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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC - UFABC PRÁTICA 6: CARBOIDRATOS: ESTRUTURA E PROPRIEDADES. Ana Carolina Simões Carvalhaes RA: 11201722978 Beatriz de Campos RA: 11201722747 Gustavo de Lima Souza Santos RA: 11086215 Jonatan Lucas Linhares Rodrigues RA: 11201723020 Lucas Prado Santos RA: 11201811074 Thiago Hashiya Oda RA: 11201810891 Santo André-SP 2019 Sumário Resumo 3 1-Introdução 3 2-Objetivo 3 3-Materiais 3 4-Procedimentos 4 4.1. Extração do amido da batata 4 4.2. Preparo da suspensão de amido 5 4.3. Reação de caracterização com iodo 5 4.4. Pesquisa de poder redutor 6 5-Análise de Dados 5 6-Conclusão 5 7-Referências 5 Resumo Este relatório visa abordar os conhecimentos sobre a identificação da estrutura e aspectos da composição dos carboidratos, especificamente sobre a estrutura do amido de batata, através de sua extração, além da observação das reações de agentes redutores, no caso da glicose, que foi observada na identificação como carboidrato em conjunto ao outro açúcar, a sacarose. No experimento, foi feita a análise de dados acerca da reação de identificação com iodo, como também a reação qualitativa de identificação de açúcares redutores no amido utilizando o reagente de Benedict. 1-Introdução O amido é um polissacarídeo utilizado pelos vegetais como reserva energética. Podemos encontrá-lo em raízes, tubérculos e sementes. Sua síntese é consequência do excesso de glicose da fotossíntese. Embora a distribuição do amido seja ampla no reino vegetal, poucas plantas o produzem em grandes quantidades. Milho e outros cereais, como o arroz, o sorgo e o trigo, contribuem significativamente para o suprimento mundial de amido. O amido é um polissacarídeo sintetizado pelos vegetais e tem a função de reserva energética, semelhante ao glicogênio nas células animais. Estruturalmente, o amido é formado pela mistura de dois polímeros, a amilose e a amilopectina, que são homopolissacarídeos constituídos por resíduos de -D-glicopiranose ligados entre si por ligações glicosídicas. A presença de vários grupos hidroxila na estrutura do amido confere à este uma natureza altamente hidrofílica. A insolubilidade do grânulo em água fria é devida às fortes ligações de hidrogênio que mantêm as cadeias de amido unidas. No entanto, na presença de água e aquecimento, a água é incorporada na estrutura do grânulo fazendo com que componentes mais solúveis, como a amilose, se dissociem e difundam-se para fora do grânulo. Este processo é conhecido como gelatinização. Com a gelatinização, ocorre um aumento da viscosidade do meio, os grânulos são totalmente quebrados e as regiões cristalinas desaparecem. Nesta prática, o experimento tem como função de mostrar e aplicar todos os conceitos que aprendemos sobre o amido e carboidratos em geral no decorrer das aulas teóricas e analisarmos a sua estrutura de forma geral e além disso iremos observar as reações de agentes redutores no caso da glicose nessa prática. 2-Objetivo Este experimento didático tem como proposta fazer com que os estudantes compreendam a aplicação dos conceitos teóricos adquiridos durante as aulas sobre a conformação espacial do amido. 2.1. Objetivos Específicos a) extrair e purificar o amido da batata; b) fazer a reação de identificação com iodo, variando condições de temperatura, utilizando tubos abertos e tampados; c) fazer a reação qualitativa de identificação de açúcares redutores no amido utilizando o reagente de Benedict, em comparação com soluções de glicose e sacarose. 3-Materiais Neste experimento foram utilizados os seguintes materiais: ● béquer 200 mL; ● gaze; ● estufa de secagem; ● papel de filtro; ● balança analítica; ● papel de pesagem (ou vidro de relógio) e espátulas; ● proveta 50 mL; ● estante para tubos de ensaio; ● 5 tubos de ensaio de 20ml ● pedaço de papel alumínio para fechar tubo de ensaio; ● banho de aquecimento fervente (~ 100°C); 4-Procedimentos ● pipetador automático e ponteiras de 500 e 1000 L. ● batatas in natura; ● água destilada; ● lugol; ● reagente de Benedict; ● solução de glicose 1,0 % (m/v); ● solução de sacarose 1,0 % (m/v); ● suspensão de amido 1,0 % (m/v); ● conta-gotas ou pipeta de Pasteur; ● pinça de madeira ● lamparina; 4.1. Extração do amido da batata (já realizado previamente pelo técnico de laboratório). Foi homogeneizada 50g de batata descascada em liquidificador com 200 mL de água destilada. Em seguida, filtrou-se em gaze dobrada, recolhendo a suspensão de amido em um béquer. Deixou-se o amido depositar no fundo do béquer (~ 5 min). Desprezando cuidadosamente o sobrenadante. Adicionou-se cerca de 100 mL de água. Foi agitado e deixou-se decantar (~5 min), foi removido o sobrenadante. Repetiu-se esse procedimento de lavagem por 5 vezes. Foi juntado ao amido 200 mL de água destilada, filtrado em Büchner e deixado secar em estufa. 4.2. Preparo da suspensão de amido. Foi pesado 0,5 g do amido seco e foi ressuspendido em 50 mL de água destilada [suspensão de amido 1,0 % (m/v)]. 4.3. Reação de caracterização com iodo. a) Foram utilizados 4 tubos de ensaio, sendo um deles com tampa, e adicionado em dois deles (sendo um com tampa) 1 mL de amido 1 % (m/v) e nos demais 1 mL de água destilada e 1 mL de glicose 1 % (m/v). b) Em seguida, adicionou-se 1 gota da solução de lugol em cada um dos tubos de ensaio e observar o resultado. c) Aqueceu-se cuidadosamente o tubo tampado contendo amido (direto na chama) e observou-se o resultado. O tubo foi deixado resfriar e observado o resultado. d) O procedimento foi repetido para o tubo sem tampa contendo amido e anotar o resultado. 4.4. Pesquisa de poder redutor a) Foram utilizados 4 tubos de ensaio e seguido o procedimento abaixo: *onde, 1, 2 e 3 são as amostras numeradas fornecidas para o experimento. b) Os tubos foram fervidos em banho-maria por 5 minutos e observados as possíveis alterações. 5-Análise de Dados Após a realização do experimento, obtivemos os seguintes resultados: Figura 1: (a) tubos de ensaio com amido com tampa e sem tampa; (b) tubo de ensaio com amido sem tampa após ir ao fogo e; (c) tubo de ensaio tampado com amido após ir ao fogo O amido é um polissacarídeo, e ele é constituído por outros dois polissacarídeos, o Amilose e Amilopectina, onde a primeira apresenta uma estrutura helicoidal e a segunda não. Nesse primeiro experimento foi observado que a solução obteve uma coloração bem escura, isso ocorre pois os dois polissacarídeos que fazem parte do amido quando reagem com o lugol, possuem colorações diferentes, onde o amilose apresenta uma coloração azul escuro e a amilopectina apresenta uma coloração avermelhada. A solução amido-lugol apresentou uma coloração azul escura pois o lugol reage com a porção helicoidal do polissacarídeo, ou seja, a maior parte da reação ocorre com a amilose que possui uma cor azul escura, e apenas uma pequena parte reage com a amilopectina, criando uma cor avermelhada. A fusão dessas duas reações resulta em uma coloração bem escura, como pode ser visto acima. O aquecimento das soluções provocou que as mesmas ficassem parcialmente transparentes, isso ocorreu devido ao aquecimento do amido provocar que as ligações entre amilose e amilopectina se tornem mais fracas, assim o lugol não reage com o amilose e a solução se torna transparente. O frasco tampado retornou a cor normal visto que com o arrefecer da solução, as ligações de amilose e amilopectina voltam, isso ocorre pois com o aquecimento do amido ocorre o processo de gelatinização. Nesse processo as moléculas de amilose saem dos grânulos. No frasco aberto, a amilose não estabelece uma ligação com o amido e assim não possui a cor azulada como anteriormente. Porém nos frascos fechados, a amilose acaba retornando para o grânulo e assim voltando a cor azulada. Figura 2: tubos de ensaio referente ao procedimento 4.4 O aparecimento de um precipitado de coloração vermelho-tijolo, como ilustrado na Figura 2 pelo segundo tubo da esquerda, indica que os íons Cu2+ do reagente de Benedict foram reduzidos a Cu+, indicando presença de açúcar redutor. [1] Um carboidratoé dito redutor quando apresentar pelo menos um carbono anomérico livre, ou seja, não ligado a nenhum outro composto. [2] Portanto, a glicose era o carboidrato presente na amostra 2 que deixou a solução com cor vermelho-tijolo pois sua molécula possui carbono anomérico livre e a sacarose não possui. Para a amostra 2 que não apresentou reação podemos intuir que não há a presença de agentes redutores, isto é carbonos anoméricos, característica de polissacarídeos como a sacarose. Para a amostra 4 por eliminação é o amido e houveram pequenas reações. No entanto o amido é um oligossacarídeo formado por glicose, sendo assim é esperado que não seja um agente redutor. Porém ao aquecê-lo em banho maria é possível que tenha havido a hidrólise da molécula, liberando monossacarídeos que reagiram com o reagente de Benedict. 6-Conclusão Mesmo com alguns problemas na execução do experimentos, todos os testes apresentaram o resultado esperado, e pode se observar bem o que ocorre com os carboidratos que são outro composto muito presente no dia a dia das pessoas presente no açúcar, nas frutos e vários outros alimentos, e também observado o que ocorre com eles dentro do nosso organismo quando sofrem mudança de temperaturas. 7-Referências [1]”PESQUISA DE AÇÚCARES REDUTORES: PROVA DE BENEDICT”, Karina Ap. de Freitas Dias de Souza; Valdir Augusto Neves. Site UNESP. Disponível em: <http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_ch/benedict.htm> Último acesso em: 18 de novembro de 2019. [2]”CARBOIDRATOS”, slide aula professor Kassue. Dispnível em: <https://pt.slideshare.net/rondinellyrodrigues79/carboidratos-17166250> Última visualização em: 24 de novembro de 2019. [3]“CARBOIDRATOS: AMIDO E AÇÚCARES”, slide aula USP. Disponível em:<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4131902/mod_resource/content/1/Carboidratos -amido%20aula.pdf> Último acesso em: 24 de novembro de 2019. [4]”PESQUISA DE POLISSACARÍDEO: REAÇÃO COM IODO”, Karina Ap. de Freitas Dias de Souza; Valdir Augusto Neves. Disponível em: <http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_ch/teste_amido.htm> Último acesso em: 24 de novembro de 2019. [5]”IDENTIFICAÇÃO DE AÇÚCARES REDUTORES PELA REAÇÃO DE BENEDICT COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO DE QUÍMICA”Nascimento, J.C. ; Dias, F.A.C. ; Toledo, T.A. ; Barbosa, D.B.A. Disponível em: <http://www.abq.org.br/simpequi/2014/trabalhos/90/4255-18417.html> Último acesso em: 24 de novembro de 2019.
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