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Anestesia local

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Módulo 1 • Habilidades cirúrgicas Natália 
Alves P7 
Anestesia local 
INTRODUÇÃO 
 (Soc. Br. de Anestesiologia) Recomendações: todo procedimento médico anestesiológico deva ser 
realizado por um médico anestesiologista, pois ele é a pessoa indicada para realizar os cálculos da dosagem 
adequada e tratar eventuais complicações. 
 Alguns anestésicos e suas doses máximas: 
 
CONCEITOS BÁSICAS 
 Os anestésicos locais determinam o bloqueio reversível da condução nervosa, ocasionando perda das 
sensações e abolição de funções autonômicas e motoras. Essa reversibilidade de efeito constitui sua 
principal característica. 
 A maior parte dos anestésicos locais em uso atualmente é de tipo amida, incluindo prilocaína, 
procainamida, articaína, lidocaína, mepivacaína, bupivacaína, etidocaína e ropivacaína, os quais 
raramente determinam reações alérgicas. 
 Sua eficácia em relação ao objetivo terapêutico é incontestável, não havendo superioridade de um agente 
sobre o outro. 
 Sua seleção está basicamente relacionada com a sua duração de efeito e, assim, são classificados em 
agentes de curta duração (procaína e clorprocaína), duração intermediária (lidocaína, mepivacaína e 
prilocaína) e longa duração (tetracaína, ropivacaína, bupivacaína e etidocaína). 
 A lidocaína é protótipo de anestésico de duração intermediária, por isso é considerada um medicamento 
de referência. A bupivacaína é o medicamento de referência indicado em procedimentos de maior duração. 
Já a prilocaína é o medicamento de referência para uso em odontologia. 
 O uso de vasoconstritores adrenérgicos diminui a velocidade de absorção do anestésico local, reduzindo 
os efeitos colaterais e prolongando sua duração, porém suas doses máximas devem ser sempre respeitadas. 
INDICAÇÃO 
 Em geral, emprega-se a anestesia local em cirurgias de superfície, de porte pequeno ou médio. 
CONTRAINDICAÇÕES 
 Além das atinentes a todo emprego dos anestésicos locais, hipersensibilidade aos anestésicos locais, 
infecções na região a ser anestesiada e paciente com menos de 2 meses de idade 
 Absolutas: doenças cardiovasculares, hipertireoidismo não controlado, diabetes melito não controlado, 
feocromocitoma e hipersensibilidade a sulfitos 
 Relativas: utilização de antidepressivos tricíclicos, Inibidores da Monoamina Oxidase (IMAO) apenas para 
fenilefrina, compostos fenotiazínicos, betabloqueadores adrenérgicos não seletivos e cocaína 
(cronicamente). 
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS 
 O uso de anestésicos locais é indicado somente na área a ser operada. Essa anestesia é frequentemente 
empregada pelo próprio cirurgião, em procedimentos que envolvem pequenas áreas, por meio de 
infiltração com um anestésico local, como lidocaína ou bupivacaína, sendo infiltrado na pele e no tecido 
subcutâneo, o que produz perda temporária da sensibilidade, causada pela inibição da condução nervosa. 
Módulo 1 • Habilidades cirúrgicas Natália 
Alves P7 
 
MATERIAL 
 Assepsia da região a ser anestesiada, seringas e agulhas, além do próprio medicamento. As agulhas devem 
ser de pequeno calibre (30×7 ou 30×6), para causar o menor desconforto possível ao paciente. 
 Podem-se ser utilizar o Carpule e seus tubetes adequados, quando for necessária uma pequena quantidade 
de anestésico, pois cada tubete tem 2,3 mℓ. 
 
AVALIAÇÃO E PREPARO DO PACIENTE 
 Pesquisar histórico e exame clínico que evidenciem quaisquer das contraindicações referidas; 
 Orientar o paciente sobre o procedimento e sua sensação; 
 Solicitar termo de consentimento. 
COMPLICAÇÕES 
 A toxicidade sistêmica é rara e de pequena monta, se respeitadas as doses máximas recomendadas. 
Quando houver efeitos colaterais, a sonolência é a queixa inicial mais comum; no sistema cardiovascular, 
por ação direta, anestésicos locais diminuem a excitabilidade e a contratilidade cardíacas, causando 
bradicardia, diminuição de débito e, eventualmente, parada cardíaca. 
 Paralelamente, provocam dilatação arteriolar, podendo acarretar hipotensão e choque. 
 Segundo a maior parte das estatísticas, observou-se incidência de 4,5% de complicações. As mais 
frequentes são: tontura (1,3%), taquicardia (1,1%), agitação (1,1%), náuseas (0,8%) e tremor (0,7%). 
 Reações de hipersensibilidade ocorreram em menos de 1% dos pacientes, e complicações graves 
(convulsão e broncoespasmo), em 0,07% dos casos. Naturalmente, patologias prévias são fator de risco 
para esses eventos. 
 Há poucas mortes associadas à administração de anestésicos locais, com taxa de 1 em 1,4 milhão de 
administrações. 
 O cirurgião deve estar alerta e apto para tratar possíveis efeitos colaterais, mesmo respeitando a dose 
máxima, pois existem diferenças de sensibilidade individual. 
 Cuidados após os procedimentos: a alta só pode ser dada se o paciente não apresentar nenhum dos efeitos 
colaterais referidos ou, caso os tenha apresentado, tiver sido devidamente tratado e estiver recuperado.

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