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Virus influenza

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Histórico
Os vírus da influenza (FLUV) conhecidos como vírus da gripe, são responsáveis por infecções respiratórias agudas. São únicos na habilidade de causar epidemias anuais recorrentes, atingindo quase todas as faixas etárias num curto espaço de tempo, predominantemente no inverno.
Há relatos históricos de infecções compatíveis com as causadas pelo FLUV desde 430 a.C., durante a guerra do Peloponeso, que atingiu severamente Atenas, e também durante a guerra dos Cem Dias.
A primeira pandemia conhecida ocorreu no período entre 1889 e 1892, teve início na Rússia e percorreu o mundo em 4 meses com mortalidade estimada em 1.000.000 de óbitos. A pandemia de 1918, ou gripe espanhola, foi a mais fatal de todas, com o saldo final avaliado em aproximadamente 50 milhões de mortos.
A frequência de pneumonias secundárias por bactérias do gênero Haemophilus fez com que essas bactérias fossem apontadas, na época, como o agente etiológico da pandemia, classificadas então como Haemophilusinfluenzae. Porém. Em 1930 a primeira cepa desse vírus foi isolada entre suínos, mas o isolamento do vírus responsável por esses quadros, em seres humanos, ocorreu somente em 1933.
O termo influenza data da Idade Média, quando, na região de Florença (Itália) acreditava-se que os sinais clínicos de febre, tosse e calafrios ocorressem por “influência” (em italiano, influenza) de conjunções planetárias (termo utilizado tanto na astrologia quanto na astronomia, e significa que, quando vistos de algum lugar (normalmente a Terra), dois corpos celestes aparecem perto um do outro no céu).
 
Virus Influenza
 
O agente etiológico da gripe é o Myxovirus influenzae, também denominado vírus influenza, famoso Virus da gripe, é um vírus pertencente ao grupo V é um vírus de RNA de fita simples (-)ssRNA, e apresenta 3 tipos A, B e C, o vírus influenza do tipo C causa apenas infecções respiratórias brandas não possuindo impacto muito alto na saúde pública brasileira e não tá relacionado a grandes pandemias. Já os tipos A e B são responsáveis pelas famosas epidemias sazonais nas cidades sendo o do tipo A o responsável por grandes pandemias, estes ainda são caracterizados de acordo com sua proteína de superfície Hemaglutina(HA ou H) e neuraminidase (NA ou N).
As cepas de vírus influenza colhidas em vários lugares do mundo tem sua classificação e catalogação por meio de um código oficial da OMS que se baseia em: 1) tipo antigênico da nucleoproteína central (ex. tipo A, B ou C); 2) hospedeiro de origem (ex. suíno ou aviário); quando não especificado o vírus tem origem humana; 3) localização geográfica do primeiro isolamento (ex. Texas, Taiwan); 4) número laboratorial da cepa, atribuído de acordo com a ordem cronológica na qual a cepa foi isolada, em determinada localidade e 5) ano de isolamento. Além disso, para o vírus influenza tipo A, os subtipos de hemaglutinina (H) e neuraminidase (N) são discriminados entre parênteses (ex: H1N1)
 
Morfologia
 As partículas virais do vírus da gripe, possuem uma forma esférica ou ovoide, com aproximadamente 90-100 nm de diâmetro. A superfície exterior do viriãoencontra-se protegida por um envelope – camada bilípidicaque deriva da membrana plasmática da célula hospedeira durante o processo de “budding”. Neste envelope encontram-se inseridas as duas proteínas virais, a hemaglutinina (proteína trimérica responsável pela ligação do virião às células hospedeiras e pela fusão das membranas viral e celular) e a neuraminidase (importante na libertação do vírus após a sua síntese). Existem ainda outras proteínas com diferentes funções, como a proteína M1 (proteína de matriz e maior componente do virião) localizada na parte inferior do envelope e a proteína M2, que atravessa toda a espessura do envelope funcionando como canal iônico.
O vírus influenza possui o Ciclo litico de replicação infectando as células hospedeiras e depois causando sua lise.
 
Sintomas
 
A gripe, infecção causada por FLUV das espécies A, B ou C, pode se manifestar de forma abrupta com calafrios, cefaleia e tosse seca, seguidos por febre de 38 a 40°C, que se inicia no 2o ao 3o dia após a infecção e dura por 3 a 7 dias. Além disso, estão presentes, com frequência, dor de garganta, coriza e congestão nasal, em consequência da liberação de produtos celulares e virais, e a uma resposta imunológica à lesão tecidual. A partir do sistema respiratório superior, a infecção pode atingir o sistema respiratório inferior, por meio de viremia ou disseminação célula a célula, conduzindo ao acometimento de laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e pulmões. Essa viremia não é normalmente significativa e surge após a replicação viral em gânglios linfáticos regionais, levando à inflamação difusa da mucosa e edema. 
Após 6 a 24 h do início dos sintomas, uma pneumonia grave pode surgir abruptamente, com taquipneia, taquicardia, cianose, febre alta e hipotensão, levando à hipóxia e morte dentro de 1 a 4 dias. Nestes casos, pode existir uma infecção viral combinada especialmente com Streptococcus epidermidis, Haemophilusinfluenzae ou Staphylococcus aureus. 
As complicações por infecção pelos FLUV podem surgir na forma de bronquite, bronquiolite, laringotraqueobronquite(crupe viral), pneumonia, sinusite, conjuntivite, enterite, exantema e miocardite, sendo maior o risco de sua ocorrência em pacientes imunocomprometidos e idosos, especialmente aqueles com doença cardiopulmonar. Em gestantes, a maior incidência de complicações pode surgir durante o 2o e 3o trimestres de gravidez, sem conduzir, contudo, a malformações congênitas. Foi observada uma associação entre a infecção por FLUV e a exacerbação de quadros de asma.
Diferentemente do que ocorre com os FLUVA e FLUVB, o FLUVC leva, geralmente, a uma infecção mais branda, semelhante ao resfriado comum.
Padrão da infecção 
A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade, e que só ocorre no ciclo lítico, então após seu ciclo completo uma vez que ela seja tratada ou até mesmo combatida pelo próprio sistema imunológico ela “deixa” o corpo do hospedeiro.Por conta das mutações conferem ao vírus alta capacidade de causar epidemias já que a população não apresenta imunidade contra a nova cepa além da facilidade de transmissão. O período de incubação do vírus em geral é de 1 a 4 dias, e o período de transmissibilidade é desde dois antes até 5 dias após o início dos sintomas.O período de maior risco de contágio é quando há sintomas.
Transmissão 
O vírus pode ser transmitido por inalação de gotículas que foram expelidas pela tosse ou espirros de uma pessoa infectada, contato direto com as secreções nasais de uma pessoas infectada, manuseio de utensílios domésticos que estiveram em contato com uma pessoa infectada ou que tiveram em contato com suas secreções.
TRATAMENTO
Síndrome gripal em pacientes sem fatores de risco: indicação de medicamentos sintomáticos, hidratação oral e repouso domiciliar.
Síndrome gripal em pacientes com fatores de risco: indicada, além do tratamento sintomático e da hidratação, independentemente da situação vacinal, a prescrição do Oseltamivir (antiviral) para todos os casos de SG, mesmo sem confirmação laboratorial, que tenham fator de risco de complicações. (a terapia precoce proporciona redução na duração dos sintomas e na redução da ocorrência de complicações).
- Antivirais em pacientes sintomáticos em alto risco para complicações, em até dois dias do início dos sintomas apresenta maior efetividade
- No Brasil, até o momento, estão disponíveis somente Oseltamivir e Zanamivir (indicado somente em caso de intolerância ao Oseltamivir)
FATORES DE RISCO 
Que podem desenvolver complicações e forma grave da doença:
- Crianças menores de 2 anos e idosos acima de 60 anos
- grávidas em qualquer idade gestacional
- puérperas até 2 semanas após o parto
- pessoas com comorbidades, como: pneumopatias, cardiovasculopatias, nefropatias, hepatopatias, doenças hematológicas e distúrbios metabólicos
- portadores de síndromes genéticase de transtornos que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração
- imunossuprimidos
PROFILAXIA
- Higienizar as mãos
- Evitar locais com aglomeração de pessoas 
- Cobrir a boca ao tossir ou espirrar
- Utilizar álcool gel nas mãos
- Essas medidas devem ser orientadas e reforçadas pelos profissionais de saúde à população
- Na rede pública, a vacina inativada (uma das medidas mais eficazes): Trivalente (2 cepas vírus A e 1 cepa do vírus B) está disponível para grupos de risco
- Na rede privadas, as vacinas trivalente e quadrivalente estão disponíveis para pessoas a partir de 6 meses, sem restrição de idade.
Referências:
1. Hannoun C. La grippe et ses virus. Paris, France: Presses Universitaires de France, p.60-61, 1995.
2. OLIVEIRA, S.N.S.D.; VILLELA, R.M.T.; DUTRA, W.M. Virologia Humana, 3ª edição. Guanabara Koogan: Grupo GEN, 2015. 978-85-277-2737-2. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2737-2/. Acesso em: 02 Mar 2021.
3. FORLEO-NETO, Eduardo et al. Influenza. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba, v. 36, n. 2, p. 267-274, abr.  2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822003000200011&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 02 mar.  2021.
4. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Influenza, histórico da doença [on line]. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21725
5. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de tratamento de Influenza: 2015. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/dezembro/17/protocolo-influenza2015-16dez15-isbn.pdf>. Acesso em 03 Abril de 2021.
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