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Estrutura e Elementos da Narrativa

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- -1
PRODUÇÃO TEXTUAL II
NARRAÇÃO: QUEM CONTA UM CONTO 
AUMENTA UM PONTO?
- -2
Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Reconhecer a estrutura dos textos narrativos;
2. refletir acerca do seu modo de organização;
3. relacionar seus elementos à estrutura narrativa;
4. verificar que há diversos gêneros do tipo narrativo em nossa vida cotidiana.
Nas duas primeiras aulas de Produção Textual II vimos que, em nossa vida cotidiana, os textos se organizam em
gêneros textuais, que se propõem como formas de organização discursiva.
A partir de agora, vamos estudar os tipos de texto, tendo em vista a estruturação dos gêneros textuais. Em outras
palavras, nas aulas 3 e 4 veremos como se dá a organização dos tipos textuais, aplicando-os aos diversos gêneros
textuais presentes em nossa prática discursiva cotidiana.
Nesta aula 3, vamos começar a abordar o tipo narrativo. Mãos à obra?
1 Narração – estrutura básica
Quem nunca esteve em uma roda de amigos na qual fez o relato de uma viagem ou de uma aventura amorosa?
Ou então, quem nunca precisou explicar alguns detalhes de uma determinada ação para o chefe, a mãe ou até
mesmo o cônjuge?
Pois é, se você se identificou com alguma dessas situações, sabe que já narrou algumas histórias.
E quantos de nós não temos aquele avô ou tio bem velhinho que gosta de contar suas aventuras de quando
jovem? Quanta história, não é mesmo?
Pois bem. Vamos ver que a narração envolve, necessariamente, alguns elementos importantes em sua
constituição.
Em primeiro lugar, podemos perceber que o conteúdo de um texto narrativo se compõe de uma sucessão
cronológica de ações ou acontecimentos.
Existe uma ação inicial, outras que a sucedem, e uma ação final.
A questão temporal é um elemento essencial a qualquer texto narrativo, ainda que o autor não siga a ordem real
dos acontecimentos, como em um , por exemplo.flashback
- -3
Vamos tomar como exemplo uma famosa fábula do escritor grego Esopo (séc. VI a.c.), “A lebre e a tartaruga”: 
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon066/pdf/a_%20lebre_%20e%20_a_%20tartaruga_%20aula%
20_%2003.pdf
Segundo Agostinho Dias Carneiro, em seu livro Redação em construção (2003), para que se estabeleça uma
sucessão cronológica de ações deve-se, em primeiro lugar, determinar o fato inicial. Em nossa fábula, o que dá
início à história é o desafio que a lebre faz à tartaruga. A partir desse todas as outras açõesfato narrativo inicial,
e acontecimentos vão se encadear.
Othon Moacir Garcia, em seu Comunicação em prosa moderna (1969), afirma que a matéria da narração é o fato,
enquanto que a matéria da descrição é o objeto. O autor advoga ainda que a narração é um relato de um
episódio, real ou fictício, e que implica a interferência de todos ou de alguns dos seguintes elementos:
Saiba mais
Clique no link e conheça os indicadores de sucessão: http://estaciodocente.webaula.com.br
/cursos/gon066/pdf/indicadores_%20de%20_sucessao_aula_03.pdf
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon066/pdf/a_%20lebre_%20e%20_a_%20tartaruga_%20aula%20_%2003.pdf
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon066/pdf/a_%20lebre_%20e%20_a_%20tartaruga_%20aula%20_%2003.pdf
- -4
• O quê: o fato em si.
• Quem: o protagonista.
• Quem: o antagonista.
• Como: o modo como se desenrolou o fato.
• Quando: a época, o momento em que ele ocorreu.
• Onde: o lugar da ocorrência.
• Porquê: causa, razão ou motivo.
• Por isso: resultado ou consequência.
1.1 Personagens
Além disso, sabemos que os personagens são essenciais a qualquer narrativa. Segundo Carneiro (2003, p.71), os
personagens são humanos ou humanizados, como ocorre na maioria das fábulas. Entretanto, o autor defende que
essa característica só funciona simultaneamente à presença de outros elementos, como a sucessão temporal e a
transformação dos estados.
O autor afirma ainda que não há personagens gratuitos, pois cada um deles desempenha um papel determinado.
Todavia, podemos considerar a existência de uma hierarquia entre personagens principais e secundários.
Veja um pouco mais a respeito dos personagens de uma trama em:
http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/420168
•
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http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/420168
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O narrador
Outro “personagem” importante da trama é o narrador. É ele quem organiza e destaca os pontos fundamentais
da trama. O narrador é quem guia o leitor na viagem narrativa.
1.2 A localização espacial
Em uma narrativa, o espaço possui relação direta com a ação das personagens. De acordo com Carneiro (2003, p.
93), o espaço não é indiferente para o personagem.
No Romantismo, ele é um reflexo do estado da alma do personagem; no Naturalismo, o espaço físico é um dos
fatores determinantes da ação e do caráter dos personagens. Em muitos casos, o narrador descreve o espaço
físico de maneira tal que promove maior suspense em relação às ações que se sucederão naquele lugar.
1.3 Como se desenvolvem as narrativas
Ainda com base em Carneiro (2003), as narrativas podem desenvolver-se a partir de quatro modelos básicos:
Narrativa
direta 
tem no enredo seu principal interesse. O leitor fica desejoso de saber o que ocorreu. É
muito comum em piadas, narrativas policiais ou até mesmo em relatos de situações
cotidianas.
Saiba mais
Clique no link e saiba mais a respeito do personagens, segundo Agostinho Dias Carneiro:
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon066/pdf/ressaltando_%20carneiro_aula_03.
pdf
Saiba mais
Clique no link e saiba mais a respeito dos personagens, segundo Agostinho Dias Carneiro:
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon066/pdf/ressaltando_%20carneiro_aula_03.
pdf
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Narrativa
indireta 
é aquela em que o ato de narrar é mais relevante que a própria narrativa em si. Machado
de Assis é um ótimo exemplo: sua narrativa sofre diversas interrupções, digressões, e o
leitor precisa “viajar” com o narrador. Preocupa-se mais com o percurso do que com a
chegada.
Narrativa
paralela 
quando há núcleos temáticos independentes, mas que apresentam pontos de contato,
formando uma só história. Muito comum nas telenovelas, onde há diferentes núcleos
entrelaçados em uma mesma trama.
- -7
Narrativa
e m
flashback 
volta-se ao passado a fim de justificar ou apontar seus reflexos no presente.
1.4 A organização dos enredos
De modo geral, os enredos se organizam a partir dos personagens ou sob o ponto de vista das ações. Segundo
Garcia (1969, p.227), o enredo ou intriga possui alguns estágios progressivos, a saber: exposição > complicação >
clímax > desenlace ou desfecho. Além disso, para o professor uma das virtudes da narrativa é comover o leitor, o
que se dá pela emoção ou pelo interesse gerados pelo .conflito
Esse percurso narrativo vai depender da estratégia utilizada pelo autor do texto; ele pode fornecer um problema
e caminhar para uma solução, como em:
Depois de muito tentarem pescar sem resultado, os dois pescadores se lastimavam sentados em seu
barco. Foi nesse instante que um atum que havia fugido deles, agora fugindo de algum predador maior,
saltou por azar dentro da barca, ficando assim autopescado (autumpescado...). Voltaram para a cidade e
venderam o peixe, satisfeitos com a pescaria.
Comumente, há uma estrutura considerada mais tradicional, já exposta aqui pela voz de Garcia (1969), na qual
se parte da introdução à conclusão. Segundo Carneiro (2003, p. 79), há cinco fases nesse modelo narrativo:
• Introdução – são dadas as informações iniciais necessárias ao perfeito entendimento do texto;
• Complicação – os personagens começam a relacionar-se e uma determinada situação passa a 
intensificar os acontecimentos da trama;
• Desenvolvimento – as histórias latentes começam a se desenrolar;
• Clímax – o ponto de maior tensão do relacionamento se verifica;
• Conclusão – tudo se reorganiza segundo um novo equilíbrio.
Saiba mais
Conheça mais a respeito do percurso narrativo clicando no link: http://estaciodocente.
webaula.com.br/cursos/gon066/pdf/percurso_%20narrativo_aula_03.pdf•
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Conclusão
Você já deve ter notado que a estrutura narrativa não é algo tão simples assim, uma vez que seus elementos são
variáveis e, ao mesmo tempo, relacionados entre si. Talvez você esteja pensando em Machado de Assis ou nos
romances românticos de Alencar, entre outros, como exemplos de gêneros que seguem essa tipologia narrativa.
Entretanto, não podemos atribuir toda essa perspectiva somente aos romances.
Podemos observar exatamente essa mesma estrutura em outros gêneros, como contos, crônicas, relatos pessoais
e policiais, etc. Por isso, na próxima aula veremos mais detalhes acerca de alguns gêneros narrativos que fazem
parte do dia a dia das pessoas. Esperamos você na Aula 4!
O que vem na próxima aula
• Alguns gêneros narrativos;
• A estrutura dos gêneros narrativos mais comuns;
• A importância do reconhecimento dessa estrutura tanto para a produção como para a compreensão 
textual.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Compreendeu a dinâmica dos textos narrativos;
• Conheceu a estrutura básica desses textos;
• Analisou alguns pontos teóricos relevantes a fim de fixar a matéria.
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	Olá!
	
	1 Narração – estrutura básica
	1.1 Personagens
	1.2 A localização espacial
	1.3 Como se desenvolvem as narrativas
	1.4 A organização dos enredos
	Conclusão
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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