: testosterona 
abaixo dos níveis esperados para o sexo masculino, 
espermograma com ausência de espermatozóides ao exame 
direto e após centrifugação. Optou-se pela realização de 
biópsia testicular bilateral, que demonstrou túbulos 
seminíferos fibrosados. O diagnóstico foi confirmado pelo 
cariótipo, apresentado a seguir. 
Aneuploidia, 
monossomia 
do X, 45, x. 
Síndrome de 
Turner. 
 
Millena Fernandes l @medmillena

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