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Perda da estrutura dentária pós desenvolvimento

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Perda da estrutura dentária 
pós-desenvolvimento 
 
→ Cárie x lesões não-cariosas 
Cáries destacam-se como as principais responsáveis pela procura por serviços odontológicos 
Aumento da incidência de lesões não-cariosas 
Redução na incidência de cárie 
 
→ Lesões dentárias não-cariosas 
Chamadas de um contexto geral de desgaste dentário 
Apresenta grande variedade de forma 
Podem ocorrer nas superfícies oclusal, vestibular, lingual ou proximal 
Aumento na prevalência – envelhecimento da população 
Multifatorial 
Aspectos gerais: 
Promovem a exposição da dentina e podem causar sensibilidade dentária 
Podem levar a tratamentos endodônticos ou perdas dentárias 
Acometem indivíduos de todas as faixas etárias, sendo mais comum em idosos 
A presença de distúrbios oclusais e outros fatores psicológicos e sistêmicos induzem a 
parafunções que podem provocar perda não cariosa das estruturas – presença de refluxo 
gástrico causando erosão, por exemplo 
 
→ Importância do diagnóstico: 
Identificar a etiologia 
Interromper a progressão de lesões já existentes 
Prevenir o desenvolvimento de novas lesões 
Escolha do tratamento 
 
→ Lesões cervicais não cariosas x lesões dentárias não cariosas 
O correto de se referir é como lesões dentárias, pois elas podem ocorrer além da região cervical 
 
 
→ Tipos de perda da estrutura dentária pós-desenvolvimento: 
Desgaste dos dentes: 
▪ Atrição: 
Desgaste resultante do contato dente-a-dente por meio de movimento funcionais ou para 
funcionais 
Até determinado grau é fisiológica, quando não altera a estética, nem causa sensibilidade, por 
exemplo. 
Quando surgem alterações no dente temos uma atrição patológica 
 
Fatores mediadores: 
 Esmalte – qualidade deste, como em casos de fluorose, amelogênese imperfeita, 
 dentinogênese imperfeita 
 Contatos prematuros – problemas relacionados a oclusão 
 Abrasivos, erosão, bruxismo 
 
Características clínicas: 
Dentição decídua e permanente 
Superfície afeadas – porção incisal, oclusão, regiões palatinas e vestibulares 
Facetas grandes, planas, lisas e brilhantes 
Exposição pulpar e sensibilidade dentinária são raras (dentina reacional tenta amenizar os 
efeitos da atrição) 
Obs. Em casos de atrição também podemos ter erosão, isso é evidenciado pela presença de uma 
linha branca formada pelo esmalte, visto que na erosão apenas a dentina é desgastada e o 
esmalte fica sobressaliente. 
 
 
Sobre o bruxismo: 
Tendencia de ranger, desgastar e apertar os dentes excessivamente 
Bruxismo do sono: ato inconsciente, é o bruxismo clássico responsável pela maioria dos sinais 
e sintomas 
Bruxismo diurno: apertamento mandibular que pode ser consciente e que está geralmente 
associado a situações de estresse e ansiedade 
Sintomas do bruxismo: dores de cabeça. Estalos na mastigação, dores de ouvido ou zumbido, 
desgaste dentário e dificuldade ou cansaço ao mastigar alimentos duros. 
Bruxismo mais frequente em mulheres, acomete todas as faixas etárias, inclusive crianças e 
adolescentes. 
Diagnóstico: relato do paciente + sinais e sintomas 
Bruxismo + vômitos induzidos (bulimia) -> desgaste incisivo e palatino extremamente rápido 
Bruxismo -> redução da DVO -> predisposição à queilite angular 
 
▪ Abrasão: 
Desgaste dentário associado a um processo físico em que temos um contato com outro objeto 
que não o dente 
Escovação, roer unhas, morder caneta, etc. 
Geralmente a abrasão é patológica 
Demastigação: nomenclatura que não deve ser utilizada, pois não houve um consenso quanto 
ao seu uso, seria o processo de abrasão junto com atrição (mascar chiclete, mascar 
fumo/cachimbo, etc.) 
Características clínicas: 
Várias formas, variando de acordo com o agente externo 
 Escovação: 
Entalhes cervicais horizontais na superfície vestibular 
Cemento e dentina radicular expostos 
Margens definidas e superfícies dura e lisa 
Locais de maior grau de perda 
Tamanho e dureza das partículas abrasivas dos cremes dentais 
Rigidez das cerdas da escova dental 
 Presença de ácidos: 
Lesões mais arredondadas e superficiais 
 Cortar linha, usar cachimbo e abrir grampos 
Entalhes com forma arredondada ou em forma de V na superfície incisal dos anteriores 
 
 
 Fio dental e palito 
Perda de cemento radicular e dentina interproximal 
 
▪ Erosão: 
Os ácidos responsáveis não são produtos de microrganismos 
Processo químico em que temos a perda da estrutura dentário por meio de um ataque ácido 
como por alimentos, bebidas, medicações, regurgitação (voluntária – bulimia, involuntária – 
gravidas) e exposição a dejetos industriais 
 Fontes extrínsecas: 
Comidas e bebidas 
Medicamentos – tônicos de ferro, vitamina C, ácido clorídrico 
Fatores ocupacionais – ácidos industriais e piscinas cloradas 
 Fontes intrínsecas: ácidos gástricos 
Substancias ácidas ou que quelam o cálcio (quelantes – removem o cálcio) 
Saliva é importante pois irá produzir uma proteção contra esse desgaste 
Perimólise: erosão causada por ácidos gástricos 
 Casos de gastrite crônica, alcoolismo (vômito na ressaca), gravidez, refluxo 
 gastroesofâgico, vômitos induzidos devido aos transtornos alimentares 
 
Prevalência da erosão vem aumentando cada vez mais devido refrigerantes, por exemplo, sucos 
kapo 
Pessoas com problemas em glândula salivar, ou outros fatores que causam queda na produção 
de saliva podem colabora para a erosão 
Quando a erosão atinge a dentina (erosão rápida pois a dentina é mais orgânica) 
 
Características clínicas: 
Superfícies vestibulares dos dentes anteriores superiores 
Depressão em forma de colher rasa na porção cervical da coroa 
Perda extensa da superfície oclusal em dentes posteriores 
Bordas de restaurações metálicas acima do nível da estrutura dentária 
Depressões concavas de dentina circundada por borda de esmalte 
Perda das cúspides vestibulares: depressões que se estendem da cúspide lingual à junção 
cemento-esmalte vestibular 
Perda das cúspides palatinas: dentina exposta com superfície côncava e linha branca do esmalte 
periférica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Erosão ativa x inativa: ativa com superfície lisa e brilhante, a inativa pode ser causada por uma 
ingestão específica de uma substância específica em determinada época e depois parou de 
ocorrer. 
Localização da perda da estrutura dentária pode estar associada ao fator etiológico (tendência) 
 
▪ Abfração: 
Quando temos um desgaste dentário em que ocorre a perda de material mineralizado na região 
cervical devido um estresse oclusal – forças que não conseguem se dissipar 
Restaurações oclusais podem levar a um estresse que causa abfração 
Alguns autores dizem que o modelo que comprova a abfração é falho, pois nele não temos 
ligamento periodontal, por exemplo. Além disso, nas áreas onde ocorrem mais abfração é onde 
temos um menor fluxo seroso, esses autores afirmam então que na verdade ali existe erosão. 
Outro fator seria que toda pessoa com bruxismo deveria ter abfração 
 
Posição A é a ideal – força não dissipa para o lado errado 
Posição B e C causando estresse oclusal 
Não existe consenso sobre a prevalência de abfração 
Forças laterais -> tensão na estrutura dentária -> desarranjo dos cristais de hidroxiapatita -> 
dano mecânico à estrutura dentária -> susceptibilidade ao ataque químico -> entradas de 
moléculas (água) 
 
A abfração varia de acordo com os indivíduos, dentes no mesmo indivíduo, regiões no mesmo 
dente 
 
 
 
 
Dentina é mais resistente a tensão que o esmalte: 
 Maior resiliência = suporta mais deformações sem sofrer fratura 
 Esse esmalte se desloca como uma unidade rígida enquanto a dentina sofre deformação 
 elástica 
Características clínicas: 
Cunhas limitadas à região cervical dos dentes 
Defeitos profundos, estreitos e em forma de V em um único dente 
Ocasionalmente lesões subgengivais 
Quase exclusivamente na superfície vestibular e nos dentes inferiores 
 
→ Genericamente falando: tratamentoe prognóstico 
Necessidade de tratamento 
Dentição decídua x permanente 
Causa multifatorial 
Diagnóstico detalhado/medidas preventivas/monitoramento longo 
Tratamento imediato 
 Resolução da sensibilidade e dor 
 Identificação das causas 
Identificar e remover o agente etiológico 
Encaminhamento do paciente para outros profissionais da área da saúde – alterações sistêmicas 
associadas 
Encaminhamento do paciente para outras especialidades odontológicas (DTM, ortodontia, 
estética, endodontia, prótese, etc.) 
Indicações do tratamento restaurador: deter o progresso da lesão, sensibilidade dentária, 
necessidades estéticas, provável exposição pulpar, melhorar a saúde gengival e má adaptação 
de prótese. 
Com relação a erosão: redução da exposição ácida, melhorar a resistência aos efeitos dos 
ácidos, saliva, aspectos da escovação, consumo de substancias tampão, hidratação, 
aconselhamento quanto ao uso de bebidas e alimentos 
Indicamos a conscientização do paciente, uso de placas de mordida, orientação da escovação, 
redução da sensibilidade, tratamento restaurador ativo 
Diagnóstico diferencial: amelogênese imperfeita, hipoplasia do esmalte, dentinogênese 
imperfeita 
 
 
 
→ Reabsorção interna e externa 
Interna: temos as celulas vitais da polpa que começam a reabsorver a dentina, ligada a injúria 
pulpar. 
 Pode ser inflamatória ou por substituição/metaplásica 
 
Externa: celulas do ligamento periodontal começam a reabsorver o cemento e a dentina 
É comum, tem etiologia variada 
Podemos ter fatores genéticos influenciando nesse tipo de reabsorção 
Fatores associados à reabsorção externa 
 
 
→ Reabsorção interna: 
Características clinicas: 
Assintomática e só descobre em radiografia de rotina 
Quando temos dor geralmente está associada com inflamação pulpar 
Dois tipos – reabsorção inflamatória ou por substituição/metaplásica 
 
Reabsorção interna inflamatória: 
Dentina substituída por tecido de granulação inflamatório (O tecido de granulação é um tecido 
mole) 
Zona cervical mais afetada e inflamação pulpar causada por invasão bacteriana 
Área de destruição uniforme com aumento bem circunscrito, simétrico e radiotransparente 
Dente rosa de Mummery - A cor rosa se deve a coloração da polpa 
Pode ser progressiva ou transitória, a progressiva não para, em alguns casos não para nem 
mesmo com tratamento endodôntico 
 
 
A reabsorção interna pode romper até uma superfície externa 
Reabsorção interna por substituição: 
Dentina é substituída por osso ou material cemento-ósseo. 
No raio X vemos alargamento do canal que é preenchido por material menos radiodenso do que 
a dentina circundante 
Perda da estrutura dentária com aspecto de roída por traça – desgaste que não é continuo 
Radiotransparência pouco definida com vários graus de densidade/canal pulpar inalterado 
Ápice ou porções médias da raiz são mais acometidas 
Pode ser confundida com cárie pré-eruptiva 
Dentes reimplantados/ viabilidade das células do ligamento periodontal 
 
 
Contorno da raiz perdido na imagem esquerda superior 
Ruido de traça na imagem da direita superior 
 
 
Da direita é substituição externa 
 
→ Reabsorção externa 
Reabsorção por tratamento ortodôntico 
Pode ocorrer com dentes avulsionados e reimplantados quando não são adequadamente 
manipulados pode sofrer extensas reabsorções externas -> pode sofrer perdas das células do LP 
e o dente passa a ser reconhecido como corpo estranho -> reabsorção e substituição por osso 
 Pode ter inicio cervical e envolver uma grande área de dentina entre o cemento e a polpa 
Similar ao dente de Mummery 
Reabsorção cervical invasiva: causada por uma variedade de estímulos inflamatórios, fatores 
traumáticos ou bacterianos que afetam as células clásticas dentro do ligamento periodontal 
Reabsorção radicular idiopática múltipla 
 
 
 
Cervical invasiva de difícil controle 
→ Características histopatológicas: 
 
Reabsorção interna inflamatória: tecido pulpar vascular bem celularizado e colagenizado, 
numerosos dentinoclastos multinucleados, infiltrado inflamatório 
Reabsorção interna por substituição: tecido pulpar substituído por osso trabeculado que se 
funde à dentina subjacente 
Reabsorção externa: numerosos dentinoclastos multinucleados localizados em áreas de perda 
estrutural, deposição de osteodentina e anquilose – o dente se cola como se formasse deposição 
óssea, o dente se une ao osso – dificuldade exodontia 
 
na direita a dentina é reabsorvida de fora pra dentro 
 
→ Tratamento e prognóstico – reabsorção interna e externa: 
Remoção de todo tecido mole dos locais de destruição dentária 
Reabsorção interna: terapia endodôntica, tentativa de remineralização, exposição cirúrgica e 
restauração do defeito 
Reabsorção externa: eliminação do fator desencadeante, dependência da localização, 
exposição cirúrgica e restauração e terapia periodontal. 
Conteúdo extra 
Carvão ativado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Casos clínicos 
 
Erosão 
Etiologia – ácido gástrico interno 
No palato cialometaplasia necrotizante 
Indicio de bulimia – condição sistêmica 
 
Reabsorção radicular externa 
Etiologia – tratamento ortodôntico 
Outras causas – desequilíbrio hormonal, trauma, doença de Paget, cisto, tumores, tratamento, 
tratamento periodontal 
 
 
Fundo em U abrasão 
Fundo em V abfração 
 
erosão em lascas 
 
erosão causada pelo ácido da piscina 
 
 atrição e erosão 
 
abrasão interproximal – palitos e abrasão na região incisal – caneta e cachimbo 
 
Dente rosa de Mummery 
 
Cárie 
 
Reabsorção cervical externa

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