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APG 28 – Invasão alveolar Abertura: _/_/_ Fechamento: _/_/_ · Termos desconhecidos: Não há · Formulação do problema: · · Brainstorming: · · Conclusão: · Objetivos: 1. Estudar a fisiopatologia da pneumonia bacteriana 2. Identificar as manifestações clínicas dessa doença 3. Citar como é feito o diagnóstico Pneumonia · Infecção do parênquima pulmonar · Alvéolos e bronquíolos preenchidos por exsudato inflamatório = comprometimento das trocas gasosas · Pode ser causada por qualquer microrganismo, porém, é mais comum por bactérias · O agente atinge o pulmão pelo ar inalado · Epitélio do pulmão está constantemente exposto a litros de ar com variados contaminantes · Microbiota nasofaríngea regularmente aspirada durante o sono · Doenças pulmonares que tornam o parênquima pulmonar vulnerável a organismos virulentos · Mesmo com todas essas possibilidades, normalmente, o parênquima pulmonar permanece estéril devido a eficiência dos mecanismos imunológicos e não imunológicos · Porém, defeitos na imunidade inata e humoral predispõem pessoas saudáveis a infecções · Aspectos do estilo de vida também interferem: · Tabagismo – compromete a limpeza mucociliar e atividade dos macrófagos alveolares · Alcool – prejudica reflexo da tosse e epiglótico, aumentando o risco de aspiração; interfere na mobilização de neutrófilos e quimiotaxia · Propensão bacteriana facilitada · Propriedades dos agentes infecciosos (ex: moléculas da parede celular que facilitam a aderência e a penetração no epitélio respiratório) · Bronquite – microbiota persiste nas vias aéreas distais, uma vez que inflamação crônica das vias resulta em impedimento da função mucociliar e retenção de secreções que favorecem a proliferação bacteriana Classificação quanto a distribuição das lesões Pneumonia lobar · Mais comum adquirida na comunidade · Mais associada a Streptococcus pneumoniae · Disseminação uniforme nos lobos pulmonares · Padrão homogêneo ao parênquima Broncopneumonia · Mais comum em crianças, idosos e imunodebilitados · Focos inflamatórios múltiplos distribuídos nos lobos pulmonares (geralmente acomete mais de um) · Disseminação do agente através das pequenas vias aéreas distais Pneumonia intersticial · Atípica · Reação inflamatória que afeta predominantemente o interstício pulmonar · Não há infiltração alveolar · Causada por vírus e micoplasma Pneumonias agudas (típicas) adquiridas na comunidade · A maioria tem etiologia bacteriana · Causa mais comum: Streptococcus pneumoniae · Inicia-se fora do hospital ou é diagnosticada dentro de 48h após internação Pneumonias por Streptococcus pneumoniae · Diplococo gram-positivo, possui cápsula polissacarídio que impede ou dificulta digestão pelos fagócitos · Maior frequência em: · Pacientes com doenças crônicas (DPOC) · Impedimento da função mucociliar · Retenção de secreções que favorecem a proliferação bacteriana · Defeitos imunoglobulínicos (ex: AIDS) · Função esplênica ausente ou diminuída (anemia falciforme ou após Esplenectomia) · Baço contem maior coleção de fagócitos = principal órgão responsável pela remoção de S. pneumoniae · Baço importante na produção de anticorpos polissacarídios – importante defesa contra bactérias encapsuladas · Faz parte da microbiota nasofaringea de 20% dos adultos, sendo assim, usualmente são adquirdas pela aspiração Patogenia · Ambos os padrões podem ocorrer: pneumonia lobar (90% dos casos) ou broncopneumonia · Ocorre em quatro etapas: 1. Congestão · Congestão vascular com fluido rico em proteínas, neutrófilos e bactérias 2. Hepatização vermelha · Extravasamento de neutrófilos, eritrócitos e fibrina para os espaços alveolares · Pulmão adquire consistência firme semelhante fígado 3. Hepatização cinza · Lise dos eritrócitos = perde a cor · Congestão diminui, mas o exsudato fibrinoso ainda persiste = pulmão permanece firme 4. Resolução · Lise da fibrina por enzimas liberadas pelas células inflamatórias *Pode ocorrer exsudação de fibrina na pleura = pleurite · Esse padrão serve tanto para pneumonia lobar, quanto broncopneumonia, porém, na bronco a distribuição é focal · Podem ocorrer algumas complicações: · Abcesso = devido a destruição e necrose tecidual · Empiema = devido ao acumulo de exsudato supurativo na cavidade pleural · Meningite, artrite, endocardite infecciosa = devido a disseminação bacteriana Manifestações clínicas · Início abrupto · Febre alta · Calafrios · Dor torácica pleurítica · Tosse produtiva mucopurulenta · Alguns podem apresentar hemoptise Diagnóstico · Exame de esputo (escarro) mediante a coloração de gram · Evidencia: presença de numerosos neutrófilos contendo diplococos gram-positivos em forma de lança · Isolamento de cultura microbiológica do sangue · Resultados falso-positivos podem ocorrer, pois o S. pneumoniae faz parte da microbiota Tratamento · Antibióticos contra S. pneumoniae · Imunização por vacina · Polissacarídios induzem a formação de anticorpos · Recomendado para: · 2 a 65 anos com doenças crônicas · Pacientes imunossuprimidos – doença falciforme, Esplenectomia, HIC, transplante de órgãos etc · Indivíduos que residem em ambientes com risco – asilos, cuidados médicos de longa duração · É ineficaz para menores de 2 anos, pois estes ainda não apresentam sistema imune maduro, assim, a resposta humoral é ineficaz Outros patógenos importantes Legionella pneumophila · Agente etiológico da doença dos legionários, epônimo das formas epidêmicas e esporádicas de pneumonia causada por ele · Prolifera em ambientes aquáticos artificiais, como torres de resfriamento de água e nos canos do sistema doméstico de abastecimento de água · O modo de transmissão é por inalação de microrganismos aerossolizados ou aspiração de água contaminada · Comum em pessoas com alguma condição predisponente, como doença cardíaca, renal, imunológica ou hematológica; os receptores de órgãos transplantados são particularmente suscetíveis · A pneumonia pode ser muito severa, frequentemente necessitando de hospitalização · O diagnóstico rápido é facilitado pela demonstração de antígenos de Legionella na urina ou por um teste de anticorpo fluorescente positivo nas amostras de esputo Haemophilus influenzae · Formas encapsuladas e não encapsuladas são importantes causas de pneumonia adquiridas na comunidade · As não encapsuladas podem causar uma forma de pneumonia com alto risco de morte em crianças, frequentemente após infecção respiratória viral · Os adultos sob risco de desenvolver incluem aqueles com doenças pulmonares crônicas Maraxella catarrhalis · Causa de pneumonia bacteriana especialmente em idosos · Segunda causa bacteriana mais comum de exacerbação aguda de DPOC em adultos Staphylococcus aureus · Importante causa de pneumonia bacteriana secundária em crianças e adultos hígidos após doenças respiratórias · Associada a alta incidência de complicações, como abcesso e Empiema pulmonar · Em associação à endocardite estafilocócica direita constitui uma séria complicação do abuso de drogas intravenosas · Também é importante causa de pneumonia nosocomial (hospitalar) Klebsiella pneumoniae · Causa mais frequente de pneumonia por bactérias gram-negativas · Frequentemente acomete pessoas debilitadas e malnutridas, em particular alcoólatras crônicos · O esputo espesso e gelatinoso é característico, pois o microrganismo produz um polissacarídeo capsular abundante e víscido que o paciente pode ter dificuldade em expelir pela tosse Pseudomonas aeruginosa · É vista mais comumente no âmbito nosocomial · Comum em pessoas com Neutropenia usualmente secundária à quimioterapia, em vítimas de queimaduras extensas e em pacientes que requerem ventilação mecânica · Apresenta propensão a invadir os vasos sanguíneos no local da infecção com consequente disseminação extrapulmonar · Exame histológico revela necrose coagulativa do parênquima pulmonar com os microrganismos invadindo as paredes dos vasos sanguíneos necróticos Pneumonias atípicas adquiridas na comunidade · Alteraçõesinflamatórias pulmonares focais, largamente confinadas ao septo alveolar e interstício pulmonar · A designação atípica denota a quantidade moderada de esputo, ausência de achados físicos de consolidação, elevação moderada da contagem de leucócitos e ausência de exsudatos alveolares · Causada por uma variedade de microrganismos · Mais comum: Mycoplasma pneumoniae; comuns entre crianças e adultos jovens, ocorrendo esporadicamente ou como epidemias locais em comunidades fechadas (escolas, campos militares, prisões) · Outros agentes etiológicos incluem os vírus influenza tipo A e B, vírus sinciciais respiratórios, metapneumovírus humano, adenovírus, rinovírus, vírus da rubéola e varicela, além de Chlamydia pneumoniae e Coxiella burnetii · O mecanismo patogênico comum é aderência dos microrganismos ao epitélio respiratória seguido de necrose das células e resposta inflamatória · Nos casos em que se estende aos alvéolos, usualmente há inflamação intersticial, porém o acumulo de efusão nos espaços alveolares pode mimetizar pneumonia bacteriana nas radiografias de tórax · O dano e a desnudação do epitélio respiratório inibem a limpeza mucociliar e predispõem a infecções bacterianas secundárias · Os padrões morfológicos são similares, independe da causa · Processo focal pode ser focal ou envolver a totalidade dos lobos bilateral ou unilateralmente · Macroscopicamente, as áreas acometidas estão vermelho-azuis, congestas e crepitantes · Exame histológico revela reação inflamatória largamente confinada no interior das paredes dos alvéolos; septos ampliados e edematosos, além de conter um infiltrado inflamatório de linfócitos, histiócitos e, ocasionalmente, plasmócitos · Ao contrário das bacterianas, os espaços alveolares estão livres de exsudato celular · Nos casos severos, pode desenvolver-se dano alveolar difuso e maduro com formação de membrana hialina · A evolução clínica é variável · Pode mimetizar uma infecção severa do trato respiratório superior ou ‘’peito resfriado’’ que continua não diagnosticada ou manifestar-se como infecção com risco de morte iminente em pacientes imunocomprometido · A apresentação clínica inicial está relacionada com doença febril não específica caracterizada por febre, dor de cabeça e mal-estar, mais tarde, sobrevém a tosse com mínima quantidade de esputo · O edema e a exsudação localizam-se em posição estratégica causando bloqueio alveolocapilar, podendo levar a angustia respiratória aparentemente fora de proporção com os achados físicos e radiográficos · Testes direcionados aos antígenos de Mycoplasma e a reação em cadeia da polimerase (PCR) para o DNA de Mycoplasma estão disponíveis · São tratados com antibióticos macrolídeos Pneumonias adquiridas em hospitais · Pneumonias nosocomiais · Adquiridas durante a internação hospitalar · São comuns em pacientes hospitalizados portadores de doenças subjacentes e severas, imunossuprimidos e aqueles sob regime de antibioticoterapia prolongado · Os pacientes sob ventilação mecânica representam um grupo de alto risco · Bastonetes gram-negativos e S. aureus são os isolados mais comuns Pneumonia por aspiração · Ocorre em pacientes debilitados ou naqueles que aspiram conteúdo gástrico enquanto dormem ou durante episódios repetitivos de êmese · Tais pacientes apresentam reflexos da deglutição anormais que facilitam a aspiração · A pneumonia resultante é, em parte, química devido aos efeitos irritantes do ácido gástrico e, em parte, bacteriana · A pneumonia por aspiração é comumente necrosante, apresenta evolução clínica fulminante e é uma causa de óbito frequente em pessoas predispostas à aspiração · A formação de abcesso é uma complicação comum nos pacientes que sobrevivem Abcessos pulmonares · Área localizada de necrose supurativa presente no parênquima pulmonar e que resulta na formação de uma ou mais grandes cavidades · Os agentes etiológicos podem ser introduzidos nos pulmões por qualquer dos mecanismos a seguir · Aspiração de material infeccioso de dentes cariados, seios ou tonsilas infeccionados, particularmente durante cirurgias orais, anestesia, coma, intoxicação alcoólica e em pacientes debilitados que apresentam diminuição dos reflexos da tosse · Aspiração de conteúdo gástrico, usualmente acompanhado por microrganismos infecciosos da orofaringe · Como complicação de pneumonias bacterianas necrosantes · Obstrução brônquica, particularmente nos carcinomas broncogênicos obstruindo brônquios e bronquíolos · Embolia séptica originária de tromboflebite séptica ou endocardite infecciosa do lado direito do coração · Resultantes da disseminação hematógena de bactérias em infecções piogênicas generalizadas · APG 28 – Invasão alveolar Abertura: _/_ / _ Fechamento: _ / _ / _ v Termos desconhecidos: Não há v Formulação do problema: § v Brainstorming: § v Conclusão: v Objetivos: 1. Estudar a fisiopatologia da pneumonia bacteriana 2. Identificar as manifestações clínicas dessa doença 3. Citar como é feito o diagnóstico Pneumonia · Infecção do parênquima pulmonar · Alvéolos e bronquíolos preenchidos por exsudato inflamatório = comprometimento das trocas gasosas · Pode ser causada por qualquer microrganismo, porém, é mais comum por bactérias · O agente atinge o pulmão pelo ar inalado § Epitélio do pulmão está constantemente exposto a litros de ar com variados contaminantes § Microbiota nasofaríngea regularmente aspirada durante o sono § Doenças pulmonares que tornam o parênquima pulmonar vulnerável a organismos virulentos · Mesmo com todas essas possibilidades, normalmente, o parênquima pulmonar permanece estéril devido a eficiência dos mecanismos imunológicos e não imunológicos · Porém, defeitos na imunidade inata e humoral predispõem pessoas saudáveis a infecções · Aspectos do estilo de vida também interferem: § Tabagismo – compromete a limpeza mucociliar e atividade dos macrófagos alveolares § Alcool – prejudica reflexo da tosse e epiglótico, aumentando o risco de aspiração; interfere na mobilização de neutrófilos e quimiotaxia · Propensão bact eriana facilitada § Propriedades dos agentes infecciosos (ex: moléculas da parede celular que facilitam a aderência e a penetração no epitélio respiratório) § Bronquite – microbiota persiste nas vias aéreas distais, uma vez que inflamação crônica das vias res ulta em impedimento da função mucociliar e retenção de secreções que favorecem a proliferação bacteriana Classificação quanto a distribuição das lesões Pneumonia lobar · Mais comum adquirida na comunidade · Mais associada a Streptococcus pneumoniae · Dissemi nação uniforme nos lobos pulmonares · Padrão homogêneo ao parênquima Broncopneumonia APG 28 – Invasão alveolar Abertura: _/_/_ Fechamento: _/_/_ Termos desconhecidos: Não há Formulação do problema: Brainstorming: Conclusão: Objetivos: 1. Estudar a fisiopatologia da pneumonia bacteriana 2. Identificar as manifestações clínicas dessa doença 3. Citar como é feito o diagnóstico Pneumonia Infecção do parênquima pulmonar Alvéolos e bronquíolos preenchidos por exsudato inflamatório = comprometimento das trocas gasosas Pode ser causada por qualquer microrganismo, porém, é mais comum por bactérias O agente atinge o pulmão pelo ar inalado Epitélio do pulmão está constantemente exposto a litros de ar com variados contaminantes Microbiota nasofaríngea regularmente aspirada durante o sono Doenças pulmonares que tornam o parênquima pulmonar vulnerável a organismos virulentos Mesmo com todas essas possibilidades, normalmente, o parênquima pulmonar permanece estéril devido a eficiência dos mecanismos imunológicos e não imunológicos Porém, defeitos na imunidade inata e humoral predispõem pessoas saudáveis a infecções Aspectos do estilo de vida também interferem: Tabagismo – compromete a limpeza mucociliar e atividade dos macrófagos alveolares Alcool – prejudica reflexo da tosse e epiglótico, aumentando o risco de aspiração; interfere na mobilização de neutrófilos e quimiotaxia Propensão bacteriana facilitada Propriedades dos agentes infecciosos (ex: moléculas da parede celular que facilitam a aderência e a penetração no epitélio respiratório) Bronquite – microbiota persiste nas vias aéreas distais, uma vez que inflamação crônica das vias resulta em impedimento da função mucociliar e retenção de secreções que favorecem a proliferação bacteriana Classificação quanto a distribuição das lesões Pneumonia lobar Mais comum adquirida na comunidade Mais associada a Streptococcus pneumoniae Disseminação uniforme nos lobos pulmonares Padrão homogêneo ao parênquima Broncopneumonia
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