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Atendimento inicial ao politraumatizado

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ATENDIMENTO INICIAL AO 
POLITRAUMATIZADO 
➔ conceito de trauma: 
• trauma é uma doença, não 
um acidente; 
• vetor (arma, tiro, faca) + 
hospedeiro (vítima); 
• principal causa de morte 
entre 1 a 44 anos; 
• 9 pessoas morrem por 
minuto por trauma; 
• 12% dos custos totais por 
doença são por conta de 
trauma, além de custos 
indiretos; 
• Até 2020, 1 a cada 10 
pessoas morrerão por 
causa de trauma; 
➔ Distribuição da morte no trauma: 
• Primeiro pico 
- maior -> maior parte dos 
politraumatizados morrem 
nos primeiros minutos; 
- são inevitáveis, lesões 
incompatíveis com a vida, 
como carbonização, 
decapitação; 
- prevenção: não dirigir 
alcoolizado, campanhas de 
previsão, lei seca... 
• Segundo pico: algumas 
horas após o evento 
- atuação do atendimento 
pré-hospitalar; 
- pacientes que perderam 
sangue (sangramento não 
controlado é a maior parte 
das mortes); 
• Terceiro pico: semanas 
depois do acidente 
- morte por infeção 
generalizada, sepse, 
disfunção múltipla de 
órgãos; 
- atitudes de primeiros 
socorros podem causar 
mortes aqui; 
➔ Princípios X preferências 
• Princípios é o que deve 
seguir, são imutáveis -> 
XABCDE; 
- Tratar primeiro a maior 
ameaça à vida; 
- A falta de diagnóstico 
definitivo nunca deve 
impedir a aplicação do 
tratamento indicado; 
- Historia detalhada não é 
essencial para avaliação do 
trauma; 
- Filosofia americana: 
“scoop and run” -> não 
pode perder tempo; 
- Filosofia francesa: “stay 
and play” -> fazer o 
máximo na cena; 
• Preferências: maneira pela 
qual eu consigo atingir os 
princípios com base no que 
estou mais familiarizado e 
no que sou habilitado; 
➔ Período de ouro X tempo de platina 
• Período de ouro: tempo de 
chegada no hospital -> o 
ideal seria 1 hora -> 
abreviar ao máximo o 
tempo de permanência na 
cena; 
• Tempo de platina: serviço 
pré-hospitalar deve 
demorar, no máximo, 10 
minutos na cena -> não 
fazer medida invasiva na 
cena para agilizar ao 
máximo o transporte; 
➔ Nenhuma cena é 100% segura 
• Avaliação da cena-> os 
riscos são constantes; não 
se deve avaliar só no início, 
mas semre; 
• EPIs; 
➔ Triagem de vítimas em massa 
• Princípio: salvar o maior 
número de vítimas; 
• Método START -> atender 
na ordem de prioridade; 
- cheguei -> não respira -> 
permabilizou e não voltou 
a respirar = preta; 
- cheguei-> não respira -> 
perbealizei e voltou a 
respirar = vermelha 
(problema na letra A); 
- já respirava quando eu 
cheguei -> vamos para o B -
> taquipneico ou bradpeico 
grave = vermelho 
(problema no B); 
- cheguei e respirava com A 
e B ok -> vamos para o C -> 
não tem pulso periférico ou 
pulso rápido e fino = 
vermelho (problema no C); 
- cheguei -> A, B e C ok -> 
problema no D = vermelho; 
- cheguei -> A, B, C e D ok, 
mas não deambula -> 
amarelo; 
- deambula -> verde; 
ORDEM: VERMELHO, 
AMARELO, VERDE E PRETO; 
*subtriagem: identificar 
vermelho como amarelo, 
por exemplo; 
*hipertriagem/supertriage
m: identificar amarelo 
como vermelho, por 
exemplo; 
➔ A 
• Inspecionar vias aéreas -> 
obstruída -> jaw thrust ou 
chin lift; 
• Principal corpo estranho 
que obstrui via aérea -> 
língua; 
• Cânula de 
guedel/orofaríngea: 
- mede do lobo da orelha 
até a rima labial; 
- se muito pequena 
empurra a língua; 
- se muito grande obstrui 
via aérea; 
• Cânula nasofaríngea 
- mede do lobo da orelha 
até a asa do nariz; 
- lesão de base de crânio -> 
lesão do osso etmoide = 
contraindicação; 
• Corpoestanho solido: dedo 
em pinça 
• Corpo estranho líquido: 
aspira ou faz rolamento de 
90º; 
• Roucos -> tudo; 
• Todo paciente 
politraumatizado deve 
receber oxigenoterapia 
suplementar -> máscara 
não reinalante com 
reservatório de 100% com 
alto fluxo (10-15 L/min); 
OBS: entre o A e o B tem o P: traqueia, 
jugular, enfisema subcutânea (ar no 
subcutâneo) 
➔ Lesões que ameaçam a vida de 
imediato: 
• Pneumotórax hipertensivo: 
 - Ar no espaço pleural; 
- Inspeção: desvio de 
traqueia para o lado 
contralaeral ao 
hemitorax acometido e 
estase de jugular, o que 
não é obrigatório, mas 
normalmente vai ter; 
- Percussão: som 
hipertimpânico; 
- Ausculta: ausência de 
murmúrio vesicular; 
- Diagnóstico é clínico – 
SEM RAIO X! 
 - Primeira conduta: punção 
de alívio no 5ºEIC,linha 
axilar média; 
 - medida definitiva: 
drenagem torácica em selo 
d’água no 5º EIC, linha 
axilar média; 
• Hemotórax 
- Inspeção: desvio de 
traqueia (ou não) 
 - ausculta: ausência de murmúrio 
vesicular; 
 - percussão: macicez; 
 - palpação: lesão creptante 
 
- tratamento: drenagem 
toráxica em selo d’água; 
* punção de alivio para 
tirar duvida se é pneumo 
ou hemo, se for pneumo 
vai sair ar, se for hemo não 
vai sair nada; 
 
• Tórax instável 
- duas ou mais costelas 
consecutivas fraturadas em 
dois locais ou mais; 
- analgésico + oxigênio; 
- dor -> paciente faz 
respiração superficial para 
tentar diminuir 
desconforto; 
• Tamponamento cardíaco; 
- tríade de beck: 
 Bulhas abafadas; 
 Estase de jugular 
 Cai pressão 
 K.O 
- pericardiocentese: 2cm 
abaixo do processo xifoide, 
agulha a 45º em direção ao 
mamilo esquedo; 
- toracotomia; 
• Hemorragia extensa 
- reposição volêmica: 1 L de 
ringer lactato aquecido a 
39º; 
- acesso venoso periférico 
ou intraósseo; 
➔ Choque 
• Mudança na função celular 
de metabolismo aeróbico 
para anaeróbico 
secundário em relação à 
hipoperfusão das células 
teciduais -> baixa 
quantidade de ATP; 
• Coração, cérebro e 
pulmões -> 4 a 6 minutos 
de tempo de isquemia 
quente; 
Trato gastrointestinal -> 
45-90min de tempo de 
isquemia quente; 
Músculos, ossos e pele -> 
4-6min de tempo de 
isquemia quente; 
• Tipos: 
o Cardiogênicos 
- perda da função 
de bomba do 
coração; 
- intrínseco: danos 
ao músculo 
cardíaco -> menos 
O2 -> menos 
contração -> 
menor DC -> 
menos oxigenação 
(ciclo) ou rotura 
valvar, que pode 
gerar regurgitação 
valvar aguda -> ICC 
-> edema 
pulmonar; 
- extrínseco: 
tamponamento 
cardíaco -> diminui 
contratilidade -> 
diminui DC ou 
pneumotórax 
hipertensivo -> 
diminuição do 
volume corrente -> 
colapso dos 
alvéolos -> 
hipertensão 
pulmonar; 
o Hipovolêmico: 
volume circulante 
é menor que 
volume vascular 
normal, então, 
norepinefrina 
causa 
vasoconstricção 
periférica e, por 
isso, a pele fica fria 
e pegajosa e a 
epinefrina causa 
aumento no DC, 
gerando 
taquicardia. O sinal 
de compensação é 
a hipotensão, o 
que ocorre quando 
os mecanismos 
compensatórios 
citados acima não 
são suficientes. 
- HEMORRÁGICO 
(hemorragia é a 
causa mais comum 
de choque): 
choque 
hipovolêmico por 
perda de sangue 
 . classe I: 
-> Perda de 15% do 
volume sanguíneo; 
-> Sem aumento de 
FC e FR; 
-> Pulso e PA 
normal; 
-> ansiedade leve; 
 . classe II: 
-> perda de 15-
30%; 
-> aumento da FC 
(100-120) e FR (20-
300); 
-> Pulso reduzido; 
-> PA normal; 
-> ansiedade 
moderada; 
 . classe III: 
->perda de 30-
40%; 
-> auemento da FC 
(120-140) e FR (30-
40); 
-> pulso reduzido; 
-> PA reduzida; 
-> ansioso e 
confuso; 
 . classe IV: 
->perda de mais de 
40%; 
-> aumento da FC 
(mais de 140) e FR 
(mais de 35); 
-> pulso reduzido; 
-> PA reduzida; 
-> comatoso e 
letárgico; 
OBS: criança tem alta capacidade para 
compensar perda sanguínea, mas 
descompensam de forma abrupta; 
 Idosos tem capacidade reduzida de 
compensar perds sanguíneas e 
descompensam rapidamento; 
 Pessoas que usam medicamentos como 
AIENs e beta-bloqueadores e quem usa 
marcapsso não atingem taquicardia 
necessária para compensar choque 
 Atletas tem mais frequência cardíaca 
basal e 100bpm já pode ser taquicardia; 
 Gestantes têm volume sanguíneo 
aumentado, então, possuem maior margem 
de perda sanguínea. Compressão da via 
cava inferior -> traciona barriga para 
esquerda -> se hipotensão não melhorar, é 
choque. 
OBS 2: reposição volêmica: não deve 
atrasar o transporte para pegar acesso ou 
infundir volume e a via de acesso deve ser 
acesso venoso periférico ou via intraóssea;pode ser com solução salina normal ou 
ringer lactato, que é a preferência, pois 
possui composição eletrolítica parecida 
com sangue e solução salina pode levar à 
acidose sanguínea. 
o Vasogênico: 
volume do vaso 
maior que volume 
circulante por 
conta de 
vasodilatação -> 
condução precária 
de sangue, ou seja, 
a quantidade de 
sangue é a mesma, 
mas o vaso dilatou; 
o Neurogêni
co causado 
por lesão 
na medula 
espinal -> 
interrompe 
SNS -> 
vaodilataçã
o periférica 
abaixo do 
nível da 
lesão 
LESÕES POR QUEIMADURA 
• Segunda principal causa de morte 
infantil -> ambiente doméstico + 
líquidos superaquecidos; 
• 1M de acidentes por queimadura por 
ano; 
• Anatomia da pele: epiderme, derme 
e hipoderme; 
• Ferida traumática --> destruição da 
pele 
• Tipos: 
o Térmica 
o Elétrica 
o Química 
o Por radiação 
• Lesões: 
o Imediatas (resultam 
diretamente da lesão) 
o Tardias (resultam de 
tratamento inadequado por 
parte do socorrista) 
• Ex: aplicação do gelo. 
 
• Zona de coagulação (maior lesão -> 
células mortas -> lesão irreversível); 
zona de estase (células sofreram 
danos, mas estão vivas -> lesão 
reversível; zona de hiperemia 
(vermelhidão decorrente de reação 
inflamatória). 
 
• Profundidade: 
o Espessura superficial (I grau) 
• Envolve apenas 
epiderme; 
• Vermelhidão, secas, 
ardor, branca à pressão, 
dolorida; 
 
o Espessura parcial (II grau) 
• Envolve epiderme e 
derme 
• Superficial (derme 
papilar) x profunda 
(derme papilar + 
reticular) 
• Exsudato e flictenas; 
• Derme papilar: vermelha, 
dolorosa e flictenas; 
• Profunda: cor branca, dor 
à pressão, flictenas e 
exutados; 
o Espessura total (III grau) 
• Envolve epiderme, 
derme, hipoderme 
• Espessa, esbranquiçada, 
rígida -> escara, como se 
fosse um coro duro; 
• “Indolor” – mas a pessoa 
sente dor devido às 
queimaduras de outros 
graus nas bordas; 
• Tratamento: escarotomia 
(remoção cirúrgica); 
o 4o grau 
• Atinge músculos, ossos, 
órgãos internos; 
• Tratamento: 
debridamento do tecido 
morto; 
• Se assemelha ao terceiro 
grau; 
 
• Avaliação primária das queimaduras 
o Avaliar e tratar distúrbios de 
risco à vida -> XABCDE -> A: 
avaliação contínua, porque o 
calor pode gerar respostas 
inflamatórias, como 
vasodilatação, que pode levar a 
edema na via aérea -> via aérea 
definitiva precoce (IOT ou 
cricotireoidostomia por 
punção) B: tecidos moles 
incham, pele endurece e 
contrai -> escarotomia; 
C: aferir pressão o tempo 
porque há perda de líquido, 
atentar para lesões 
circunferenciais; 
D: déficit motor e neurológico e 
toxinas inaladas; 
E: expor totalmente roupas, 
objetos, prevenir hipotermia. 
Avaliação secundaria: 
identificar outras lesões, 
estimativa da área queimada, 
curativos, transporte para 
centro de trauma, porque é um 
politraumatizado; 
o Escarotomia -> tecidos incham 
e pele endurece -> cortes 
promovem expansão adequada 
do tecido 
o Lesões letais (aferição da 
pressão, lesões 
circunferenciais, colocação do 
cateter, 2 calibres grossos. O 
cateter não deve ser colocado 
na queimadura, no entanto, 
caso não haja nenhum outro 
local, pode-se colocar na 
queimadura, como último 
caso). Além disso, deve-se 
verificar déficit motor e 
neurológico, expor totalmente 
e, assim, retirar roupas e joias, 
lembrando de atentar pra 
hipotermia! 
• Curativos: evitar contaminação e 
fluxo de ar (provoca dor) 
o Não utilizar pomadas 
• Tratamento: 
o Reposição volêmica para evitar 
que o paciente entre em 
choque hipovolêmico: 
• Fórmula de Parkland: 
2mL x peso (kg) x % da 
área queimada; 
• % da área queimada 
somente 2º e 3º grau; 
• Primeira metade nas 
primeiras 8 horas, 
segunda metade nas 16 
horas restantes -> a 
partir do momento da 
lesão; 
• Por exemplo: Após 3 
horas do trauma, sem ter 
recebido fluido --> a 
quantidade de fluido que 
ele receberia em 8 horas, 
ele irá receber em 5 
• Paciente já chegou com 
fluido --> diminuir 
quantidade que ele irá 
receber 
o Analgésicos: fentanila; morfina 
 
➔ QUEIMADURAS ELÉTRICAS 
- Aparência externa não demonstra o real 
estado interno -> destruição maciça dos 
grupos musculares -> liberação de potássio 
(arrtimais) e mioglobina (insuficiência real) 
 
➔ QUEIMADURAS CIRCUNFERENCIAIS 
- Contrações torácicas -> baixa ventilação; 
MMSS -> torniquete, sem pulso; 
 
➔ POR INALAÇÃO DE FUMACA 
- Principal causa de morte em incêndio -> 
sinais e sintomas podem não ser 
demonstrado -> histórico de exposição -> 
sinais como confusão e agitação, 
queimaduras no rosto e tórax, 
chamuscamento de cílios e vibrissas, 
fuligem no escarro, rouquidão, perda de 
voz. IOT e centro de queimado; 
 
TRAUMA NA COLUNA VERTEBRAL 
• TRM --> medula espinhal 
o Lesão primária (não evitável) 
o Lesão secundária (ex: socorrista 
promove uma lesão) 
o Objetivo: amenizar lesão 
primária com identificação e 
tratamento e evitar lesões 
secundárias; 
o Causas: trânsito, quedas 
(grande altura = 3m), lesões 
penetrantes, esportivas... 
o Cervical: mais móvel, lesão 
medular mais comum, 55% das 
lesões de coluna. É a mais 
comum seguida da lombar; 
 
o Quem tem TRM? 
• Trauma contuso em 
cabeça, tronco ou pelve; 
• Mergulho em águas 
rasas; 
• Ejeção de veículos; 
• Traumas penetrantes na 
região do pescoço; 
• Queda de própria altura-
> idosos e crianças; 
o Tipos: 
• Compressão -> 
compressão em cunha ou 
achatamento da 
vértebra; 
• Fragmentos ósseos; 
• Subluxação 
(deslocamento parcial da 
vértebra); 
• Superestiramento/ 
laceração (dos 
ligamentos e músculo, 
gerando instabilidade); 
o Mecanismo de lesão 
• Carga axial: compressão 
que exagera curvaturas 
normais; 
• Hiperflexão, 
hiperextensão, 
hiperrtoração: lesões 
ósseas e rompimento de 
ligações; 
• Inclinação lateral (fácil de 
ocorrer); 
• Tração (uma parte 
parada e outra em 
movimento); 
o Em geral, há dois ou mais 
mecanismos de lesão 
envolvidos em dois ou mais 
lugares; 
o Lesões medulares 
• Tipos: 
▪ Concussão medular 
• Choque 
medular 
- Mais passageiro, gera parestesia -> lesões 
por compressão; geralmente por edema; 
com melhor prognóstico. Tudo que está 
abaixo da lesão para de funcionar, mas 
depois volta; 
• Choque 
neurogênico 
- Perda da via simpática -> via 
parassimpática atua causando 
vasodilatação -> hipotensão --> simpático 
não funciona, portanto, coração não 
compensa a hipotensão; 
- Pele quente e seca 
- Hipoperfusao tecidual generalizada: 
redução do tônus das veias -> sangue fica 
na periferia e reduz volume sistólico -> 
dominui debito cardíaco; 
- Vasopressores e marcapassos 
 
▪ Compressão 
medular 
▪ Laceração medular 
- Transecção completa -> paraplegia/ 
tetraplegia -> perda sensitiva e motora de 
tudo abaixo da lesão; 
- Transecção incompleta -> síndromes 
medulares -> lesa parte da medula, mas 
não toda. 
- Síndrome medular anterior -> não realiza 
movimento, não sente nem tem sensitiva 
térmica do ponto lesado pra baixo, mas 
tem sensibilidade vibratória, por exemplo, 
central; 
- Diferença entre MMSS e MMII ou brown-
sequeard -> disfunção variante de lado; 
o Exame neurológico: o quanto 
antes, adiantando o transporte 
• Solicitar movimento e 
força 
▪ Braços, mãos, pés 
• Avaliar sensibilidade 
▪ Clavícula (C4-C5) 
▪ Mamilos (T4) 
▪ Umbigo (T10) 
• Exame deve ser rápido e 
eficaz 
o Imobilização 
• Foco do atendimento: 
reconhecer a 
necessidade de 
imobilização 
▪ Imobilizações 
errôneas --> 
úlceras, dispneias e 
dores intensas; 
• Biomecânica 
▪ Trauma fechado: 
movimentos 
bruscos aumentam 
chance de lesões 
secundárias 
• Manejo mais 
cuidadoso 
• Imobilizar se: 
- Glasgow menor que 15; 
- Dor/ sensibilidade na coluna ou queixa/ 
déficit neurológico ou deformidade 
anatômica; 
- Mecanismo de lesão preocupantes + 
evidencia de álcool, drogas ou lesões tipo 
distração ou incapacidade de se comunicar 
+ intoxicação; 
▪ Trauma penetrante 
• Somente 
imobilizar se 
houver 
déficit 
neurológico, 
ao contrário, 
apressar o 
transporte 
o Tratamento no APH 
• Imobilização -> posiçãosupina, prancha rígida e 
posição neutra -> todo o 
corpo deve ser 
imobilizado 
• Método geral: 
- Alinhar e manter cabeça 
neutra; 
- Realizar avaliação 
primaria; 
- Atenção a exame 
neurológico; 
- Examinar e colocar 
colar; 
- Colocação de prancha 
longa; 
- Imobilizar tronco; 
- Avaliar acolchoamento; 
-Imobilizar cabeça; 
- Imobilizar pernas e 
proteger braços; 
- Reavaliar; 
-> Alinhar e manter cabeça neutra todo 
tempo; 
-> Colar cervical protege pra o sim, mas só 
50% do não, por isso, mantenha 
estabilização manual. Atente-se p tamanho 
e p retirada; 
-> Prancha rígida -> imobilizar o tronco por 
completo -> cabeça presa logo após tronco; 
-> Imobilizar cabeça-> alinhamento e 
acolchoamento, Heads bocks e tirantes; 
-> Imobilizar pernas e proteger braços: 
pernas, pelve, coluna inferior. MMSS, 
conforto da vítima. 
-> Tórax -> pelve -> cabeça -> MMII 
-> ERROS COMUNS: imobilizar sem 
necessidade, inadequado, em 
hiperextensão, movimentar muito, colocar 
cervical errado, hiperflexão, acolchoamento 
inadequado; 
 
Fraturas de Crânio 
• Calota 
o Causada por trauma contuso -> 
fraturas lineares/ de 
afundamento; 
o Causada por trauma 
penetrante; 
• Base de crânio 
o Sinal de guaxinim, battle e 
rinorragia -> teste de Halo 
 
• Imagem de hematoma epidural 
(limão ou kibe) 
o Ruptura das artérias meníngeas 
médias; 
o Descompensação súbita; 
• Imagem de subdural (banana) 
o Ruptura das veias pontinhas; 
• Imagem de hematoma subaracnóide 
o Muita dor; “pior dor de cabeça 
da vida”; 
 
• Síndrome de hipertensão 
intracraniana 
o Vômitos em jato 
o Cefaleia 
o Papiledema (inchaço do olho) 
o COMPENSAÇÃO 
• Tríade de Cushing 
▪ Bradicardia; 
▪ Alterações 
respiratórias; 
▪ Hipertensão 
arterial; 
 
Trauma Cranioencefálico (TCE) 
 
- Agressão física que acarreta lesão 
anatômica ou comprometimento funcional 
do couro cabeludo, crânio, meninges, líquor 
ou encéfalo; 
 
*lesões de couro cabeludo: SANGRA MUITO 
(hemorragias -> choque); 
*prevenir lesões secundárias; 
 
- 200/100000 habitantes, mas com 
subnotificação; 
- 90% das mortes ligadas ao trauma; 
- 1,7M/ano -> 275000 hospitalizadas e 
umas 50mil mortes; 
- 5-65 anos são acidentes com veículos 
motorizados; 
- 0-4 e mais que 65: quedas; 
 
➔ DOUTRINA DE MONRO-KELLIE: o 
volume total do conteúdo 
intracraniano deve permanecer 
constante, pois o crânio é um 
compartimento rígido incapaz de se 
expandir; 
- PAM normal: 85 a 95 mmHg; 
- PIC normal: menor q 15mmHg; 
- PPC normal: 70 a 80 mmhg; 
- Pressão de perfusão cerebral (PPC): 
manutenção do fluxo na circulação, relação 
com PAM e PIC: PPC = PAM – PIC; 
- Autorregulacao: pressão = fluxo X 
resistência – ppc = fsc X rvc -> fsc = ppc/rvc; 
• Pressão de perfusão cerebral = PAM - 
PIC 
o Pressão arterial média deve ser 
maior que a pressão 
intracraniana; 
 
o Elevação da PIC (Pressao Intra 
Craniana) pode ser causada por 
efeito de massa -> dano 
cerebral isquêmico. Essa 
elevação gera hipertensão, 
bradicardia, vômitos, alteração 
tamanho da pupila e 
fotorreatividade 
• Autor regulação do fluxo arterial 
o pressão de perfusão cerebral = 
fluxo sanguíneo cerebral x 
resistência vascular cerebral; 
o Diminuição do fluxo sanguíneo 
--> mecanismo compensatório 
(aumento da resistência 
vascular cerebral); 
 
• Lesões cerebrais primaria; 
• Lesões cerebrais 
secundarias -> Efeito em 
massa: hipertensão da PIC -
> cefaleia, vômitos em jato, 
papiledema -> hipóxia, 
aumento da PA para tentar 
compensar hipóxia -> 
barorreceptores fazem 
estimulo parassimpático e 
diminui FC; fenômeno de 
cushing: PA elevada e 
bradcrdia = PIC elevada e 
hermiação + bradpneia = 
tríade de cuching; 
• Causas extracranianas: 
hipotensão, hipóxia, 
anemia, hipocapnia e 
hipercapnia, hipoglicemia e 
hiperglicemia, convulsão; 
 . LESOES DE CEREBRO 
 - CONTUSAO CEREBRAL: alteração 
temporária na função neurológica com 
subsequente retorno ao normal; não 
precisa ter perda de consciência, mas 
respostas demoradas, desorientações, 
náusea, vômitos, cefaleia, contusões 
repetidas na cabeça -> dano permanente 
como alterações de humor, dores de 
cabeça; 
 - HEMATOMA INTRACRANIANO: 
 . hematoma epidural – 1-2%, impacto 
em osso temporal, Aa. Meníngea média, 
espaço epidural -> entre crânio e dura 
mater *intervalo lúcido (paciente está bem 
e do nada fica mal); forma de limão; 
 . hematoma subdural: 30%, resultado de 
sangramentos venosos de vasos superficiais 
ou pontes. Formato de banana; é mais 
grave que o epidural ->efeito de massa; 
 . hemorragia subaracnóidea: dor de 
cabeça intensa (pior dor de cabeça da vida), 
náuseas, e vômitos, sinais de irritação 
meninge. HSA pós traumática, ruptura de 
aneurisma, espaço subaracnóideo -> entre 
aracnoideo e pia mater -> sem formato 
especifico; 
 
CINEMÁTICA DA LESAO: cinemática 
relacionado ao trauma -> mecanismo de 
lesão colisão automobilística: sinal de teia 
de aranha: impacto com cabeça. Impacto 
lateral: epidural 
 + 
AVALIACAO PRIMARIA: XABCDE 
 = 
Reavaliar continuamente 
 
• Ossos mais frágeis: temporal e 
etmoide 
 
• Espaço epidural -> só surge frente um 
sangramento/ abcesso;

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