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Comportamento do Consumidor, Segmentação e Posicionamento da Marca Inciclo, segundo a definição de KOTLER - MARKETING - ADMINISTRAÇÃO

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Comportamento do consumidor, segmentação e posicionamento da marca Inciclo
Segundo Kotler e Keller (2010), o marketing implica o reconhecimento e a satisfação das necessidades humanas e sociais, de modo que identificar os pontos fundamentais que influenciam o comportamento do consumidor pode representar a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma organização. Com base nisso, torna-se imprescindível, antes do lançamento de um produto ou de uma marca, estudar e compreender tanto o mercado consumidor, como o comportamento daqueles que compram, isto é, usando um exemplo do cotidiano, realizar um “raio X” do comprador, desde razões psicológicas, culturais, sociais, pessoais e econômicas; como o que o motiva a comprar, como ele percebe o mundo a sua volta e quais significados são atribuídos ao que vê, como é visto pela sociedade, quais são os seus valores, preferências e reações; a forma como lida com o dinheiro e as decisões, assim como a influência por seus grupos de referência: família, amigos, colegas de trabalhos, associações de classe, grupos dissociativos e entre outros.
Consequentemente, visando compreender o mercado consumidor, a Inciclo, marca brasileira de coletores menstruais, estudou diversos aspectos que poderiam influenciar no comportamento de suas consumidoras. No que tange o aspecto cultural, que segundo Mccracken, é o manual de instruções do comportamento humano, a marca buscou entender como as brasileiras significam sua menstruação e como a veem. No fator social, como o período menstrual é visto pela sociedade e como as mulheres brasileiras são influenciadas por essa visão, desde o surgimento de mitos ao repúdio do sangue menstrual, a vergonha em estar menstruada e esconder às pressas o tal absorvente; e às várias expressões pejorativas dadas popularmente, como “tá de chico”. No quesito pessoal, a Inciclo procurou saber sobre o bem-estar dessas mulheres, questões de higiene e saúde íntima, sobre a relação corpo, menstruação e planeta, assim como, as situações que já deixaram de fazer algo por estarem menstruadas ou por simplesmente se sentirem incomodadas. E por fim, já no aspecto psicológico, buscou entender os sentimentos, desejos e sensações diante dessa resposta biológica do corpo feminino.
Realizada a pesquisa de mercado, estudado o mercado consumidor e o comportamento dos consumidores, é necessário segmentar, certo?
Porque, afinal, as organizações não podem simplesmente querer atender todos os tipos de clientes e em mercados amplos, portanto, é crucial que no planejamento de marketing seja identificado os alvos de mercado para desenvolver estratégias. Desse modo, a segmentação, segundo Smith (1956), refere-se em ver um mercado heterogêneo, com determinada quantidade de mercados homogêneos menores, em resposta a várias preferências de produtos, ou seja, dentro de um mercado vasto e variado, há grupos distintos entre si com consumidores que compartilham necessidades, desejos e comportamentos, de modo que possibilita a criação de 4 Ps para cada um deles.
Contudo, segmentação não é unicamente definir quem atender e aqueles que uma empresa poderão atender melhor e deixá-los satisfeitos, é também saber atender grupos distintos de maneiras diferentes.
Dado isso, para segmentar seu mercado, a marca Inciclo utilizou as seguintes bases que são: demográfica e psicográfica. 
No que se refere à segmentação demográfica, a Inciclo percebeu que segundo os dados do censo 2010, feito pelo IBGE, o número de mulheres brasileiras era superior ao dos homens, tendo o percentual, respectivamente, de 51% e 49% do total da população. Também foi constatado que, nas últimas décadas, a mulher tem conquistado uma maior autonomia social, sendo cada vez mais comuns famílias matriarcas e maior ocupação feminina no mercado de trabalho. E conforme uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, em parceria com a Bayer, na qual foram entrevistadas 2004 mulheres de oitos capitais, como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife e entre outras; entre a faixa etária dos 18 aos 35 anos, revelou que 85% das mulheres menstruam todo mês e que 55% delas, não gostavam da experiência, destacando o incomodo como principal causa.
Ademais, ainda sobre a segmentação demográfica, há o fator cultural, como foi apontado por uma pesquisa realizada pela Johnson e Johnson, em parceria com a KYRA Pesquisa e Consultoria, 57% das brasileiras sentem-se sujas durante a menstruação e mais de 40% se sentem inseguras e menos atraentes nessa fase, influenciando numa mudança de hábitos, como deixar de ir à piscina, a um encontro e até mesmo, de praticar esportes. Além desses dados, também foi revelado que 10% das meninas em idade escolar, no Brasil, deixam de ir à escola durante o período menstrual.
No que tange à segmentação psicográfica, há o fator do estilo de vida. Com isso, a marca Inciclo se atentou à mudança na forma como as pessoas estão gastando seu dinheiro, preferindo consumir produtos mais sustentáveis e menos agressivos ao meio ambiente. Segundo uma pesquisa da Universidade de Yale, foi concluído que as mulheres são mais cientes em relação as mudanças climáticas e conforme uma investigação da OCDE, foi observado que a mulheres reciclam mais e são mais conscientes e sustentáveis em suas compras.
Além disso, há o fator dos valores, onde a menstruação é tida ainda como um tabu e visto como algo sujo. Por exemplo, em uma pesquisa sobre o Período Fértil, realizada por um site especialista em saúde feminina “Trocando Fraldas”, onde foram entrevistas 12 mil mulheres de todo o país e foi constatado que 45% das brasileiras não conheciam seu próprio ciclo menstrual. Ainda, segundo o livro “Histórias Íntimas- Sexualidade e Erotismo na história do Brasil da historiadora Mary Del Priore, é informado ao leitor que no século XIX, quando a mulher menstruava, ela se isolava dos demais, pois tudo referente à sexualidade era e ainda é (não tanto, como antigamente) motivo de silêncio e vergonha.
Com isso, a Marca Inciclo dividiu as suas clientes em potencial no grupo de mulheres que não querem se distanciar muito do absorvente tradicional e de mulheres que querem um produto mais moderno.
Assim, de acordo com Serralvo e Furrier (2004), “o valor de uma marca vem da sua habilidade em ganhar um significado exclusivo, destacado e positivo na mente do cliente”, portanto, visando arquitetar o produto e a imagem da marca para ocupar um lugar de destaque, de modo que seja esclarecida a essência da marca e que ela se diferencie dos demais concorrentes à mente dos consumidores, a Inciclo, criada em 2010, foi pioneira no mercado brasileiro na produção e venda de coletores. Acreditando em mundo mais sustentável e menos poluente, buscou oferecer produtos inteligentes que questionem os absorventes tradicionais e colaborem com o meio ambiente, através do autoconhecimento, aceitação do corpo e do sangue menstrual, propiciando uma harmonia entre corpo, menstruação e planeta. Com base nisso, a marca visa contribuir para o conforto e bem-estar das mulheres brasileiras, para que se sintam livres e que a menstruação delas não seja motivo de vergonha, nojo e nem impedimento para as mulheres alcançarem seus sonhos e fazerem o que desejarem, seja praticar esportes, vestir uma roupa branca ou sair para um encontro romântico. 
Portanto, para aquelas que desejam não fugir tanto dos métodos tradicionais, a marca oferece a calcinha menstrual absorvente, a qual é produzida com tecidos tecnológicos, sem usar plásticos, evitando qualquer escape e ainda mantendo o conforto. Para aquelas que querem algo mais moderno, mais econômico e que possa ser usado até para nadar, fazer esportes radicais e yoga, é oferecido o coletor menstrual, havendo os modelos A, B e Teen. Além desse coletor, é oferecido à consumidora o Lovin disco menstrual, que mantem a mesma funcionalidade do coletor, porém permite que a mulher tenha relação sexual mesmo estando menstruada, sem que ela ou parceiro(a) tenha contato com o sangue e nem com o disco.
Porfim, a Inciclo, em suas redes sociais, vem promovendo o debate sobre a saúde intíma da mulher e quebrando os tabus que envolvem o sexo e a menstruação. Além disso, ainda vale ressaltar que a marca se diferencia das demais concorrentes por ser produtora do único coletor menstrual brasileiro aprovado pela ANVISA, vendendo um produto de qualidade e sem riscos à saúde de suas clientes.
Referências bibliográficas:
https://www.inciclo.com/pagina/a-inciclo.html
http://www2.eca.usp.br/pospesquisa/monografias/carolina%20theodoro.pdf
https://administradores.com.br/artigos/o-conceito-de-marketing
https://www.egepe.org.br/2016/artigos-egepe/065.pdf
https://blog.inciclo.com.br/os-coletores-menstruais-sao-aprovados-pela-anvisa/https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/populacao-feminina-no-brasil.htm
https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/284-pesquisa-mostra-que-mais-de-50-das-mulheres-nao-gostam-de-menstruar
https://ecoa.org.br/mulheres-sao-mais-sustentaveis/#:~:text=Pesquisas%20apontam%20que%20as%20mulheres,sobre%20meio%20ambiente%20e%20g%C3%AAnero.&text=Isso%20impediria%20que%20realizassem%20comportamentos,reciclar%20ou%20carregar%20sacolas%20retorn%C3%A1veis.
https://www.ufjf.br/ladem/2017/08/29/mais-da-metade-das-mulheres-brasileiras-nao-sabe-quando-pode-engravidar-e-45-nao-conhecem-o-proprio-ciclo-menstrual/
https://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,menstruacao-ainda-e-tabu-entre-brasileiras-aponta-pesquisa,70002327652

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