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MOLDAGEM PARA RESTAURAÇÕES INDIRETAS ➢ Processo de moldagem: registro dos dentes preparados, dos tecidos moles, das relações interoclusais, para transferir estas informações aos modelos de trabalho ou diagnóstico. MATERIAIS DE MOLDAGEM ➢ Elastômeros: são polímeros flexíveis e se deformam para sair da boca e retornar para a dimensão original. Os monômeros menores vão se adicionado e formando macromoléculas, os polímeros. ➢ Obs.: Polímero é uma molécula de origem inorgânica de cadeia grande que vão se ligando e formando macromoléculas que formam ligações cruzadas com outras macromoléculas → grande rede. Entre elas há espaços vazios que permitem que elas estiquem e comprimam, podendo assim voltar a sua dimensão original sem sofrer fratura. CLASSIFICAÇÃO: POLISSULFETOS (OU MERCAPTANAS) ➢ Permlastic → sistema de pasta base e pasta catalisadora; Coe-Flex: ➢ Apresentação e composição: o Reação de polimerização de condensação: o material final vai sofrer uma contração de polimerização, logo o produto final vai sofrer mudança: o Mercaptana + peróxido de chumbo → polissulfeto de borracha + óxido de chumbo + água; o Devido a sua lenta polimerização e formação de água como subproduto, os polissulfetos são dimensionamento instáveis e os modelos devem ser vazados imediatamente após a moldagem. ➢ Características: o Estabilidade dimensional: o Fontes de alterações dimensionais: 1) Contração durante a formação de ligações cruzadas, porque, quando as moléculas se aproximam, as cadeias ocupam menos espaço e há uma redução no volume; 2) Após a polimerização, o subproduto (água) é perdido, causando contração (reação de condensação); 3) Embora sejam hidrofóbicos, podem absorver fluidos se expostos à umidade ou a um desinfetante → sofrem expansão; 4) Recuperação incompleta da deformação após a polimerização. ➢ Limite de elasticidade é a tensão limite a partir da qual se aumentar a tensão o material passa a ter uma deformação plástica. Maior deformação com uma tensão menor, no qual já se tem uma alteração na microestrutura, causando deformação permanente. Tirando a carga, o material guarda uma deformação residual e não volta a zero. ➢ Uma forma de minimizar os efeitos da contração de polimerização, da perda de subproduto e da deformação associada à distorção é reduzir a quantidade de material empregado, utilizando-se uma moldeira ou um casquete individual; ➢ O molde deve ser vazado imediatamente ou num prazo máximo de 30min. Se necessário armazenamento, o molde será mais estável se armazenado ao ar. TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO CLÍNICA: ➢ Técnica do casquete individual: o Coroa total apenas, porque é uma forma de afastar a gengiva que abraça o dente, feito de resina acrílica, para os casos dos términos intrassulculares; o Coroa parcial com término das caixas proximais dentro do sulco gengival → fio para afastamento; o Coroa parcial → moldeira parcial, moldeira de estoque. o Como fazer um casquete individual? 1) Fazer um molde com moldeira parcial com alginato dos dentes preparados; 2) Vazar no gesso → modelo de gesso dos dentes preparados: 3) Marcar nos dentes preparados com lapiseira a região do final da parede axial → essa região será feito um alívio em cera → com um pingador e cera 7 cobrir o preparo com uma camada fina de cera: 4) Isolar com vaselina sólida em todo o modelo e construir um casquete com resina acrílica transparente (Jet) até o término do preparo → casquete é um chapéu feito encima do preparo com alívio em cera; 5) Retira o casquete do modelo → espaço vazio por causa da cera que deve ser preenchido com material de moldagem; 6) Antes, deve ir para a boca reembasar o casquete e colocar um pouco de líquido de resina acrílica (Duralay) no interior do casquete; 7) Isolar o dente com vaselina sólida → passar a resina acrílica (pó + líquido) ao redor do término do dente preparado → quando perder o brilho encaixa o casquete na resina Duralay; 8) Pega espátula 1 de inserção e empurra a resina duralay para dentro do sulco gengival, a fim de copiar o término cervical dentro do sulco → polimerizou e remove da boca; 9) Vê-se o término cervical (interno) e a marca de grafite, externa, que corresponde ao fundo do sulco gengival → corresponde a resina que entrou dentro do sulco gengival e o copiou → saia do casquete: 10) Recortar os excessos do casquete até o limite da saia: 11) Leva o casquete na boca e testa com uma sonda para ver se ultrapassar o término cervical e está indo dentro do sulco gengival; OBS.: Elastômero não tem boa afinidade com a resina acrílica. 12) Passar o adesivo da resina em toda a parte interna do casquete e um pouco na parte de fora → espera secar; 13) Mistura as 2 duas pastas do polissulfeto → Preenche o casquete com polissulfeto → coloca no preparo e encaixa no preparo e segura em posição por 30seg, começa a polimerizar e depois solta e deixa quieto terminando a polimerização; Obs.: Quando se comprime o polímero, ele polimeriza sob tensão, quando solta → libera a tensão, porque é elástico e vai para a tensão que quer ficar e perde a finalidade para o qual foi preparado, no qual o modelo de gesso fica menor do que o preparo original. Polímeros de modo geral não podem ser polimerizados sob tensão. 14) Moldar com moldeira de estoque com alginato por cima do casquete (não tira o casquete) → depois remover o casquete dentro do alginato. OBS.: Usar pouco material e vazar imediatamente, a fim de fugir da baixa estabilidade dimensional dos polissulfetos. ➢ Técnica da moldeira individual: o Preparos parciais; o Não se consegue fazer o afastamento gengival; 1) Preenche o preparo com cera 7 para fazer um alívio e marca com lapiseira além da cera para fazer uma moldeira individual, no qual se apoia nos dentes vizinhos → moldeira individual de acrílico; 2) Passar adesivo de resina dentro e um pouco na borda externa da moldeira → levar dentro da moldeira o polissulfeto e encaixar no dente; 3) Deve-se posicionar um fio retrator dentro da gengiva a fim de afastá-la, retira e leva o material de moldagem dentro do sulco gengival com espátula ou seringa de moldagem → leva a moldeira cheia de material de moldagem → segura 30seg; 4) Fazer moldeira de estoque com alginato → posicionar encima da moldeira no preparo; 5) Remover moldeira com alginato. ➢ Fios retratatores: o Ultradent → Ultrapak com várias espessuras e são secos; o Genfiret embebido em soluções vasoconstritoras ou soluções adstringentes (Ex.: cloreto de alumínio, sulfato ferroso – solução hemostática); o Posicionar o fio dentro do sulco gengival com uma espátula número 1, por exemplo. POLIÉTERES ➢ Características: o Flexibilidade: ▪ Constituem o material mais rígido existente no mercado com exceção das massas densas das silicona; ▪ Devido a sua rigidez, as áreas mais retentivas devem ser bloqueadas para facilitar a remoção da boca; ▪ Um esforço maior deve ser aplicado na remoção do molde; o Estabilidade dimensional → razões para a pequena alteração dimensional: ➢ Não há formação de subprodutos na sua reação de polimerização; ➢ Teoricamente, a contração de polimerização é contrabalanceada pela expansão, devido ao rompimento de anéis para a formação de ligações cruzadas; ➢ A recuperação elástica é praticamente total; ➢ Devido a pequena deformação sofrida frente aos esforços, o molde pode ser vazado várias vezes. Pela mesma razão, o molde de poliéter pode ser vazado imediatamente ou até mesmo alguns dias após a moldagem, resultando na mesma precisão do modelo. TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO NA CLÍNICA: ➢ Técnica do casquete individual: o Idem anterior. o OU Casquete individual a partir da provisória como molde para o casquete → faz a provisória até o término cervical → enche de alginato dentro da provisória e enterra a provisóriadentro do alginato em um pote dappen: o Retira a provisória do alginato e vai encher o espaço que ficou da provisória no alginato com resina acrílica → obtêm-se uma provisória de resina acrílica; o Fazer um alívio interno, já que não teve a cera e reembasar na boca: ➢ Técnica da moldeira individual; ➢ Técnica da moldeira Triple-Tray (Moldex) → moldeiras parciais com 3 funções: o Coloca o material de moldagem de um lado e outro da moldeira → paciente morde → polimerização do material → impressão dos dentes superiores e inferiores ao mesmo tempo; o Modelos de trabalho são totais, não existe parciais, por causa dos contatos oclusais. Mas, com a tripple tray pode-se fazer modelos de trabalho, porque molda encima e embaixo ao mesmo tempo. Assim, dá o modelo de trabalho, modelo antagonista e a relação intermaxilar. Vazar no gesso um lado de cada vez → prender em um articulador os dois modelos e depois pode abrir o articulador e unir os modelos; o Uso de mais material, por isso não é utilizado com Polissulfetos. ➢ Moldeira individual para implantes: o Isolar bastante para não ter problema no momento de puxar o poliéter. SILICONAS ➢ Podem ser utilizadas na moldeira tripple tray, moldeiras individuais e casquete, mas necessário o adesivo específico para silicona; ➢ Ambos os tipos de silicona são baseadas no polímero do polidimetilsiloxano, mas apresentam diferentes grupos terminais, que dão origem a diferentes mecanismos de polimerização. SILICONA DE CONDENSAÇÃO: ➢ Poli-dimetil-siloxano; ➢ Reação de polimerização por condensação liberando o subproduto água → alteração dimensional no produto final; ➢ Representantes: Coltoflax, Espirex - Putty. ➢ Técnicas de utilização clínica: o Técnica da dupla mistura: técnica a 4 mãos, no qual o profissional espátula a pasta fluida/leve → vai para seringa de moldagem ou com uma espátula e leva até a boca do paciente, colocando nas regiões mais difíceis de serem copiadas, como caixas, fundo de sulco gengival e canaletas e o assistente espátula a pasta densa → vai para a moldeira e coloca encima da pasta leve. Os dois reagem e se misturam. Quando se remove da boca não se consegue ver os limites entre os dois materiais: ▪ Coroas totais ou parciais: 1) Colocar fio seco por lingual e proximais e sulfato ferroso (evitar sangramento) dentro do sulco gengival para afastar a gengiva; 2) Misturar pasta pesada com pasta catalisadora na mão o profissional e o assistente manipular a pasta leve na placa de vidro; 3) Colocar na seringa de moldagem; 4) Colocar um pouco de pasta leve sob a região do pesado dentro da moldeira, só na região onde vai moldar; 5) Tirar o fio retrator, secar e colocar um pouco de material leve na região onde é mais difícil copiar o material pesado; 6) Levar em posição a moldeira; o Técnica da dupla impressão ou do reembasamento: ▪ Molda primeiro com o pesado → remover e faz o alívio → coloca o leve → volta com a moldeira para a boca; ▪ Vê-se os limites nítidos entre o leve e o pesado; ▪ Problema: sem alívio adequado, na hora do retorno da moldeira para a boca → não se consegue encaixar o molde da pasta pesada exatamente na posição inicial → criando um degrau entre a parte que foi moldada com o leve e na parte que foi moldada com o pesado → distorção no molde → desarticulação. SILICONA DE ADIÇÃO ➢ Poli-vinil-siloxano; ➢ Distorção mínima, extremamente rígidos; ➢ Representantes: Aquasil; ➢ Reação por adição: A + B → AB ➢ Liberam hidrogênio na forma de gás → esperar um pouco pra vazar no gesso (30min). ➢ Técnicas de utilização clínica: o Técnica da dupla mistura; o Técnica do reembasamento ou dupla impressão: 1) Afastamento com fio seco da ultradent; 2) Manipular as pastas densas (pasta base e pasta catalisadora) até a coloração homogênea → colocar na moldeira → pegar folha de papel celofane e cortar em quadrados e colocar encima do material de moldagem na moldeira → levar na boca todo o conjunto; 3) Molde vai copiar a arcada e não detalhes → nem é necessário deixar polimerizar dentro da boca; 4) Retira o celofone e se tem uma moldeira individual que se adapta bem a arcada do paciente; 5) Colocar pasta leve também no fundo do sulco gengival; 6) Encher essa moldeira individual com pasta leve e levar na boca do paciente → evita-se a formação de degrau entre a pasta leve e a pesada. o Técnica da moldeira individual: necessário adesivo específico 1) Constrói a moldeira em resina acrílica. o Técnica da moldeira Triple Tray: 1. Idem triple tray anterior