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Membrana plasmática
* Função primordial de compartimentar e separar estruturas, com o principal objetivo de manter a constância, manter a atividade da célula regulada. Quando delimitamos os compartimentos, todas as estruturas dentro do compartimento vão trabalhar, cada estrutura com a sua função com o objetivo comum de manter a homeostasia da célula.
*As membranas biológicas de um modo geral tem funções antagônicas, sendo essas de separação e integração. Então, mesmo a membrana separando o meio intracelular do extracelular, a membrana permite essa integração. Quando a membrana do lisossomo, por exemplo, separa o meio intralisossomal do meio citoplasmático, ela permite ainda essa integração e essa comunicação porque as membranas biológicas são estruturas semi permeáveis. Então podemos transferir elementos de um meio para o outro através dessas estruturas membranares.
*Então podemos separar e integrar a partir da membrana plasmática da célula.
*Separamos tanto o meio intra e extra celular, como também é possível compartimentar organelas em relação ao citosol, por exemplo o lisossomo, mitocôndria, golgi, cloroplastos. Essas organelas são delimitadas por membranas, essas membranas vão separar os compartimentos das organelas do citosol. O núcleo das células eucariontes também é separado por membrana. 
*Por que temos que separar as células do meio ? Quais são as principais funções da membrana? 
-> Quando falamos de membrana plasmática, tem uma função extremamente importante de proteção da célula, revestindo e delimitando. É importante para a manutenção do equilíbrio iônico com o meio. Reconhecimento celular e molecular, devido às proteínas encontradas na sua superfície e os açúcares de membrana são responsáveis pelo reconhecimento daquilo que é próprio e não é próprio, daquilo que o organismo reconhece como intrínseco e extrínseco, por exemplo quando fazemos uma transfusão sanguínea de um indivíduo do tipo A para um indivíduo do tipo B, irá acontecer rejeição, pois irá acontecer o reconhecimento das células que foram transfundidas para o outro indivíduo de sangue diferente, é algo estranho, e isso acontece através de proteínas e açúcares que estão na superfície da membrana plasmática, ou seja, as moléculas questão ancoradas na membrana são responsáveis pelo reconhecimento, inclusive até em infecções bacterianas ou virais, reconhecendo as moléculas das membranas das nossas células, como nas membranas dos invasores, que influenciarão na montagem da resposta imunológica do nosso organismo.
* Outra função importante da membrana é a adesão, mas nem todas as células do corpo tem essa função já que algumas são circulantes. As células aderidas costumam ser as células de tecidos, que se prendem. E esse mecanismo de adesão, essa ancoragem das células ao tecido, e até em outras células, são funções de membrana. 
* Desmossomos, junções comunicantes, junções ocludentes, zonas de oclusão, todas essas modificações acontecem na estrutura da membrana plasmática e são estruturas de modificação de membrana que permitem a adesão de uma célula com a outra, ou de uma célula com um tecido, ou com a membrana do tecido como no caso do Hemidesmossomo, por exemplo, em cima existe o tecido epitelial, em baixo o tecido conjuntivo e entre um e outro a lâmina basal, o hemidesmossomo irá ancorar a célula do tecido epitelial com a lâmina basal. O hemidesmossomo são proteínas de membrana, membranas que estão na superfície basal das células epiteliais que permitem a adesão dessa célula com aquela membrana que separa ou conecta um tecido ao outro.
* A outra função função da membrana plasmática é o mecanismo de comunicação celular/sinalização celular, que é a forma que as nossas células, principalmente de indivíduos eucariontes, se comunicam através de sinais químicos, que são normalmente enviados pela corrente sanguínea, ou no tecido no espaço intersticial na matriz. Essas células precisam ser recepcionadas pelas células alvo, pois estas que serão sinalizadas precisam ter na sua superfície receptores para receber esse sinal.
* Quando falamos de superfície celular, falamos de membrana plasmática. Então se estes receptores para esses sinais químicos estão ancorados na membrana plasmática e são responsáveis por intermediar a comunicação entre as células, podemos dizer que a membrana plasmática atua também na comunicação celular.
* Também vamos ver receptores associados à proteína G, receptores enzimáticos tirosina quinase, sedentrionina quinase, os receptores intra celulares entre outros.
* As membranas celulares que separam as organelas do citosol, precisamos ter essa separação de compartimentos das organelas porque dentro do citosol, elas exigem realizar algumas atividades que exigem condições diferentes do meio citoplasmático. Por exemplo, o lisossomo que faz digestão intracelular, através de enzimas (normalmente hidrolíticas, proteolíticas) que digerem praticamente todas as moléculas que fazem parte da célula, a exemplo da proteinase que quebra proteínas, fosfolipase que quebra fosfolipídio, pois se uma célula englobar uma bactéria, ela irá englobar uma outra célula que tem membrana que é formada por fosfolipídio, e a fosfolipase serão digeridos essas moléculas, podendo ser reaproveitados ou degradados e eliminados. Qual a condição para essas enzimas funcionarem? O PH dentro do lisossomo precisa ser ácido, girar em torno de 5, e o PH do citosol é 7.2 porque dentro do núcleo temos ÁCIDOS nucleico, logo o PH é ácido. O lisossomo consegue manter dentro dele um PH diferente do PH do citosol através de uma bomba de prótons, encontrada na membrana do lisossomo, por meio de transporte ativo, pois vai contra o gradiente de concentração do hidrogênio.
* Logo, delimitar os compartimentos faz com que tenha condições diferentes dentro do compartimento para que as moléculas consigam trabalhar, como as enzimas lisossomais que precisam de condições ácidas para funcionarem.
*As enzimas funcionam sobre PHs bem específicos, dependendo muito do compartimentos e do fluido corpóreo na qual ela se encontra. 
 *A separação serve para controlar as atividades celulares,organização dos sistemas enzimáticos e execução de funções especializadas por cada organela.
* Se não houvesse compartimentos todos trabalhariam da mesma forma, não haveria essa especialização.
* O golgi faz empacotamento de proteína, o peroxissomo faz degradação do peróxido de hidrogênio. Só conseguem fazer isso sob condições específicas de PH, de concentração de íons e de moléculas.
* Modelo de mosaico fluido:
-> A membrana é formada por um conjunto de "peças” diferentes que formam um mosaico. Percebemos que esse mosaico tem uma certa movimentação, uma certa mobilidade. Não é uma estrutura estática, as "peças”do mosaico podem se movimentar. Essas "peças”são proteínas e lipídios, são fundamentais para a formação da sua estrutura, que são lipídios em bicamadas e proteínas que estão mergulhadas que podem atravessar a membrana ou não a bicamada lipídica. Além de proteínas e lipídios, a membrana também possui carboidratos(açúcares) que são extremamente importantes para os processos de reconhecimento celular, proporcionando a migração de algumas células para tecidos específicos.
-> Os carboidratos formam uma estrutura chamada de glicocálix, é uma camada que está apenas no lado de fora da membrana, na face externa, voltada para matriz extra celular,participa dos processos de reconhecimento e adesão. 
-> O reconhecimento acontece por causa dos açúcares que estão na parte mais externa da membrana, são as moléculas de primeiro contato, encontramos em alguns tipos celulares. O açúcar pode estar ancorados em proteínas ou diretamente nos fosfolipídio diretamente na bicamada da membrana, teremos algumas moléculas que por conta dessa associação teremos nomes diferentes, sendo estas: glicoproteínas (proteínas ligadas à açúcares) e temos glicolipídios ( são lipídios ligados à açucares).
-> Podemos fazer uma associação com o processo básico do nosso sistema imunológico, a diapedese, porque no nosso sangue possuicélulas imunológicas responsáveis por realizar processos como a fagocitose, as células que fazem fagocitose são o macrófago, células dendríticos, neutrófilo, responsáveis por englobar bactérias, por exemplo. Essas células são circulantes no sangue, mas se nos infectamos na pele, a bactéria infecta a pele e vai para o tecido conjuntivo, o neutrófilo terá que sair do sangue, do vaso sanguíneo, para chegar até o tecido infectado, essa migração é feita pelo reconhecimento das células endoteliais do vaso, o vaso na sua camada íntima (camada mais próxima do sangue), é formado por células de tecido epitelial, que apresentam na sua superfície receptores, para reconhecer as células que podem passar pelo endotélio do vaso. Então, nas células que vão fazer fagocitose que estão na corrente sanguínea que vão migrar do vaso para o tecido, na superfície temos oligossacarídeo (pequenos açúcares) que formam o glicocálix. Esses açúcares são as moléculas que serão reconhecidas pelas células endoteliais do vaso e vão permitir a migração desse neutrófilo para o tecido infectada. Se essa células não tivesse esse oligossacarídeo que é um receptor, ela não conseguiria passar para o tecido. Ela passou entre as células até chegar no local, a partir desse reconhecimento temos o aumento da permeabilidade do vaso, ou seja, a célula endoteliais podem se afastar um pouco uma das outras permitindo a migração dos neutrófilos para o local de infecção. Isso requer um reconhecimento celular, e reconhecimento celular está relacionado com os açúcares de membrana, com nossos carboidratos de membrana.
* As toxinas, hormônios, bactérias , todas essas moléculas têm na sua superfície receptores que serão específicos de açúcares que estarão presentes no nosso glicocálix. Por isso está relacionado com os processos de adesão e reconhecimento.
* A fixação da célula e a migração em outro tecido ou para outra célula, pôs quando se faz fagocitose de bactéria, antes precisa haver o reconhecimento, e a partir disso começa a projetar evaginações de memebrana para fazer o englobamento daquele organismo. 
*Outro componente da membrana plasmática são os lipídios, presente nos fosfolipídio. Temos o colesterol.
*Existem vários tipos de fosfolipídio, e dependendo do organismo, teremos assimetria diferente de fosfolipídio, ou seja, a composição da membrana pode conter mais ou menos daquele fosfolipídio específico. Alguns exemplos:
	-> A membrana da bactéria não tem fosfatidilcolina, fosfatidilserina, esfingomielina, nem glicolipídio e colesterol.
	-> A membrana da nossa célula apresenta todos os esses lipídios, com maiores ou menos concentrações dependendo do tipo de lipídio. Se formos para membrana de organelas,conseguimos ver a presença da maioria dos lipídios de membrana, com exceção dos glicolipídios.
* O fosfolipídio é uma molécula anfipática, ou seja, possuem uma porção hidrofílico (cabeça) e outra porção hidrofóbica (cauda).
* Em alguns casos, podemos ter uma ligação dupla na cauda, o que causa uma flexão na cauda, sendo extremamente importante para que tenhamos uma aproximação ou distanciamento das bicamadas. 
* Quando temos uma membrana com fosfolipídio sem essa ligação dupla na cauda, a membrana tende a ser mais rígida e espessa.
* Quando temos uma membrana com fosfolipídio com a flexão na cauda, a membrana tende a ser mais fluída e um pouco menor, ela tem uma motilidade maior por conta dessa flexão provocada pela ligação dupla que acontece em alguns fosfolipídio.
* O colesterol é também tem uma parte polar, sendo este uma molécula anfipático, sendo que tem uma região predominantemente apolar, isso faz com que ele esteja presente na estrutura da membrana plasmática, que também é anfipático. 
* Dependendo do tipo de célula, temos uma membrana mais ou menos permeável, de uma forma geral ela é semi permeável, sendo que tem uma permeabilidade seletiva.
* Algumas membranas são mais permeáveis que outras, já outras tem o nível de compactação do fosfolipídio tão alto que praticamente não absorvem ou eliminam substâncias. Então dependendo tecido, dependendo da célula em questão, teremos maior ou menos permeabilidade. Isso está relacionado diretamente ligada com a ligação que dupla que causa a flexão na cauda do fosfolipídio dessas membranas.
* Essas moléculas não são estáticas, essas moléculas podem realizar algum movimento, sendo que alguns são mais comuns e outros são mais raros e acontecem por processo de sinalização em eventos mais drásticos. 
* Os fosfolipídios podem se mover lateralmente, de um lado para o outro. Podem girar em torno do seu próprio eixo, gerando um movimento de rotação. Podem fazer a flexão na cauda. E podem de maneira mais rara fazer um movimento chamado de flip flop, que é uma inversão do fosfolipídio da monocamada externa com o fosfolipídio da monocamada interna. Trocam de lugar. É muito raro, associado ao processo de morte celular, apoptose. 
* Os fosfolipídios com carga negativa na monocamada interna com carga negativa possuem um nome, sendo este fosfatidilserina, sendo o único fosfolipídio como carga final negativa. Normalmente, se localiza na monocamada interna da célula.
* Quando a célula é programada para morrer, programada para entrar em apoptose, este fosfolipídio com carga negativa vai ser exposto na monocamada externa da célula e essa inversão é o mecanismo de sinalização que contribui para que a célula entre em processo apoptótico. Ou seja, o fato de termos fosfatidilserina na monocamada externa da célula, indica que aquela célula está entrando em processo apoptótico, é um dos marcadores biológicos que se utiliza para identificar que a célula está entrando em apoptose. Isso serve para saber se o fármaco está funcionando, induzindo a apoptose nas células. Marca-se as células com um com um corante para identificar a fosfatidilserina e ver se ele está na porção externa da membrana.
* Existem vários tipos de fosfolipídios: Fosfatidil etanolamina,fosfatidil serina,fosfatidil mielina e etc. Todos esses podem estar presentes na membrana celular, alguns estarão mais presentes em uma monocamada do que na outra, já outros vão estar exclusivamente em apenas uma monocamada, que é o caso da fosfatidilserina que é o único fosfolipídio com carga final negativa, sendo que ele se encontra exclusivamente na monocamada interna em células saudáveis. Ele só externaliza pelo processo de flip flop quando a célula está marcada pelo processo apoptótico.
* O flip flop é um movimento enzimático, ou seja é mediado por uma enzima, conhecida como flipase, é a enzima que proporciona o flip flop. Existe assimetria entre as monocamada devido a sua diferente composição de fosfolipídio. Temos alguns mais presentes na externa outros na interna. Temos alguns que são expostos nas duas monocamadas. Isso é importante devido a relação com os processos infecciosos, imunopatogênicos fisiológicos do nosso organismo. 
* A leishmaniose por exemplo, o protozoário quando se liga a uma célula específica do hospedeiro, causa uma série de alterações nessa célula, evoluindo para uma forma específica dentro do fagolisossomo, sendo englobado em vesícula e tudo mais. Isso gera um sinal químico para outras células do nosso organismos para identificar esse processo infeccioso para responder de forma adequada, na tentativa de conter essa infecção. Esse sinal se liga ao receptor, este receptor é associado a uma proteína que se chama proteína G, e essa proteína G irá ativar uma enzima que nós chamamos de fosfolipase C, que está ancorada na nossa membrana da célula. A fosfolipase C, quebra fosfolipídio, então esse fosfolipídio da membrana chamado fosfatidil inositol, será clivado em duas partes por enzima, sendo clivado na parte hidrofóbica que permanece na membrana, chamamos de dag ou diacilglicerol, e a parte hidrofílica que chamamos de inositol trifosfato ou IP3, irá para o citosol. O dag, fica na membrana, é extremamente importante para ativar a proteína quinase C, que é fosforilativa de algumas enzimas específicas que têm relação com o cálcio, por isso tem a letra C.E o IP3, ele irá para o citosol se ligar a receptores específicos de canais de cálcio da membrana do retículo sarcoplasmático dessas células, para que haja um efluxo desse íon que está dentro do retículo sarcoplasmático. Esse íon irá auxiliar na ativação da proteína quinase C, e isso irá estimular outros processos sinalizadores que irão corroborar para conter o processo infeccioso. Então, essa sinalização que foi montada para conter o processo infeccioso foi baseada na quebra de fosfolipídio de membrana. E existem fosfolipídios que são específicos de determinadas monocamadas como é o caso do fosfatidil inositol,ele precisa estar na monocamada porque ele tem na sua composição elementos que são extremamente importantes para ativação da proteína quinase ( é uma proteína que tem função de fosforilar outras proteínas) gerando ativação. A proteína quinase ou proteína sinapse, é uma proteína fosforilativa, pois adicionam fosfato em outras moléculas provocando a fosforilação.
* Sobre os processos apoptóticos e a relação com a fosfatidilserina, quando temos uma célula saudável a fosfatidilserina será encontrada na monocamada interna da célula, em uma célula em apoptose, a fosfatidilserina irá para a monocamada externa usando o movimento flip flop. Se jogarmos reagentes específicos, como é o caso da anexinas, que se liga a fosfatidilserina apenas quando ela está na monocamada externa. Isso irá gerar um sinal fluorescente, e podemos captar esse sinal por um aparelho conhecido como citômetro de fluxo, dando um gráfico mostrando a quantidade de células vivas, a quantidade de células mortas e a quantidade de células em apoptose. Isso é um método de diagnóstico para saber o percentual de células do paciente que estão em apoptose.
* Colesterol:
-> Na membrana de células vegetais não tem colesterol, tem um análogo, chamado fitoesterol, que é similar ao colesterol. Nas nossas células temos o colesterol. A presença do colesterol é similar a dos fosfolipídios em relação a quantidade, ao número de moléculas, ou seja, temos muito colesterol nas nossas células. 
-> Os anéis aromáticos do colesterol conferem rigidez à membrana,aumentando a resistência dos movimentos gerados pelas caudas flexíveis dos fosfolipídios. Em alguns casos em algumas células, os movimentos as vezes são muito intensos, podendo até mesmo romper a membrana plasmática. Para evitar que isso aconteça, os anéis aromáticos que estão entre as caudas dos fosfolipídios, evitam esses movimentos bruscos e por consequência, evitam o rompimento da membrana da célula. 
-> O colesterol também evita a cristalização da membrana em baixas temperaturas pois sua posição entre os fosfolipídios impede a aproximação entre eles. Se diminuirmos a temperatura do meio, há uma tendência dos fosfolipídios se aproximarem mais, e a membrana se cristalize,aumentando a probabilidade de rompimento. Não podemos ter nem membrana muito fluída, nem muito cristalizada. Se tiver uma fluidez muito grande a membrana se separa, se ela estiver muito compactada e sofrer atrito mecânica ela também pode se separar. O colesterol ajuda nos dois sentidos por conta da barreira física que ele forma entre os fosfolipídios, entre as caudas. Nós podemos influenciar na fluidez da membrana mexendo na concentração do colesterol. 
-> As bactérias fazem diferente, pois podem sintetizar os fosfolipídios com mais saturação ou insaturação nas suas caudas dependendo do meio que ela esteja. Essa ligação dupla causa flexão na cauda, e os fosfolipídios que possuem flexão nas caudas apresentam-se membranas mais fluídas. Aqueles que não apresentam essa flexão possuem membranas menos fluídas. Em alguns casos a temperatura pode fazer com que se aumente ou diminua a fluidez da membrana, e a bactéria tem o mecanismo de controle para isso, sintetizando fosfolipídios com a saturação ou sem a saturação, dependendo da temperatura que ela esteja submetida. Os humanos não conseguem fazer, mas conseguimos modular a quantidade colesterol que é enviado para a membrana para regular a fluidez a depender da necessidade.
	-> A importância das regiões da membrana que são ricas em colesterol e esfingomielina para a entrada do vírus da rubéola. O vírus da rubéola usa uma região da membrana que tem mais colesterol para conseguir se ancorar e para conseguir entrar na célula, que é o desejo do vírus. Nossas células fazem isso para tentar destruir o vírus, mas lá dentro da célula o vírus pode desenvolver mecanismos de escape do nosso sistema imunológico e ficarem livres dentro da célula se multiplicando usando a maquinaria da nossa célula. Outra bactéria que usa regiões ricas em colesterol para entrar nos macrófagos( células fagocitarias). Diante disso, nossas células englobam micro-organismos, mesmo que esse seja o objetivo do patógeno, tentando escapar desse mecanismo de destruição que montamos evolutivamente pra eles, então normalmente eles são internalizados em vesículas, e são encaminhados para o lisossomo. Mas antes de chegar nesse momento de encaminhamento, eles podem liberar algumas substâncias enzimáticas que perfuram a membrana que eles estão envolvidos, rompendo e conseguindo escapar dessa vesícula e conseguem se multiplicar dentro da célula. Mas é importante saber que a entrada deles é facilitada e é permitida pelas regiões ricas em colesterol. Essas regiões ricas em colesterol são chamadas de balsas ou jangadas lipídica, lipid rafts. Essas regiões são normalmente espessadas na membrana, porque o colesterol fica entre os fosfolipídios da membrana, provocando esse espessamento. Essas regiões proporcionam o ancoramento melhor de proteínas que são extremamente importantes na membrana da célula. Essas proteínas que estão ancoradas nesses lipídios de membrana, normalmente preferem estar ancoradas nessas regiões que apresentam o colesterol . As proteínas que são integrais, intrínsecas, porque normalmente é nessa região que terá uma segurança melhor no ancoramento. 
->Os lipid rafts geralmente apresentam um local de ancoramento ideal para as suas proteínas integrais. O lip raft forma um espessamento de membrana, e logo após esse espessamento forma uma depressão na membrana. Nessas situações temos estruturas que nos conhecemos como calveolas. Nessas depressão de membrana, temos uma região mais favorável à realização de processos conhecido como endocitose, que pode ser dividida em fagocitose e pinocitose. Regiões com tendências a sofrer depressão estão após as balsas lipídicas. Formando estruturas chamadas de calveolas.
	-> A importância das balsas lipídicas para o processo de fagocitose, de internalização de micro-organismos. Então, temos um vírus sendo internalizado por uma célula, provavelmente um linfócito, em duas situações diferentes. Ele está sendo ancorado no primeiro momento numa região de balsa lipídica. Ele entra dentro de uma vesícula, conseguindo escapar do sistema imunológico e produzir uma infecção com sucesso. Em outra situação esse mesmo vírus não se ancorou numa região de balsa lipídica, e sim em uma região qualquer, foi englobado pela vesícula e não conseguiu escapar do sistema imunológico. Consequentemente, ele foi encaminhado para a degradação do lisossomo sendo destruído.
* Proteínas de membrana:
-> Podem ser classificadas de diferentes maneiras.
-> A classificação intrínseca e periférica está diretamente ligada com o modo o qual as proteínas interagem com as proteínas da célula.
-> Proteína de membrana fazem funções distintas, como transporte, ancoragem como o hemidesmossomo (que ancora a célula epitelial com a lâmina basal), receptores, e enzimas (capazes de catalisar reações químicas, convertendo uma substância em outra).
-> As proteínas podem ser classificadas como integrais, que atravessam a membrana da célula, e sua bicamada lipídica, com porções expostas tanto no meio extracelular como no meio intracelular. Elas podem passar uma única vez pela membrana ou mais de uma vez. As que passam uma única vez são chamadas de unipasso,costumam ser receptores. As proteínas que passam mais de uma vez são chamadas deproteínas multipasso ou múltiplas passagens, geralmente essas proteínas formam poros na membrana, para a passagem de alguma substância. Podem passar várias vezes.
-> As proteínas integrais também podem ser chamadas de proteínas intrínsecas de membrana, pois fazem parte da composição da membrana plasmática. Podem ser chamadas também de proteínas transmembranas. Para a proteínas ser integral precisa possuir aminoácidos hidrofóbicas no centro que passa pela cauda e hidrofílico nas pontas que entram em contato com o plasma e o citosol. Ou seja, a proteína será anfipática.
-> As proteínas periféricas estão expostas em apenas uma das superfícies da membrana, sendo ou intra ou extra celular. Normalmente estão ancorados por outras proteínas sendo proteínas integrais,ou podem estar ancoradas também por lipídios ou açúcares. Essas proteínas também são chamadas de proteínas extrínsecas que podem estar fazendo parte da membrana temporariamente, sendo uma estrutura transitória na bicamada lipídica.
* Especializações de membrana:
-> A depender do trípode membrana, pode sofrer modificações necessárias para que a célula possa executar a sua função. Microvilosidades ,por exemplo, são estruturas formadas por invaginações de membrana que tem o formato digitiforme (dedo), com a função de aumentar a superfície de contato para absorção. As células com microvilosidades estão relacionadas com a captação de nutrientes, encontrando em regiões do intestino. Acontecem na porção apical das células.
-> Estereocílios são encontrados no ouvido interno. Temos células que apresentam na sua estrutura de membrana , na parte superficial, chamada de estereocílio. Isso serve para que consigamos perceber e ouvir os sons. As ondas sonoras entram nos nossos ouvidos e fazem com que os estereocílios se movimentem. A característica deles é que eles ficam parados e só vão se mover com o estímulo da onda sonora, e essa movimentação gera um sinal mecânico,faz com que percebamos o som e saibamos de onde está vindo.
-> Cílios são curtos e numerosos, encontramos no sistema respiratório,em tuba uterina e etc. Os flagelos são encontrados nos espermatozoides, são estruturas maiores. Irônicas em casos de bactérias duplas. Com função de locomoção. 
-> Especialização que podem acontecer na porção basolateral,ou seja, na porção lateral da célula e da porção basal, encontraremos principalmente células que estão em tecidos que apresentam características de justaposição entre as células. Justaposição seriam células muito próximas. Não encontramos essas células em tecido conjuntivo, pois no tecido conjuntivo tem característica de células espalhadas com muita matriz. Já no epitelial temos pouca matriz, por isso são justapostas, por isso desenvolveram mecanismos de junções de membrana de vários tipos. E cada uma tem uma função específica: comunicantes (servem para enviar sinais químicos entre as células e fazer que elas conversem e exibam o mesmo comportamento, pois fazem parte de um mesmo tecido, e tem as mesmas funções), aderentes (aderem uma célula com a outras), ocludentes (encontramos em células de tecido epitelial de intestino para evitar que temos um efluxo de nutrientes de volta para o lúmen intestinal), desmossomos (proteínas mais fibrosas que estão em duas células, extremamente importantes para conectar uma célula com a outra, a membrana da célula com os filamentos intermediários do citoesqueleto,que se relacionam com a sustentação da célula) e hemidesmossomo (metade de um desmossomo, estando presente apenas na região basal conectando com a membrana basal,colando o tecido epitelial com o tecido conjuntivo usando colágeno).