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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI UFVJM DEPARTAMENTO DE QUÍMICA – DEQUI www.ufvjm.edu.br RELATÓRIO PRÁTICO: AMOSTRAGEM Disciplina: Química Analítica Quantitativa Turma: QUI076 – Q Docente: Leandro Rodrigues de Lemos Discentes: David Vieira de Almeida; Luele Ribeiro de Sousa Barbosa Pedro Barbosa Costa Serra Diamantina, setembro de 2021 INTRODUÇÃO A amostragem é um procedimento definido pelo qual é recolhida uma parte de uma substância, material ou produto, que proporcione uma amostra representativa do todo para ensaio ou calibração. Em certos casos, a amostra pode ser determinada pela disponibilidade (NP EN ISO/IEC 17025, 2000) Garantir uma amostragem correta de forma que esta represente a composição de todo o lote é fundamental para representatividade estatística de um material foco de uma determinada análise química. Qualquer desvio durante a etapa de amostragem pode significar um erro de exatidão ou de precisão da análise. (ASTM E877, 2008) Após a correta amostragem do material foco da análise química, deve-se garantir que a amostra seja processada tão logo quanto possível. Não sendo possível o processamento imediato a amostra deve ser armazenada em recipiente impermeável e hermeticamente fechado, com menor espaço de ar livre possível. (ASTM E877, 2008) A parte fundamental para um sistema de amostragem é garantir que todas as partes da amostra (de um determinado lote) participem da fração da amostra objeto da análise. Um método de amostragem incorreto não garante o fornecimento de amostras representativas na avaliação da qualidade de um dado material (ASTM E877, 2008) As etapas de um método de amostragem de acordo com a (ISSO 3082: 2009) são: Identificar o lote a ser amostrado e as características de qualidade objetos da análise química; b) Determinar o tamanho nominal do lote; c) Determinar o local da amostragem e a forma de obtenção dos incrementos; d) Determinar a massa de incremento considerando o tamanho do lote, o equipamento de manipulação da amostra e o dispositivo para a retirada de incrementos; e) Especificar a precisão requerida; f) Determinar o número mínimo de incrementos primários a serem retirados do lote para uma amostragem aleatória sistemática ou estratificada; g) Determinar o intervalo de amostragem, em toneladas, para uma amostragem com base massa ou em minutos para uma amostragem de base tempo; h) Tomar incrementos de massa uniformes para amostragem com base massa ou com uma massa proporcional à vazão do fluxo de amostra para amostragem com base tempo; i) Determinar se a amostra será dividida ou de uso múltiplo; j) Estabelecer o método de combinação de incrementos para uma amostra bruta ou uma amostra parcial; k) Triturar a amostra, se necessário; l) Secar a amostra, se necessário; m) Dividir a amostra de acordo com a massa mínima, empregando massa constante ou divisão proporcional para amostragem base massa, ou divisão proporcional para amostragem base tempo; n) Preparar a amostra de teste. Um exemplo da aplicação da amostragem em uma análise é o recolhimento de amostras provenientes de sondagens. Nessa análise, o responsável pela análise deve coletar amostras do solo que constituem áreas que acondicionam depósitos susceptíveis de fornecer bons materiais para o estudo geoquímico e que apresentam uma reconhecida ocupação antrópica. OBJETIVOS Aplicar os conceitos de amostragem através da análise de um lote de bolinhas coloridas. METODOLOGIA 3.1 MATERIAIS Lote de bolinhas coloridas com cores variando entre azul, vermelho amarelo e verde. 3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Parte I Na primeira parte do procedimento prático foi realizada a contagem das cores das bolinhas presentes na amostra. Com base no valor referente a quantificação das cores e no valor térico fornecido pelo fabricante, foram feitos os cálculos de % de cores presentes na amostra e erro relativo, cujo resultados e equações utilizadas estão representadas abaixo: Figura 1: Equações utilizadas Equações utilizadas Tabela 1: Valores calculados Vermelho Azul Amarelo Verde Total Quantidade 5 10 7 8 30 %da cor na amostra 16,66 33,33 23,33 26,66 100% Valor teórico do fabricante 26 15 32 27 100% Erro relativo 35,92 28,19 10,26 2,53 Fonte: arquivo pessoal Para as bolinhas vermelhas: Para as bolinhas azuis: Para as bolinhas amarelas: Para as bolinhas verdes: Parte II Na parte 2, considerando uma amostra maior (100 bolinhas), foi necessário executar a técnica de quarteamento para a redução da amostra e em seguida, realizar todos os cálculos feitos na parte I (%cor e erro relativo). Como trata-se de uma amostra bem maior que a primeira, a quantidade de bolinhas presentes nessa amostra foi fornecida. Vermelho Azul Amarelo Verde Total Quantidade 16 22 43 19 100 % de cor na amostra coletada 16 22 43 19 100% Valor teórico 26 15 32 27 100% Erro relativo 38,46 15,38 65,38 26,92 Para as bolinhas vermelhas: Para as bolinhas azuis: Para as bolinhas amarelas: Para as bolinhas verdes: O quarteamento foi realizado com o intuito de diminuir o tamanho da amostra para facilitar a análise. A amostra de 100 bolinhas foi misturada e dividida em quatro partes, sendo que dessas quatro partes, apenas uma parte foi escolhida para representar a amostra anterior. No quarteamento, além de obter uma amostra menor, é necessária a homogeneização a cada vez que a amostra for dividida em quatro, a fim de se obter uma amostra representativa. CONCLUSÃO A realização do experimento foi satisfatória, o objetivo em realizar a amostragem foi alcançado. Conclui-se que a realização da amostragem do objeto em análise necessita basicamente de três fatores: I) Entendimento satisfatório dos conceitos que permeiam a amostragem; II) Verificação da quantidade do objeto em análise e com isso realizar o processo de quarteamento de forma correta e III) Calcular os erros experimentais existentes no processo. A prática de amostragem é de extrema importância para os estudantes em Licenciatura em Química, pois, no laboratório, o discente deverá ter conhecimento sobre os processos de amostragem e seus erros experimentais presentes em cada amostragem e com isso ele será capaz de realizar analises com uma maior precisão e exatidão. RFERÊNCIAS HARRIS, Daniel C.. Análise Química Quantitativa. 9. ed. California: Ltc, 2017. 966 p. SKOOG, WEST, HOLLER, CROUCH, Fundamentos de QuímicaAnalítica, Tradução da 8ª Edição norte-americana, Editora Thomson, São Paulo-SP, 2006. 2
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