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Prof. Dr. William Maluf Versão: maio/18/2020 1 Método dos Elementos Finitos ME7010 e NM8010 Formulário da avaliação P1 Definições fundamentais • Grau de Liberdade (GL): número de variáveis independentes necessárias para expressar a configuração geométrica em um instante. Costuma-se nomear GLs como: x1, x2, ..., xn. • Vetor de graus de liberdade 𝑋 : vetor formado pela organização racional dos GLs desconhecidos 𝑋 𝛼 e conhecidos 𝑋 𝛽. • Vetor de carregamentos 𝐹 : vetor formado pela organização racional dos esforços da estrutura. Os esforços externos, forças ou momentos, aplicados na estrutura: 𝐹 𝛼. Por sua vez, as reações de apoio desconhecidos: 𝐹 𝛽. • Funcional (P): toda função cujo domínio é um espaço vetorial e a imagem é o corpo de escalares. Intuitivamente, pode-se dizer que um funcional é uma função de uma função. O funcional associado à um sistema elástico com GL independentes: • Energia potencial elástica (U) • Trabalho mecânico (W): feito pelo sistema (W > 0); sobre o sistema (W < 0). Corresponde às forças externas multiplicadas pelos respectivos deslocamentos somadas com os momentos externos multiplicados pelas respectivas rotações. • Posição de equilíbrio (PE): para um sistema mecânico conservativo, uma PE da estrutura corresponde à um ponto cuja derivada do funcional é nula. • Coordenadas: global (x;y); local (𝑥; 𝑦). Matriz de transformação de coordenadas: 𝑇 . • Teorema do Funcional P mínimo: também conhecido por Forma direta do MEF, Abordagem energética ou Abordagem de Lagrange. O algoritmo de solução é: a) numere os GLs; b) defina um sentido para eles; c) calcule o funcional P; d) derive parcialmente em relação à todos os GLs e iguale a zero. • Equações de equilíbrio do corpo: também conhecido por Forma indireta do MEF, Abordagem mecânica ou Abordagem de Newton. O algoritmo de solução é: a) numere os GLs; b) defina um sentido para eles; c) adote um sentido para as forças internas; d) calcule as forças internas; e) aplique o equilíbrio nodal; f) reagrupe os termos em função dos GLs. • Matriz de rigidez: 𝐾 . Matriz de rigidez do elemento: 𝐾 𝑒. 𝛱 𝑥1,𝑥2,…𝑥𝑛 = 𝑈 𝑥1,𝑥2,…𝑥𝑛 +𝑊 𝑥1,𝑥2,…𝑥𝑛 𝑈 = 1 2 ∙ න 𝑉 𝜎 𝑇 ∙ 𝜖 ∙ ⅆ𝑉 𝑈𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 = 1 2 ∙ න 𝑉 𝐴 ∙ 𝐸 ∙ ⅆ𝑢 ⅆ𝑥 2 ∙ ⅆ𝑥 𝑈𝑣𝑖𝑔𝑎 = 1 2 ∙ න 𝑉 𝐸 ∙ 𝐼 ∙ ⅆ2𝑣 ⅆ𝑥2 2 ∙ ⅆ𝑥 : tensão; : deformação; V: volume; A: área; E: módulo de elasticidade; I: momento de inércia; deslocamentos=> u: horizontal; v: vertical . O índice “T” indica matriz transposta. 𝑃𝐸 ↔ 𝜕Π 𝜕𝑥𝑖 = 0 Prof. Dr. William Maluf Versão: maio/18/2020 2 • Identificação dos GLs: para organizar a solução dos sistemas lineares, sugere-se numerar primeiramente os GLs desconhecidos 𝑋 𝛼 e depois os conhecidos 𝑋 𝛽. Teorema fundamental da Elasto-Estática 𝐾 𝛼𝛼 𝐾 𝛽𝛼 𝐾 𝛼𝛽 𝐾 𝛽𝛽 ∙ 𝑋 𝛼 𝑋 𝛽 = 𝐹 𝛼 𝐹 𝛽 𝐾 𝛼𝛼 ∙ 𝑋 𝛼 = 𝐹 𝛼 − 𝐾 𝛼𝛽 ∙ 𝑋 𝛽 𝐹 𝛽 = 𝐾 𝛽𝛼 ∙ 𝑋 𝛼 + 𝐾 𝛽𝛽 ∙ 𝑋 𝛽 • Algoritmo de solução para 𝑋 𝛽 ≠ 0: a) numerar os elementos, os nós e definir as coordenadas globais; b) preencha o arranjo de dados numerando os graus de liberdade ordenadamente (1º: 𝑋 𝛼; 2º: 𝑋 𝛽); c) determinar [K]e dos elementos; d) montar a matriz de rigidez da estrutura [K] demonstrando a sobreposição dos termos; e) particionar [K] e verificar a unicidade da solução (ⅆ𝑒𝑡 𝐾 𝛼𝛼 ≠ 0); f) apresentar a equação de equilíbrio; g) calcular 𝑋 𝛼; h) determinar 𝐹 𝛽 . Para a equação de equilíbrio no caso particular: 𝑋 𝛽 = 0→ b) iguale a zero os 𝑋 𝛽 e depois numere 𝑋 𝛼. O 𝐹 𝛽 é obtido através da soma vetorial de 𝐹 𝑒 dos nós dos elementos que são vínculos/restrições da estrutura. Aplique: 𝐹 𝑒 = 𝐾 𝑒 ∙ 𝑋 𝑒 • Hipóteses de modelagem: material homogêneo/isotrópico; regime elástico linear; pequenos deslocamentos; cargas axiais nodais; extremidades pinadas; 2 nós; [K]4x4: u1;v1; u2;v2. Elemento de Mola 2D Sistemas de coordenadas: global (x;y); local (𝑥; 𝑦). Ângulo do elemento:𝜃𝑒. Deve ser medido iniciando-se em x e terminando em 𝑥. Matriz de transformação de coordenadas: 𝑇 . Deslocamento: Ԧ𝑠 . Projeções ortogonais nas coordenadas globais (u;v) e locais (𝑢; 𝑣). Índices: 𝑚 = 𝑐𝑜𝑠 𝜃𝑒 ; 𝑛 = 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝑒 . K: rigidez axial da mola. U: energia potencial elástica. Deve-se endereçar os GLs da matriz de rigidez de todos elementos. {X}: vetor de GLs do elemento. O índice “e” das fórmulas se refere ao número do elemento que se deseja estudar. 𝑇 = 𝑚 −𝑛 0 0 𝑛 𝑚 0 0 0 0 𝑚 −𝑛 0 0 𝑛 𝑚 𝑢1 𝑣1 𝑢2 𝑣2 = 𝑚 −𝑛 0 0 𝑛 𝑚 0 0 0 0 𝑚 −𝑛 0 0 𝑛 𝑚 ∙ 𝑢1 𝑣1 𝑢2 𝑣2 𝑚 = 𝑐𝑜𝑠 𝜃𝑒 𝑛 = 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝑒 Matriz de transformação de coordenadas 𝑈𝑚𝑜𝑙𝑎𝑒 = 1 2 ∙ 𝑋 𝑒 𝑇 ∙ 𝐾 𝑒 ∙ 𝑋 𝑒 ഥ𝐾 𝑚𝑜𝑙𝑎 = 𝐾 0 −𝐾 0 0 0 0 0 −𝐾 0 𝐾 0 0 0 0 0 𝑋 𝑒 = 𝑢1 𝑣1 𝑢2 𝑣2 𝐾 ∙ 𝑋 = 𝐹 𝑋 𝑒 = 𝑇 ∙ 𝑋 𝑒 𝐹 𝑒 = 𝑇 ∙ 𝐹 𝑒 Método dos Elementos Finitos ME7010 e NM8010 Formulário da avaliação P1 Prof. Dr. William Maluf Versão: maio/18/2020 Arranjo de dados Nós GL ID 1 2 3 4 5 u v q • Matriz de identidade (ID): relaciona os GLs com os respectivos nós. A sequência de numeração dos GLs depende de 𝑋 𝛽. Se 𝑋 𝛽 ≠ 0: numere primeiramente todos 𝑋 𝛼 e depois 𝑋 𝛽. Se 𝑋 𝛽 = 0: atribua zero para todos 𝑋 𝛽 e depois numere todos 𝑋 𝛼 . Acrescente mais colunas caso seja necessário. Os GLs, no sistema de coordenadas globais, são=> u: horizontal em X; v: vertical em Y; q: inclinação angular da Linha Neutra (LN) em Z. • Matriz de Incidência (IN): relaciona a ordem interna dos nós do elemento. A escolha da ordem interna dos nós do elemento é aleatória. Apenas o elemento CST deve ter seus nós internos numerados em sentido anti-horário. Acrescente mais colunas caso seja necessário. • Matriz de localização (LM): conecta os GLs a cada elemento. Se trata de uma soma lógica das matrizes ID e IN. Acrescente mais colunas caso seja necessário. • Matriz de propriedades (PROP): reúne as propriedades geométricas e físicas dos elementos. Certifique-se de fazer uma análise dimensional nas unidades dos respectivos parâmetros de caracterização dos elementos. Elementos Nós IN 1 2 3 4 5 1º nó 2º nó 3º nó Elementos O rd em d o s gr au s d e lib er d ad e LM 1 2 3 4 5 1º GL 2º GL 3º GL 4º GL 5º GL 6º GL Elementos P ro p ri ed ad es d o s el em en to s PROP 1 2 3 4 5 𝜃𝑒 [ o] L K, 𝛽 𝜑 𝜆 𝜌 Etapas do MEF • Pré-processamento • Processamento • Pós-processamento 3 Método dos Elementos Finitos ME7010 e NM8010 Formulário da avaliação P1 Prof. Dr. William Maluf Versão: maio/18/2020 4 Elemento de Barra • Hipóteses de modelagem: material homogêneo/isotrópico; regime elástico linear; pequenos deslocamentos; cargas axiais nodais; extremidades pinadas; 2 nós (GL: u; v); princípio de Saint- Venant; [K]4x4: u1;v1; u2;v2. 𝑚 = 𝑐𝑜𝑠 𝜃𝑒 𝑛 = 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝑒 ഥ𝐾 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 = 𝐾 0 −𝐾 0 0 0 0 0 −𝐾 0 𝐾 0 0 0 0 0 𝑋 𝑒 = 𝑢1 𝑣1 𝑢2 𝑣2 𝑋 𝑒 = 𝑇 ∙ 𝑋 𝑒 𝐹 𝑒 = 𝑇 ∙ 𝐹 𝑒 𝑇 = 𝑚 −𝑛 0 0 𝑛 𝑚 0 0 0 0 𝑚 −𝑛 0 0 𝑛 𝑚 𝑢 𝑥 = 𝑁1 𝑥 ∙ 𝑢1°𝑛ó +𝑁2 𝑥 ∙ 𝑢2°𝑛ó 𝑁1 𝑥 = 1 − 𝑥𝑖 𝐿 ; 𝑁2 𝑥 = 𝑥𝑖 𝐿 Interpolação Funções de forma Obs.: ao interpolar, utilize as coordenadas locais do ponto i em relação à ordem de numeração interna definida na matriz IN Elemento de Viga de Euler-Bernoulli • Hipóteses de modelagem: material homogêneo/isotrópico; regime elástico linear; pequenos deslocamentos; cargas nodais; somente flexão; 2 nós (GL: u; v; 𝜃); princípio de Saint-Venant; [K]6x6: u1;v1; q1; u2;v2; q2. Não existe deformação axial: u1= u2→ u=0. O eixo 𝑥 coincide com a LN; L/h≥ 10: cisalhamento é desprezível; seção transversal constante e simétrica (𝐸 ∙ 𝐼 = 𝑐𝑡𝑒 ). 𝑁1 𝑥 = 1 − 3 ∙ 𝑥𝑖 𝐿 2 + 2 ∙ 𝑥𝑖 𝐿 3 ; 𝑁2 𝑥 = 𝑥𝑖 − 2 ∙ 𝑥𝑖 2 𝐿 + 𝑥𝑖 3 𝐿2 𝑁3 𝑥 = 3 ∙ 𝑥𝑖 𝐿 2 − 2 ∙ 𝑥𝑖 𝐿 3 ; 𝑁4 𝑥 = − 𝑥𝑖 2 𝐿 + 𝑥𝑖 3 𝐿2 Interpolação Funções de forma 𝑣 𝑥 = 𝑁1 𝑥 ∙ 𝑣1°𝑛ó + 𝑁2 𝑥 ∙ 𝜃1°𝑛ó + 𝑁3 𝑥 ∙ 𝑣2°𝑛ó + 𝑁4 𝑥 ∙ 𝜃2°𝑛ó 𝜃 𝑥 = ⅆ𝑁1 𝑥 ⅆ𝑥 ∙ 𝑣1°𝑛ó + ⅆ𝑁2 𝑥 ⅆ𝑥 ∙ 𝜃1°𝑛ó + ⅆ𝑁3 𝑥ⅆ𝑥 ∙ 𝑣2°𝑛ó + ⅆ𝑁4 𝑥 ⅆ𝑥 ∙ 𝜃2°𝑛ó 𝐾 𝑒 𝑋 𝑒 = 𝐹 𝑒 𝐾 𝑒 = 𝑇 𝑇 𝐾 𝑒 𝑇 𝛽 = 𝐴 ∙ 𝐸 𝐿 Método dos Elementos Finitos ME7010 e NM8010 Formulário da avaliação P1
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