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56 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 Unidade II 3 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE 3.1 As diversas formas e os modais de transporte As formas como os produtos são distribuídos no Brasil dependem de vários fatores. Em um país como o nosso, com dimensões territoriais imensas, onde não existe uma regulamentação e lei para uma fiscalização efetiva, o transporte é muitas vezes desprezado por quem fabrica, por quem comercializa, e principalmente, por quem entrega nossas mercadorias. As formas com as quais os vários modos de transporte se relacionam, seja pela força ou pela ideia, devem ser respeitadas e são constituídas da seguinte forma: • unimodal – uma das formas mais simples e conhecida no meio da logística é a unimodal, ou seja, quando a carga é transportada diretamente, utilizando‑se apenas um único veículo e apenas uma modalidade de transporte. Neste caso, existe apenas um contrato de transporte; • sucessivo – são usados mais de um veículo da mesma modalidade até que a carga chegue ao seu destino final. Nesta modalidade, existe mais de um contrato de transporte; • segmentado – utiliza veículos diferentes de uma ou mais modalidades de transporte até que o produto chegue ao seu destino final. Esta modalidade é também conhecida como intermodalidade. Os contratos são feitos separadamente e é de cada transportador a responsabilidade pela carga; • multimodal – são escolhidas duas ou mais modalidades de transporte ao longo do percurso. Nesta atividade existe apenas um contrato de transporte. Ao longo de nossos estudos falaremos mais sobre as formas de transportes. Passamos agora a discutir outro assunto de suma importância, o modo ou modais de transporte. 3.1.1 Modos ou modais de transporte Nas atividades logísticas, bem como nas atividades de transporte, fica impossível, às vezes, dizer o que realmente irá acontecer ao longo do percurso de desova de uma carga. Passaremos a mostrar‑lhe como esses modais são denominados: • rodoviário – como o próprio nome diz, o transporte normalmente é feito por rodovias e a carga acondicionada em caminhões, carretas, vans, veículos médios etc.; • ferroviário – a carga é transportada por trilhos, ou seja, pelas ferrovias, acondicionada em vagões fechados e também, muitas vezes, em plataformas; 57 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE • fluvial ou lacustre – nesta modalidade, a carga é transportada por embarcações que normalmente navegam em rios, lagos e lagoas. Por ser um transporte que utiliza os rios, é denominado como hidroviário; • marítimo – como sugere o nome, as cargas são transportadas pelos mares. É uma das modalidades que mais tem chamado a atenção nos últimos anos em função da quantidade de carga que um navio comporta; • aéreo – uma das modalidades mais caras, por transportar produtos de alto valor com agilidade e segurança. É um modal que leva pelo ar, em grandes aviões, passageiros e cargas; • dutoviário – a mercadoria é transportada por dutos, permitindo o transporte de granéis sólidos, líquidos ou gasosos. Agora que você conheceu um pouco dos termos utilizados nas mais variadas formas e modais de transportes, vem a famosa questão: Como decidir pelo modal de transporte adequado às minhas necessidades? Sabemos que não é simples decidir como um produto será ou não transportado. Independentemente do conhecimento e vivência no mercado, sinalizamos alguns pontos que precisam ser considerados para que se decida pelo modal ideal: • conhecer bem a natureza e as características da mercadoria a ser transportada; • analisar o tamanho do lote a ser transportado; • verificar se não existem restrições quanto ao modal a ser utilizado; • estudar a disponibilidade do modal no momento da necessidade; • estimar o tempo que este veículo permanecerá em trânsito; • avaliar o valor do frete a ser pago; • verificar se o veículo que fará o transporte tem um índice alto de faltas e se gera devoluções ao transportar a mercadoria; • analisar o nível de serviço prestado. Lembrete Perceba que essas são apenas algumas questões a serem analisadas, o que não significa que somente os itens acima são essenciais. O transporte 58 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 é uma atividade muito sensível e como tal, todos os cuidados deverão ser tomados. A partir de agora, começaremos a explorar as diversas formas e os modais de transporte que nossa logística utiliza nos dias atuais. Passaremos por um pouco de sua história e evolução ao longo dos anos. 3.2 Transporte rodoviário O transporte rodoviário no Brasil tem uma história que se iniciou em meados de 1920, com a construção da rodovia Rio‑São Paulo. Isso se estendeu até os anos 50, momento em que o país passou por uma reestruturação e o desenvolvimento da industrialização começa a se efetivar. Uma das indústrias responsáveis por este desenvolvimento foi exatamente a automobilística. O modal rodoviário está associado ao transporte terrestre, ou seja, toda e qualquer atividade que se faça sobre o solo. Neste caso, podemos citar o modal ferroviário, que será discutido mais à frente. Os modais terrestres normalmente ocorrem, ou dentro do mesmo país (nacional), ou entre dois ou mais países (internacional). No caso do Brasil, em função do crescimento e desenvolvimento que se percebe, a maior atenção está no transporte nacional. Uma vez definido o transporte para outros países, este é caracterizado como logística ou comércio exterior. O órgão regulador e fiscalizador do transporte de cargas que ocorre no Brasil está a cargo da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Além da fiscalização, ela tem a incumbência de garantir o bom funcionamento do transporte e assegurar os interesses de quem transporta e utiliza essa modalidade. Outra responsabilidade está associada ao poder de autorizar as empresas para operações de caráter nacional e internacional. O processo de autorização está vinculado ao ATIT – Acordo Sobre Transporte Internacional Terrestre, que engloba países como Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, ou seja, não existem fronteiras entre os países da América do Sul no que tange à questão do transporte de cargas. Lembrete O acordo entre os países da América do Sul regulamenta o transporte internacional e deve ser respeitado, mantendo as regras para que ele possa ser explorado. O acordo versa sobre o direito de transporte externo e não sobre o transporte dentro do país. Ao selar este acordo, cria‑se um documento de idoneidade, ou seja, cada empresa possui uma licença no seu país, licença esta de caráter individual, podendo ser utilizada em outros países, fronteiras ou alfândegas. A empresa tem por obrigação ser constituída e ter endereço fixo, além de possuir um seguro 59 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE de responsabilidade civil que está associado à carga transportada, de modo a salvaguardar os interesses do embarcador. É criado o FundoRodoviário Nacional, um tributo que incide sobre a arrecadação de imposto único sobre combustíveis e lubrificantes. A ideia era de que ele pudesse ajudar na construção e melhoria da malha rodoviária ao longo dos anos. O desenvolvimento da malha rodoviária pode ser percebido pelo menor custo de implantação das rodovias ao longo do tempo. Várias empresas de transporte começaram a explorar essas atividades na década de 70. Infelizmente, a realidade em nosso país não é das mais favoráveis por falta de investimentos nas rodovias e pelas altas taxas de impostos, associadas ao descaso de governantes que passam às empresas de concessão o direito de explorar as rodovias. Com isso, os altos custos do transporte, bem como os impostos abusivos, demonstram a falta de cuidado com essa modalidade. Atualmente, apenas 25% das rodovias estão em bom estado, o que significa que o risco de transitar e transportar mercadorias é alto. A malha rodoviária brasileira apresenta algumas características falhas em relação ao número de veículos que transita, além de alterações na pesagem dos caminhões, por interesse de empresas ligadas à fabricação desses veículos. A solução encontrada, porém discutível, seria utilizar outros modais de transporte. 3.2.1 Algumas características do modal rodoviário O modal rodoviário ou transporte rodoviário é um dos mais utilizados, simples e eficientes dentro do conceito de transporte de cargas. É necessário que existam as rodovias para que ele funcione. A logística trata esta atividade como sendo uma das mais caras em relação ao transporte por outros meios. Na verdade, isso é algo complexo. Em viagens curtas, o custo não é alto, porém, quando a viagem começa a ultrapassar os 500 km, a situação muda um pouco. A distribuição de nossas mercadorias normalmente é realizada no período diurno o que acaba gerando congestionamentos nas grandes cidades, além da poluição que os caminhões jogam no ar. Medidas como a distribuição noturna parecem distantes em função da forma como o nosso comércio é desenvolvido. Aparentemente, o modal rodoviário, ao longo dos anos, será uma das opções por via terrestre, uma vez que outras modalidades têm seus custos elevados e há uma falta de interesse dos órgãos competentes em outras formas de escoar mercadorias. 3.2.2 Os principais equipamentos rodoviários Os equipamentos rodoviários existentes nesta modalidade de transporte são vários. Vamos começar a tratar sobre os veículos que são utilizados no transporte rodoviário de cargas. 60 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 Caminhões Veículos como os caminhões possuem algumas características específicas, como seu potencial de carga, capacidade ou quantidade e a distância entre os eixos. Vamos listar a seguir as características dos veículos utilizados para o transporte de cargas: • caminhão plataforma – normalmente é utilizado para transportar cargas volumosas e pesadas, como contêineres por exemplo; • caminhão baú – possui carroceria fechada que mantém a carga devidamente protegida; • caminhão basculante – utilizado para o transporte de carga a granel, como pedras por exemplo. É também conhecido como caminhão tremonha ou caçamba; • caminhão aberto – utilizado para transportar mercadorias não perecíveis e em pequenos volumes. Por ser aberto, deverá ser protegido com lona para preservar os produtos; • caminhão refrigerado – muito parecido com o caminhão baú, serve para o acondicionamento de produtos perecíveis pois, internamente, conta com equipamentos para refrigeração e manutenção da temperatura; • caminhão tanque – destinado ao transporte de derivados de petróleo e outros líquidos a granel. Sua carroceria possui formato de tanque; • caminhão graneleiro – utilizado para o transporte de granéis sólidos, sua carroceria é específica para o acondicionamento deste tipo de produto; • caminhão treminhão – transporta carga máxima de até 70 toneladas. É um veículo projetado para trabalhar com semirreboques e reboques, possuindo três partes e sendo muito semelhante às famosas carretas; • caminhão semirreboque – utilizado para transporte de várias cargas pela facilidade de liberar o cavalo mecânico. É formado por conjuntos de carrocerias de diversos tipos e tamanhos, trabalhando com a junção delas; • caminhão especial – usado para transporte de cargas pesadas, é um veículo rebaixado e reforçado. Pode transportar automóveis (cegonhas) e ser utilizado como o munk, guindaste sobre a carroceria. Agora que você conheceu um pouco sobre os caminhões que circulam em nosso país, vamos às características de sua pesagem: • tara – é o peso do veículo; • capacidade – é a sua lotação completa; • peso bruto – é seu peso somado à sua capacidade, formando o peso total do veículo. 61 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE Observação A realidade em nosso país foge ao controle das autoridades. Muitas empresas utilizam caminhões com capacidade e peso bem acima do limite permitido. 3.2.3 O diferencial do modal rodoviário O transporte rodoviário tem uma característica muito diferente dos demais modais utilizados na logística. Por sua flexibilidade, ele não fica preso a rotas fixas, podendo sair de situações de trânsito intenso e percorrer qualquer lugar. Esta é uma das vantagens na utilização do transporte rodoviário. Além disso, pode transportar qualquer tipo de carga e sua operação simples facilita a negociação com os transportadores. Outra vantagem de utilização do transporte rodoviário é a sua flexibilidade com outras modalidades como o modal ferroviário, o aéreo e o aquaviário. Algumas desvantagens fazem parte do cenário também. A baixa capacidade de carga se comparada com outras modalidades, o alto custo de manutenção e a falta de estrutura, fazem deste transporte um dos mais caros. O fator segurança da carga, aliado à possibilidade de enfrentar alguns congestionamentos (embora seja flexível), também são levados em consideração. Por ser um meio de transporte que facilita o escoamento de mercadorias em todo o território nacional, é também muito visado ao transportar cargas com alto valor agregado e de fácil colocação no mercado, como alimentos e eletroeletrônicos, o que explica o alto índice de furtos e roubos de cargas em nosso país. Com tudo isso, o custo acaba se elevando, estando então diretamente ligado ao preço final do produto, fato que nem sempre os consumidores percebem. Para que se possa ter uma ideia, em 2009, as empresas de transporte investiram mais de 15% em segurança para preservarem suas cargas, valor que acaba sendo repassado ao consumidor final. 3.2.4 O conhecimento da carga Transportar uma mercadoria não é apenas colocá‑la em um caminhão e simplesmente sair estrada a fora. A carga necessita de documentos referentes ao seu transporte. Um desses documentos é o CRT – Conhecimento de Transporte Internacional por Rodovia, que será emitido logo após o embarque da mercadoria pelo transportador e deverá ser assinado por ele e também pelo embarcador. É um contrato de transporte entre as duas partes envolvidas. A carga normalmente será destinada a terceiros, o que significa que, em algum momento, alguém será beneficiado com a mercadoria em alguma parte, ou seja, ela será entregue ao seu destino final utilizando uma atividade terceirizada. 62 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : Már ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 Será emitido um documento em três vias originais, que deverão permanecer com os responsáveis pelo trâmite até que a mercadoria chegue ao seu destino final. Há campos que deverão ser preenchidos, nos quais deverão ser mencionadas as seguintes informações: • as características da carga que está sendo transportada; • o local em que a carga foi embarcada e será desembarcada; • o local de recebimento e futura entrega da carga; • o valor do frete e a forma de pagamento; • informações sobre o embarcador; • informações sobre o consignatário; • a descrição da mercadoria; • a quantidade e peso da mercadoria e sua unidade; • informações adicionais sobre quem está transportando a carga. Em situações em que a carga for transportada em mais de um caminhão, deverá ser emitido um novo ou vários novos conhecimentos para que ela possa ser enviada. O documento inicial fica com o primeiro veículo e os demais levarão uma cópia daquele a respeito da carga que está sendo transportada. Outro documento utilizado também é o MIC/DTA – Manifesto Internacional de Carga/Declaração de Trânsito Aduaneiro, especial para viagens internacionais. É necessário também nos modais aéreo e portuário. 3.2.5 Vantagens e desvantagens do modal rodoviário Assim como em qualquer atividade profissional, existem vantagens e desvantagens em se optar por uma atividade A ou B. Avaliar os dois lados faz parte de um conjunto de conhecimentos que deverá ser aprendido nesse conteúdo. Antes disso, vamos analisar o transporte em dimensões como a nossa. O transporte rodoviário é caracterizado por ser ágil e flexível no acesso às cargas, afinal integramos diferentes regiões, independentes de suas dificuldades de acesso. É um meio de transporte simples, rápido e está sempre à disposição. Vantagens: • agilidade e rapidez nas entregas de mercadorias; • entrega da mercadoria na porta do cliente; 63 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE • rápido deslocamento em curto espaço de tempo; • acesso fácil do consumidor ao produto final; • custo menor das embalagens; • movimentação menor da mercadoria evitando assim possíveis avarias. Desvantagens: • custo alto do frete se comparado com outras modalidades; • capacidade reduzida da carga; • veículos mais poluentes do que em outros modais; • elevado custo de pedágio; • malha rodoviária ineficiente, o que incrementa os gastos com pneus e manutenção dos veículos; • falta de segurança nas rodovias; • falta de controle das cargas que são transportadas. Saiba mais Acesse informações sobre a pesquisa CNT de rodovias em 2010, o mais amplo estudo sobre as condições das rodovias brasileiras em: <http://www.cnt.org.br/Paginas/Pesquisas_Detalhes.aspx?p=3>. 3.2.6 O frete no modal rodoviário Uma das características desta modalidade de transporte é que não existem acordos de fretes. A livre concorrência é uma prática entre as empresas e demonstra ser algo interessante para quem contrata e quem é contratado. O que, em última análise, proporciona que cada empresa pratique seu preço, possibilitando uma margem maior de negociação com o cliente. Fatos como esses demonstram o grande interesse de algumas empresas nesta modalidade de transporte. Ilustraremos a seguir os elementos formadores do preço do frete rodoviário: • frete padrão – é calculado sobre o peso da mercadoria ou sobre a área ocupada na unidade de carga (metragem cúbica), levando em consideração a distância a ser percorrida (quilometragem). 64 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 Este é um típico caso de livre acordo entre as partes; • taxa ad valorem – será calculada em função do valor da mercadoria a ser transportada e do seguro rodoviário obrigatório. Os percentuais são aplicados sobre o preço FOB (Free On Board) da mercadoria; • taxa de expediente – pode ser cobrada para emissão de documentos tais como o conhecimento de embarque. Esta taxa praticamente não é utilizada quando o assunto é valores de frete. Uma vez definidos os preços do frete, vamos verificar as formas de pagamento dos mesmos, que poderão ter as seguintes modalidades: • frete pré‑pago – será pago na origem do embarque; nos casos de comércio exterior, o valor é pago pelo exportador; nos casos de transporte nacional, o valor é pago pelo remetente; • frete a pagar – o valor devido a título de frete deve ser pago no destino, pelo importador no transporte internacional e pelo destinatário no nacional. As características e as maneiras como serão definidos os valores e formas de cálculo dos fretes estão associadas aos custos diretos e indiretos de cada empresa (assunto a ser abordado na unidade III), razões pelas quais as companhias ainda veem o transporte rodoviário como um grande problema a ser enfrentado na logística. Saiba mais Você poderá obter maiores informações sobre as atividades e legislação do modal rodoviário em: <http://www.antt.gov.br>. 3.3 Transporte ferroviário Outra modalidade conhecida e pouco divulgada é o transporte realizado por meio de trilhos, ou seja, ferroviário. A via férrea pela qual o trem desliza é composta por um caminho permanente ligando um ponto a outro predeterminado. Os veículos ferroviários são normalmente de tração, conhecidos como locomotivas, que puxam os vagões. No Brasil, boa parte dessas locomotivas é elétrica. O transporte ferroviário já foi muito utilizado no país para escoamento de produtos agrícolas, principalmente o café. O setor era privado e independente, pois havia interesses de grandes agricultores. As ferrovias foram essenciais para o desenvolvimento de nossa nação, em especial nos anos de 1930. Porém, com a falta de investimento nesta modalidade, muito se perdeu ao longo dos anos. Com o desinteresse dos governos e o foco no futuro, as ferrovias foram deixadas de lado e passou‑se a dar mais destaque a outras modalidades de transporte. 65 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE Com o abandono por parte de nossos governantes, houve a necessidade de privatização do setor, o que culminou com a chegada de empresas interessadas em explorar uma modalidade muito utilizada em outros países e pouco aqui. Esse processo iniciou‑se no final da década de 90. A iniciativa privada tem a responsabilidade de desenvolver e manter o bom funcionamento das ferrovias. 3.3.1 Os veículos ferroviários No Brasil, o que predominam são as chamadas locomotivas diesel‑elétricas, utilizadas para puxar os vagões que normalmente estão preenchidos com as mercadorias que serão carregadas. Os vagões são construídos de aço e projetados de acordo com a carga que será transportada, podendo comportar pesos entre 20 e 100 toneladas. É possível utilizar vagões especiais, bem como contêineres. Existem vagões para transporte de grãos, de produtos perigosos e tanques para líquidos. Vejamos os tipos de vagões existentes: • fechado convencional – para cargas em geral; • fechado com escotilha – para granéis sólidos, como produtos agrícolas; • fechado especial (2 e 3pisos) – principalmente para o transporte de veículos; • fechado isotérmico – para produtos que necessitam de controle de temperatura; • tanque – para líquidos e gases; • hopper fechado tipo funil – para granéis sólidos agrícolas; • hopper aberto tipo funil – para granéis sólidos como minérios; • gôndola sem teto – para granéis sólidos como minérios; • gôndola com lona – para granéis sólidos agrícolas; • gaiola – para animais; • tipo plataforma sem laterais com cabeceiras – para madeiras; • tipo plataforma sem laterais e sem cabeceiras – para automóveis, contêineres e grandes volumes. Observação O modal ferroviário não é um meio de transporte muito visto no nosso dia a dia. Por isso, ilustraremos com as imagens a seguir os vagões utilizados. 66 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 Figura 2 – Vagão fechado Figura 3 – Vagão hopper Figura 4 – Vagão gôndola Figura 5 – Vagão isotérmico Figura 6 – Vagão plataforma 67 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE Figura 7 – Vagão tanque Figura 8 – Vagões especiais 3.3.2 Características do transporte ferroviário O transporte ferroviário possui uma característica muito peculiar por ser um modal limitado, ou seja, é uma modalidade de transporte cujo trajeto é guiado, segue um caminho definido e não possibilita mudanças no percurso. Isso o torna inviável em alguns aspectos ao compararmos com o modal rodoviário. Uma das vantagens na utilização desta modalidade é o transporte de cargas em grandes quantidades. Outro aspecto positivo é que não existem pedágios, a segurança da carga é maior e há uma redução no índice de acidentes e de poluição. Ao compararmos o modal ferroviário com outras modalidades, ele se torna extremamente atrativo, como um transporte alternativo em nosso país. Particularmente, falta muito para que os trens se tornem uma opção de transporte, porém, com o avanço e o crescimento do país, pode ser uma questão de tempo para que isso aconteça. 3.3.3 Quanto custa transportar pelas ferrovias? O custo do transporte por ferrovias é muito parecido com o modal rodoviário no que tange ao pagamento do frete. Os custos de entrega e retirada ficam por conta do embarcador e será considerado, para efeitos de cálculos, apenas o trajeto entre uma e outra estação. O cálculo do frete é feito tomando como base uma tonelada, que é igual a 3,5 metros cúbicos. Outra maneira de se calcular está no valor da carga a ser transportada, com preço fechado. Lembre‑se de que definir valores de frete e cobrança do transporte é algo muito característico de contratos e das empresas envolvidas. Aspectos como o pagamento deverão ser tratados com as partes envolvidas. 68 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 O frete ferroviário é baseado em dois fatores, a saber: • quilometragem percorrida – distância entre as estações de embarque e desembarque; • peso da mercadoria – o peso do que será transportado de um ponto a outro. O frete ferroviário será calculado por meio da multiplicação da tarifa ferroviária pelo peso ou volume da carga, prevalecendo aquele que proporcionar maior valor. Não incidem taxas de armazenagem, manuseio ou qualquer outra. Podem ser cobradas tarifas de estadia do vagão e taxa administrativa pelo transbordo da carga. Lembre‑se que essas são apenas situações de estudo e que, na prática, sempre prevalecerá o acordo. 3.3.4 O conhecimento da carga No modal de transporte ferroviário, o documento ou manifesto da carga é caracterizado pelo TIF/DTA, ou seja, Carta de Porte Internacional ou Declaração de Trânsito Aduaneiro. Ele deverá ser emitido logo após o embarque da mercadoria e ser assinado pelo transportador. É um documento que dá garantias e obrigações a quem transporta e quem entrega a carga, podendo ser trocado de transportador e ser utilizado como um documento de resgate da mercadoria. Por tratar‑se de um título de crédito, a carga pode trocar de mãos no trajeto até o cliente final. O documento deverá ser endossado ao importador final para possível realização do despacho aduaneiro. O documento deverá conter todas as informações referente à carga, ao modo de transporte e a todos os demais dados sobre a empresa responsável pelo transporte da mercadoria. Os documentos são emitidos em quatro vias iguais, ficando a primeira com o embarcador, outra com a carga, uma no local de origem do embarque e finalmente a última como um documento de transporte aduaneiro. Cuidados especiais com os documentos deverão ser observados, especialmente quando houver troca de veículos para o transporte da carga. Neste caso, deve‑se exigir quantos documentos ou conhecimentos forem necessários. 3.3.5 Vantagens e desvantagens do modal ferroviário Assim como no item anterior, listaremos as vantagens e desvantagens na utilização do modal ferroviário. Vantagens: • transporta de uma única vez grande quantidade de mercadorias; • percorre grandes distâncias; • possui maior flexibilidade se compararmos com outras modalidades; • apresenta custo menor por volume transportado; • é de baixa competitividade no tráfego. 69 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE Desvantagens: • apresenta custo alto e baixa segurança para produtos de alto valor agregado; • passa maior tempo em trânsito (deslocamento); • mostra‑se ineficiente para pequenas distâncias e determinados produtos (alimentos por exemplo); • apresenta alto custo de manuseio da carga. Saiba mais Maiores informações sobre as rodovias e empresas que desenvolvem atividades logísticas podem ser obtidas no site: <http://www.antf.org.br>. 3.3.6 As principais ferrovias A partir desse ponto, mostraremos as principais ferrovias em atividade em nosso país segundo informações de cunho público da VALEC, uma empresa pública e vinculada ao Ministério dos Transportes. Ferrovia Norte-Sul1 O traçado inicial da Ferrovia Norte‑Sul previa a construção de 1550 quilômetros de trilhos, cortando os estados do Maranhão, Tocantins e Goiás. Com medida provisória da Presidência da República, que incorporou o trecho Açailândia‑Belém e Anápolis–Panorama ao traçado inicialmente projetado, a Ferrovia Norte‑Sul terá, quando concluída, 3.100 quilômetros de extensão. A Ferrovia Norte‑Sul foi projetada para promover a integração nacional, minimizando custos de transporte de longa distância e interligando as regiões Norte e Nordeste ao Sul e Sudeste, por meio das suas conexões com cinco mil quilômetros de ferrovias privadas. A integração ferroviária das regiões brasileiras será o grande agente que determinará o crescimento sustentável do país na medida em que possibilitará a ocupação econômica e social do cerrado brasileiro. São inúmeros benefícios sociais que surgirão com a nova ferrovia. A articulação de diferentes ramos de negócios, proporcionada pela sua implantação está contribuindo para o aumento da renda interna e para uma melhor distribuição da riqueza do país. 1 Texto adaptadode conteúdo disponível em: <http://www2.transportes.gov.br/bit/ferro/fns/inf‑fns.htm>. Acesso em: 8 jul. 2011. 70 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 Outro ponto importante será a geração de divisas e a abertura de novas frentes de trabalho, permitindo assim a diminuição do desequilíbrio econômico nessas regiões melhorando a qualidade de vida da população da região. Ferrovia de Integração Oeste-Leste2 A Ferrovia de Integração Oeste‑Leste dinamizará o escoamento da produção do estado da Bahia e servirá de ligação entre essa região e outros polos do país, por intermédio de conexão com a Ferrovia Norte‑Sul. Incluída entre as prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Ferrovia de Integração Oeste‑Leste terá 1.527 km de extensão e envolverá investimentos estimados em R$ 7,43 bilhões até 2014. A ferrovia ligará as cidades de Ilhéus, Caetité e Barreiras no estado da Bahia a Figueirópolis, no estado do Tocantins, formando um corredor de transporte que aperfeiçoará a operação do Porto de Ponta da Tulha e ainda abrirá nova alternativa de logística para portos no Norte do país, atendidos pela Ferrovia Norte‑Sul e Estrada de Ferro Carajás. Entre as vantagens, está a redução dos custos do transporte de insumos e outros produtos diversos, além do aumento da competitividade de produtos do agronegócio e a possibilidade de implantação de novos polos de negócios no estado. Por outro lado, a ferrovia promoverá a economia local, alavancando os empreendimentos na região com o aumento dos impostos e a arrecadação, além da geração de novos empregos diretos e indiretos. Estão previstos em torno de 30 mil novos empregos apenas diretos. Com relação ao desenvolvimento agrícola, a previsão é de que a produção chegue aos 6,7 milhões de toneladas em 2015. Os principais produtos a serem transportados são soja, farelo de soja e milho, além de fertilizantes, combustíveis e minério de ferro. Ferrovia de Integração Centro-Oeste3 O Governo Federal contempla o oeste brasileiro com a Ferrovia de Integração Centro‑Oeste denominada FICO: a FICO terá sua implantação em duas etapas: • 1ª etapa: Campinorte (GO) – Lucas do Rio Verde (MT). São 1.040 quilômetros, cujas obras devem ter início em 2011, com conclusão prevista para o final de 2014. Investimentos previstos: R$ 4,1 bilhões; • 2ª etapa: Lucas do Rio Verde (MT) – Vilhena (RO). São 598 quilômetros, cujas obras ainda não têm previsão de início. Investimento previsto: R$ 2,3 bilhões. Trecho total: 1.638 km. Investimento total previsto: R$ 6,4 bilhões. 2 Texto disponível em: <http://www.valec.gov.br/oeste‑leste.htm>. Acesso em: 8 jul. 2011. 3 Texto disponível em: <http://www.valec.gov.br/centro‑oeste.htm>. Acesso em: 8 jul. 2011. 71 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE Municípios por onde vai passar a FICO: • Goiás: Campinorte, Nova Iguaçu de Goiás, Pilar de Goiás, Santa Terezinha de Goiás, Crixás e Nova Crixás; • Mato Grosso: Cocalinho, Nova Nazaré, Água Boa, Canarana, Gaúcha do Norte, Paranatinga, Nova Ubiratã, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Nova Maringá, Brasnorte, Sapezal, Campos de Júlio e Comodoro; • Rondônia: Vilhena. A construção de 1.638 quilômetros de ferrovia entre Campinorte/GO e Vilhena/RO é uma das metas do governo federal para os próximos quatro anos. Trata‑se da Ferrovia de Integração Centro‑Oeste, cujo projeto será executado com recursos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, pela VALEC Engenharia, Construções e Ferrovias, empresa pública, vinculada ao Ministério dos Transportes. O projeto da ferrovia, que será executado em duas etapas e terá investimentos de R$ 6,4 bilhões, contemplará uma das regiões mais prósperas do país na produção de grãos e carne, porém bastante carente no que se refere à logística de transporte. O trecho a ser construído na primeira etapa sairá de Campinorte/GO, cruzará o estado de Mato Grosso no sentido leste/oeste e chegará até Lucas do Rio Verde. Entre Campinorte/GO e Lucas do Rio Verde/MT, a ferrovia terá a extensão de 1.040 quilômetros. Até o ano de sua conclusão (2014), a previsão é de investir R$ 4,1 bilhões. Já para o trecho entre Lucas do Rio Verde/MT e Vilhena/RO (com 598 quilômetros) a ser construído na segunda etapa, deve ser investido o total de R$ 2,3 bilhões. A Ferrovia de Integração Centro‑Oeste é a primeira parte de um projeto gigantesco, a Ferrovia Transcontinental (EF‑354). No Plano Nacional de Viação, a EF‑354 é planejada com 4.400 quilômetros de extensão. Ela segue de Uruaçu/GO para o sudeste, passando pelo Distrito Federal, Minas Gerais até o litoral fluminense. Para o oeste, o plano indica a passagem por Água Boa, Canarana e Lucas do Rio Verde, no Mato Grasso, seguindo na direção de Vilhena e Porto Velho/RO e, de lá, entra pelo Acre até a fronteira com o Peru, na localidade de Boqueirão da Esperança. Os estudos preliminares e o projeto básico da Ferrovia de Integração Centro‑Oeste foram iniciados ainda em 2009, dentre as ações definidas pelo Ministério dos Transportes. Sua execução ficará sob a responsabilidade da VALEC, como uma das obras do novo Plano de Aceleração do Crescimento, programado pelo Governo Federal. Por se conectar com a Norte‑Sul, a Ferrovia de Integração Centro‑Oeste dará novo impulso para o desenvolvimento dos estados de Mato Grosso, Rondônia e o sul dos estados do Pará e Amazonas, principalmente com a produção de grãos, açúcar, álcool e carne. Com a redução dos custos no transporte de cargas e com acesso mais rápido a vários portos, a região deve atrair grandes projetos e investimentos da iniciativa privada e, por conseguinte, gerar empregos, renda e melhoria da qualidade de vida para os habitantes. 72 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 Agora é esperar para ver. A ferrovia é algo essencial para o escoamento de mercadorias e melhoria da logística. Saiba mais Maiores informações sobre as ferrovias e empresas que desenvolvem atividades logísticas bem como vídeos sobre o tema podem ser obtidos no site: <http://www.valec.gov.br/>. 3.4 Transporte aquaviário Passamos neste momento a falar sobre outra modalidade de transporte dentro do conceito logístico. O transporte aquaviário é caracterizado pelo transporte ou navegação realizado por navios, barcos, barcaças, enfim, sobre águas. Ele é dividido em marítimo, fluvial e lacustre, sendo navegações realizadas em mares, rios e lagos. 3.4.1 Transporte marítimo O transporte marítimo, como o próprio nome sugere, é realizado por meio da navegação em mares, feito por navios. Tem uma importância grande na economia do país e se destaca pela sua evolução ao longo dos anos no que tange à questão de distribuição de mercadorias tanto interna quanto externamente. A navegação marítima é considerada como uma das mais importantes formas de transporte de carga. No Brasil, possui uma relevância enorme e que representa em torno de 90% das cargas transportadas. Por ser uma modalidade que atua tanto no país origem quanto em outros países, destacamos algumas formas de navegação: • de cabotagem – a mercadoria é escoada dentro do próprio território, ou seja, em portos locais. A mesma nomenclatura é adotada para navegação entrerios; • de longo curso – é a denominação para navegação entre países. No contexto da navegação, podemos dizer que existem duas linhas de operações: a regular e a não regular. Elas são caracterizadas pelas seguintes situações: • linha regular – o navio transporta a carga obedecendo a uma rota definida, normalmente fazendo escala em portos predefinidos e segue a viagem, cujo itinerário é conhecido, procurando cumprir os prazos estabelecidos. Antes de atracar, deverá ser feita uma reserva para contratação de um espaço para transportar a carga; • linha não regular – o navio parte do porto sem ter uma rota definida. O ajuste da rota deverá ser realizado dentro da embarcação e é de responsabilidade do armador e embarcador. É utilizado um 73 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE navio que esteja disponível no porto a espera da carga, sendo alugado para o transporte, ou ainda, um navio fretado. Neste caso, a responsabilidade é do embarcador ou consignatário e sua rota é definida. Observação O termo tramp é a denominação utilizada para um navio com disponibilidade imediata por estar no local para navegação. É muito utilizado na linha não regular. 3.4.2 Os navios e seus porões de carga Os navios normalmente apresentam variados tamanhos, tipos, características e possibilidades de transporte de cargas. A frente da embarcação é denominada proa e a parte traseira popa. A parte lateral direita é denominada bombordo e a lateral esquerda estibordo. A velocidade dos navios pode atingir até 25 nós por hora. As medidas de velocidades são caracterizadas pelo padrão internacional na qual cada nó representa uma milha náutica, que equivale a 1852 metros por hora. Os navios são divididos em navios de carga geral, especializados, multipropósitos ou ainda porta‑contêineres. Eles têm capacidade para transportar as mais variadas cargas e metros cúbicos de mercadorias. Principais tipos de navios: • cargueiro – é destinado ao transporte de carga em geral, também conhecido como navio convencional; • porta‑contêineres – é especializado para o transporte de cargas acondicionadas em contêineres; • roll‑on/roll‑off – é normalmente utilizado para o transporte de veículos, carretas ou trailers; • multipropósito – oferece várias opções de tipos de serviços associados à distribuição de cargas. É um navio multifunções; • graneleiro para granel seco – é destinado a transportar apenas granéis sólidos. Não possui grandes estruturas internas e seu custo operacional é baixo; • tanque para granel líquido – transporta granéis líquidos como derivados de petróleo; • ore‑oil – eficiente quando o assunto é transporte de minérios como derivados de petróleo. É um navio de projeto especial que conta com tanques e porões separados. 74 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 3.4.3 Fretamento de um navio Uma prática muito comum dentro da navegação é utilizar o fretamento de navios. Essa é uma atividade caracterizada pelo contrato entre as partes, podendo o mesmo ser utilizado por um único fretador ou outros que irão dividir uma parte do espaço do navio. O fretamento pode ser realizado de duas maneiras: • por meio do acordo estipulado, o navio é entregue ao seu cliente, normalmente a um embarcador, subentendendo‑se que o mesmo possua comandante, tripulação etc., estando apto a operar. Esta operação é muito parecida com a atividade de um navio regular, apenas diferindo‑se pelo fato do navio não estar disponível e sim ser alugado a um afretador. A viagem poderá ser realizada em tempo determinado ou indeterminado, ou ainda envolver mais de uma viagem; • outro tipo de acordo é o chamado não armado, que significa entregar o navio a outro armador. Neste caso, ele passa a ser o dono temporário do navio, podendo trocar a tripulação, a bandeira, o registro etc. É o chamado fretamento a casco nu. Normalmente, uma empresa opta por afretamento para completar sua frota e colocá‑la à disposição dos embarcadores. 3.4.4 Frete e despesas portuárias As despesas do armador, ou seja, aquelas que constituem seus custos além dos lucros, são divididas em dois grupos quando cobradas do embarcador ou destinatários. Normalmente, o embarcador repassa a maior parte desses custos para a composição do frete. Essa composição é a sua totalidade exceto as de movimentação no embarque e desembarque. O custo de movimentação marítima ou portuária deve ser desmembrado do frete e cobrado separadamente. Ele geralmente diz respeito às cargas que são movimentadas dentro do porto como, por exemplo, as cargas solta e a granel. A cotação do frete exclui a movimentação portuária, que será cobrada à parte. O frete marítimo será cotado pelo armador levando em conta a viagem, a unidade da carga e a forma como ela será transportada no navio. Poderá ser calculado por metros cúbicos ou toneladas, sendo sempre levado em consideração o maior valor comparando o peso e a cubagem da carga. Além da margem de lucro a ser considerada pelo operador, o frete marítimo considera as seguintes remunerações: • custos fixos; • custos variáveis; • custos portuários diretos e indiretos; • condições de operações dos portos; • volumes de cargas que estão disponíveis; 75 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE • concorrência como um todo; • característica das embalagens que serão utilizadas, bem como sua resistência; • volume da carga a ser transportada; • movimentação que será realizada; • restrições quanto à operação de embarque; • grau de periculosidade da carga; • valor a ser negociado. Além das considerações já citadas com relação ao frete (que pode variar na sua cotação), no transporte serão incluídas despesas de embarque e desembarque da carga, ou seja, a situação em que ela está ao lado do navio em guindastes, pronta para ser embarcada ou aquela que está prestes a ser retirada do navio. O frete então será cotado como sendo liner terms, ou seja, incluindo todas as despesas de cais a cais. Ele geralmente é utilizado em navios de linhas regulares e obedece às seguintes tarifações básicas de uso universal: • basic freight – valor de taxa básica cobrado pelo peso ou cubagem, prevalecendo o maior valor; • net freigft – cobrança da taxa básica mais os extras; • gross freight – cobrança do frete global, sendo também conhecido como all in; • temporary freight – frete menor com relação à taxa básica, aplicado de forma temporária, em especial a volumes considerados mínimos; • open freight – frete livre, negociado entre as partes e aplicável a mercadorias de baixo valor, em especial a cargas homogêneas; • minimum freight – taxa de menor valor básico; • not otherwise specified – fretes aplicados em mercadorias que não estão listadas nas tarifas convencionais. Neste caso, a negociação é livre. Observação Caso haja alguma particularidade quanto à mercadoria, rota ou até mesmo o porto de destino, serão aplicadas taxas extras ao frete, de acordo com as situações a seguir: 76 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ristin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 • bunker surcharge – aplica‑se sobre o frete básico com o objetivo de cobrir parte dos custos com combustível; • ad‑valoren – neste caso, aplica‑se à carga com alto valor agregado; • heavy lift – aplica‑se à carga com volume superior a 10 toneladas; • extra lenght – aplica‑se à carga com comprimento superior a 12 metros; • protrusion ou over dimension – aplica‑se a contêineres de teto aberto em plataformas ou dobráveis; • congestion surcharge – neste caso aplica‑se em portos onde ocorrem congestionamentos; • minor port additional – aplica‑se quando a carga será descarregada em algum porto secundário, fora da rota ou que apresente dificuldade de acesso; • currency adjustment factor – aplica‑se quando a moeda com a qual será pago o serviço não poderá ser convertida ou que seja desvalorizada em relação a outras moedas, como o dólar americano; • AFRMM – em caso de longo curso, é aplicada uma taxa de 25% sobre o custo de importação. Isso ocorre em território brasileiro, devendo o valor ser pago pelo consignatário. Observação A sigla AFRMM significa Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante. 3.4.5 Pagamento do frete O frete normalmente é pago pelo embarcador ou consignatário, levando‑se em consideração o que será negociado na compra e venda, bem como o local onde a carga será descarregada. A variação de preços também considera se o transporte será realizado utilizando serviços de terceiros ou não. 3.4.5.1 O conhecimento do embarque Como em toda a modalidade de transporte existente em nosso planeta, o marítimo tem o seu conhecimento de embarque. Esse é um documento comercial que se refere ao contrato de transporte entre a empresa que fará a operação e o proprietário da carga. A empresa operadora será a responsável pela carga até a chegada em seu destino final. O conhecimento da carga é conhecido como bill of lading ou poderá ser substituído pela sigla B/L e possui três funções básicas: contrato, recibo e título de crédito. Todas as informações sobre os elementos 77 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE que compõem as atividades deverão estar listadas em contratos. Algumas informações são essenciais como: • nomes das partes envolvidas; • informações sobre o navio que irá transportar a carga; • valor do frete negociado; • quais os portos de embarque e desembarque da carga; • lista da qualificação e quantificação da mercadoria; • condições de transporte. Ao transportar uma mercadoria de navio, existem algumas diferenças com relação aos modais tradicionais quando a carga é recebida. Será emitido um documento provisório chamado mate´s receipt que será substituído pelo documento B/L, comprovando o recebimento da carga. Lembre‑se que toda esta documentação deverá sempre estar acompanhada de documentos originais. Analisemos algumas características do Conhecimento de Embarque ou simplesmente B/L. Nele, devem constar o nome da empresa de navegação bem como o endereço e informações da sede da empresa. Outras informações necessárias: • nome do embarcador; • nome do consignatário; • parte a ser notificada; • local da emissão; • nome do navio bem como o número da viagem; • porto de destino e a data de desembarque; • porto onde será descarregada a carga; • local de entrega; • indicação do valor do frete bem como o local do pagamento; • número do Conhecimento do Embarque e as quantidades de vias originais; 78 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 • indicação da quantidade, os tipos, os volumes e suas medidas; • descrição da mercadoria; • indicação do número do contêiner; • especificação do peso líquido e bruto; • especificação do nome do agente marítimo; • declaração do valor da carga; • verificação da data e assinatura do emitente. Algumas medidas deverão ser tomadas em caráter de cuidado, principalmente com a documentação. Em caso de perda de documentos legais, deve‑se informar diretamente as autoridades para que sejam tomadas as devidas medidas. O responsável faz um anúncio sobre a perda do documento e aguarda até quatro dias. No caso da documentação não ser encontrada, a carga poderá ser entregue ao interessado, mediante assinatura de documento de responsabilidade. Apenas a Receita Federal da localidade é que poderá liberar a mercadoria, uma vez que haja ciência da perda do documento original e após entendimento entre as partes envolvidas. Perceba que um documento parece mais importante que a própria carga e, portanto, toda atenção é necessária. 3.4.6 Vantagens e desvantagens do transporte marítimo As vantagens e desvantagens desta e de qualquer outra modalidade são sempre muito relativas em função do objetivo principal de cada empresa. Vantagens: • permitir o transporte de cargas de maior tamanho; • possibilitar o transporte de maiores quantidades; • possuir custos menores se comparados com outros modais. Desvantagens: • pouca flexibilidade da carga; • baixa velocidade de transporte; • maior tempo de descarga; 79 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE • longa distância dos portos aos centros de produção; • muitos estragos ou perdas de carga. 3.4.7 Transporte fluvial e lacustre (aquaviário interior) É a denominação para o transporte realizado por hidrovias interiores, sejam rios (fluvial) ou lagos (lacustre). Assim como no transporte marítimo, uma infraestrutura é requerida para o escoamento das mercadorias. O transporte pode ser realizado dentro do próprio país como também internacionalmente, caracterizado como longo curso. Atualmente, podemos compreender a navegação de longo curso quando transportamos mercadorias para países vizinhos como o Uruguai, por exemplo. Observação O Rio Amazonas, devido ao seu tamanho, é capaz de receber navios de grande porte, e por isso, a navegação nesse rio é conhecida como transporte marítimo. Essa modalidade de transporte apresenta um custo mais barato do que o dos transportes terrestres por conta de seu baixo consumo de combustível e pela alta capacidade de carga que é transportada. O transporte fluvial e lacustre ainda é uma modalidade pouco utilizada e em desenvolvimento. É bastante explorado no transporte de produtos agrícolas, principalmente em países vizinhos da Amazônia. No Brasil, são cerca de 40.000 quilômetros de rios, porém, apenas 26.000 são considerados navegáveis. Ao compararmos a utilização de mão de obra para escoamento de mercadorias, nesta modalidade há uma grande redução em função de sua mobilidade operacional. 3.4.7.1 Bacias hidrográficas e suas características O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em recursos hídricos. As bacias hidrográficas cortam o território nacional e podem escoar mercadorias a países vizinhos. Vamos listar algumas bacias hidrográficas e suas particularidades: • Hidrovia Bacia Amazônica – possui 18.300 km de extensão. Atualmente é responsável pelo escoamento de boa parte das mercadorias para as cidades vizinhas, bem como países limítrofes; • Hidrovia do Nordeste – possui cerca de 3.000 km navegáveis; • Hidrovia Tocantins – Araguaia– possui 2.841 km navegáveis cortando todo o Brasil central; • Hidrovia do Rio São Francisco – possui atualmente 1.300 km navegáveis; 80 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 • Hidrovia Bacia Leste – liga os rios Jequitinhonha em Minas e Bahia ao Rio Doce em Minas e Espírito Santo e Rio Paraíba em São Paulo, totalizando 1.094 km navegáveis; • Hidrovia Tietê – Paraná – após a conclusão das obras de ligação entre os rios e o mar, esta hidrovia passa a ter cerca de 7.000 km navegáveis; • Bacia do Rio Paraguai – com 2.800 km navegáveis, é importante por interligar países da América do Sul; • Sistema de navegação do Rio Grande do Sul – atualmente, conta com apenas 1.300 km navegáveis. 3.4.8 Vantagens e desvantagens deste sistema de transporte Vantagens: • grande capacidade de transporte de carga; • fretes mais baratos se comparados com os dos modais rodoviário e ferroviário; • custos mais baixos; • disponibilidade imediata; • flexibilidade com outras modalidades de transporte. Desvantagens: • velocidade baixa; • capacidade da carga varia em função do nível das águas em determinados períodos do ano; • rota de transporte fixa, ou seja, não existe mobilidade; • falta de investimento; • limitações para navegação em determinados pontos considerados não navegáveis. 3.5 Principais portos brasileiros Passaremos a conhecer os principais portos brasileiros e suas características de acordo com informações da Antaq. 81 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE Observação Píer é uma obra de engenharia marítima que consiste numa estrutura suspensa que é ou apoiada em pilares ou mesmo flutuante, que pode servir para atracação de embarcações. Figura 9 ‑ Porto de Angra dos Reis – RJ4 Origem: a origem das exportações no porto se deu na década de 1920, em função da necessidade de escoamento de café oriundo do Vale do Paraíba, em São Paulo. Administração: o porto é administrado pelo consórcio Angraporto. Localização: está localizado no município de Angra dos Reis, na Baía da Ilha Grande, no litoral sul do estado do Rio de Janeiro. Área de influência: abrange o litoral da Baía da Ilha Grande, o sul dos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, o norte de São Paulo e o estado de Goiás. Área do porto organizado: conforme a Portaria – MT nº 1.037, de 20/12/93 (D.O.U. de 22/12/93), a área do porto organizado de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro, é constituída: • pelas instalações portuárias terrestres; • pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários. 4 Imagem e texto adaptado de conteúdo disponível em: <http://www.antaq.gov.br/Portal/pdf/Portos/AngraReis. pdf>. Acesso em: 8 jul. 2011. 82 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 Acessos: • rodoviário – pela RJ‑155, que conecta as BR‑101 e BR‑494, a 7 km do porto. • ferroviário – em bitola métrica (1,00 m), através do ramal Barra Mansa / Angra dos Reis, operado pela FCA – Ferrovia Centro‑Atlântica S/A, ligando o porto à região centro‑sul do estado do Rio de Janeiro, e desta aos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia. • marítimo – possui duas barras de entrada: uma a leste e outra a oeste da Ilha Grande, com larguras de 12 km e 17 km, respectivamente. Instalações: • um cais acostável em forma de píer, com 400 m de comprimento e uma bacia de evolução com 320 m de largura; • dois berços de atracação com profundidade de 10 m e capacidade para receber navios de até 29.000 TPB; • três armazéns para carga geral com 5.475 m², uma área de 150.000 m² de pátio a céu aberto, para depósito de carga geral e produtos siderúrgicos; • um silo vertical para trigo, com 11.000 t de capacidade estática. Figura 10 ‑ Porto de Itaguaí – RJ5 Origem: sua origem se deu pela necessidade de atender ao complexo industrial de Santa Cruz no estado do Rio de Janeiro 5 Imagem e texto adaptado de conteúdo disponível em: <http://www.antaq.gov.br/Portal/pdf/Portos/Itaguai.pdf>. Acesso em: 8 jul. 2011. 83 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE Administração: o porto é administrado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ). Localização: está localizado na costa norte da Baía de Sepetiba, no município de Itaguaí, estado do Rio de Janeiro, ao sul e a leste da Ilha da Madeira. Área de influência: coincide em parte com a hinterlândia do porto do Rio de Janeiro, abrangendo os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e o sudoeste de Goiás. Área do porto organizado: conforme a Portaria – MT nº 603, de 3/11/94 (D.O.U. de 4/11/94), a área do porto organizado de Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, é constituída: • pelas instalações portuárias terrestres; • pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários. Acessos: • rodoviário – o porto é ligado por uma estrada de 8 km à BR‑101; • ferroviário – em bitola larga (1,60 m), por intermédio do ramal Japeri/Brisamar, operado pela MRS Logística S/A, ligando o porto à região centro‑sul do estado do Rio de Janeiro (Vale do Paraíba) e desta aos estados de São Paulo e Minas Gerais; • marítimo – a barra está localizada entre a Ponta dos Castelhanos, na Ilha Grande, e a Ponta Grossa da Restinga da Marambaia, oferecendo 12 km de largura e profundidade de 19 m. O canal de acesso, com cerca de 22 km, possui largura de 200 m e profundidade mínima de 13,5 m. Instalações: o cais de uso público está dividido em trechos arrendados com cais de multiuso, píer de carvão e píer de minérios, terminal de alumina, pátios de carvão e pátios de minério, além de pátio de uso múltiplo. • No cais: — terminais arrendados ao longo do cais público: terminal de carvão, terminal de minério da CPBS – Companhia Portuária Baía de Sepetiba S/A., terminal de alumina – TAL da Valesul Alumínio S/A. • Fora do cais: — terminal de uso privativo; — terminal da Ilha Guaíba; — empresa Minerações Brasileiras Reunidas S/A. – MBR (Mangaratiba‑RJ) da CVRD. 84 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 Figura 11 ‑ Porto de Itajaí – SC6 Origem: a origem deste porto está associada à necessidade de escoar mercadorias típicas da região, mais propriamente o pescado. Administração: é administrado pela Superintendência do Porto de Itajaí, autarquia municipal da Prefeitura Municipal de Itajaí. Localização: está localizado no município de Itajaí, à margem direita do Rio Itajaí‑Açú, a 3,2 km da barra, no estado de Santa Catarina. Área de influência: é formada pelo estado de Santa Catarina, acrescida de algumas regiões produtoras dos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul. Área do porto organizado: conforme a Portaria – MT nº 1.007, de 10/12/93 (D.O.U. de 17/12/93), a área do porto organizado de Itajaí, no estado de Santa Catarina,é constituída: • pelas instalações portuárias terrestres; • pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários. Acessos: • rodoviário – pelas SC‑470/BR‑470, que ligam Itajaí ao oeste catarinense, passando por Blumenau; encontram a BR‑101, a 10 km do porto, e Pela BR‑101 uma importante malha rodoviária que faz ligação com Florianópolis, região sul do estado e Rio Grande do Sul, e ao norte, comunica‑se com Joinville, o norte do estado e Curitiba; • ferroviário – não existe acesso pela malha ferroviária. 6 Imagem e texto adaptado de conteúdo disponível em: <http://www.antaq.gov.br/Portal/pdf/Portos/Itajai.pdf>. Acesso em: 8 jul. 2011. 85 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE • marítimo – a barra, na embocadura do Rio Itajaí‑Açu, é fixada por dois molhes, norte e sul, e contém a largura mínima de 100 m e profundidade de 10 m. O canal de acesso é constituído de um trecho externo e outro interno, com profundidades de 10 m, respectivamente. A parte externa (canal da barra) tem cerca de 1,5 km de comprimento e largura de 100 m a 150 m, e a interna, 3,2 km, com largura variando entre 100 m e 230 m. Instalações: o porto organizado de Itajaí possui cais de 740 m e quatro berços de atracação, de acordo com a norma de tráfego de navios e serviços do Porto de Itajaí, assim distribuídos: • um berço integrante do terminal de contêineres do Vale do Itajaí, arrendado nos termos do Contrato nº 030/01 e de uso exclusivo do arrendatário Teconvi S/A.; • dois berços no porto público, obedecendo a critérios de atracação abaixo especificados; • um berço no píer turístico de passageiros. A atracação imediata no píer turístico de passageiros aos navios de cruzeiros e aos navios da Marinha do Brasil, além da atracação prioritária que são concedidas aos navios operados pelo arrendatário. Dois armazéns para carga geral totalizando 10.000 m², pátios asfaltados e alfandegados totalizando 43.000 m² e retroporto asfaltado de 25.000 m³. Figura 12 ‑ Porto de Maceió – AL7 Origem: por determinação do governo federal, o porto iniciou suas atividades para escoamento de açúcar e exploração do local como caráter comercial. Administração: é administrado pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), por meio da Administração do Porto de Maceió (APMc). 7 Imagem e texto adaptado de conteúdo disponível em: <http://www.antaq.gov.br/Portal/pdf/Portos/Maceio.pdf>. Acesso em: 8 jul. 2011 86 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 Localização: situa‑se na área leste da cidade de Maceió (AL), entre as praias de Pajuçara e Jaraguá. Área de influência: abrange o estado de Alagoas. Área do porto organizado: conforme a Portaria – MT nº 1.002, de 16/12/93 (D.O.U. de 16/12/93, retificada no D.O.U. de 22/12/93), a área de porto organizado de Maceió, no estado de Alagoas, é constituída: • pelas instalações portuárias terrestres; • pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários. Acessos: • rodoviário – pelas BR‑104 e BR‑316 que dão acesso à BR‑101, e pela AL‑101, na faixa litorânea de Alagoas; • ferroviário – pela Companhia Ferroviária do Nordeste, malha nordeste, antiga Superintendência Regional Recife (SR 1), da Rede Ferroviária Federal S/A. (RFFSA); • marítimo – não existe barra de entrada. O canal de acesso possui 520 m de comprimento, 80 m de largura e profundidade de 10 m. Instalações: • cais comercial com três berços, totalizando 400 m de extensão, com profundidade variando de 7 m a 10 m, dividido em dois trechos; • cais geral, com dois berços; • cais de fechamento, com um berço. O porto dispõe de quatro armazéns na retaguarda para carga geral e granéis e de um no cais geral para granel sólido, totalizando 12.400 m2. O terminal açucareiro é dotado de um berço com 250 m de comprimento, no qual são movimentados melaço e açúcar a granel. No prolongamento desse cais, foi concluído um píer para granéis líquidos, com 300 m de comprimento, onde já estão operando navios na face interna. Existem ainda 26 tanques para álcool, petróleo e derivados, sendo dezessete da Petrobras e nove de outras empresas. O terminal da Salgema, de uso privativo, localizado fora do porto, distante 4 km, opera em um cais de 228 m de comprimento com um berço de atracação de profundidade de 9 m. 87 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE Figura 13 ‑ Porto de Manaus – AM8 Origem: o porto de Manaus teve a sua origem e exploração durante a época do Império, quando atendia exatamente à Coroa, por força de concessão. Mais tarde, começou a ser administrado por empresas que constituíam à Coroa Inglesa e seus interesses. Administração: é realizada pela Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Estado do Amazonas (SNPH), por delegação ao estado do Amazonas. Localização: situa‑se na margem esquerda do Rio Negro, na cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, distante 13 km da confluência com o Rio Solimões. Área de influência: compreende quase todo o estado do Amazonas, excetuando‑se os municípios das partes altas dos rios Madeira, Purus e Juruá, e os estados de Roraima e Rondônia. Área do porto organizado: conforme a Portaria – MT nº 1.022, de 20/12/93 (D.O.U. de 22/12/93), a área do porto organizado de Manaus, no estado do Amazonas, é constituída: • pelas instalações portuárias terrestres; • pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários. Acessos: • rodoviário – formado pelas rodovias AM‑010 (Manaus – Itacoatiara), bem como pelas rodovias BR‑174 e BR‑319, ligando o porto, respectivamente, aos estados de Roraima e Rondônia; • ferroviário – não existe acesso por ferrovias; 8 Imagem e texto adaptado de conteúdo disponível em: <http://www.antaq.gov.br/Portal/pdf/Portos/Manaus.pdf>. Acesso em: 8 jul. 2011 88 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 • marítimo – a extensão total do percurso desde a foz do Rio Amazonas, onde o calado é limitado a 10 m, até o Rio Negro em Manaus, é de aproximadamente 1.500 km, constituindo uma via navegável natural. O trecho, com aproximadamente 15 km, da embocadura do Rio Negro até o porto, oferece, em suas condições mais restritivas, largura de 500 m e profundidade de 35 m; • fluvial – se faz pelo Rio Negro, afluente da margem esquerda do Rio Amazonas. Instalações: os cais estão ligados e fixos por meio de duas pontes flutuantes de 100 m de comprimento cada uma. Os berços, cujas profundidades variam entre 25 m e 45 m, permitem atracação, nas faces externas dos flutuantes, a navios de longo curso e, nas partes internas, a embarcações fluviais. Facilidades: o porto possui sistema de segurança e vigilância, 24 horas por dia, utilizando quatro turnos de serviço. Conta também com um circuito fechado de TV, composto de 23 câmeras de longo alcance em todos os armazéns, pátios e prédios administrativos, com monitores instalados na guarda portuária, com gravação 24 horas por dia. Figura 14 ‑ Porto de Paranaguá – PR9 Origem: o porto de Paranaguá temsua origem direcionada à exploração comercial com foco nos produtos a granel. Administração: é administrado pela autarquia estadual Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA). Localização: na cidade de Paranaguá, no estado do Paraná, na margem sul da Baía de Paranaguá. Área de influência: compreende o estado do Paraná e parte dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Inclui também o Paraguai, que dispõe de um entreposto franco no porto. 9 Imagem e texto adaptado de conteúdo disponível em: <http://www.antaq.gov.br/Portal/pdf/Portos/Paranagua. pdf>. Acesso em: 8 jul. 2011 89 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE Área do porto organizado: conforme Decreto Federal nº 4.558, de 30 de dezembro de 2002, a área do porto organizado de Paranaguá, no estado do Paraná, é constituída: • pelas instalações portuárias terrestres; • pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários. Acessos: • rodoviário – pela BR‑277, ligando Paranaguá a Curitiba e conectando a BR‑116 também pelas rodovias PR‑ 408, PR‑411 e PR‑410; • ferroviário – a atual malha ferroviária que liga o Porto de Paranaguá às demais regiões é administrada e operada pela Concessionária ALL – América Latina Logística, formando o segmento ferroviário do corredor do Paraná / Santa Catarina numa extensão de cerca de 2,2 mil quilômetros, transportando, principalmente granéis e agrícolas, além de fertilizantes e combustíveis; • marítimo – Pela barra de entrada (canal da galheta), definida nas Cartas Náuticas de Marinha nºs 1.821 e 1.822, com 150/200 m de largura, 20 milhas de extensão e 13/16 m de profundidade, o qual conta com leito em areia, permitindo navegação segura aos graneleiros de grande porte, com carregamento de até 78.000 toneladas. Cais comercial: o cais público tem 2.816 m de extensão com 14 berços de atracação, acrescido de 200 m em dolphins para atracação de navios roll‑on/roll‑off à leste do porto, perfazendo um total de 3.016 m com 15 berços, com profundidades de 8,70 m, 10,70 m, 12,70 m, 13,70 m e 14,50 m para atendimento simultâneo de 12 a 15 navios. Píers: • para inflamáveis – berço interno de 174 m de extensão e externo com 184 m de extensão, com profundidades de 10,70 m e 12,20 m, respectivamente; • para granéis líquidos – berço interno e externo com 244 m de extensão cada, sendo o interno com 10,70 m de profundidade e o externo com 12,70 m de profundidade; • para fertilizantes – berço interno e externo com 235 m de extensão cada, sendo o interno com 10,70 m de profundidade e o externo com 12,70 m de profundidade; • para granéis sólidos de origem agrícola – são doze terminais, sendo dois públicos e dez entre arrendados e privados, além de seis berços de atracação. Sua capacidade de ensilagem é de 1.426.500 toneladas estáticas; • para granéis sólidos fertilizantes – esses produtos são movimentados também através dos berços 209/210, interligados por meio de correias transportadoras (1.000 t/h) com armazéns graneleiros para 30.000 toneladas, e também aos terminais particulares interligados; 90 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 • para carga geral e contêineres – para dar cobertura à movimentação de carga geral e contêineres em navios convencionais e mistos (carga geral solta e contêineres), o porto dispõe de 21 armazéns totalizando 63.980 m² e/ou 372.688 m³, além de pátio de múltiplo uso com 8.000 m². Os pátios totalizam 538.425 m²; • para granéis líquidos: são cinco terminais, sendo dois privados, um público e dois arrendados, com quatro berços de atracação com uma capacidade total de armazenagem de 593.981 m3, sendo a: — capacidade de exportação igual a 3.950 m3/h; — capacidade de importação igual a 3.500 m3/h. Operações de importação e exportação: as operações de importação e exportação de contêineres são realizadas através dos berços 215 e 216; as de veículos através do berço 217. Figura 15 ‑ Porto de Porto Alegre – RS10 Origem: o porto foi inaugurado em 1911 com o objetivo de escoar as mercadorias em função da alta demanda da época. Administração: o porto é administrado pela Superintendência de Portos e Hidrovias do Rio Grande do Sul (SPH). Localização: o porto está localizado na margem esquerda do Rio Guaíba, na parte noroeste da cidade de Porto Alegre (RS). Área de influência: abrange o estado do Rio Grande do Sul, principalmente o eixo Porto Alegre, Caxias e municípios vizinhos. 10 Imagem e texto adaptado de conteúdo disponível em: <http://www.antaq.gov.br/Portal/pdf/Portos/PortoAlegre. pdf>. Acesso em: 8 jul. 2011 91 Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE Área do porto organizado: conforme a Portaria – MT nº 1.009, de 16/12/93 (D.O.U. de 17/12/93), a área do porto organizado de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, é constituída: • pelas instalações portuárias terrestres; • pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários. Acessos: • rodoviário – pelas rodovias federais BR‑116 e BR‑290, que no sentido leste conecta a BR‑101, em Osório, e para oeste se estende até a BR‑472, próximo a Uruguaiana, na fronteira com a Argentina; • ferroviário – pela Ferrovia Sul‑Atlântico S/A, malha sul, antiga Superintendência Regional Porto Alegre (SR 6), da Rede Ferroviária Federal S/A. (RFFSA), atingindo as fronteiras com a Argentina e o Uruguai. A malha é interligada pelas linhas‑tronco Porto Alegre – Uruguaiana e tronco‑sul, na direção de Santa Catarina e São Paulo; • marítimo – pela Lagoa dos Patos, com a entrada a cerca de 310 km a sudoeste de Porto Alegre, utilizando o canal do norte, na barra do Rio Grande. O canal de acesso tem 74 km de comprimento e profundidade mínima de 8,5 m; • fluvial – o porto conta com extensa rede de vias fluviais e lacustres. A navegação interior é permitida para embarcações entre 2,5 m e 5 m de calado, com importante participação na movimentação de cargas. Instalações: O cais acostável, com extensão de 8.028 m, é subdividido em três trechos. Um denominado cais Mauá, com 3.240 m de comprimento, contendo 16 berços, com profundidade variando de 4 m a 5,5 m. A armazenagem nesse trecho é realizada em 18 armazéns, dos quais 12 são para carga geral, totalizando 20.178 m2, e os outros seis com utilizações diversas. Outro trecho, denominado cais dos Navegantes, com 3.268 m, dispõe de 12 berços, com profundidade de 6 m, e 11 armazéns, sendo seis para carga geral e cinco para granéis sólidos, somando as áreas, respectivamente, 23.880 m2 e 16.320 m2. Existem, ainda, cinco pátios descobertos: um maior, para carvão, com 36.105 m2, e os demais, totalizando 22.340 m2, além de três silos para grãos, comportando 83.750 t, sendo um vertical de 18.750 t, operado pela Cia. Estadual de Silos e Armazéns (CESA), um horizontal da Sociedade Anônima Moinho Riograndense (Samrig). 92 Unidade II Re vi sã o: C ris tin a - Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 12 /0 7/ 11 / / 2ª R ev isã o: C ris tin a - Co rr eç ão : M ár ci o - 19 -0 7/ 11 Figura 16 ‑ Porto do Rio de Janeiro
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