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-2L Si *«I - S? • 4.2 Indicadores de problemas no layout-4- t Seguem alguns indicadores de um mau aproveitamento de espaço: a) demora excessiva: a análise de processos pode demonstrar, longe de fa- lhas nos passos dos mesmos, uma deficiência da distribuição espacial. 0 gerente deve perceber na demora um indicador de que algo naquele ambiente precisa ser modificado. Podem ser postos de trabalho, ou des- locamentos de unidades inteiras, ou arquivos e até mesmo uma inefi- ciente gestão de processos. Enfim, a demora acima de expectativas pode propiciar um indicador de falhas no uso do espaço físico; b) fluxo confuso do trabalho: como mencionado, esse fluxo pode ser uma consequência de a, mas, às vezes, o fluxo indevido não causa tão somen- te demora no andamento burocrático, mas também decisões erróneas, consultas desnecessárias a pessoas só pelo fato de estarem próximas e demora excessiva, em fluxos secundários. O fluxo confuso de trabalho pode ser de origem espacial e pode, também, estar afetando o trabalho de outras unidades da organização; c) excessiva acumulação: a má distribuição espacial pode gerar acúmulo de pessoasé documentos. As unidades crescem e fica difícil aumentar o es- paço físico, pois esta decisão-aumentar o espaço físico- não depende da unidade que cresceu e, em muitas oportunidades, nem mesmo da própria organização. A função do gerente, nesse caso, é extremamente difícil e de resultados finais positivos pouco alcançáveis; d) má projeção de locais de trabalho: esta é uma deficiência ligada especi- ficamente ao layout projetado para os postos ou locais de trabalho. De- corre, na maioria das vezes, do fato de a projeção ter sido elaborada por pessoal não qualificado, ou, então, ter sido elaborada segundo a vontade de cada grupo de pessoas destinadas a determinado espaço. “Eu quero ficar aqui, é melhor; vejo as pessoas passarem no corredor.” “Aqui não fico. Detesto atender telefone.” “Não falo com fulano, não sento ali.” E assim por diante; e e) perda de tempo no deslocamento de uma unidade à outra: relacionado com a demora excessiva, mencionada logo acima. Aqui, tratada de uma forma específica, mostra que, também os desejos pessoais terminam por criar enormes prejuízos à orgariização, por causa do lapso de tem- po decorrido entre unidades da organização. A elaboração e gestão de processos, embora não específicas para aproveitamento espacial, podem detectar este tipo de deficiência. 3 Ji Estudo de Layout e a Gestão de Processos .>.<s 1 i 43 0*3 4.1 Preliminar - : : -r» . O estudo de layout pode trazer consequências desastrosas se não forem ob- servadas algumas recomendações. A melhor justificativa para todo o cuidado em estudos dessa natureza é o fato de que a mudança de uma mesa e cadeira de um ponto da sala para outro pode causar um conflito maior do que a transformação estrutural de uma organização. Há um certo exagero nessa afirmação, mas que- remos ressaltar a importância do estudo de layout. É certo que o espaço físico que utilizamos é de muita importância para nós mesmos. É possível considerar que o brasileiro, em geral, zela muito pelo espa- ço que utiliza e cada vez mais tem necessidade de maior conforto, haja vista a constância de remodelações ambientais sobrepondo-se a reformas de outra or- dem. Contudo, não é apenas o aspecto visual e de conforto que deve prevalecer no estudo de aproveitamento do espaço físico. Mais do que isso, importa o fluxo existente entre pessoas e papéis, genericamente falando.A função do gerente (ou gestor) é intervir justamente nas questões de espaço físico que envolvem a buro- cracia da sua unidade. Lemer (1996), por exemplo, considera que o arranjo físico deve ser estabe- lecido a partir do estudo planejado do sistema de informações relacionado com a distribuição de móveis, equipamentos e pessoas pelo espaço disponível, da forma mais racional possível. Considera, também, que o arranjo físico acaba por influir na motivação, gerando maior ou menor eficiência no trabalho. E é possível afir- mar que os estudos de espaço físico têm relação direta com uma eficiente e eficaz gestão de processos. r ct ; * # sr5 C. x <X - «4® :a lJ ií 3 UJo irt * a i -* ti .« lís " 1» M M % •. ( } •i í > ’:* ;.dr. i:y 4.3 Objetivos que o pessoal responsável pelo estudo deve estar sempre próximo das pessoas, que também compõem seu objeto de estudo. As etapas são as seguintes: 1. calcular a área (necessária ou existente): o primeiro movimento parece simples, mas não é. O que se quer evitar são os estudos de layout basea- dos no olhar. É comum o desenrolar desse tipo de estudo cuja origem é o frequente “eu acho que”, “eu penso que”, “não vai dar para colocar a mesa aqui” e assim por diante; 2. fazer a planta baixa: estreitamente vinculada à fase anterior está a busca ou elaboração da planta da situação real da área em análise. As plantas das salas de trabalho são facilmente encontradas nos arquivos relativos à construção ou de compra do imóvel. São, entretanto, plantas de enge- nharia utilizadas para fins de construção e de comprovação do cumpri- % mento de exigências das mais variadas posturas municipais. O trabalho, então, é o de elaborar a planta com os arquivos, mesas, cadeiras, enfim, tudo o que dá vida, ritmo, àquele espaço. De poáse da planta baixa, fica o gerente (ou gestor) responsável pelo estudo pronto para dar início ao processo de mudança efetiva do espaço físico; 3. verificar fluxo de pessoas e papéis: o correto conhecimento da movimen- tação de pessoas e papéis garantirá um melhor resultado final, sem dú- vida. A função aqui é identificar os vários fluxos existentes, os fluxos principais e*secundários e o trânsito de documentos em geral (formulá- rios, correspondência etc.); enfim, estar preparado para uma boa ação direcionada à gestão de processos; Embora o estudo seja de layout, é recomendável que o pessoal en- volvido conheça e saiba desenvolver análise e gestão de processos. Para um estudo adequado de distribuição espacial, vale o conhecimento dos processos internos, isto é, dos processos que formam toda a movimen- tação no contexto em análise. E provável que o novo layout seja pro- posto e implantado em função do fluxo principal. Não pode, contudo, prejudicar sensivelmente os demais fluxos, somente pelo fato de existi- rem algumas vantagens técnicas na determinação daquele novo layout; 4. determinar a quantidade e natureza dos móveis e equipamentos: prati- camente, essa etapa é de mera constatação da existência e das formas de utilização dos móveis e equipamentos. Convém questionar sobre a utilização de móveis e equipamentos, já que as propostas de mudança deverão estar acompanhadas de informações ou de propostas de forne- cedores que comprovem o conhecimento desses equipamentos. Natu- ralmente, essa especificação terá a sua utilidade na proposição de troca do mobiliário e de equipamentos; 5. determinar a extensão e localização das instalações elétricas e hidráulicas: essa é uma fase simples, pois depende apenas de uma rápida visualiza- Com os indicadores anteriores, é simples traçar os objetivos dos estudos de layout: : < a) obter um fluxo eficiente de comunicações administrativas dentro da or- ganização; b) obter um fluxo de trabalho eficiente; c) facilitar a supervisão; d) reduzir a fadiga do empregado no desempenho de sua tarefa (isolar ruídos, reduzir espaços desnecessários etc.); e) impressionar favoravelmente clientes e visitantes; e f) aumentar a flexibilidade para as variações necessárias. Esses objetivos mais do que justificam a atuação do gerente responsável pelo estudo, preparado que deve estar para atuar no campo do espaço físico aliado às demandas de melhor fluxo de pessoas e documentos na unidade sob seu comando. Antes de iniciada a série de etapas que culminará com a adoção do layout convém o gerente responsável pelo estudo recolher informações sobre: • detalhes do trabalho executado em cada unidade; • quantidade de pessoal empregado; • necessidade de comunicações entre as pessoas incluídasno campo da análise; • necessidade de arquivamento e armazenagem; • isolamento auditivo e visual; • compartimentação (isolamento físico); • intensidade de iluminação; • portas e janelas; • status obtido pela localização de mesas e cadeiras; e • quantidade e tipos de máquinas é equipamentos. As informações acima permitirão uma primeira visão problemática da área, onde será desenvolvido todo o estudo. Antecede ao estudo propriamente dito, pe- los cuidados- já mencionados - que qualquer estudo de layout merece. V1» ' u 'V, . í( c :m «c Vi :cx .v <‘5* í: a x. JL~ ti 3 y i m i m 'i r ! • - V-' 4.4 Estratégia para o estudo de layout í . í í De posse das informações preliminares, pode a gerência dar início ao estudo com uma sequência de etapas voltadas ao melhor arranjo do ambiente. Note-se >4 que o pessoal responsável pelo estudo deve estar sempre próximo das pessoas, que também compõem seu objeto de estudo. As etapas são as seguintes: 1. calcular a área (necessária ou existente): o primeiro movimento parece simples, mas não é. O que se quer evitar são os estudos de layout basea- dos no olhar. É comum o desenrolar desse tipo de estudo cuja origem é o frequente “eu acho que”, “eu penso que”, “não vai dar para colocar a mesa aqui” e assim por diante; 2. fazer a planta baixa: estreitamente vinculada à fase anterior está a busca ou elaboração da planta da situação real da área em análise. As plantas das salas de trabalho são facilmente encontradas nos arquivos relativos à construção ou de compra do imóvel. São, entretanto, plantas de enge- nharia utilizadas para fins de construção e de comprovação do cumpri- % mento de exigências das mais variadas posturas municipais. O trabalho, então, é o de elaborar a planta com os arquivos, mesas, cadeiras, enfim, tudo o que dá vida, ritmo, àquele espaço. De poSse da planta baixa, fica o gerente (ou gestor) responsável pelo estudo pronto para dar início ao processo de mudança efetiva do espaço físico; 3. verificar fluxo de pessoas e papéis: o correto conhecimento da movimen- tação de pessoas e papéis garantirá um melhor resultado final, sem dú- vida. A função aqui é identificar os vários fluxos existentes, os fluxos principais e-secundários e o trânsito de documentos em geral (formulá- rios, correspondência etc.); enfim, estar preparado para uma boa ação direcionada à gestão de processos; Embora o estudo seja de layout, é recomendável que o pessoal en- volvido conheça e saiba desenvolver análise e gestão de processos. Para um estudo adequado de distribuição espacial, vale o conhecimento dos processos internos, isto é, dos processos que formam toda a movimen- tação no contexto em análise. É provável que o novo layout seja pro- posto e implantado em função do fluxo principal. Não pode, contudo, prejudicar sensivelmente os demais fluxos, somente pelo fato de existi- rem algumas vantagens técnicas na determinação daquele novo layout; 4. determinar a quantidade e natureza dos móveis e equipamentos: prati- camente, essa etapa c de mera constatação da existência e das formas de utilização dos móveis e equipamentos. Convém questionar sobre a utilização de móveis e equipamentos, já que as propostas de mudança deverão estar acompanhadas de informações ou de propostas de forne- cedores que comprovem o conhecimento desses equipamentos. Natu- ralmente, essa especificação terá a sua utilidade na proposição de troca do mobiliário e de equipamentos; 5. determinar a extensão e localização das instalações elétricas e hidráulicas: essa é uma fase simples, pois depende apenas de uma rápida visualiza- 4.3 Objetivos Com os indicadores anteriores, é simples traçar os objetivos dos estudos de layout: < a) obter um fluxo eficiente de comunicações administrativas dentro da or- ganização; b) obter um fluxo de trabalho eficiente; c) facilitar a supervisão; d) reduzir a fadiga do empregado no desempenho de sua tarefa (isolar ruídos, reduzir espaços desnecessários etc.); e) impressionar favoravelmente clientes e visitantes; e f) aumentar a flexibilidade para as variações necessárias. Esses objetivos mais do que justificam a atuação do gerente responsável pelo estudo, preparado que deve estar para atuar no campo do espaço físico aliado às demandas de melhor fluxo de pessoas e documentos na unidade sob seu comando. Antes de iniciada a série de etapas que culminará com a adoção do layout convém o gerente responsável pelo estudo recolher informações sobre: detalhes do trabalho executado em cada unidade; quantidade de pessoal empregado; necessidade de comunicações entre as pessoas incluídas no campo da análise; necessidade de arquivamento e armazenagem; isolamento auditivo e visual; compartimentação (isolamento físico); intensidade de iluminação; • portas e janelas; • status obtido pela localização de mesas e cadeiras; e quantidade e tipos de máquinas e equipamentos. f As informações acima permitirão uma primeira visão problemática da área, onde será desenvolvido todo o estudo. Antecede ao estudo propriamente dito, pe- los cuidados- já mencionados - que qualquer estudo de layout merece. - r' ^4 ' > , j f i m . 14*. :c •x .v >: „ i fc a <JL u:> i i : • M p * ' *35 4.4 Estratégia para o estudo de layout " X;m : De posse das informações preliminares, pode a gerência dar início ao estudo com uma sequência de etapas voltadas ao melhor arranjo do ambiente. Note-se 3 cão da planta no próprio local onde está sendo realizado o estudo. Com o avanço da tecnologia eletroeletrônica, não é difícil realizar modifica- ções nesse campo. A função do gerente é perceber as necessidades e tentar facilitar o fluxo interno, valendo-se dessas inovações tecnológi- cas. O mesmo é válido para a parte hidráulica, que, embora não tenha conseguido o mesmo padrão de crescimento, oferece alternativas mais adequadas do que no passado, ainda que recente; 6. preparar e dispor as miniaturas de móveis e equipamentos: quando um professor falou-nos sobre a excelência do preparo de miniaturas, como providência facilitadora dos processos de análise espacial, confesso que eu e meus colegas duvidamos da alternativa. Tempos depois, num|§ trabalho dessa natureza, foi possível arranjar um melhor espaço para diretores, assistentes e secretárias com o uso de uma planta em escala v mais as miniaturas dos móveis e equipamentos, também em escala cor- : • reta. Tlido isso em pouco tempo, numa única tarde. Não foi necessário empurrar um arquivo aqui, uma mesa ali, cadeiras p’rá lá ou p’rá cá. Como dizia o professor: miniatura não pesa nada e ele temToda razãó. im É lógico que não foram resolvidos os grandes dilemas da organiza- f| ção nem encaminhadas estratégias de valor inestimável. Foi, contudo, a «demonstração prática do conhecimento teórico disseminada em sala de aula; 7. apresentar as alternativas do novo layout: o novo layout deverá, neces- sariamente, ser discutido pelo maior número de pessoas envolvidas no estudo, senão pela sua totalidade. Basta reler o início deste capítulo e constatar os cuidados que devem ser tomados. A função do gerente (ou gestor) da área é apontar opções, procurando explicar e tridimensionar o seu trabalho. Sabemos que nem todos têm facilidade para ler plan- tas, gráficos e análogos. Cabe ao gerente (ou gestor) responsável pelo estudo interpretar o gráfico-no caso, a planta baixa e a disposição dos móveis e equipamentos -a fim de tornar simples a escolha final; e 8. implantar e acompanhar: essa etapa é igual à mesma etapa de implan- tação a que nos referimos na estratégia da atuação dos gerentes, em capítulo anterior. É interessante apontar algumas especificações pecu- liares ao estudo do arranjo físico, como, por exemplo: o transtorno causado em função de mudanças físicas (pessoas, má- i quinas, mobiliário em geral etc.); adaptação das pessoas ao novo espaço; adaptação do corpo social (novas relações em virtude de novo posi- cionamento) no espaço modificado; e observação dos novos fluxos (principal e secundários) e das reper- cussões na gestão de processos, afetadaem função das modificações ditadas pelo estudo. De todos os exemplos acima, o que maior cuidado requer é, não há nenhuma dúvida, a adaptação do corpo social ao novo posicionamento, que tende a gerar um relacionamento interpessoal e grupai de razoável grandeza. Mudar de ambiente é como mudar de residência. E não há nenhum exagero na colocação. A mudança de uma pessoa da organização de um local para outro irá criar nesta pessoa uma expectativa em relação ao novo território a ser descoberto, semelhante ao caso de uma mudança de uma rua para outra ou de um prédio para outro. Essa certeza deve estar sempre presente, enquanto é feito o acompanhamento das mudanças espaciais. Reações individuais e/ou grupais devem ser entendidas como relevan- tes ao estudo de arranjo físico. * Addison (1976), analisando a possibilidade de estudos de layout serem con- duzidos tão pragmaticamente, observa que as necessidades psicológicas devem ser estudadas tanto quanto as necessidades físicas. Addison acredita que as pessoas necessitam de ambiente onde possam desenvolver suas habilidades e uma razoá- vel medida de segurança social. A inexistência de um clima psicológico razoável torna difícil a melhor disposição dessas pessoas numa dada área de trabalho. E prossegue dizendo que o gerente responsável pelo estudo deve estar cônscio da obrigação social e proporcionar, através do trabalho, uma certa segurança e um ambiente no qual as pessoas possam tornar-se melhores. : -V f. ' I cM:: < * l ^ 4.5 Técnicas i D. •X. Vimos em páginas anteriores que o estudo de layout não pode ser desen- volvido com base em pressuposições, opiniões e considerações do tipo “eu acho que ...”. O motivo reside: (a) na probabilidade, altamente positiva que o uso da tecnologia específica permite; e (b) no fato de o gerente (ou gestor) responsável pelo estudo não ser um especialista do espaço físico, dependendo de anotações técnicas de outros ramos do saber. Por todos os motivos, é recomendável que os gerentes (ou gestores) procurem conhecer técnicas mínimas de engenharia e ar- quitetura e jamais desprezar subsídios advindos de profissionais de ambas as áreas. Haverá momentos nos quais a contratação de profissionais especializados será uma exigência, cabendo ao gerente (ou gestor) somar informações a respeito da movimentação de pessoas, papéis, tipo de mobiliários, equipamentos, da gestão processual mesmo etc. LU O . :!7> Vy L Si :» i - í 4.5.1 Layout em estação de trabalho (workstationj Hoje, sem dúvida, o mais conhecido layout em qualquer ponto do país. Vários são os rótulos: estação de trabalho, workstation (forma correta em inglês) ou work station (forma não tão correta, também utilizada), cercado (em algumas regiões 3ZSBK3 do país), célula, baia e curral (na maioria das vezes de forma pejorativa). Maria- na Albuquerque, aluna de graduação na cidade do Rio de Janeiro, nos lembrou o rótulo aquário, mais utilizado por pessoas da organização quando olham para espaços dedicados a tais estações. Um número expressivo dessas estações contempla a utilização de microcom- putadores, algumas outras têm até mesmo impressoras. Algumas agrupam até : quatro pessoas da organização. Naturalmente, as estações de trabalho têm enorme semelhança com outros tipos de layout que você verá a seguir; a diferença está na forma de disposição, que é a mais variada, não se identificando plenamente com os tipos apontados mais à frente. Daí o fato de não encontrarmos desvantagens de alguma importância na sua utilização. As estações são dispostas em amplos espaços, sendo raramente encontradas em salas de poucas dimensões. dência, o trabalho desenvolvido nesse tipo de layout só é válido para tarefas que não exijam grande grau de concentração. Fica difícil imaginar 25 profissionais de todas as áreas preparando o planejamento para o ano seguinte. Mesmo com a chefia colocando uma mesa de frente para todo o pessoal, fica difícil o controle disciplinar. O deslocamento do titular para certo ponto desguar- nece outros pontos de interesse do próprio titular da gerência. E como o professor em dia de exame, numa sala de 60 ou 70 alunos. A atenção dada a um aluno, num certo ponto da sala, oferece condições aos demais para pequenas confabulações. Outra desvantagem está ligada ao fato de no layout aberto existir maior possi- bilidade de as pessoas se distraírem, podendo cometer erros que normalmente não cometeriam. Não serve, também, para maior manifestação de status funcional. No aglomerado-ou no grande contingente- as posições de destaque são pouqps. A gerência geral pode e deve ficar de frente para todos os subalternos. Já as chefias intermediárias, existindo, serão identificadas por tipo, tamanho e cor da mesa. E isto nem sempre é possível da forma desejada. F.nfím, há como se utilizar esse tipo de layout. A conveniência ou inconveniên- cia será ditada dentro do que mencionamos acima. É possível, contudo, que esse tipo de layout- principalmente -e o anterior estejam dando lugar a um terceiro tipo e que tecnicamente pode atender às exigências da burocracia e da disciplina da organização. w l p. i‘-n. V: 4.5.2 Layout em corredor Talvez o mais conhecido layout.É considerado muito bom para incentivar rela- §j ções de grupo, principalmente quando o trabalho exige formação de equipes. Me- , lhor ainda quando a exigência é a realização do trabalho em pequenas equipes. Logicamente que a forma de estruturação da organização vai influir nesse e - noutros tipos de layout. De qualquer maneira, a formação de unidades terá uma|f relação íntima com a distribuição das pessoas pelo espaço existente. As desvantagens ficam por conta: (a) do preço que se paga para ter as divisó- rias; e (b) do espaço perdido na distribuição das salas. Um exemplo característico: \ verifique a planta da sua residência. Mensure o espaço utilizado pelas paredes, divisórias do seu espaço físico. Certamente 5% será o índice mínimo de ocupação das paredes. E assim é nas organizações. Uma outra desvantagem é que as divi- sórias terminam por agir contrariamente aos ideais do bom relacionamento da estrutura social. As divisórias demarcam os grupos, isto é, os grupos se formam, muitas vezes, independentemente da vontade de cada um. A sala de trabalho é - limitada por paredes, contendo certo número de pessoas que irão interagir entre si com uma frequência muito maior do que com pessoas de outra sala. Portanto, a alternativa é fazer desse grupo o melhor grupo. Caso contrário, os problemas surgirão e tomarão difíceis as relações de trabalho. "S í í.c 4.5.4 Layout panorâmicog. X. <U J O layout panorâmico distingue-se da simples colocação de divisórias (não há paredes, no sentido convencional do termo) porque: a divisória é transparente e não segue até o teto; as mesas, embora do mesmo padrão, diferem na tonalidade, o que evita a padronização plena e a dificuldade na diferenciação dos elementos da estrutura social; embora separadas por divisórias transparentes, não existe a sensação de falta de privacidade, pois afinal há um espaço claramente demarcado (nota: apenas a parte superior da divisória é de material transparente. O restante é em material não transparente, funcionando visualmente como demarcador de área); não há maior dificuldade na supervisão visual por parte da gerência, mas, por estar isolada em salas, essa supervisão não é percebida ou não é considerada prejudicial a quem é supervisionado; e o tratamento acústico reduz o nível de ruído. 3 > a) b) : c) . ‘1 ; (AT4.5.3 Layout em espaço aberto Via de regra, esse tipo de layout é encontrado em grandes áreas, com grande ; concentração humana. Quase sempre ocupa todo um andar, guardando-se, apenas, 11espaço para salas individuais das chefias ou pessoal da supervisão. Ajuda enormemente a comunicação pela facilidade que existe para as pessoas conversarem, trocarem ideias e, também, pelos fluxos de documentos. Por evi- d) e) 1 EX._ 03 DATA. A profa. Ofélia de Sette Torres aponta algumas reações à mudança na implan- : tação de layout panorâmico.Uma delas é que muitos indivíduos, por questões de medo, insegurança, acomodação etc. preferem salas de uso coletivo. A situação nova sempre é vista como um perigo e não como uma proposta de melhoria. Além 1 disso, é importante salientar que a mudança de espaço é mudança visível e isso | tem de ser levado em consideração pelo gerente (ou gestor). A mudança física muda atitudes e influi no comportamento das pessoas. Estação de trabalho {workstation) ' ák $ M,As desvantagens do uso dessa técnica de layout são semelhantes às do layout A em corredor, mas apenas semelhantes, pois sempre existirá o contato visual entre as pessoas das várias unidades. E, também, já é comum encontrarmos mais de • uma pessoa por sala, o que vem a ser uma ligeira deturpação da técnica concebida anteriormente, mas que podemos encarar como uma adaptação aos dias de hoje, quando a otimização do uso de espaço é uma real necessidade das organizações. Como dissemos anteriormente, o fundamental é o estudo de layout ser de- senvolvido com as pessoas objeto dó estudo e demais profissionais que, de uma ~ forma ou de outra, têm a sua contribuição para dar. A participação do gerente (ou gestor) responsável pelo estudo está indiscutivelmente ligada à gestão dos processos. E as recomendações finais que mencionamos, logo a seguir, garantirão §f um resultado satisfatório para o estudo. A Figura 4.1 mostra os quatro tipos de layout. [= CDCm CmCD « D CD cmcm cm cm cm \\ Layout em corredorHi -i v m Kl mf cmcm 1' : .a ? m*' i f•J rt - - 'm Layout em espaçoaberto« j S: r v J.Jú.; ' U.tU'o E3. . ..v> ESI1 i; i cmcmcm»•**“*•< cm \\ r \ Layout panorâmico Klcmcm - Fonte: HESSEL, José Ribeiro. Organização e métodos. Porto Alegre: DC Luzzato, 1985. Figura 4.1 Tipos de arranjo físico. .jmL J, O FEDERAL DA BAHIA I. r— r— r- f— IOA .QAMTANA 1 DISPOSIÇÃO DE MESAS DUAS A DUASDISTRIBUIÇÃO EM "C":FUNCIONÁRIOS ENVOLVEM CLIENTES DISTRIBUIÇÃO EM "C":CLIENTES ENVOLVEM FUNCIONÁRIOS DISPOSIÇÃO DE MESAS UMA A UMA O$ I II FEA B3 C *HHD'. EZ1 M h t » »« mN 65nm\ EZ3 CU-< CJ E3tazz O «DD» EI 1 I Observe: a) tende a ser usado quando o volume de trabalho é menor do que o de atendimento; b) balcões podem apresentar formatos diversos do retangular. Observe; a) tende a ser usado quando o volume de trabalho interno é igual ou maior do que o de atendimento; b) diversas formas de colocar e/ou agrupar mesas; c) balcões podem tomar formas circulares, elipsoidais,ou em 2igue-zague. m HGDC I-DISTRIBUIÇÃO EM CANTO:CLIENTES OCUPAM CANTO DISTRIBUIÇÃO EM CANTO: FUNCIONÁRIOS OCUPAMCANTO BHn0 í™ 5a!-1 A I Z>: *D» Q»D»D» > D»D> D»D» li M ! SD»B \i i i i * B5 2*1- taID» [r - i* 1 I HIczi im czs*BJ AGRUPAMENTO DE MESAS TRÊS A TRÊSObserve:a) tende a scr usado quando o atendimento de clientes o£upa maiorObserve:a) tende a ser usado AGRUPAMENTO DE MESAS QUATRO A QUATRO8' L íè quando o volume de serviço interno é muito maior do que atendimento de dientos; b) balcão de atendimento às vezes é substituído por simples guichê. parte do tempo;b) áreas de atendimento precisam ser linearmente grandes. DISTRIBUIÇÃO ENVOLVENTE MISCIGENAÇÃO DE CLIENTES E FUNCIONÁRIOS Út 0 ^ K >1T|>t t <5‘ » t ,D t LU I:o I r\:!? «D I: 1 ‘Dl ||IS II II CZ1 > -6-Observe:a) funcionários ficam espalhados na área disponível;b) clientes envolvem cada funcionário em particular;c) nãohá divisão física entre clientes e funcionários.Observe:a) os clientes quase sempre envolvem os funcionários;b) há problema com acesso dos funcionários,se estes são os envolvidos. E n»I? R “ SL Figura 4.1 (Continuação.) I- o>1r -A Figura 4.2 mostra arranjo físico na relação cliente-funcionários. Fonte: HESSEL, José Ribeiro. Organização e métodos. Porto Alegre: DC Luzzato, 1985. Figura 4.2 Arranjo físico na relação cliente-funcionários. evitar o uso de gabinetes ou salas particulares, que só se justificam nas seguintes circunstâncias: - chefia de alta hierarquia; - tarefas que exigem grande concenti’ação; - natureza confidencial ou reservada; e - caracteristica generalizada da disposição das pessoas na organização ou em grande parte dela; utilizar área grande e contínua, quando possível. A área contínua per- mite melhor iluminação e supervisão. O layout panorâmico é alternativa que atende, ainda que parcialmente, a essa recomendação; dispor as pessoas na mesma direção. Não colocar uma pessoa frente à outra, o que só se justificará em circunstâncias excepcionais; aproximar as pessoas cujos serviços exijam troca frequente de dados ou de contatos; , o trânsito de pessoas que se dirigem ao supervisor não deve perturbar o trabalho das demais; criar ambiente agradável e estético não é superfluidade. Por isso, deve- -se levar em conta essas características típicas do conforto. O brasileiro é conhecido por gostar de conforto em seu ambiente de trabalho; para iluminação, convém convocar firmas especializadas. É arriscado opinar sobre iluminação devido aos prejuízos que podem ser inadver- tidamente causados. 4.5.5 Open Space Conversando com Jefferson Santos, profissional da Fundação Getulio Vargas, surgiu uma conversa interessante sobre um assunto que vem tendo alguns avan- ços em empresas brasileiras. Trata-se do layout em open space que ele, Jefferson, se utiliza e segundo ele com excelentes resultados. O open space, que é um termo usado sem o equivalente em português que seria ambiente aberto, é composto unicamente por uma mesa retangular de dimensões superiores a ou próximas a 3 metros x 2 metros. Não são medidas obrigatórias, são medidas que permitem às pessoas se utilizarem de computador ou, mais modernamente, de notebooks e espaços para papéis, algumas fotos. Via de regra, na sala onde está a mesa há um quadro de amplas dimensões na parede e segue o lado maior do retângulo. Essa conformação física permite ampla integração entre as pessoas que, certamente, ;J§ pertencem ao mesmo estamento funcional. Diz Jefferson que medidas são toma- das por consenso, até mesmo sem o uso desta palavra, tal a facilidade com que os argumentos são colocados e aceitos. É lógico que existem as divergências, mas que são resolvidas ali mesmo. Há casos conhecidos de empresas onde seus presi- dentes ou diretores resolveram se utilizar de uma mesma sala e com uma mesa de reuniões de tamanho que permita, vez por outra, a reunião para debates de ideias. 4 ; ]W Mi. n 4.6 Recomendações finais ; CU IJJu . As recomendações a seguir mencionadas servem como um lembrete, quase um checklist. Não contêm recomendações de alto teor científico, mas são impor- tantes no andamento do estudo. • colocar as unidades que realizam tarefas inter-relacionadas o mais pró- ximo possível, com o objetivo de reduzir o tempo de tramitação entre V elas; colocar o chefe imediato ou supervisor em local que lhe permita obser- var facilmente o que acontece na área sob sua supervisão; - separar das demais unidades as que utilizam equipamentos ruidosos; localizar as unidades que têm contato frequente com o público o mais perto possível das áreas de entrada; colocar os arquivos, e demais equipamentos frequentemente utilizados, o mais perto possível das pessoas que deles fazem uso, desde que não prejudiquem o fluxo interno; dotar os balcões de atendimento ao público de divisórias internas ou mesmo de gavetas para a guarda do material necessário; / ,> 1•*) Exercício Departamento de Recebimento A mercadoria pedida dá entrada no departamento de recebimento por Caro- lina, recepcionista do andar. Carolina, recepcionista do andar, leva a mercadoria até o. balcão. César, balconista, recebe a mercadoria e a leva ao conferente, digita e identi- fica o pedido e confere a mercadoria com o pedido. A mercadoria, juntamente com a nota fiscal, é enviada ao funcionário Luís, . que confere e assina o canhoto da NF. A mercadoria e a NF são enviadas à funcionária Andréa, que verifica a soma da NF. A mercadoria e a NF são entregues à funcionária Adriana, que confere os va- lores da nota com o pedido. Abre o arquivo competente e transmite os dados à unidade competente. i X 1.is»vi 2. 3. 4. 5. 3 6. s Situação7. Toda documentação é levada ao gerente, que redige a autorização de paga- mento. 8. Esta autorização é encaminhada ao funcionário que faz a competente digita- ção, imprime e passa ao assistente. 9. O assistente lê e verifica. Como não há erros, a autorização é levada ao ge- rente. . 10. O gerente recebe a autorização, confere e assina. Manda então a autorização ; com os dados necessários para a funcionária Amanda. 11. A funcionária Amanda recebe, digita um formulário de autorização de paga mento e envia para o supervisora Alessandra, juntamente com a autorização assinada pelo gerente. 12. A supervisora Alessandra recebe, confere e assina o formulário e a autoriza- ção, enviando-os para Vânia, auxiliar de escritório. 13. Vânia recebe formulário e autorização, carimba cópias e original e leva com a mercadoria para César, o conferente. 14. César separa duas vias, grampeia e leva para o arquivista todas as vias, auto- rização e mercadoria. 15. Jóarez, o arquivista, recebe e separa as cópias grampeadas. Grampeia uma cópia na mercadoria. 16. É feito o arquivamento físico de duas cópias. 17. As outras duas cópias e a autorização são enviadas à recepcionista do andar -1| juntamente com a mercadoria. 18. Adriana, então, encaminha as cópias e autorização à tesouraria e a mercado- í ria ao almoxarifado. Atuai * Escala - 1:100 Área Total - 152 m2 Legenda Janela de correr Parede. •w ‘ í : . .•* : :c iV . í é• u V c G X O. Uu • fi•>:» - Arquivo- * i f; . , Considere os18 movimentos como corretos. Apenas proponha um novo layout, justificando a nova proposta. •»- •. Z2&BB 6. A ausência do item mencionado em 5 causaria algum problema na melhor compreensão do conteúdo num manual qualquer? 7. Por que envolvimento ambiental tornou-se mandatorio na elaboração de ma- nuais? 8. O que é estrutura interna num manual que expressa a organização? 9. O que vem a ser envolvimento circunstancial? 10. O que vem a ser envolvimento permanente? • Técnicas de Estruturação Referências bibliográficasI í l CHEHEBE, José Ribamar B. Análise do ciclo de vida de produtos. Rio de Janeiro: Quality- . ‘ - mark Editora, 1998. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Estrutura organizacional: uma abordagem para resultados e competitividade. São Paulo: Atlas, 2006. POPPER, Rudolf. A elaboração de manuais na empresa. São Paulo: Pioneira, 1981. . i • < •r.\ 8.1 Preliminar» í co ;U kiT, m Os estudos de natureza, essencialmente, estrutural são desenvolvidos neste capítulo mediante a aplicação de três técnicas específicas: a) as técnicas de estruturação (antes conhecidas por técnicas de departa- .mentalização); b) as técnicas de elaboração de organogramas; e c) as técnicas de elaboração de manuais em nível organizacional. Para o ocupante de posição gerencial, é de suma importância conhecer muito bem a estrutura da organização, por meio das técnicas acima apontadas, pelo sim- ples fato de, assim agindo, estar credenciado a produzir, a oferecer resultados que tornem a sua unidade mais eficiente e eficaz e a organização mais competitiva. Além disso, é certo que o gerente (ou gestor) que detenha conhecimentos amplos sobre a organização terá um maior sucesso na sua jornada profissional. A condução de estudos de formulação e/ou análise estrutural terá um melhor res- paldo se o gerente (ou gestor) demonstrar conhecimento global e crítico sobre as dinâmicas da organização. A ausência desses conhecimentos poderá, além de não conferir o status desejado, prejudicar outros estudos localizados em outros segmentos da organização. O termo original para estruturação é a palavra inglesa departamentation ou departamentalization, que por dificuldade de tradução passou a significar depar- tamentalização, confundindo você com as frações organizacionais rotuladas de departamentos. Departamentalizar não é criar departamentos, e sim criar uni- te *' fe<LUo im '3x u "JL. vi> m C* 3 t / :'áâ it r 03te»1: . §Pikg•teí "M - -•V-v; • • delegação da responsabilidade e da autoridade. Até mesmo se confun- dem, pois o ato de delegar implica descentralizar; f) integrar ambiente e organização: os autores clássicos dão enorme ênfase à estruturação planejada e executada numa perspectiva fechada, ou seja, alcançar apenas objetivos internos, não mais. Modernamente, a teoria das organizações sugere a integração ambiental. Isto é, na formulação e reformulação da estrutura organizacional o fator ambiente deve com- por o elenco de inquietações do estudioso. Muitas turbulências internas têm como causa imediata as alterações advindas do ambiente. Por essa razão, é conveniente uma análise que, além de incluir as variações in- ternas, se inclua, também, o meio ambiente onde a organização age; e g) reduzir conflitos: a harmonia plena foi um sonho da Escola de Relações Humanas. Apenas um sonho. Os conflitos existem, devem ser minimiza- dos, pois raramente são eliminados. Há quem diga que uma organização em conflito é uma organização que pulsa, vive. Pode ser um exagero, mas a afirmação é correta à medida que entendamos o conflito como sendo a busca da eficiência e da eficácia, e não a luta pelo poder pes- soal, sem que isso maga benefícios à organização. O leitor poderia imaginar que a série de objetivos exposta acima representa apenas tudo o que se espera que um gerente responsável possa realizar pela sua organização. Evidentemente, a estruturação não é a única alternativa existente no campo do estudo e aplicação organizacional. Mas é importante, já que sua base conceituai é preparar a organização para o crescimento e competição. Isso inclui, obrigatoriamente, os objetivos apresentados. O fundamental é estar o gerente, o gestor, consciente da responsabilidade que assume ao desenvolver alternativas estruturais para a organização. dades, frações organizacionais. Essas unidades podem ser divisões, gerências, superintendências, conselhos e... departamentos. Talvez uma boa tradução para departamentation ou departamentalization seja compartimentar. Ou, então, es- i truturar, que, embora não seja tradução exata, oferece uma melhor compreensão - sobre a técnica. Ficamos com estruturação, por ser o termo que faz sentido em nosso idioma, mas também usaremos o termo departamentalização, respeitando a origem inglesa. 33m W 8.2 Objetivos Estruturação é uma forma sistematizada de agrupar atividades em frações or- ganizacionais definidas seguindo um dado critério, visando à melhor adequação da estrutura organizacional e sua dinâmica de ação. Essa conceituação dá a ideia da responsabilidade que o gerente (ou gestor) 5 assume num determinado tipo de estruturação, pois a má estruturação causará danos irreparáveis à organização. Com certeza, hojè, o direito de errar cede vez à ausência de direito ao erro. A competição é destaque no que se convencionou chamar modernidade. A organização moderna é a que procura insistentemente • manter ou melhorar a sua posição no mercado nacional, internacional ou ambos. Os objetivos de estruturação são os seguintes: a) aproveitar a especialização: isto é, saber tirar partido da qualificação das pessoas, aumentando a eficiência de cada uma, em proveito das pessoas e da própria organização; b) maximizar os recursos disponíveis : a estruturação de unidades constituti- vas da organização ou a sua reestruturação obedece aos vários recursos existentes. A maximização desses recursos ocorre justamente no momen- to do agrupamento ou reajustamento das atividades da organização; c) controlar: numa só palavra, outro objetivo. A estruturação que não for bem conduzida poderá resultar em dificuldades à medida que não haja clara delimitação de responsabilidades. Um exemplo típico elucida o objetivo: o controle de qualidade não poderá ser exercido por quem te- nha, também, a responsabilidade de aumentar a produção. Da mesma forma, um chefe de contabilidade não poderá ser o chefe da unidade de auditoria; d) coordenar: quanto maior for o grau de coordenação em uma organiza- ção, mais serãointegrados os esforços individuais durante a execução, evitando ajustes posteriores; e) descentralizar: a descentralização, termo tão conhecido dos nossos exe- cutivos e gestores públicos, resulta dos procedimentos relacionados è A 1' f «. -rTi ii •:? <.J... ; *2 ’ :r.co LU O <id f ' 8.3 Principais técnicas de estruturação O trabalho é o de compor essa técnica, buscando a contribuição a cada uma das alternativas de conformação estrutural e, ao mesmo tempo, estabelecer algum paralelo crítico, eventualmente necessário.- : r. 8.3.1 Área geográfica \ Quando há desconcentração (geográfica) das atividades da organização, é desejável que se mantenha uma gestão local, a fim de atuar como instrumento filtrante, só encaminhando à administração central o que houver sido exigido dentro do quadro de competências. São exemplos característicos os bancos, com t- 'JW à * £3 8.3.5 Mercado I Um pouco semelhante à estruturação por clientes, essa forma de agrupar ati- vidades se cinge, essencialmente, à função de marketing. O argumento é baseado no fato de que, quando as organizações se tornam fundamentalmente orientadas para marketing, há uma tendência para o estabelecimento de uma miniorgani- zação exclusivamente criada para atingir o mercado, como mostra a Figura 8.5. É uma abordagem interessante normalmente quando o mercado é diferencia- do e complexo, justificando, dessa forma, uma estrutura específica. Gerência Comercial , MLegenda'- unidade provisória Unidade de Vendas Unidade de Vendas-lnterior Figura 8.3 Estruturação por contingência ambiental. !í %' r . 8.3.4 Funções I Depto. Depto.: A estruturação funcional é, praticamente, a base de um grande número de estruturas organizacionais, pois é formada pela somatória de atividades semelhan- * tes e de acordo com os objetivos da organização. Essas atividades são conduzidas por pessoal preparado para tal e, em consequência, a decomposição do trabalho passa a obedecer a esse agrupamento de atividades e mais o pessoal especializa- do. Assim, haverá um grande aproveitamento do potencial de cada um envolvido Depto. MarketingAdm. Mat. ;irUi > -;<£ no que se especializou.cn É o critério mais simples de ser implementado. Sua desvantagem está no fato de que, ao especializar, cria um distanciamento entre as funções, prejudicando, dessa maneira, a integração e a gestão dos processos das frações organizacionais. Veja a Figura 8.4. LU Divisão Divisão Divisão Pesquisa de Mercado Diferen- ciado Divisão Divisão Divisão Divisão Preço Publicidade Relações Vendas Vendas Vendas com . Capital Rio Shoppings Consumidor <t;T ti L . J Figura 8.5 Estruturação por mercado.3) l Presidente 8.3.6 Número Alcança-se a estruturação por número meramente fazendo uma divisão quan- titativa das pessoas encarregadas de determinado trabalho na organização. E en- contrada no exército, em escolas.Sua inclusão no rol das técnicas de estruturação vale como uma simples informação, melhor do que sua omissão.Veja a Figura 8.6. Núcleo de Relações Institucionais Núdeo Financeiro Superintendência de Gestão de Pessoas Superintendência de Logística Superintendência Jurídica Figura 8.4 Estruturação por funções. i suas agências; as unidades do governo arrecadadoras de taxas e tributos; e alguns negócios do comércio que se utilizam das representações locais ou mesmo fran- quias que, embora tenham uma administração própria, têm de manter vinculações contratuais com o franqueador. A Figura 8.1 mostra esse exemplo. A vantagem está no fato de a administração local conhecer melhor as pecu- liaridades da área onde atua; melhor do que alguém no topo da organização que está distante algumas centenas de quilómetros, transmitindo determinações nem sempre coincidentes com a realidade local. A desvantagem seria que a descentralização encerra em si mesma um limite de ação bastante amplo o suficiente para, algumas vezes, colocar em risco o ne- gócio ou o serviço que está sendo prestado. . Gerência de Recursos Humanos Seção Recrutamento m* Setor Rec. Masculino Setor Rec. Feminino i; Figura 8.2 Estruturação por clientes. > . Conhecemos alguns insucessos desse tipo de estruturação. Uma loja de de- partamentos resolveu abrir uma pequena filial apenas para atender à mulher. O corpo funcional dessa loja era todo do sexo feminino. Em pouco tempo, voltou a operar nos moldes das demais lojas da organização. O fracasso foi total. A mesma situação, com o mesmo final, aconteceu em uma instituição bancária. Uma agên- cia para a mulher foi aberta e fechada em pouco tempo. Perguntem aos docentes direcionados a marketing os motivos de tal insucesso. Banco x S.A. Administração Centra! ::•s Fiíiais (Agências)a i -c - :C .rtâ U‘J ; LU 8.3.3 Contingência ambiental No Brasil, país em crescimento e por isso em incrível mutação, é comum a adoção emergencial de certas conformações, não só na gestão de processos, mas também nas estruturais. Hoje é pouco provável que uma estrutura estabelecida há algum tempo se mantenha atual e atenda satisfatoriamente às demandas internas e externas (ambientais). O esforço de manutenção de uma organização conduz, inevitavelmente, a alterações que, feitas, se incorporam ao cotidiano. No entanto, há momentos nos quais a reestruturação terá de ser imediata, pois as turbulências ambientais não aguardam por uma gestão de processos que faça rápidas adaptações nas organizações, mesmo porque o poder que as organi- zações têm sobre o ambiente não é tão forte a ponto de impedir ou retardar certos acontecimentos ambientais. Daí a necessidade de a organização estar preparada para, a qualquer instante, alterar a sua configuração. E convém lembrar que os processos adaptativos cada vez mais têm menos tempo para os ajustes exigidos pelas empresas. A Figura 8.3 mostra uma parte da organização que foi instada a fazer uma alteração estrutural. O movimento altamente positivo ou altamente negativo fez que fosse criada, provisoriamente, a divisão de vendas-interior. A legenda qualifica essa unidade como provisória, pois é assim que as organizações reagem a contingências de toda sorte. Nem sempre há necessidade de dar o caráter de permanência à unidade criada. \CJ $ Glória Piedade TambaúE ' J f Figura 8.1 Estruturação por área geográfica. 8.3.2 Clientes ilf Muito comum em lojas de departamentos, como são tecnicamente conhecidas as grandes lojas ou grandes magazines, ou, ainda, as lojas âncoras dos shoppings centers e malls do país. As seções dessas lojas indicam claramente a clientela que desejam atingir. Assim são as seções de meninos, meninas, jovens etc. Mesmo na administração central das organizações é comum o funcionamento de unidades que visam a um público determinado. As unidades de recrutamento feminino e recrutamento masculino são um bom exemplo. Veja, por exemplo Figura 8.2. Na administração pública, os exemplos são fartos, como as instituições que cuidam do menor, do índio, dos imigrantes, ex-combatentes etc. !-< A .•'-íâi: > a ' \A • - \ com. Mj m % - de consumo. Essas divisões por produtos são de conhecimento público. Contudo, há a estruturação por produtos, que fica no âmbito da organização, não sendo de conhecimento generalizado. A grande vantagem é a facilidade de se analisarem os resultados (os mais va- riados), possibilitar um melhor conhecimento sobre o produto, suas falhas e pon- tos fortes; e coordenação das atividades-meios e atividades-fins que concorrem para a confecção do produto. O mesmo aplica-se ao serviço. Tudo é exatamente igual. Apenas há diferença no output, no resultado final, que, no caso, não é um produto tangível, mas um serviço levado a efeito. * ÚimDivisão de Tráfego * - mmZona Centro Zona Leste Zona Norte Zona £Su! “ .- "<*:15 17 25 23 m veículos - pessoas -moças, rapazes etc. $ir Figura 8.6 Estruturação por número. .'4. : J ’' 8.3.7 Processo, ! - •i rím Gerência deEletrodomésticos Frequentemente utilizada em indústrias, a estruturação nada mais é da que a quebra do produto em partes sequenciais, de que sevão ocupar as pessoas en carregadas da sua manipulação e montagem. A indústria automobilística é constantemente citada como exemplo típico na organização privada. Uma variação é encontrada nas organizações de.adminis- tração pública, por intermédio dos conhecidos processos burocráticos, em que a cada momento se junta mais um parecer, como se fosse mais uma peça de um determinado produto, tornando a gestão de processos extremamente difícil. A Fi- ÍH gura 8.7 ilustra este caso. *. < Ventila- dores Máquinas de lavar h-& <C Geladeiras Rádios Torradeiras 03 Xf D Figura 8.8 Estruturação por produto.5 } 8.3.9 Projeto *. Apenas as organizações de grande sofisticação estrutural utilizam-se desse critério. A NASA (National Aeronautics and Space Agency), por exemplo, é consi- derada precursora, ou, pelo menos, uma das primeiras que aplicaram essa técnica com resultados notadamente positivos, assim como as organizações de engenha- ria de grande porte. A estruturação por projeto implica na utilização de pessoal de alta qualifica- ção técnica em virtude das exigentes demandas de cada projeto. Por essa razão, a liberdade funcional é extremamente elevada e é comum profissionais ausenta- rem-se por um ou dois dias, porque ficaram em casa tratando de ultimar detalhes de um determinado projeto. Ou, então, o profissional dedicar um longo tempo na organização a que serve, bem mais do que a sua jornada de trabalho. Isso se deve ao fato de a vinculação, enquanto projeto, ser ao coordenador ou gerente (ou gestor) do projeto e não ao superior hierárquico. A Figura 8.9 dá condições de assimilar-graficamente - essa relação. Biblioteca mi Catalo- gação Classifi- caçãoAquisição Acervo :^ê,WFigura 8.7 Estruturação por processo. 8.3.8 Produto ou serviços ni No plano das grandes organizações, nas montadoras como GM, Ford, Volkswa- gen, Hyundai, Toyota ou Honda, existem divisões especiais que produzem bens .3 Características ConvencionalProjeto [ I 1 Relação superior-subor- dinado As relações de colega para colega, gerente para técnico e para perito, de associado para associado etc., são usa- das para conduzir muitos dos principais negócios. A gestão de um projeto torna- -se uma aventura conjunta de muitas organizações relativa- mente independentes. Assim, o objetivo torna-se multila- teral. 0 gerente de projeto trabalha através de linhas funcionais e organizacionais para cumprir um objetivo interorganizacio- nal comum. Este é o relacionamento mais importante; se for sadio trará o sucesso.Todo negócio im- portante é conduzido através de uma estrutura piramidal de superiores e subordinados. Os objetivos organizacionais são buscados pela unidade de origem (um conjunto de sub- organizações) que trabalha em seu ambiente. 0 objetivo é unilateral. Engenharia U Material -- Química — R e c. Humanos Projeto A -t Grupo Grupo Grupo Grupo Objetivos organizacionais Projeto B ^ Grupo Grupo Grupo Grupo ih1 « Projeto C < Grupo Grupo Grupo Grupo 0 gerente geral age como o único chefe para um grupo de atividades que têm o mesmo . plaho. Unidade de direção;; i;r Projeto D Grupo Grupo GrupoGrupo Legendas.« .; i participantes no projeto intervenção da função no projeto linha de autoridade hierárquica participação no projeto 8.3.10 Task force [força-tarefa) *sc Figura 8.9 Estruturação por projeto.o:> A reunião de pessoas pertencentes a várias unidades da organização, num dado momento, para cumprir uma determinada tarefa, pode ser metodicamente estudada e aplicada de forma correta. Veja a Figura 8.10. LUo è O Quadro 8.1 mostra uma interessante comparação, partindo de certas ca- . racterísticas, entre a estruturação convencional - no caso, a por funções-e a es- truturação por projetos. j r (53 Presidenteí Quadro 8.1 Comparação da estruturação convencional e por projeto. Características Projeto Convencional Gerência b Gerência cGerência a Dicotomia organizacional "linha-sfaff" Permanecem vestígios do mo- As funções de linha têm res- delo hierárquico, mas as fun- ponsabilidade direta pelo ções de linha são postas numa cumprimento dos objetivos: a posição de apoio. Existe uma linha comanda e o staff acon- rede de relações de autorida- selha, de e responsabilidade. 1 * Princípio escalar Existem elementos da cadeia A cadeia de relações de au- toridade vai do superior ao subordinado em toda a orga- nização. Os negócios centrais, ; vertical,mas a ênfase prin- cipal é colocada no fluxo de trabalho horizontal e diago- nal. Conduzem-se importantes cruciais e importantes são negócios conforme a legitimi- conduzidos de cima para bai- dade das tarefas o exija. Brigada contra incêndio axo na hierarquia. Figura 8.10 Estruturação task force. # E325 As brigadas contra incêndio, por exemplo, são grupos montados para atender a um momento crítico da organização. O papel de cada um já está desenhado, e assim que for necessário, todo o grupo entra em ação, independentemente do que esteja fazendo cada elemento que compõe a força-tarefa, tradução para o termo inglês task force.A vantagem do uso desse critério está na formação realizada an- tes do evento e de maneira metódica. Apenas um lembrete: o grupo task force não tem de existir em função de algo tão emergencial quanto incêndios ou catástrofes de outra ordem, igualmente pe- rigosas. Pode ser formado para atender aos conhecidos “picos” da organização, desde que não firam a legislação trabalhista em vigor. exposta nada mais é do que a facilitação do ato de pensar na organiza- ção em termos estruturais; • a unidade que mais faz uso de uma determinada atividade deve ter a responsabilidade sobre essa atividade. Esse é o princípio da frequên- cia de uso; • a unidade que apresenta maior interesse sobre uma determinada ati- vidade merece o estudo sobre a conveniência ou não de tê-la sob seu controle. Esse é o princípio do interesse explicitado; ° as atividades de controle devem estar dissociadas das atividades (se- melhantes) a serem controladas. Esse é o princípio da lógica do con- trole; • o agrupamento de atividades pode ser feito mediante a adoção de to- das as técnicas de estruturação. O processo decisório é que vai apontar a melhor técnica. Sempre existirá uma técnica que se adapte melhor ao conjunto de atividades em análise. Esse é o princípio da convergên- cia decisória; • o fato de na organização concorrente ter sido aplicada tal técnica de estruturação não significa dizer que, necessariamente, a mesma técnica deverá ser aplicada. Há nuanças, peculiaridades específicas que fazem com que as soluções não tenham, muitas vezes, o mesmo valor para todas as organizações. Esse é o princípio da diferenciação organizacional. . w mK;'1'i . < 8.3.11 Tempo m: #: Raramente empregada nos níveis superiores da organização, a estruturação / •; j em função do tempo é utilizada, basicamente, na área fabril, onde, muitas vezes, | o processo de fabricação não pode sofrer solução de continuidade. São criados, então, os turnos de trabalho que podem ocupar até as 24 horas do dia. Ou, en- 4 tão, as gerências na área de informática. É possível, também, encontrar muitas instituições de ensino, observando essa conformação. De qualquer maneira, a sua aplicação é restrita à indústria, onde as oportunidades de sua utilização são bem maiores. Oliveira (2006). Veja a Figura 8.11 . 1 v z ••C 'J h'::?r< •o 'J 3 Jfl,Montagem Exercício De que maneira foi estruturada a organização dada na listagem abaixo? Você deve anotar a técnica de estruturação que mais se aproxima ao lado de cada uni- dade. Note que o Capítulo 9 prevê o uso dessa mesma listagem, mas para elabo- ração do organograma. Organização Alfa Com as unidades abaixo, aponte o tipo de estruturação adotado. No Capítulo 9 você será convidado a elaborar o organograma da Organização Alfa. Presidente Seção de Reprodução Gráfica Seção de Recrutamento e Seleção Seção de Segurança e Higiene Núcleo de Informação e Gestão Organizacional -V l* >,v..... 1â Turma 2- Turma 3- Turma - . ' >4?Figura 8.11 Estruturação por tempo. m m8.4 Recomendaçõesfinais • não há em nenhuma organização de certa complexidade a aplicação de uma só técnica de estruturação. Haverá sempre uma aplicação mista das várias técnicas aqui apresentadas. O que diferencia e qualifica o gestor, que realiza algum tipo de estruturação, é a capacidade que ele tem de saber usar adequadamente o dispositivo técnico que detém. A técnica -'JHB .Vv ; S * / 1 Conselho Consultivo Gerência Geral (com autoridade sobre algumas unidades) Gerência de Serviços e Material Seção de Treinamento Gerência de Finanças Seção de Despesa Gerência de Vendas Seção de Orçamento e Custos Seção de Planejamento de Vendas Núcleo de Estudos Económicos e Administrativos Seção de Material Gerência de Recursos Humanos Seção de Publicidade e Pesquisa Seção de Manutenção Patrimonial 3. O que vem a ser estruturação por contingência ambiental? Que relação você pode estabelecer com a estruturação por projetos? 4. Que recomendações você daria ao profissional envolvido em questões de es- truturação? 5. Estruturar é o mesmo que departamentalizar? Justifique a sua resposta. 6. O que é o princípio da diferenciação organizacional. Dê um exemplo. 7. O que é o princípio da convergência decisória? Dê um exemplo. 8. O que é princípio da lógica do controle? Dê um exemplo. 9. É possível afirmar que as organizações trabalham essencialmente em cima de uma única técnica de estruturação? Sim, não e por quê? ; 2. ( ' '."4. ; :: i . . àSsfc : í Referências bibliográficas CHEHEBE, José Ribamar B. Análise do ciclo de vida de produtos. Rio de Janeiro: Quality- mark, 1998. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Estrutura organizacional: uma abordagem para resultados e competitividade. São Paulo: Atlas, 2006. SBEquipe de Estudos Administrativos (unidade provisória que tem o presidente . como coordenador) £ t .£:: • S. .. . wkm<cCO Núcleo Financeiro (com autoridade funcional sobre a Divisão de Finanças) Conselho Deliberativo Núcleo de Comunicação Social (criada, mas não implantada) Seção de Planejamento de Vendas-Interior Setor de Treinamento (Capital) Setor de Treinamento (Interior) Notas: a) núcleos com função assessora superior; e b) unidades de mesma nomenclatura não se subordinam. Não é o caso da gerência geral no exercício, por ser geral e não gerência específica, de uma dada área. .u Ds • cl!m f ‘ : •'5, . í >í m b *-rQuestões para debate .• • 1. “Departamentalizar é criar departamentos.” Comente essa afirmação, concor- dando ou não, e dizendo o porquê. 2. Quais seriam os objetivos ao se estruturar uma organização? Qual o melhor objetivo? Por quê? * Tmm y'-* - : W • a relação superior-subordinado, o que deixa implícitos os procedimentos relativos à delegação de autoridade e responsabilidade; • o trabalho desenvolvido pelas frações organizacionais. Dependendo da técnica de elaboração aplicada, poderá evidenciar, além do tipo de trabalho desenvolvido, mais: (a) o detalhamento do tipo de trabalho; (b) os cargos existentes; (c) os nomes dos titulares das unidades; (d) a quantidade de pessoas por unidade; e (e) a relação funcional, além da relação hierárquica; • permitir a análise organizacional, facilitada por uma boa elaboração, o que significa dizer: organograma com linhas bem definidas, esclare- cimento das convenções utilizadas, abreviações e siglas, mediante uso de legenda colocada na própria folha do gráfico (frequentemente no canto inferior à direita). Para que os objetivos sejam alcançados, é importante que o gestor responsável por sua elaboração observe o fato de que o organograma deve possibilitar uma leitura fácil e, consequentemente, uma boa interpretação dos componentes da organização. É vital que os gerentes preparem e elaborem os seus organogramas pensando sempre em termos de facilitação do entendimento, da sua utilização. Concordamos com o fato de não ser tão simples traçar organogramas, haja vista a quantidade de técnicas existentes para o desenho de gráficos. Um passar de olhos em alguns compêndios pode levar à perplexidade. Apenas um exemplo: encontramos 25 técnicas de elaboração em apenas 5 obras que versam sobre Or- ganização, Sistemas e Métodos. Aí vão alguns rótulos dados a algumas técnicas de elaboração: AFNOR, Clássi- co, em Bandeira, Vertical, Lambda e Circular, Horizontal, Radial e Misto, em linha, em linha e Estado-Maior e comité, hierárquico, funcional, hierárquico-consultivo e hierárquico-funcional, escalar, linear e militar. E encerramos com nossos rótu- los: estrutural (tradicional), funcional, por cargos, estrutural-funcional, circular ou radial e matricial (em matriz). Não é difícil agrupá-los, pois muitos se assemelham ou são de elaboração idêntica, mudando apenas o rótulo. Mesmo assim, fica difícil ao gestor assimilar todas as técnicas de elaboração. E mais: utilizá-las adequadamente. Os tipos clássico, vertical, misto, em linha, em linha e Estado-Maior, comité, horizontal, hierárquico, hierárquico-consultivo, hierárquico-funcional, escalar, militar, linèar, estrutural, tradicional são bem semelhantes. As diferenças são a colocação do Estado-Maior num tipo, de comité (comissões, grupos de estudo) num outro tipo; e a forma de apresentação, horizontal ou vertical. Enfim, da re- lação inicial de 25 tipos, houve uma redução de 14 tipos a uma só forma de re- presentar a organização. Restam, ainda, 11 tipos. E isto é muito para uma busca em somente 5 obras. . •-rr» >CY5 ff ' ; m. 7Organograma: Formulação e Análise Estrutural m- 7 ' / ‘ y Ií;.:r - t . i ! 1 i í <- ; : -m 9.1 Preliminar vlf|§7#z:&< Por longos anos o organograma “reinou” no mundo das organizações por ser um gráfico que permitia inúmeras ilações aos práticos e estudiosos. A -evolução dos estudos organizacionais procurou atender à velocidade desejada pelas orga- nizações, e o que temos é uma necessidade absoluta de rapidez nas ações e busca de soluções imediatas para que a excelência organizacional seja alcançada. Por essa razão, o organograma perdeu espaço por ser um instrumento que não per- ^mite a rapidez desejada. A gestão de processos surge como possível de alcançar : V as soluções desejadas, ao mesmo tempo em que depura a organização, não ense-4# jando a permanência de pontos falhos ao longo dos processos todos. Ainda assim, ^§7; 'o organograma dá a todos nós a possibilidade de entender os grandes marcos da organização, nos dá a possibilidade de vislumbrar o seu funcionamento, embora seja um gráfico sem movimento. 3: :Ca j 3 • i-m . •> 9.2 Objetivos • & W:íf ;O organograma é um gráfico representativo da estrutura formal da organiza- ção em dado momento. E os objetivos que procura alcançar são os de demonstrar, por meio do gráfico: 77 : > • a divisão do trabalho, mediante o fracionamento da organização, em unidades de direção, assessorias, conselhos, comissões, gerências, supe- rintendências, departamentos, gerências, seções, serviços, setores etc.; 1 • 4> V -m- De todos os tipos, o que representa a estrutura mais sofisticada é o organo- grama matricial (em matriz). Nesse tipo de organograma, temos duas estruturas coexistindo num só gráfico, na mesma organização. Uma estrutura seria a clássica ou tradicional - para ficar apenas com dois rótulos - e a outra, a que é criada a . partir da instalação de equipes orientadas para projetos específicos e de razoável grau de complexidade. Organização X Conselho de Administração Presidentefc*. ; .m Gerência Jurídica Núcleo Assessor Economia • jaggsNas recomendações finais que veem após as técnicas de organogramação, en- fatizamos-uma vez mais-o uso do organograma como um instrumento poderoso de trabalho e, sobretudo, um facilitador para a melhor compreensão do todo or- . I ganizacional e não como um produto acabado, ao qual nos resta apenas admirar • ' a beleza do seu desenho e o perfeito balanceamento das unidades constitutivas. . Núcleo Assessor de Planejamento Estratégico Núcleo Assessor de Organização5 r: £* ' : Gerência de Recursos Humanos •fe 1l mi •: M9.3 Técnicas de elaboração 4^8 i Gerência Seleção GerênciaRecrutamento 9.3.1 Estrutural (clássica, comité, em linha, em linha e Estado- -maior, hierárquico, hierárquico-consultivo, hierárquico- -funcional, horizontal, linear, militar, misto, tradicional e vertical ) i< ; • X <it 33 .11' *• <C-J cn i - Legenda . Autoridade Funcional Unidade Provisória:t LU Pelo título e os vários outros colocados dentro dos parênteses, fica evidente que essa técnica é utilizada para representar a maioria das organizações conhe- cidas. E piramidal (apenas no horizontal temos uma exceção, pois a hierarquia é apresentada da esquerda para a direita). Veja a Figura 9.1. Características: Nota: De modo geral, as características abaixo estão presentes por toda a técnica de elaboração. Caso contrário será explicada a característica correta. o c? Nome: Unidade: Data: / /u~n:D !> 'H Figura 9.1 Organograma estrutural& r. J : c , • a linha contínua é a linha de autoridade (vertical) e coordenação (ho- rizontal). • autoridade funcional é a autoridade de função, isto é, poder que o titu- lar de uma unidade tem sobre uma outra unidade, com relação a dada função. Não é autoridade hierárquica. Por exemplo: a gerência jurídica, em assuntos legal-trabalhista, pode deter autoridade funcional sobre a gerência de pessoas (ou recursos humanos), que continua mantendo sua subordinação, por exemplo, ao presidente. A autoridade funcional sobrepõe-se à hierárquica, a não ser que haja manifestação em contrário; • unidade provisória é a unidade com duração limitada no tempo. Algu- mas comissões, comités, equipes e grupos de estudos são bons exemplos; • a linha vertical que parte da maior autoridade hierárquica é a linha condutora do organograma. Todas as unidades se dirigem a essa linha, A ». :-Wi • no alto da folha do organograma deve constar obrigatoriamente o títu- lo da organização; ' • o retângulo representa a fração organizacional Eventualmente, o re- . 1 tângulo significará cargo. Isso poderá ocorrer com cargos isolados e di-‘ ferenciados, tais como auditor, consultor etc.; sf? 3• a representação gráfica dos retângulos pode ser nos dois sentidos: ho- rizontal (deitado) e vertical (em pé); • havendo siglas, elas devem ser explicitadas na legenda; • a linha tracejada ou pontilhada pode ter qualquer significado. O impor- tante é explicitar a convenção utilizada no espaço destinado à legenda; -'í ; 3ftX,í* conseguiria representá-las, a não ser que o espaço para o desenho fosse bastante generoso; • o uso de letras e números exige, naturalmente, a explicitação na legenda que, para o exemplo dado, deverá ser em folha à parte. • a subordinação ao presidente é, nitidamente, hierárquica. Más pode- mos imaginar uma diretória com dirigentes responsáveis pelas funções da organização. '** 9.3.4 Funcional (b) \á 9.3.3 Funcional (a) O que passamos a mostrar graficamente tem como origem a supervisão fun- cional criada à época dos primeiros estudos que fez e que culminaram com a ad- . ministração científica, mais tarde embutida na Escola Clássica. Esse organograma não é apenas uma simples representação gráfica de uma ' : estrutura que se articula tal e qual as demais estruturas conhecidas. Demonstra uma maneira diferenciada das unidades transacionarem no cotidiano da organi- zação. Veja a Figura 9.3. Características: * • o funcionário ou operário não tem um chefe hierárquico.Asubordinação í é às pessoas que ocupam a função correspondente ao que está sendo; executado naquele momento. Assim que a pessoa termina a operação e a passa para outra, sua subordinação também muda, isto é, nova fun- ção, novo chefe, ou melhor, supervisor. Portanto, as ligações em linha contínua mostram uma vinculação apenas temporária; A representação gráfica é voltada apenas às funções da organização. É abso- lutamente diferente do organograma estrutural ou mesmo do funcional. Veja a Figura 9.4.y i ;::n . Presidente1 Administração V-. PessoalSuprimentos Compras Contabilidade 2 * C J Figura 9.4 Organograma funcional (b).%i J É aplicada em organizações de pequeno porte, onde existem alguns poucos chefes para uma série de atividades (funções). O melhor exemplo é o do gerente . (ou gestor) administrativo da pequena organização que tem sob sua responsabi- lidade direta o trabalho executado pelo corpo funcional (não chefes) nas funções de almoxarifado, compras, finanças, contabilidade, recursos humanos etc. Características: • apenas o retângulo da atividade maior difere das demais; • fica a critério do elaborador do organograma dispor ou não todas as funções (as consideradas mais, médias e menos importantes). . • .̂ iI • í 9.3.5 Estrutural-funcional I-- Essa é uma técnica de elaboração altamente recomendada, pois alia a estrutu- ra da organização às funções básicas ou principais de cada uma de suas unidades. Em alguns casos, substitui a elaboração do manual da organização. 0 Figura 9.3 Organograma funcional (a). f; . -i tem a pretensão de realçar exatamente os vários graus hierárquicos. Os exemplos mais conhecidos de organização onde a autoridade precisa ser sublimada são: hospitais, agências de publicidade (parte especializada) e universidades (área acadêmica). o que demonstra o poder maior da organização nas mãos do seu exe- . ; cutivo principal (presidente) e em algumas estruturas do seu colegiado '] maior, como em nosso exemplo; • a ligação vertical contínua significa autoridade hierárquica da unidade : acima. No exemplo acima, o núcleo assessor da economia não tem po- der hierárquico sobre o núcleo assessor de organização, pois não existe j uma linha vertical contínua ligando aquela a esta. Ambas se subordinam , j ao presidente, porque ambas as linhas seguem em horizontal (típica de | coordenação) até a linha condutora e desta ao presidente; • o organograma deve ser feito por grupamento de unidades, partindo das unidades de direção, apoio superior até as de cunho operacional. ' Unidades de mesma nomenclatura (divisões, departamentos, gerên- cias etc.) devem estar sempre na mesma linha horizontal. Caso estejam Y < em linhas de coordenação (horizontal) distintas, algo está errado: ou fi o gráfico, ou uma das duas ou o rótulo. Nota: o uso da palavra Geral i caracteriza autoridade sobre outras unidades da mesma nomenclatura. - Por exemplo: Gerência Geral; • sugere-se a ordem alfabética de entrada por grupamento semelhante de . i unidades. Veja os núcleos, por exemplo; í !«•' ii - ; : <h *..y. ;w. ,vdfV5c • modernamente, não há mais a, digamos, exigência de uso apenas de •' retângulos, maiores ou menores. Com a presença forte da tecnologia de computação eletrónica, hoje são apresentadas as mais diferentes, às I vezes, alegres, formas de representação. Desde que haja uma legenda á ! informando o que significa cada traço, passa a não fazer sentido algum , '• ' a exigência de determinados desenhos, antes justificáveis em face da. ? dificuldade de se fazer de uma outra forma. Hoje, com o computador a \ nossa frente o infinito artístico é uma doce realidade. ca éí WT • í ?.2S Figura 9.2 Organograma circular ou radial. í Características: • a autoridade hierárquica é representada do centro para a periferia; • a representação de estruturas de certa complexidade toma-se difícil, pois a existência de muitas unidades gravitando próximo à autoridade superior dificulta a localização no gráfico dessas mesmas unidades; • a existência de muitos níveis hierárquicos também dificulta uma melhor elaboração.Veja o exemplo seguinte de organograma circular, na Figura 9.2, para ter a exata dimensão da dificuldade que acabamos de expor; • essa técnica de elaboração de forma circular é uma opção para a even- tualidade de existir alguma dificuldade na representação das unidades. Veja, por exemplo, as subunidades das unidades C-3 e C~4. Caso hou- vesse necessidade de digitar os títulos de cada unidade, dificilmente se JjB9.3.2 Circular ou radial Há dois sólidos argumentos para a utilização desta técnica apresentada pela á Figura 9.2. í- ,ll2) a apresentação estética tende a suplantar qualquer outraforma de elabo- ' ' ração gráfica. O organograma circular ou radial oferece um visual suave, . V mormente se houver aplicação de cores, em tom pastel, por exemplo; AV j e 22) reduz a possibilidade de conflitos entre superiores e subordinados, pois . Á V as linhas de autoridade ficam difíceis de serem identificadas. Sabemos ! que há organizações onde a hierarquia, embora presente, raramente é , mencionada. E a existência do organograma elaborado de forma clássica J ' í
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