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O mundo^J a sociedade e suas mudanças^

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O	mundo,	a	sociedade	e	suas	mudanças.		
	
Guilherme	Iversen		
	
Vivemos	em	tempos	sombrios.	Não	sabemos	para	onde	devemos	correr,	onde	devemos	nos	
esconder,	em	quem	devemos	acreditar.	
	Hoje	me	deixei	levar	em	longos	devaneios	e	por	fim	me	perguntei:	-Em	que	mundo	eu	vivo?	
Logo	ou	se	não	agora,	já	desconheço	o	mundo	que	nasci.	
Vivemos	numa	sociedade	tão	moderna	que	os	meios	digitais	nos	asfixiam	tanto	que	deles	nos	
tornamos	 escravos,	 somos	 acorrentados	 pelo	 pescoço	 e	 ali	 deixamos	 todo	 a	 nossa	 vida	 se	
esgotar,	todo	o	nosso	ar	sair	sem	ao	menos	se	sentir	exausto,	toda	nossa	vida	fica	presa	em	
nossas	próprias	mãos.	Os	papéis	se	inverteram...	
Os	bons	amigos	já	não	se	permitem	conhecer	mais,	os	pais	já	não	têm	um	diálogo	firme	com	
seus	filhos,	os	filhos	já	nem	lembram	muitas	vezes	da	existência	do	seus	pais,	quando	não	fingem	
que	já	estão	mortos.	Que	mundo	é	esse?	Que	país	é	esse?	De	onde	vim	e	para	onde	vou?	o	que	
fizeram	comigo?	Me	devolvam	a	minha	vida,	me	devolvam	meu	ar,	minha	liberdade!	
	Ao	destrincharmos	a	palavra	mundo,	encontramos	em	sua	etimologia	o	 seguinte;	 “do	 latim	
Mundus-	totalidade	dos	astros,	excessivamente	limpo:	asseado.”																																																																																																									
	Onde	está	o	asseio,	onde	está	o	cuidado,	onde	está	a	centralidade	do	nosso	Κόσμου?	
Penso	eu	que	estamos	construindo	um	mundo	tão	amargo	que	tudo	o	que	fazemos,	vivemos	e	
sentimos	tem	gosto	de	fel,	um	gosto	amargo	ao	paladar.	Nada	mais	nos	agrada	como	antes	a	
começar	por	nós	mesmos.	Onde	está	nossa	essência,	nosso	primeiro	amor?!	
As	 leis	 que	 hoje	 imperam	 são	 as	 do	 mundo	 das	 drogas,	 do	 sexo	 desenfreado,	 dos	
relacionamentos	abusivos,	não	mais	as	do	amor	mútuo,	generoso	e	respeitoso	como	que	em	
outrora.	
	O	mundo	que	já	se	torna	desconhecido	por	tantos	está	à	beira	de	um	colapso	sem	volta.		
Me	 lembro	 que	 enquanto	menino	 ouvia	 e	 cantava	muito	 o	 trocadilho	 “Hoje	 é	 domingo”	 e	
percebo	que	o	buraco	fundo	que	nele	é	citado	são	estes	tempos	que	nos	rodeiam	e		se	lá	cairmos	
não	temos	mais	volta,	afinal;	“Acabou-se	o	mundo.”	
	As	vezes	fazemos	a	mudança	acontecer	a	nossa	volta,	mas	e	o	nosso	interior,	a	nossa	realidade	
como	se	encontra?	A	mudança	tem	que	acontecer	de	dentro	para	fora,	uma	Metanoia	completa.		
Mudemos	já	nossas	atitudes!	
	Nosso	acento	no	trem	que	parte	diariamente	da	estação	central	já	nos	espera,	e	o	maquinista	
sabe	muito	bem	para	onde	deve	nos	levar	e	em	qual	casa	nos	direcionar,	afinal	nossa	casa	é	feita	
com	todo	o	material	que	levemos	nos	vagões	do	trem,	o	trem	da	vida.

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