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Luan� T Kawakam� Vi� da� Pent�se� F�sfat� BCM (J� � Hel�) 21.09.21 - Também chamada de via de fosfogliconato ou desvio da hexose-monofosfato - Lembrar que: para 1 molécula de glicose ser metabolizada, precisa ser fosfolorizada. - Existe a oxidação do NADP+ (nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato **) é o, entra de forma oxidada, é o aceptor de elétrons, gerando NADPH NAD + -> NADH NADP+ -> NADPH oxidada -> reduzida - As células que se dividem rapidamente (medula óssea, pele, mucosa intestinal, tumores), se dividem mais vezes, ou seja, estão fazendo mais replicação e utilizam a pentose ribose-5-fosfato para fazer RNA, DNA e coenzimas como ATP, NADH, FADH2 e coenzima A. - Nesta via que a célula obtém a ribose para formar nucleotídeos. - Em antineoplásicos, é possível controlar a divisão das células. - Ocorre na maioria das células - O principal destino catabólico (via de oxidação) da glicose-6-fosfato é a degradação glicolítica até piruvato, cuja maior parte é oxidada pelo ciclo de Krebs -> levando formação de ATP - A glicose-6-fosfato tem outros destinos catabólicos, que levam a produtos especializados, necessários para a célula - Via das pentose-fosfato, no final a célula obterá NADPH (atuará indiretamente com molécula antioxidante) e biossínteses redutoras (síntese endógena, em que a molécula que está sendo sintetizada está sendo reduzida, ocorre na síntese de ácidos graxos e esteróis) e ribose-5-fosfato (componente de nucleotídeos e coenzimas), NADPH atua também na proteção celular contra espécies reativas de oxigênio e na produção de óxido nítrico - A vias das pentoses fosfato ocorre no CITOSOL. - Os tecidos em que ocorre a síntese de grande quantidade de ácidos graxos (fígado, tecido adiposo, glândulas mamárias ou síntese muito ativa de colesterol e hormônios esteróides (fígado, glândulas supra renais e gônadas) utilizam o NADPH produzido por essa via. Luan� T Kawakam� - Os eritrócitos e as células da córnea e do cristalino estão diretamente expostos ao oxigênio, e por isso, aos efeitos danosos dos radicais livres gerados pelo oxigênio - Por manter um ambiente redutor (alta relação de NADPH para NADP+ assim como a forma reduzida para a forma oxidada da glutationa), essas células podem impedir ou recuperar o dano oxidativo de proteínas, lipídeos e outras moléculas sensíveis - 2 fases: Fase Oxidativa e Fase não oxidativa ● Fase Oxidativa: Ocorre oxidação ● Fase não Oxidativa: Não ocorre oxidação FASE OXIDATIVA Inicia-se com a fase oxidativa, a chegar Glicose na célula, é fosforilada em Glicose-6-fosfato, que pode seguir diversos caminhos (ex: Via glicolítica (oxidada até piruvato, se a célula precisa de ATP; o destino depende da necessidade celular) ou entrar na Via das Pentose-fosfato. Glicose-6-fosfato é oxidada a um intermediário 6-fosfogliconato -> Há participação da coenzima NADP+ (sai de NADP+ para NADPH, ou seja, o NADP é reduzido na Via das Pentoses), (sei que se a molécula é reduzida, está ganhando elétrons, quem perde OXIDA, quem ganha REDUZ) 6-fosfogliconato -> reduz em Ribulose-5-fosfato (também há oxidação do NADP+ em NADPH) Ribulose-5-fosfato forma Ribose-5-fosfato -> Nucleotídeos, coenzimas, DNA, RNA. Importância do NADPH mantém os níveis de uma molécula chamada Glutationa na forma reduzida, que é o GSH! Essa glutationa, que é uma molécula antioxidante, é importante para células que sofrem dano oxidativo, como hemácias, células da córnea, células do cristalino, para proteger desse dano. NADPH é um doador de elétrons, importante para células que sintetizam lipídeos: como fígado (colesterol e ácidos graxos), tecido adiposo (produção ácidos graxos), glândulas mamárias (ácidos graxos), glândulas supra renais (esteróis) e gônadas (esteróis) Luan� T Kawakam� Inicia-se com a Glicose-6-fosfato -> oxidada em 2 reações, formando 6-fosfogliconato -> forma Ribulose-5-fosfato A partir de Ribulose-5-fosfato -> forma Ribose-5-fosfato Todas as reações da fase oxidativa são IRREVERSÍVEIS (até a 4) principalmente a primeira, que é catalisada pela principal enzima da via, que é a ENZIMA GLICOSE-6-FOSFATO DESIDROGENASE (G6PD), onde é feito o ponto de controle. Essa enzima retira do substrato: HIDROGÊNIO! Este hidrogênio que ela está retirando, é recebido pelo NADP+ e será reduzido em NADPH. FASE NÃO OXIDATIVA (REVERSÍVEIS) Ocorre rearranjo de átomos de C, formando intermediários importantes para outras vias metabólicas (reciclagem), não há oxidação. A Ribulose-5-fosfato pode se transformar em Ribose-5-fosfato ou na Xilulose-5-fosfato. Porém, posso rearranjar os intermediários, contanto que tenha 5 carbonos em cada no final (depende de quantas ribuloses-5-fosfato) ou seja, se tiver 2 Ribuloses-5-fosfato -> posso formar 2 Riboses-5-fosfato ou 2 Xilulose-5-fosfato, ou 1 Ribose-5-fosfato e 1-Xilulose-5-fosfato; assim como, 2 Ribose-5-fosfato ou outro rearranjo, pode formar: 1 Sedoeptulose-7-fosfato e 1 Gliceraldeído-3-fosfato e assim por diante, o importante é o número de carbonos ser igual, podendo haver rearranjos. A célula utiliza a Glicose-6-fosfato pois está precisando de NADPH (ativa via das pentoses), porém por ex: também precisa de ATP (não formada nessa via, podendo rearranjar as moléculas na fase não oxidativa, para coincidir de algum intermediário entrar na via glicolítica, para formar o ATP/Piruvato) FASE OXIDATIVA - Chegando à molécula de Glicose-6-fosfato, que sofre oxidação até chegar em Ribulose-5-fosfato que é isomerizada em Ribose-5-fosfato, com redução de 2 NADPH. - Todas essas reações são irreversíveis. - A principal enzima da via é a enzima que catalisa a primeira reação, chamada GLICOSE-6-FOSFATO-DESIDROGENASE (G6PD) - Glicose-6-fosfato (1,2) -> 6-Fosfogliconato (ex 1,2 mostra que há 2 reações) Luan� T Kawakam� - Paciente com deficiência de G6PD, ou seja, não consegue catalisar a conversão de glicose-6-fosfato em , e a reação ocorre de maneira reduzida ou não ocorre. Assim, não produzimos NADPH, e também a própria ribulose-5-fosfato, pois se há bloqueio na primeira reação. - A lactona é hidrolisada a ácido livre 6-fosfogliconato por uma lactonase específica, que sofre oxidação e descarboxilação pela 6-fosfogliconato-desidrogenase, para forma a cetopentose ribulose-5-fosfato; - Equação Geral da fase Oxidativa: Reação de Redução do NADP+ NADPH -> Importante para ác graxos e colesterol, e manter os níveis glutationa em sua forma reduzida (antioxidante), esta, é tripeptídeo (3 AA) Glutationa pode estar oxidada ou reduzida. Glutationa Redutase (GR): Atua reduzindo a glutationa. Quando ela atua, a ponte dissulfeto é desfeita (S-H) entrou H + (reduzindo), esse H+ veio do NADPH, que veio pela fase oxidativa da via das pentoses. Se não houver o NADPH não tem como manter a glutationa na forma oxidativa. OBS: Se há deficiência da G6PD, não há glutationa reduzida. O stress oxidativo aumenta! Diminui a ação antioxidante. Glutationa Oxidada: Ponte dissulfeto (S-S). Caso Clínico: Hematócrito em 21%, a referência é de 42-50%, perdeu muitas hemácias. Poucas hemácias -> pouca hemoglobina -> oxidação tecidual ineficiente -> menos transporte de oxigênio. FAVISMO: Condição desencadeada a partir da deficiência da G6PD, pronunciada quando há ingestão de feijão fava. Os eritrócitos sofrem lise de 24h a 48h a partir da ingestão do feijão fava, liberando hemoglobina livre no sangue, podendo resultar em icterícia (aumenta a bilirrubina) e algumas vezes em falência renal. Precisa do NADPH -> Produzido na via das pentoses, pelo G6PD. Se há NADPH -> níveis de glutationa reduzida -> é antioxidante. Feijão Fava -> Divicina -> aumenta a quantidade do radical livre hidroxil (que reage com moléculas de lípidos de membrana celular, proteína, DNA). Luan� T Kawakam� Ou seja, quanto mais divicina, mais radical hidroxila na hemácia -> Maior o dano oxidativo. Dim nos níveis de G6PD -> Não tem níveis compatíveis de NADPH para manter os níveis fisiológicos de glutationa reduzida. Assim, antes de comer o feijão fava estava suficiente para manutenção do stress oxidativo da hemácia!Ingestão de feijão fava, que um dos metabólitos é a divicina, que contribui para stress oxidativo, assim, faltou glutationa reduzida para bloquear os danos do stress oxidativo na hemácia, que aumenta. Aumento de stress oxidativa no eritrócito -> pode acarretar em Anemia Hemolítica, a hemólise das hemácias) Def na G6PD, sem NADH não mantém glutationa reduzida, e com isso, pouca molécula oxidante. Menos GSH -> conteúdo de peróxido de hidrogênio (H2O2) aumenta, aumento da hidroxila, e consequentemente. Quando aumenta o peróxido de hidrogênio reage com compostos da bicamada fosfolipídica, por isso a lise da hemácia. O oxigênio oxigena o ferro, metahemoglobina. Essa hemoglobina oxigenada Corpos de HEINZ: Radical livre presente na hemácia, oxida o ferro, presente na hemoglobina -> formando a metahemoglobina (hemoglobina oxidada) -> forma os corpos de Heinz. A atividade da G6PD - Diminui conforme a hemácia envelhece (hemácias/eritrócitos têm vida útil de 120 dias). ● Precisamos de TIAMINA (Vitamina B1) para formar TPP (coenzima) que participa da transcetolase. Síndrome de Wernicke-Korsakoff Distúrbio causado por uma deficiência grave de tiamina, componente da TPP. É uma síndrome mais comum entre pessoas etilistas do que na população em geral, pois o consumo crônico e intenso do álcool interfere com a absorção intestinal de tiamina. Etanol -> Diminui absorção de tiamina (vitamina B1) -> Via das pentoses comprometida pois precisa de tiamina para formar TPP que é ação da enzima transcetolase. Não ocorre só em etilistas, pode ocorrer em pessoas com mutação no gene que codifica a enzima transcetolase, levando menor afinidade à sua coenzima. Luan� T Kawakam� Diversos prejuízos, podendo acarretar em encefalopatia, perda de coordenação motora, confusão mental. OBS: Em um paciente com coma alcoólico, esse paciente também terá quadro de hipoglicemia também, por inibição da gliconeogênese. Recebe glicose na veia, e junto com a glicose tem vitamina B1, pois com a oferta de glicose, quando for captada pelas células, deve ser metabolizada pela via glicolítica e formar piruvato -> Acetil CoA para rodar ciclo de Krebs Se não tem Tiamina, não tem como converter piruvato em Ach, e esse piruvato irá formar e acumular mais ácido láctico. Ofertar B1 para garantir que a glicose também faça conversão do piruvato em Ach, para não causar acidose láctica no paciente. Regulação da via das pentoses fosfato Em jejum, pouco ATP, muito ADP: Pouca energia Pouca energia -> célula ativa a via glicolítica (glicólise) para aumentar a produção de ATP! Pouca energia, e aumento da síntese de ATP, não fazemos síntese de ácido graxo (ocorre lipólise) Não uso o NADPH, tenho acumulo de NADPH (não estou sintetizando lipídio) e pouco NADP+, esse aumento de NADPH inibe a via das pentoses (pois na via das pentoses, o NADPH é produzido, se já tem acúmulo de NADPH, não tem por que ativar essa via e produzir ainda mais) Pós-absortivo: Após a alimentação, a quantidade de ATP na célula está aumentada, e menos ADP. Consequentemente, tenho mais energia. Se tenho muito ATP, a glicólise é diminuída, pois não preciso de mais ATP ainda, diminuindo a via glicolítica. o AcetilCoa acumula, utilizo para formar ácido graxo. Ou seja, se diminuo a via glicolítica, sintetizo ácido graxo (citrato acumulado), faço biossíntese redutora, utilizando NADPH. Se sintetizar ácido graxo, utilizo NADPH, diminuindo sua concentração, e aumentando o NADP+. Porém, se aumento NADP+ e pouco NADPH, a inibição feita na via das pentoses é abolida. Assim, a via das pentoses é estimulada. - A célula consegue regular pela necessidade celular. Ex: Célula precisa mais de ribose-5-fosfato do que NADPH, assim, “desliga” fase oxidativa, e faz somente glicólise e reações da fase não oxidativa. Luan� T Kawakam� - Quando são necessários NADPH e Ribose-5-fosfato: Somente a fase oxidativa está ativada, isomerase converte a ribulose-5-fosfato -> ribose-5-fosfato - Célula necessita apenas NADPH: Ambas as fases estão ativadas, R-5-fosfato é convertido em G-6-fosfato pela via não oxidativa e reações da glicólise. Efeitos Warburg Células tumorais, principalmente as mais agressivas. Oxidam glicose pela via glicolítica, e ao invés de fazer piruvato formar Ach, faz com que se forme mais lactato (produz apenas 2 ATPs). Há medicamentos como o Imatinib, que diminuem a expressão da hexoquinase, bloqueando a via das pentoses/glicólise. Tratamento da leucemia mielóide crônica/tumores estromais gastrointestinais.
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