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Lucas Melo – Medicina Ufes 103 Hipertensão Arterial Sistêmica A HAS é uma doença muito prevalente no Brasil, tem uma prevalência menor em mulheres antes da menopausa, relação que pode se inverter após esse período, mas é definida como uma entidade clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos, que conferem um significativo aumento de risco para eventos cardiovasculares. A HAS tem uma associação com etnia, em pacientes negros ela é mais comum e mais grave. *Pacientes são hipertensos quando os valores médios de pressão arterial são maiores de 140/90. A hipertensão pode estar associada a inúmeros fatores, como distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos alvo, obesidade abdominal, DM, hipertireoidismo, etc. A HAS pode ser definida como primária, quando ela não está relacionada com nenhuma doença de base do paciente, pode ser secundária, quando tem relação com alguma doença de base, como doença renal, apneia do sono, hiperaldosteronismo primário. Ainda existe a hipertensão resistente, que é aquela que não consegue ser controlada mesmo utilizando 3 ou mais classes de medicamentos, sendo que uma classe seria os diuréticos. Hipertensão maligna é quando ela começa já em estágio 3, ou seja, acima de 180/110 + retinopatia estágio 3 (presença de exsudatos) e 4 (papiledema). O que é crise hipertensiva? É quando há uma elevação de PA acompanhada de sintomas e/ou lesão de órgão-alvo aguda (principais territórios são coração, cérebro e rins). - Fatores de risco: 1. Idade: Quanto mais envelhece, maior o risco de ser hipertenso. 2. Etnia: Negros tem uma maior probabilidade. 3. Obesos: Com IMC>25. 4. Alta ingestão de sal. 5. Sedentarismo. - Fisiopatologia: Em relação a fisiopatologia da HAS, existem 3 mecanismos principais para a gênese da doença, o primeiro é o mecanismo hormonal, representado pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona. Quando a perfusão renal diminui ou quando a quantidade de sódio que chega no rim diminui, a pró-renina inativa se transforma em renina, que vai ser responsável por converter o angiotensinogênio (produzido vários lugares do corpo, grande parte no fígado) em angiotensina I, que não possui atividade, a angiotensina 1 vai ser convertida, pela ECA, em angiotensina II, que possui função metabólica. A angiotensina II vai atuar no SNC fazendo ativação simpática com liberação de catecolaminas (noradrenalina, epinefrina e dopamina), vai causar uma disfunção do endotélio vascular e uma contração da musculatura lisa do dos vasos, nas células miocárdicas vai provocar crescimento e fibrose (que a longo prazo vai causar dilatação e hipertrofia), nos rins há um estimulo para retenção de sódio de água, além da atuação do córtex da adrenal promovendo a liberação de aldosterona, que vai estimular a reabsorção de sódio e água nos TCD e eliminação de potássio. O efeito final é vasoconstrição e retenção de água e sódio. O outro é o mecanismo neural, que tem relação com a ativação do sistema nervoso simpático, pessoas hipertensas tem uma ação mais exacerbadas no SN simpático no geral, as ações dele são liberação de renina pelas céls justaglomerulares, aumento da reabsorção de água e sódio e causa vasoconstrição. O efeito final é a vasoconstrição e retenção de agua e sódio. *Muito importante notar que os dois mecanismos apresentados têm um feedback positivo, o mecanismo hormonal estimula o SN simpático e o mecanismo neuronal estimula a liberação de renina, que vai atuar no SRAA. O terceiro é o mecanismo renal, está relacionado com o aumento de pressão e o consumo de sódio, uma pessoa normal tem uma alteração de pressão quando ingere quantidades excessivas de sódio, porém, um hipertenso primário já possui uma pressão de base maior, e a pressão arterial que ele deve atingir para eliminar a mesma quantidade de sódio que uma pessoa normal que ingeriu sódio em excesso é muito maior, isso tudo está relacionado com um mecanismo renal. Além disso, existem pessoas “sal-sensíveis”, que vão ter uma elevação grande da pressão ao ingerir sódio, isso se deve a uma alteração renal. - Quadro clínico: Um dos grandes desafios da HAS é o quadro clínico, pois a maioria dos pacientes são assintomáticos. Alguns pacientes podem queixar de cefaleia, mas ela só vai estar relacionada a HAS quando os valores pressóricos forem bem altos, em torno da faixa de 170-190 de sistólica. Esses pacientes podem apresentar sintomas quando há lesões de órgãos-alvo (coração, SNC e rins), como dor torácica se o paciente tiver doença Lucas Melo – Medicina Ufes 103 coronariana, dispneia se o paciente tiver insuficiência cardíaca, em relação ao SNC, pode gerar AVE (afasias e paresias), e, em relação aos rins, pode gerar oligúria e anasarca. *Não queremos que o paciente chegue na fase dos sintomas. - Exame Físico: Quando vamos examinar um paciente hipertenso, é importante medir a pressão nos dois membros superiores, se há uma diferença maior que 20 mmHg de um braço para o outro, temos que investigar outras doenças, como dissecção de aorta, arterite de Takayasu, etc. A ausculta cardíaca e pulmonar é muito importante, temos que verificar a presença de sopros ou desdobramentos, crepitações no pulmão, etc. - Diagnóstico: Para ser feito o diagnóstico, precisamos medir a pressão de forma correta, a posição ideal é o paciente sentado, com as pernas descruzadas e os pés apoiados no chão, não pode ter feito nenhum exercício físico na última hora e nem fumado nos últimos 30 minutos. O braço deve estar apoiado mais ou menos na altura do coração. Além disso, deve ser usado um manguito adequado de acordo com a circunferência do braço do paciente. Após colocar o manguito, vamos estimar a pressão sistólica, palpa o pulso radial e insufla o manguito até parar de sentir o pulso, soma-se ao valor encontrado 20 mmHg e insufla novamente com o estetoscópio posicionado na artéria braquial, o primeiro som que vai ser ouvido é a fase 1 de Korotkoff, que representa a PAS, quando deixamos de ouvir os sons é a fase 5 de Korotkoff, que representa a PAD. O diagnóstico vai ser dado quando a aferição der maior ou igual a 140/90 em pelo menos duas aferições diferentes. Temos que ficar atentos em algumas coisas, idosos e pacientes com DM podem ter a chamada hipotensão ortostática, que é a queda de 20/10 mmHg quando o paciente se levanta. Outras formas utilizadas para aferir a pressão e dar o dx de HAS, é a utilização da aferição residencial (MRPA – medida residencial da pressão arterial), que possui um protocolo, deve ser feita 3 medidas pela manhã antes do café da manhã e 3 medidas a noite antes do jantar, durante 5 dias consecutivos. O valor usado de corte para o dx é de 135/85 mmHg. Além da medida residencial, há o MAPA, que é um equipamento que vai ser colocado no braço do paciente e vai medir a pressão a cada 15-30 minutos durante 24 horas, durante o período de vigília o corte é 135/85, na média das 24 horas, o corte é de 130/80, e durante o sono o corte é 120/70. Após todas essas medidas, quando o paciente está normal no consultório e normal em casa, dizemos que é normotenso ou tem uma hipertensão controlada. Quando o paciente está com pressão alta no consultório e com pressão normal em casa (medida pelo MAPA e MRPA), dizemos que é uma hipertensão do avental/jaleco branco, que significa que a pressão sobe quando o paciente vai na consulta, esse paciente não é hipertenso, mas tem um risco maior de desenvolver doença cardíaca. Outra situação é quando a pressão está normal no consultório e está alta em casa (medida pelo MAPA e MRPA), é chamada de hipertensão mascarada, esse paciente é hipertenso e deve ser tratado como tal, mas no consultório está mascarado.A outra situação é quando a pressão no consultório está alta e a pressão em casa está alta, Lucas Melo – Medicina Ufes 103 dizemos que é hipertensão ou hipertensão não controlada. De acordo com a 7ª diretriz brasileira de HAS, podemos classificar os pacientes em alguns estágios de acordo com os valores encontrados na aferição. Do estágio 1 para o estágio 3 sempre aumenta 19 na sistólica e 9 na diastólica de um para o outro. A hipertensão sistólica isolada é comum no idoso, e acontece quando a sistólica está alta e a diastólica normal. Quando um paciente tem medidas de pressão que encaixam em 2 estágios diferentes? Sempre considerar o pior, por exemplo, se a pressão deu 140/105, considerar que ele é estágio 2. - Exames complementares: A HAS deve ser tratada como uma doença, ou seja, temos que pedir exames complementares para traçar o perfil do paciente. Em relação aos exames laboratoriais, temos que lançar mão do hemograma, U/Cr, Na/K (eletrólitos), glicemia de jejum, perfil lipídico, EAS para investigar proteinúria. Outros exames importantes são ECG para identificar possíveis sobrecargas ventriculares ou arritmias, RX de tórax para ver área cardíaca e pulmão, ECO pode ser importante para avaliar massa miocárdica e se tem valvopatias associadas. Outro exame muito importante é o exame de fundo de olho, pois o fundo de olho é como se fosse um espelho da microcirculação do organismo. Existem 4 graus de retinopatia hipertensiva, no primeiro grau as artérias são muito finas, chamadas de artérias em fio de prata, no segundo grau temos cruzamentos AV patológicos entre arteríolas e vênulas, no terceiro grau temos a presença de exsudatos, exsudatos algodonosos chamados de velas, ou exsudatos hemorrágicos, que são os mais vermelhos. O quarto grau é quando perde a definição da papila do nervo óptico, ou seja, um papiledema. *Muito importante que o paciente hipertenso seja avaliado com um exame de fundo de olho pelo oftalmologista. - Estadiamento: Quando vamos estadiar o paciente, temos que estar atentos aos fatores de risco: 1. Idade (H> ou = 55 anos; M> ou = 65 anos), quanto maior a idade, pior o prognóstico e maior o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. 2. Dislipidemia. 3. Resistencia a insulina. 4. Obesidade. 5. DCV (doença cardiovascular) prematura na família, para as mulheres, prematuro significa abaixo de 65 anos, e para os homens é abaixo de 55 anos. Em relação as lesões de órgão-alvo, consideramos que o paciente é mais grave, pois ele já começou a desenvolver sintomas, fatores de pior risco são: 1. Hipertrofia ventricular esquerda comprovada no ECG ou no ECO. Lucas Melo – Medicina Ufes 103 2. Espessura média intimal (EMI) da carótida maior que 0,9 mm, quanto mais espessa a carótida, pior o risco e sinal de aterosclerose. 3. ITB (índice tornozelo braquial) <0,9 deflagra que há um processo de aterosclerose, por isso o risco é maior. 4. Albuminúria/proteinúria (>30 mg/24h). 5. DRC estágio 3 (RFG entre 60 e 30 ml/min). Quando o paciente tem alguma das alterações litadas acima, significa que ele já tem uma lesão de órgão alvo. O fator mais grave possível é quando o paciente tem uma doença cardiovascular estabelecida, que pode ser: 1. Cerebrovascular, como AVC. 2. Doença arterial coronariana ou periférica (periférica é nas pernas ou na carótida). 3. DRC estágio 4 ou 5. 4. DM 1 ou 2. 5. Retinopatia avançada de grau 3 e 4, 6. Insuficiência cardíaca. Portanto, fazemos a avaliação desses 3 conjuntos de fatores (fatores de risco, lesão de órgão-alvo e doença cardiovascular estabelecida) para fazer o estadiamento do paciente, como mostra a tabela: *Todos os pacientes que sinais de lesão de órgão- alvo ou DCV estabelecida, independente do estágio de pressão, são pacientes de alto risco. *Todos os pacientes com hipertensão estágio 3 são de alto risco. *Praticamente todos os pacientes do estágio 2 são de alto risco, só não seria se ele não tivesse nenhum fator de risco, mas, pensando bem, quase nenhum paciente que tem uma pressão tão elevada não tem um fator de risco junto. - Tratamento: A base do tratamento da hipertensão é a mudança no estilo de vida, que é o tratamento não farmacológico, a perda de peso é muito importante para controlar a pressão, a alimentação com pouco sódio é importante, o recomendado pela OMS é uma alimentação com ingestão menor que 2g de sódio por dia, ou menor que 5g de cloreto de sódio/sal de cozinha. Atividade física com uma média de 30 minutos por dia, 5 dias por semana e reduzir o consumo de álcool. O tratamento farmacológico consiste em agir sobre a fisiopatologia, os medicamentos de primeira linha são IECA e BRA (vão agir no mecanismo hormonal), BCCA (fazem vasodilatação, indo contra a vasoconstrição que ocorre nessa doença) e diuréticos tiazidicos (aumenta a eliminação de sódio e água). Lucas Melo – Medicina Ufes 103 Como medicamentos de 2ª linha temos os BB (inibem o sistema simpático, ou seja, agem no mecanismo neural), diuréticos de alça, antagonistas de aldosterona, vasodilatadores diretos, alfa1-bloqueadores e alfa2-agonista central. Quando vamos programar o tratamento, devemos seguir os estágios de hipertensão já definidos: 1. Quando o paciente é pré-hipertenso, a receita é a mudança do estilo de vida, e o tratamento farmacológico vai ser iniciado se há um alto risco CV ou DCV estabelecida. 2. Se é um hipertenso estágio 1, além da medicação de estilo de vida que é muito importante, temos 2 opções para esse paciente, se ele já tem um alto risco CV ou DCV estabelecida, temos que iniciar o tratamento farmacológico imediatamente, se ele é um paciente com risco CV baixou ou médio, podemos esperar de três a seis meses o efeito da mudança do estilo de vida antes de prescrever remédio. 3. Se o paciente é do estágio 2 ou 3, além da medicação de estilo de vida, já temos que iniciar o tratamento farmacológico do paciente. Lucas Melo – Medicina Ufes 103 O tratamento da hipertensão possui uma meta, se o paciente for de alto rico, a meta é até 130/80, se o paciente não for de alto risco, a meta é até 140/90. - HAS secundária: Possui uma prevalência de 3 a 5% e possui algumas pistas para o diagnóstico, são elas: 1. Hipertensão resistente (aquela que não controla com o uso de 3 classes de medicamentos, sendo uma delas diurético). 2. Hipertensão em pacientes com menos de 30 anos, se forem pacientes não obesos e sem história familiar é mais alarmante ainda. 3. Pacientes que tomam remédios diariamente, está bem controlado, e descontrola sem uma causa aparente. 4. Hipertensão maligna (aquele paciente que já começa no estágio 3 e já tem retinopatia grave). 5. Se há algum achado especifico do EF ou exames complementares. SAHOS (apneia do sono): O quadro clínico está relacionado com roncos, sonolência diurna, pacientes com sindrome metabólica que tem HAS, dislipidemia e DM. Esses pacientes tem um colabamento da faringe e região da laringe durante o sono, isso impede a passagem do ar, o que provoca despertares durante a noite, aumento da pressão de CO2, diminuição da pressão de O2 e aumento da pressão intratorácica. O diagnóstico da apneia é dado pela polissonografia, e é dado pela presença de sintomas + IAH (índice apneia-Hipopnéia) > 5 ou IAH>15. O tratamento vai ser com medicação de estilo de vida, perda de peso e exercício físico, evitar o excesso de álcool, pois o álcool acaba relaxando a musculatura da regiao da laringe e faringe, mas o tratamento preferencial é o CPAP (pressão positiva contínua na via aérea). Doença renal parenquimatosa: Nesse caso, o problema está nos rins, alguns achados do EF podem ser edema, anorexia, fadiga, oligúria. Como é uma doença doparênquima renal, há menos nefrons funcionando, por isso há uma redução da excreção de água e sódio, com isso há uma hipervolemia e ativação do SRAA, isso tudo vai levar a um aumento de pressão. O diagnóstico dessa doença é dado, principalmente, pela creatinina, para fazer o cálculo do ritmo de filtração glomerular (RFG), outros exames são EAS (cilindros, hematúria, proteinúria) e USG de rins e vias para ver como estão os órgãos (normalmente essas pessoas tem rins diminuídos). O tratamento básico inicial é uso de IECA e BRA, pois esses fármacos agem inibindo a angiotensina 2 (normalmente, ela provoca uma vasoconstrição da arteríola eferente, o que aumenta a pressão de filtração), nessa inibição há uma vasodilatação da arteríola eferente, o que diminui a pressão de filtração, diminuindo a filtração de proteína (quanto maior a filtração de proteína, maior vai ser a progressão para uma doença terminal, por isso evitar essa filtração). O tratamento com IECA e BRA deve ser evitado no RFG<30 e/ou K>5,5. Outro tratamento é diurético em altas doses, geralmente furosemida, ou diálise. Doença renovascular: Essa doença não vai afetar o parênquima, mas vai afetar a artéria renal, ela pode ser uni ou bilateral. A grande pista diagnóstica Lucas Melo – Medicina Ufes 103 dessa doença é o sopro abdominal na região das arterias renais, outras pistas são pacientes com edema agudo súbito ou de repetição e grande piora da função renal com IECA e BRA, se a doença for bilateral. O diagnóstico é feito entre a doença renovascular aterosclerótica ou displasia fibromuscular, a primeira é uma aterosclerose, que é um acumulo de gordura que leva a obstrução, é mais comum em homens idosos com muitos fatores de risco CV, essa estenose é mais comum na região proximal da artéria renal. A segunda tem um mecanismo desconhecido, é mais comum em mulheres jovens, tem poucos fatores de risco e é uma estenose na região médio-distal da artéria, como se fosse um colar de contas com várias bolinhas. O tratamento básico é medicamentoso, tomar cuidado com IECA ou BRA se for bilateral, pode ser feita uma revascularização com colocação de stent ou um tratamento cirúrgico. Feocromocitoma: Temos que pensar sempre na tríade clássica do feocromocitoma, que é composta por cefaleia, taquicardia e sudorese, esses sintomas acontecem de forma súbita, começa súbito e passa súbito, essa tríade vai estar relacionada com hipertensão, que pode ser tanto subida, quanto sustentada. No feocromocitoma, há um tumor localizado na adrenal que produz catecolaminas, a catecolamina leva a um aumento da RVP e taquicardia, que eleva a PA. Para fazer o diagnóstico precisamos identificar essa elevação de catecolaminas (metanefrina), que pode ser na urina ou no plasma sanguíneo. Se identificado um excesso de catecolamina, temos que identificar onde está localizado isso, na maioria das vezes está na adrenal, então fazer uma RNM ou TC, se não achar nada no abdome, pode estar nos paragangliomas. *Os receptores alfa1 estão nos vasos sanguíneos, ao se ligarem com as catecolaminas, vai haver uma vasoconstrição e aumento da RVP. Os receptores beta1 estão no coração, quando as catecolaminas se ligam a eles há um aumento da força de contração (inotropismo positivo) e aumento da FC (cronotropismo positivo). Os receptores beta2 ficam no pulmão, quando as catecolaminas se ligam neles, há uma bronquiodilatação. Hiperaldosteronismo primário: Essa causa está relacionada com hipertensão resistente e alcalose metabólica, mas o principal achado é a hipocalemia (potássio baixo no sangue), acontece por conta de uma produção de aldosterona independente da renina, que, normalmente, vai estar relacionada com hiperplasia, adenoma ou carcinoma de adrenal. A aldosterona vai estimular os canais de sódio que dependem de voltagem nos ductos coletores, fazendo com que o sódio seja reabsorvido e vá para o sangue, vai haver uma retenção de sódio e agua no organismo, aumentando a pressão, mas a reabsorção de sódio é feita pela bomba de sódio e potássio, ou seja, entra sódio e sai potássio, havendo uma excreção excessiva de potássio na urina.
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