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REQUISITOS: ● PESSOALIDADE: intuito in persona que significa que o empregado não detém a prerrogativa de ser substituído, presta serviços pessoalmente, ele mesmo, o trabalhador tem caráter infungível pois quem o executa deve realizar pessoalmente. Sempre levar em consideração que eventuais substituições do empregado por força de lei ou por norma coletiva(em exemplo férias, licença gestante e etc) são válidas e não afastam a pessoalidade, entendemos assim que não se admite na relação de emprego que o próprio empregado por conta própria e de forma unilateral, designe terceiro para substituí-lo, deve-se lembrar que é característica que se aplica apenas ao empregado. ● ONEROSIDADE : A relação de serviço não é gratuita ou voluntária, ao contrário sempre haverá uma prestação de serviços e uma contraprestação (remuneração), caracterizando-se pelo ajuste da troca de trabalho por salário, envolve obrigações recíprocas, devemos lembrar também do: ● Plano objetivo: Entendendo que a onerosidade se manifesta pelo pagamento, pelo empregador, de parcelas dirigidas a remunerar o empregado em função do contrato empregatício pactuado. ● Plano subjetivo: Intenção justificada que o prestador de serviço tem sobre receber uma (expectativa) compensação financeira, ainda que não tenha recebido. ● EXEMPLO: pastor que sempre recebeu da instituição religiosa, e diz que tacitamente ajustou o vínculo de emprego por seus ganhos, na ideia religiosa o pastor não tem um fim específico de troca pecuniária ao exercer tal função mas sim a instituição lhe pagar tal valor reconhecendo suas necessidades humanas, em objetividade entende-se que não atinge o requisito onerosidade então não se caracteriza como uma relação de emprego. ● SUBORDINAÇÃO : É a sujeição do empregado às ordens do empregador, é o estado de dependência do trabalhador em relação ao seu empregado. A subordinação deriva da própria estrutura da relação de trabalho, que se baseia na transferência pelo empregado ao empregador do poder de direção sobre seu trabalho. ● A doutrina aponta diferentes enfoques do empregado em relação ao empregador: ● SUBORDINAÇÃO ECONÔMICA: Leva em conta a dependência econômica do empregado em relação ao seu empregador, tem por base que o empregado recebe ordens do seu empregador e as cumpre, pois depende dele para pagar o seu salário e viver e se sustentar. ● SUBORDINAÇÃO TÉCNICA : O empregado se sujeita ao empregador porque ele detém a técnica para o serviço, possui uma prevalência de conhecimentos, o que levaria a necessidade do empregado acatar as ordens e determinações do primeiro para executar os serviços. ● SUBORDINAÇÃO SOCIAL: Sujeição do empregado para com o empregador por um interesse social de geração de emprego, seguindo as ordens a empresa passa a ter uma estrutura perfeita de organização do trabalho e assim atingindo um bem comum de ordem econômico social. ● SUBORDINAÇÃO JURÍDICA : entende-se que o empregado transfere ao empregador o poder de direção do trabalho dele e este assume os riscos decorrentes da atividade econômica. ● NÃO EVENTUALIDADE : Entende-se que o empregado é um trabalhador que presta serviços continuamente ou seja não eventual. ● TEORIA DA DESCONTINUIDADE: exige constância e regularidade, na prestação de serviços não tendo intervalos significativos a mais do que o previsto pela lei que seria folga uma vez na semana. Exemplo: um garçom que presta serviços uma vez na semana em um bar, pela teoria da descontinuidade por ter intervalos muito longos na prestação de serviço, será considerado um trabalhador eventual. ● TEORIA DO EVENTO: Não considera-se um vínculo de emprego, quando por motivos de um evento específico, com prazo certo, ao qual expirado o evento expira-se a prestação de serviço, considera-se trabalhador eventual. ● TEORIA DA FIXAÇÃO : Nos diz que o trabalhador será considerado eventual quando prestar serviços a vários locais, não fixando assim uma exclusividade, (lembrando que não é requisito da relação de emprego apenas sendo uma teoria ao qual pode-se identificar o requisito da não eventualidade). ● TEORIA DOS FINS DO EMPREENDIMENTO : eventual é o trabalhador que desenvolve na empresa serviços não coincidentes com os presentes da mesma, os quais, por essa razão serão esporádicos e de estreita duração. MAIS ACEITA ● ALTERIDADE : Alguns doutrinadores citam um quinto requisito denominado alteridade, a alteridade decorre do fato de que, na relação de emprego, os serviços são prestados por conta alheia, ou seja, o empregador é quem assume os riscos da atividade econômica. Em exemplo, se um agente comercial de uma empresa utilizar seu carro a favor da empresa, mesmo que a mesma esteja lhe pagando gasolina poderia pleitear uma ação de desgaste e depreciação do veículo? Procede-se pois o empregador precisa assumir os riscos do negócio.
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