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Aula dia 08/09/21 - Moldagem LIVRO A moldagem tem como objetivo reproduzir, de modo preciso, o preparo dental e as estruturas adjacentes, gerando um molde e, posteriormente, um modelo preciso, de modo que a prótese possa ser confeccionada com características biológicas, mecânicas, funcionais e esteticamente aceitáveis. Fatores que afetam a qualidade da moldagem: forma de preparo, saúde e manipulação dos tecidos moles, seleção de moldeira, tipo de material e técnica de moldagem. Técnicas de moldagem A região do término do preparo é a mais difícil de ser moldada (pincipalmente quando localizado no interior do sulco gengival). Então é necessário o afastamento ou retração gengival para permitir que o material de moldagem possa penetrar no sulco. O término do preparo deve estar com as margens nítidas, sem imperfeições, com presença de solução de continuidade e com tecido gengival sadio. Materiais de moldagem: As técnicas mais utilizadas para promover a retração gengival empregam meios mecânicos, com casquete individual, e mecânico- químicos, com fios retratores. Casquete Individual Confeccionado em resina acrílica ativada quimicamente, com paredes axiais e oclusal/incisal desgastadas internamente para prover espaço para o material de moldagem. O afastamento é obtido por meio do reembasamento do casquete na região do término do preparo com resina Duralay. A resina em consistência cremosa é colocada em todo o término, e o casquete é posicionado sobre o dente preparado, pressionando-se a resina contra o término do preparo e interior do sulco gengival, promovendo o afastamento da gengiva. Técnica simples, menor traumatismo ao tecido gengival, não necessita de fios retratores, mais previsível (depende da qualidade do casquete) e econômica (pequena quantidade de material). Podem ser confeccionados a partir de modelos de gesso dos preparos ou coroas provisórias. A. CONFECÇÃO DO CASQUETE EM MODELO DE GESSO A ultima imagem mostra o casquete pronto para serem reembasados em boca. Eles devem ter marcas nas faces vestibulares para orientar seu posicionamento no momento da moldagem. Ele deve ser desgastado com maxicut para tomar forma arredondada. B. CONFECÇÃO DO CASQUETE A PARTIR DE COROAS PROVISÓRIAS C. REEMBASAMENTO DO CASQUETE NA REGIÃO DO TÉRMINO DO PREPARO O excesso de resina no termino do preparo é conhecido como saia e é responsável pelo afastamento do tecido gengival do dente (retração gengival). Durante a polimerização da resina, é importante remover e reinserir o casquete para evitar que áreas retentivas abaixo da terminação gengival do preparo dificultem sua remoção. A avaliação da adaptação do casquete no dente preparado é feita com sonda exploradora (conferir a adaptação). Então seleciona a moldeira com casquete em posição e individualiza com cera nas bordas. D. MOLDAGEM Com a técnica do casquete, devem-se empregar materiais de moldagem de consistência regular, podendo ser polissulfeto ou poliéster. Deve se evitar que o casquete seja introduzido fora de sua posição (assentamento oblíquo), causando imprecisão da moldagem na região do término do preparo. Aplica adesivo do material de moldagem em toda a área interna e 2 mm da área externa. Então coloca o material no interior do casquete (com cuidado para não inserir bolhas), devendo se levar em finas camadas nas paredes internas, para deixar espaço para o dente. O casquete elevado ao dente sob leve pressão, até́ atingir sua posição final, determinada pela região cervical reembasada, que serve como “stop” para o posicionamento final do casquete. Os excessos do material devem ser acomodados com ligeira pressão contra o tecido gengival e as paredes do casquete. O casquete deve ser mantido em posição sob leve pressão digital até́ a polimerização do material. Após a polimerização o casquete é removido com moldeira de estoque preenchida com alginato ou com silicona de condensação para nova moldagem. Na maxila, a moldeira deve ser posicionada contra os dentes de posterior para anterior. Molde de alginato com casquete/ vista aproximada mostrando termino da saia. AULA MOLDAGEM Os preparos devem estar bem definidos, lisos e polidos – principalmente o termino cervical. A extensão subgengival do preparo deve preservar a saúde periodontal: Não tem como moldar quando há presença de exsudato (quando há inflamação periodontal). Então precisa estabelecer saúde periodontal antes de qualquer coisa. AFASTAMENTO GENGIVAL Finalidade: Expor o termino cervical, diminui umidade regional (umidade intra sucular), para criar espaço para o material de moldagem. Mecânico: algo interposto no sulco que faz o afastamento gengival mecanicamente. Mais convencionais são os fios de algodão e casquete de resina. Químico: dificilmente utiliza como método sozinho. Vasoconstritores e solução hemostática. Causa hemostasia e leve afastamento. Associação: várias funções que irão auxiliar na moldagem. Cirúrgico: com bisturi elétrico. Não é reversível. FIOS 000 – 3: quanto mais zeros, mais fino será. O 000 é o mais fino e o 3 o mais calibroso. Ele faz o afastamento horizontal e vertical. Espátula de inserção de fio retrator (específica) - o fio gruda na espátula e acaba atrapalhando. Solução que pode ser utilizada para impregnar no fio é o hemostop da cirurgia (associação de afastamento mecânico e químico). Escolha do calibre do fio deve ser compatível com o tamanho do sulco. Pode usar a técnica do fio único ou usar dois fios (fio mais fino primeiro e depois o maior). Não existe regra, sendo que a escolha deve ser através da avaliação clínica da anatomia sucular do paciente. Não pode invadir espaço biológico. CASQUETE Ele deve estar bem adaptado ao preparo e o termino cervical, além de ter folga para o material de moldagem. Deixa em posição e captura o restante (o conjunto de dentes) com uma segunda moldagem. Pode ser silicona fluida no casquete e densa no restante. MOLDEIRA Não utilizar as plásticas nem as totalmente lisas (estas eram utilizada com godiva, por exemplo). Utilizamos as perfuradas ou Verner que, apesar de lisa, tem retenção na borda. DEVEM SER: Atóxico, ter T’ de trabalho satisfatório, consistência adequada, hidrofílico, ter cor que facilite a identificação de detalhes após a polimerização final, não se deformar ao ser retirado da boca, ter etsabilidade dimensional, não ter cheiro ou gosto desagradável, ser passível de desinfecção, ter boa adesão a moldeira e nã apresentar distorção durante o preenchimento do molde. OS MAIS INDICADOS SÃO: Silicone de condensação, silicone de adição (padrão ouro) e poliéter. SILICONE DE CONDENSAÇÃO Dentro de canais deve se usar o de adição que é mais resistente ao rasgamento. 1. Com silicone denso para fazer moldeira individualizada. 2. Faz afastamento gengival. 3. Depois com o fluído faz a cópia restante (fina espessura e uniforme) das regiões onde o denso não chega. 4. A fluída deve ser incluída através da seringa de moldagem. Quando o fio atrapalha como na imagem abaixo), usa técnica onde vai removendo o fio e aplicando a fluída. POLIÉTER Pasta = pasta Não forma subprodutos voláteis Exelente estabilidade dimensional Mais preciso que silicones de condensação Ambiente seco, podem ser armazenados por 7 dias Hidrofílicos (umidade não tem grande interferência) T’ de trabalho reduzido (A presa muito rápida, sendo necessária habilidade e experiência) Dificuldade de desinfecção Gosto desagradável Pode ser usada com pistola Possui várias densidades SILICONE DE ADIÇÃO (PADRÃO OURO) Sem subproduto Excelente estabilidade dimensional e recuperação elástica Alta resistência ao rasgamento Esperar 1H para preencher molde Até 14 dias para preencher sem alterações Na presença de enxofre a reação de polimerização é alterada de consistência rígida para borrachóide (usar luva de nitril) Aguardarpelo menos 1H para a recuperação elástica. São duas massas o denso e pistola o fluído. DUPLA MOLDAGEM: Também conhecida como técnica do reembasamento ou dupla impressão. Realiza a moldagem com a silicona densa, afasta os tecidos (fio retrator) e volta para segunda moldagem com silicona fluída. Sempre recorta as ameias para criar alívios e espaços, com finalidade de encaixar com mais facilidade quando for realizar a segunda moldagem, além de permitir o escoamento do fluído entre os dentes. Canaletas podem ser realizada para melhorar ainda mais o escoamento. Deve se ter cuidado para não perder a individualização do molde. Pode usar PVC para a moldagem com a densa para, após a presa, se ter um espaço para a fluida. MOLDAGEM EM FASE ÚNICA: Conhecida como dupla mistura ou único tempo. Realiza o afastamento antes (passo único). Enquanto operador aplica o fluído na boca do paciente o auxiliar manipula o denso. Ambos pegam presa juntos.
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