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Embriologia do Sistema Genital Feminino Desenvolvimento das gônadas As características sexuais masc. e fem. só começam a se desenvolver a partir da 7ª semana. Período inicial: estágio indiferenciado do desenvolvimento sexual. Derivadas de 3 fontes: Mesotélio (epitélio mesodérmico): reveste a parede abdominal posterior Mesênquima subjacente (tecido conjuntivo embrionário) Células Germinativas Primordiais 5ª semana: crista gonadal Proliferação do mesotélio e do mesênquima adjacente no lado medial do mesonefro Cordões sexuais primários Cordões epitelias digiformes -> penetram no mesênquima subjacente Gônada Indiferenciada Cortéx externo -> se diferencia no ovário Medula interna -> regride Gônadas indiferenciadas 4ª semana: células sexuais grandes e esféricas são visíveis entre as células endodérmicas do saco vitelino, próximo à origem do alantóide Dobremento -> parte dorsal do saco vitelino é incorporada dentro do embrião -> células germinativas migram ao longo do mesentélio dorsal do intestino posterior até as cristas gonadais 6ª semana: penetram no mesênquima -> cordões gonádicos Migração controlada pelos genes estella, fragillis e BMP-4 Células Germinativas Primordiais Sexo cromossômico e genético é estabelecido na fecundação Dois cromossômos X são necessários para o desenvolvimento do fenótipo feminino A diferenciação feminina primária não depende de hormônios (diferente do sexo masculino) Determinação do Sexo @med_mariaclara A, Esquema de embrião de 5 semanas: migração das células germinativas primordiais. B, Esquema da região caudal do embrião de 5 semanas. C, corte transversal. D, Corte ransversal: embião de 6 semanas. E, Corte tansversal, estágio posterior. Fonte: Moore (2013) Cromossomo X + gene autossômico Identificado histologicamente na 10ª semana Cordões sexuais primários penetram na medula -> rede ovariana Essas estruturas se degeneram Inicío do período fetal: Cordões corticais se estendem: epitélio (derivado do mesotélio) -> mesênquima subjacente -> incorporam células germinativas primordiais 16ª semana: cordões se rompem -> folículos primordiais Ovogônia (derivada de uma célula germinativa primordial) Camada única de células foliculares achatadas (derivadas do epitélio da superfície) Mitose das ovogônias -> milhares de folículos primários Algumas degeneram -> sobram 2 milhões NÃO se formam mais ovogônias após o nascimento Antes do nascimento: ovócitos primários Desenvolvimento dos Ovários Após o nascimento: Epitélio da superfície se achata -> camada única de células -> continuidade com o mesotélio do peritônio no hilo do ovário Epitélio da superfície era chamado de epitélio germinativo -> inapropriado Túnica albugínea: fina cápsula fibrosa que separa o epitélio da superfície do ovário dos folículos Mesovário: mesentério que suspende o ovário Desenvolvimento dos Ovários Fonte: Moore (2013) Desenvolvimento dos ductos genitais 5ª e 6ª semana: Ductos mesonéfricos (ductos de Wolff) -> sistema reprodutor masculino Ductos paramesonéfricos (ductos de Müller) -> sistema reprodutor feminino Se desenvolvem lateralmente às gônadas e aos ductos mesonéfricos Invaginações longitudinais do mesotélio sobre as faces laterais dos mesonefros -> bordas aproximam-se e se fundem Extremidades craniais afuniladas -> abrem na cavidade peritoneal Passam caudalmente, paralelos aos ductos mesonéfricos -> futura região pélvica -> cruzam ventralmente os ductos meson. -> aproximam-se um do outro -> fundem: primórdio uterovaginal --> se projeta para dentro da parede dorsal do seio urogenital -> elevação: tubérculo do seio ductos genitais femininos e glândulas Ductos mesonéfricos regridem (ausência de testosterona) Ductos paramesonéfricos se desenvolvem (ausência de substância inibidora de Müller) Tubas uterinas: partes craniais não fusionadas dos ductos paramesonéfricos Primórdio uterovaginal: partes craniais fundidas dos ductos Dará origem ao útero e à vagina Estroma endometrial e miométrio derivam do mesênquima esplâncnico Fusão dos ductos também une Dobre peritoneal -> ligamento largo 2 compartimentos peioneais: bolsa retouterina e bolsa vesicouterina Paramétrio: proliferação do mesênquima (lateral ao úero, entre as camadas do lig. largo) -> tecido conjuntivo frouxo e músculo liso Glândulas uretrais e parauretrais Brotos da uretra penetram o mesênquima (correspondem à próstata) Glândulas vestibulares maiores Evaginações do seio urogenital na terça parte inferior dos grandes lábios (homólogas às glândulas bulbourerais) Glândulas Genitais Auxiliares B, Sistema reprodutor feminino em um feto de 12 semanas. C, Sistema reprodutor em uma menina recém-nascida. Fonte: Moore (2013) Fonte: Moore (2013) Parede fibromuscular da vagina -> mesênquima circundante Bulbos sinovaginais Par de projeções endométricas (formação induzida pelo tubérculo do seio) Vão do seio urogenital até a extremidade caudal do primórdio urogenital Fundem-se para formar a placa vaginal Células centrais se desintegram -> luz da vagina Células periféricas -> epitélio vaginal Até o final da vida fetal forma-se o hímen Membrana que separa a luz vaginal da cavidade do seio urogenital Formado pela invaginação da parede posterior do seio urogenital Se rompe durante período perinatal desenvolvimento do útero e da vagina Durante a transformação dos ductos mesonéfricos e paramesonéfricos em estruturas do adulto, partes delas permanecem como estruturas vestigiais -> raramente são observados, a não ser que sofram transformações patológicas Extremidade cranial do ducto mesonéfrico -> apêndice vesiculoso Poucos túbulos em fundo cego -> dúctulos eferentes Epoóro ->ducto do epidídimo Pode persistir no mesovário, entre o ovário e a tuba uterina Mais próximo do útero, alguns túbulos rudimentares -> paraóforo Ducto de Gartner -> partes do dueto mesonéfrico (ducto deferente e ao ducto ejaculatório) entre as camadas do ligamento largo, ao longo da parede lateral do útero e na parede da vagina Estruturas Vestigiais Derivadas dos Ductos Genitais Embrionários Até a 7ª semana: genitálias externas semelhantes em ambos os sexos 9ª semana: características sexuais distintas Não totalmente diferenciadas até a 12ª semana Início da 4ª semana: tubérculo genital Proliferação do mesênquima na extremidade cranial da membrana cloacal Intumescências labioescrotais e as pregas urogenitais -> desenvolvemem cada lado da membrana cloacal Tubérculo genital se alonga para formar o falo primordial desenvolvimento da genitália externa Final da 6ª semana: septo urogenital se funde com a membrana cloacal -> divide: Membrana anal (dorsal) -> rompimento: ânus Membrana urogenital (ventral) Assoalho do sulco urogenital (fenda mediana) Limitado pelas pregas urogenitais Rompimento -> orifício urogenital Uretra e vagina se abrem numa cavidade comum: vestíbulo Falo primordial -> clitóris Relativamente grande com 18 semanas Pregas urogenitais Se fundem na parte superior -> frênulo dos pequenos lábios Partes não fusionadas -> pequenos lábios Pregas labioescrotais Fusão parte posterior -> comissura labial posterior Fusão parte anterior -> comissura labial anterior e monte pubiano Parte não fsuionada -> grandes lábios Desenvolvimento da genitália externa. A e B, Diagramas ilustrando a aparência da genitália durante o estágio indiferenciado (da 4ª à 7ª semana). C, Estágio no desenvolvimento da genitália externa masculina na 9ª semanas D, estágios no desenvolvimento da genitália externa feminina na 9ª. Fonte: Moore (2013) E e G, Estágios no desenvolvimento da genitália externa masculina na 11a e 12a semanas, respectivamente. F e H, Estágios no desenvolvimento da genitália externa feminina na 9a, 11a e 12a semanas, respectivamente. Fonte: Moore (2013) Micrografias eletrônicas de varredura da genitália externa em desenvolvimento. A, Períneo durante o estágio indiferenciado de um embrião com 17 mm, 7 semanas (lOOx). 1, glande do pênis em desenvolvimento com o cordão ectodérmico; 2, sulco uretral em continuidade com o seio urogenital;3, pregas urogenitais; 4, intumescências labioescrotais. 5, ânus. B, Genitália externa de um feto feminino com 7,2 cm, 10 semanas (45x). 1, glande do clitóris; 2, orifício uretral externo; 3, abertura no seio urogenital; 4, prega urogenital (primórdios dos equenos lábios); 5, intumescência labioescrotal (grande lábio); 6, ânus. Fonte: Moore (2013) Descem pela parede abdominal posterior até a região inferior da borda da pelve Não passam da pelve e não enram nos canais inguinais Gubernáculo prende-se ao útero (próximo ao local de ligação da tuba uterina) Parte cranial -> ligamento ovariano Parte caudal -> ligamento redondo do útero -> passam penos canais inguinais e terminam nos grandes lábios Processo vaginal -> desaparece e se oblitera antes do nascimento Quando persiste -> canal de Nuck descida dos ovários Desenhos de cortes sagitais ilustrando as condições resultantes da falha de fechamento do processo vaginal. A, Hérnia inguinal congênita incompleta resultante da persistência da parte proximal do processo vaginal. B, Hérnia inguinal congênita completa no escroto resultante da persistência do processo vaginal. 0 criptorquidismo, uma anomalia comumente associada, é também ilustrada. C, Grande cisto ou hidrocele que surge da porção não obliterada do processo vaginal. D, Hidrocele do testículo e cordão espermático, resultante da passagem do líquido peritoneal por um processo vaginal não fechado. Fonte: Moore (2013)
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