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Aula 4

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE CAMBORIÚ SANTA CATARINA 
Aldair, brasileiro, casado, frentista, portador da CTPS nº 05729, série 0215/RJ, inscrito no CPF sob o n° 039.582.798/03, PIS nº 1275895562225, portador da carteira de identidade nº 12.345.689-08, residente e domiciliado na residente na Rua dos Amores, 171, Centro, Camboriú, SC, CEP: 057.235-000, por sua advogada com endereço profissional na Av. Rio Branco, nº 185/Sl. 926, Centro, Rio de Janeiro, CEP: 20.040-007, onde receberá ulteriores intimações (art. 39, I CPC), vem, perante V. Exª, propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA,
Rito Ordinário
 em face do POSTO RÉGIS E IRMÃOS, empresa inscrita no CNPJ sob o nº 01.987.369/0001-01, não sendo possível localizá-la pelo fato da empresa Reclamada encontra-se em local incerto e não sabido, o que faz com base nas razões de fato e matérias de direito a seguir deduzidas.
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA (OPCIONAL)
Declara o Reclamante, sob as penas da lei, não ter condições de custear as despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, a teor do disposto no art. 1º, da Lei 7.115/83, razão pela qual faz jus ao deferimento da justiça gratuita nos termos do art. 790, §3º da CLT c/c art. 14, da Lei nº 5.584/70.
DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Mister ressaltar, que o reclamante não se submeteu a Comissão de Conciliação Prévia, tendo em vista liminar proferida pelo Supremo Tribunal Federal em 13/05/2009 em Ações Direta de Inconstitucionalidade de números (ADIs 2139 e 2160-5). 
Portanto, prevalece o artigo 5º, inciso XXXV, da Carta da República que dispõe ser livre o acesso a Justiça.
DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (SE HOUVER)
O (A) Reclamante, mesmo tendo seu vínculo de emprego reconhecido através da assinatura de sua CTPS, foi dispensado (a) imotivadamente, sem receber nenhuma das verbas resilitórias, muito menos foi dada baixa em sua CTPS, situação em que lhe traz sérios problemas, pois não teve como sacar o FGTS, nem receber as parcelas do Seguro-Desemprego e, o mais agravante não possui condições de conseguir um novo emprego, já que perante terceiros o (a) Reclamante ainda é empregado da Reclamada.
O art. 273 do CPC tem a seguinte redação:
“Art. 273 – O Juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:
 I – Haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou
II – Fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do Réu...”
Com isso, para que o dano causado não repercuta com maior intensidade que já vem provocando e, sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, outro caminho não pode ser adotado, senão o da concessão da antecipação de tutela, inaudita altera pars, notadamente para que a Reclamada proceda à baixa na CTPS do (a) Reclamante, bem como entregue as guias para o saque do FGTS e as guias para o recebimento do Seguro-Desemprego.
DOS FATOS
	
	Aldair foi admitido para prestar serviços para o reclamado em 01/10/2008 na função de frentista, sendo imotivadamente dispensado em 26/02/2010, ocasião em que recebia o valor mensal de R$ 650,00 (Seiscentos e cinqüenta reais), mais a quantia de R$ 204,00 (duzentos e quatro reais) referentes a periculosidade, perfazendo um total de R$ 854,00 (oitocentos e cinqüenta e quatro reais), conforme documentos em anexo (Doc. D)
O reclamante não recebeu o aviso prévio, ou seja, trabalhou o período referente ao mesmo, sendo certo que haverá projeção na data da saída para o dia 26/03/2010 o que resta demonstrado que suas verbas rescisórias também sofrerão acréscimos, tendo em vista o fato de Aldair não ter recebido por tal direito.
	Vale asseverar que durante todo período contratual laborou no horário de 8:00 às 17:00 h com intervalo de 01 (uma hora) para refeição e descanso, devidamente registrado nos controles de freqüência em poder da reclamada, cumprindo assim todos os requisitos mencionados no artigo 3º da CLT:
Art. 3º – Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
	O reclamante adquiriu o direito de tirar férias nos 12 meses subseqüentes ao período aquisitivo (Art. 134, CLT), ou seja, período concessivo, neste caso como o reclamante não completou o período concessivo, desta forma a ele é garantido o direito de receber o proporcional, qual seja, 6/12 avos mais 1/3 um terço a mais do que o salário normal, por força do artigo 7º, XVII da CRFB:
Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
 
	Cabe ressaltar que o reclamante foi dispensado em 26/03/2010, ora no dia 15/03/2010, ele adquiriu o direito ao duodécimo do mês, ou seja a cada 15 dias trabalhados ele faz juz a mais um avo, desta forma Aldair terá direito a receber 4/12 avos, acrescidos no seu salário.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Após identificar os direitos trabalhistas que o (a) Reclamante faz jus, você deverá elencá-los na sua fundamentação utilizando: LEI, DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA.
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
 
Em virtude das alterações promovidas pela EC 45/2004, que ampliou a competência da Justiça do Trabalho para outras demandas, não pode subsistir o entendimento contido nas Súmulas 219 e 329 do TST, razão pela qual são devidos honorários advocatícios no percentual de 20%, conforme art. 20, parágrafo 3º, do CPC, pois o advogado é indispensável à administração da justiça.
DO PEDIDO
	Pelo exposto, requer a V. Exa. a condenação da Reclamada, no seguinte:
A Concessão da gratuidade de justiça;
A citação do Reclamada por edital
A condenação da Reclamada ao pagamento das verbas rescisórias mais a multa pelo não pagamento
A condenação da Reclamada ao pagamento do 13º salário e férias bem como sua proporcionalidade. 
A condenação da Reclamada ao pagamento do dano moral cometido pela mesmo ao reclamante.
Por todo o exposto, requer o reclamante a notificação da Reclamada, para comparecer a audiência a ser designada por este juízo, oportunidade em que deverá oferecer sua defesa, sob pena incorrer nos efeitos da revelia e confissão da matéria de fato, esperando ao final ver julgados procedentes os pedidos formulados nesta ação, sendo acrescidos à condenação juros e  correção monetária.
DAS PROVAS
     Requer a produção de todos os meios de prova admitidos em direito, na amplitude do art. 332, do CPC, em especial às de caráter documental, testemunhal e depoimento pessoal do representante legal do Reclamado.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$  ( xxxxx mil reais).
Pede Deferimento.
Rio de Janeiro, data
Advogado
OAB RJ

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