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Paramentação cirúrgica

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PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
CONCEITOS INICIAIS 
• A paramentação é utilizada sempre quando formos 
realizar algum procedimento cirúrgico 
• Antissepsia: Contaminado estéril 
• Assepsia: não deixar o estéril se contaminar 
• Objetivos da paramentação cirúrgica: 
-controlar a infecção de sítio cirúrgico (ISC) e a infecção 
hospitalar (IH); 
-garantir a segurança do paciente e da equipe cirúrgica 
(Risco Ocupacional); e 
-proporcionar uma maior qualidade da assistência 
prestada ao paciente no ambiente cirúrgico. 
• A paramentação cirúrgica surgiu para proteger 
paciente, no Centro cirúrgico, de riscos biológicos 
provocados por microrganismos presentes e liberados 
por eles mesmos, por médicos, funcionários, materiais, 
equipamentos e ar ambiente. 
- Tornou-se proteção também para os profissionais 
presentes nas atividades do centro cirúrgico 
• É a troca de vestimentas rotineiras por vestimentas 
adequadas, nas dependências do centro cirúrgico 
hospitalar, criando barreiras contra a invasão de 
microrganismos dos locais cirúrgicos dos pacientes e 
para proteção de profissionais contra exposição de 
sangue e fluidos ou tecidos orgânicos presentes 
• O uso da paramentação é uma forma coerente de 
prevenção de transmissão e contaminação e de 
infecção, tanto para o profissional quanto para o 
paciente, e o uso adequado também está relacionado 
com a garantia da manutenção da assepsia 
 
POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO CIRÚRGICA 
 
 
 
 
 
INFECÇÃO DE FERIDA OPERATÓRIA 
• As infecções em sítio cirúrgico são as maiores fontes de 
morbidade e mortalidade entre os pacientes 
submetidos a cirurgias 
 
• Clinicamente, a ferida cirúrgica é considerada infectada 
quando existe presença de drenagem purulenta pela 
cicatriz, podendo esta estar associada a presença de 
eritema, edema, calor, rubor, deiscência e abscesso. 
 
 
 
 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
• Agentes etiológicos: A fonte mais frequente é a flora 
endógena do paciente. 
- Estima-se que após 24h do procedimento, a ferida 
cirúrgica está selada e, portanto, protegida de 
contaminação exógena. 
- Infecções a distância podem ser fonte de 
microrganismos que contaminam a ferida cirúrgica e 
devem ser pesquisados e tratados no pré-operatório 
de cirurgias eletivas. 
- Fontes exógenas tem importância durante o ato 
cirúrgico, portanto é preciso uma rigorosa técnica 
asséptica com intuito de prevenir a contaminação. 
• O ar pode ser veículo de transmissão de alguns 
patógenos: infecção por Streptococcus do grupo A 
transmitida por pessoas da equipe cirúrgica 
• Agentes mais frequentes de infecção do sítio cirúrgico 
são os contaminantes comuns da pele do paciente: 
Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e 
outros Staphylococcus coagulase negativa. 
• Em cirurgias abdominais existe uma maior frequência 
de enterobactérias e Enterococcus sp. 
• Em queimados, o S.aureus é o agente mais comum 
seguido da Pseudomonas aeruginosa 
• . A incidência de fungos vem crescendo devido ao 
grande número de pacientes imunodeprimidos, entre 
eles, as espécies de Candida, principalmente albicans e 
tropicalis 
FATORES DE RISCO 
• O risco de ocorrência de ISC é determinada por: 
- Dose do inóculo microbiano do sítio cirúrgico 
- Virulência do microrganismo 
- Resistencia imunológica do hospedeiro 
- Status fisiológico do sítio cirúrgico no final da cirurgia, 
que é influenciado pela quantidade de tecido 
desvitalizado, técnica cirúrgica empregada e doença de 
base do paciente 
• Fatores de risco referentes ao hospedeiro: 
-Diabetes mellitus, tabagismo, obesidade, perda rápida 
e recente de peso, desnutrição, idade avançada, 
imunossupressão, infecções de sítio distante. 
• Fatores de risco relacionados a assistência pré-
operatória 
-Tempo de internação pré-operatória: Principalmente 
se o paciente estiver da UTI. Internação pré-operatória 
prolongada favorece substituição da flora endógena do 
paciente, aumentando o risco de aquisição de 
microrganismos multirresistentes. 
-Tricotomia extensa: principalmente se os pelos forem 
raspados, procedimento que produz micro lesões que 
aumentam a colonização da pele e dificultam a 
antissepsia da mesma. 
• Fatores relacionados ao intraoperatório: 
- Tempo intraoperatório prolongado 
- Algumas técnicas cirúrgicas 
-Uso de drenos 
PREVENÇÃO 
• São três as principais estratégias para reduzir e 
prevenir as ISC: 
- Diminuir o montante e o tipo de contaminação 
- Melhorar as condições da ferida 
- Melhorar as defesas do hospedeiro 
 
TÉCNICAS DE PARAMENTAÇÃO 
• A ordem correta da paramentação é dividida em três 
etapas: 
1ª etapa: o profissional veste o uniforme privativo, 
propés, touca, máscara e óculos. 
2ª etapa: é feita a lavagem das mãos, superficial e 
escovação. 
3ª etapa: o profissional veste o avental cirúrgico e as 
luvas estéreis. 
VESTES 
• Aventais: Objetiva reduzir a dispersão de bactérias no 
ar e evitar o contato da pele da equipe com sangue e 
fluidos corporais que possam contaminar a roupa 
privativa. 
- São estéreis 
• Luvas: Função de proteger o paciente das mãos dos 
membros da equipe cirúrgica e proteger essa equipe 
de fluidos potencialmente contaminados. 
• Máscaras: proteger o paciente da contaminação 
(principalmente quando a incisão cirúrgica está aberta) 
de microorganismos, oriundos do nariz e da boca dos 
profissionais, liberados no ambiente, quando eles 
falam, tossem e respiram, protege a mucosa dos 
profissionais de respingos de secreções provenientes 
dos pacientes durante o procedimento cirúrgico. 
• Propés 
• Gorros 
 
LAVAGEM DE MÃOS 
• "É um processo que visa a retirada de sujeira e 
detritos, redução substancial ou eliminação da flora 
transitória e redução parcial da flora residente, uma 
vez que a eliminação dessa última é virtualmente 
impossível” 
• Inicialmente é necessário a retirada de joias e 
acessórios da região das mãos, punhos e antebraços 
• Torneira deve ser acionada por cotovelo 
- Mãos e antebraços são molhados com água corrente 
• Solução antisséptica preconizada deve ser aplicada 
sobre as palmas das mãos 
- Iniciando pelas extremidades dos dedos, leitos 
subungueais e espaços interdigitais (escovação). O 
processo deve continuar pelas faces das mãos e 
antebraços (fricção) 
• O enxague deve ser realizado com água corrente a 
partir das mãos em direção ao cotovelo 
• Durante todo processo as mãos devem estar sempre 
acima do nível dos cotovelos. 
• O processo deve durar cinco minutos para a primeira 
cirurgia e três minutos entre dois procedimentos 
cirúrgicos. 
• Secar as mãos com compressa esterilizada, 
obedecendo a direção das mãos para os cotovelos, 
com movimentos compressivos e não de esfregão 
 
 
 
 
 
 
 
 
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