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Pode ocorrer 5 alterações relacionadas: 1) Alterações do volume: Isquemia e hiperemia 2) Hemorragia 3)Trombose 4) Embolia 5) Infarto Depende do Local que está sofrendo isquemia (qual o tipo da célula e tipo de circulação). Tipo de isquemia: pode ser parcial ou total. Tempo: Pode ocorrer isquemia temporária que retorna ao normal ou sistêmica que permanece. Se a célula suporta isquemia temporária, sofre degeneração. Se for persistente ela sofre hipertrofia. Morfologia da Isquemia: Irá depender do tipo de circulação. Ocorre por meio da circulação única ou por meio da circulação Dupla. CIRCULAÇÃO ÚNICA: Ocorre palidez do tecido e das células que sofreram isquemia. CIRCULAÇÃO DUPLA (Ou colateral): Região avermelhada Consequências e evolução: Alterações locais da circulação Alterações de volume1 . Já se a célula possuir isquemia total persistente ou temporária, a célula evolui para necrose. OBS: Na prova para explicar a necrose isquêmica, precisar explicar isquemia: diminuição do fluxo sanguíneo numa determinada região do organismo que desencadeia na hipóxia etc. Quadro clínico da Isquemia: Após a necrose, pode ocorrer a formação de gangrena ou formação do HALO e processo de cicatrização por colágeno. Fisiológico Patológico Fisiológica: quando ocorre maior demanda de necessidade de fluxo sanguíneo no local, ex: quando se faz exercício físico. É temporário. Patológica ativa: quando há mediadores químicos que geram processo inflamatório. HIPEREMIA É o aumento do fluxo sanguíneo numa parte do organismo. Classifica-se em: Hiperemia ativa ou hiperativa passiva (ou congestão). A diferença entre elas é o tipo de sangue que se acumula no determinado tecido. Hiperemia Ativa: Aumento do fluxo sanguíneo na artéria. Nesse processo existe uma sinalização por meio de substâncias que mandam mais sangue para região. Os sinalizadores são: substâncias neurogênicas (estimulam o cérebro a mandar mais sangue) ou mediadores químicos (que trabalham no processo de inflamação. A hiperemia ativa divide-se em duas: Na 2 imagem, mostra a conjuntiva avermelhada, o que significa que houve aumento do fluxo sanguíneo na região e abertura dos capilares dormentes que só abrem quando necessita de um fluxo sanguíneo maior. Isso ocorre por um processo patológico associado. Ex: conjutivite. MACRO: órgão avermelhado com vasos dilatador. MICRO: artéria com a luz dilatada ou cheia de hemácia. Menor pressão na artéria ou veia Alteração na luz do vaso, ex: vasoconstrição, Espessamento da parede da parede vascular, ex: aterosclerose que acumula gordura na camada média do vaso sanguíneo. Compressão de vasos, ex: vasos em fenda Bloqueio sanguíneo, ex: trombos. Aumento da viscosidade do sangue: ocorre a dificuldade de passagem do sangue. Requerimento sanguíneo: ocorre por processos fisiológicos ou inflamatórios quando uma parte do corpo precisa de maior quantidade de sangue. ISQUEMIA É a diminuição do fluxo sanguíneo numa parte do organismo. ETIOLOGIA: 1. 2. 3. 26. Maria Carolina Quintino da Silva Vasos dilatados ICC O coração perde a capacidade de bombear sangue corretamente, o sangue fica cada vez mais parado na veia cava que fica com fluxo lento, tende a dilatar, aumentar a pressão hidrostática e extravasar o líquido. Consequentemente o fígado possui grande quantidade de sangue desoxigenado e sofre hipóxia, impede que o sangue oxigenado entre e sofra isquemia de sangue oxigenado. A partir daí evolui para degeneração hidrópica, necrose hiperêmica e cirrose. Portanto, o fígado cardíaco é aquele que sofre lesões por conta da incompetência do coração bombear sangue corretamente. O aspecto do fígado é de noz moscada, ou seja, pálido (por causa da hipóxia, deg. hidrópica e isquemia) e áreas mais escuras onde o sangue desoxigenado está parado. Características: Insuficiência cardíaca (sistêmica). ICC Compressão, torção do vaso (localizada). HIPEREMIA PASSIVA (CONGESTÃO) Pode ser chamada de congestão e sempre será patológica. Ocorre por aumento da resistência pós capilar, ou seja, há dificuldade do sangue voltar e retornar para a circulação, ocasionando congestionamento do fluxo sanguíneo. Esse congestionamento ocorre nas veias. As veias irão aumentar seu volume e dentro do vaso aumenta a pressão hidrostática, consequentemente o líquido tende a sair. Pode ocorrer por: Alteração de pressão que leva ao edema Hemorragias Degeneração por hipóxia Necrose Hipotrofia Morfologia: Aumento do peso e volume, aspecto cianótico (pelo sangue parado) e diminuição da temperatura. MICRO: veias dilatadas, sinusóides dilatados e veias com grande quantidade de hemácias indicando congestão. MACRO: Fígado com aspecto nóz moscada. Fígado com aspecto nóz moscada:Com características de vasos dilatados. 2 .Hemorragia Edema pois ocorre aumento da permeabilidade. Esse processo ocorre pois a célula do sistema imune precisa sair do tecido, e para sair, sai com líquido junto. Esse aumento da permeabilidade as vezes é tão grande que sai hemácias. Ruptura (hemorragias focais) Consequências da hiperemia: Morfologia: Aumento de volume, vermelhidão e aumento da temperatura. C o n t e ú d o r e a l i z a d o à p a r t i r d a s a u l a s d a P r o f a a l i n e g o m e s É a saída do sangue do sistema cardiovascular para compartimentos extra-vasculares: cavidades cranianas, tórax, abdome ou para fora do organismo. A hemorragia divide-se em externa e interna. ETIOPATOGÊNIA: Aumento da pressão sanguínea, ex: AVC; Traumatismo: machucados, lesões, cortes; Lesão intrínseca da parede celular; Digestão ou erosão; Inflamações. MICRO: Hemácias distribuídas pelo tecido. MACRO: Sangue. Classificação da hemorragia: 1)Hemorragia por Rexe: ocorre quando há ruptura do vaso e extravasamento de sangue. 2) Hemorragia por diapedese: Vaso está com permeabilidade e extravasa hemácias. A hemácia tem dificuldade de sair do vaso pois é grande, ela só sai se a permeabilidade estiver grande. Nesse tipo há poucas hemácias extravasadas, no caso do rexe há muitas hemácias. 27. Maria Carolina Quintino da Silva 3.Trombose 70% nas veias 20% no coração 10% nas artérias: coronárias, vertebrobasilar, carótidas, aorta , pulmonar. É a solidificação do sangue no interior do sistema cardiovascular, no indivíduo vivo. Ocorrem: Quanto mais lento o sangue circula, mais fácil ele se solidifica, sendo fácil se acumular pois nessas artérias (coronárias, aorta, pulmonar etc.) há presenças de gordura, tendem a facilitar a formação do trombo. PLACA DE ATEROMA: essa gordura ativa um processo inflamatório, a luz do vaso fica menor e faz a vasoconstrição aumentando a pressão arterial. A pressão que o sangue passa é maior. Esse sangue com maior pressão bate no endotélio e o lesiona, uma vez que ele é lesionado, ativa-se a cascata de coagulação, o organismo entende que vai romper e forma a solidificação, agregando plaquetas e formação do trombo. ETIOPATOGENIA DE TROMBOSE: Pode ocorrer em artéria causada por placa de ateroma ou na veia pelo fluxo sanguíneo mais lento. Quanto mais lento o fluxo, mais fácil será a formação dos trombos. O sangue que passa mais grosso e lento, acaba lesionando(1) o endotélio do vaso e o organismo entende que ele irá romper. A camada de endotélio sai e expõem o colágeno da camada média, desencadeando o processo de coagulação sanguínea (2). As plaquetas irão reconhecer que ocorreu lesão, vão se aderir, alterar sua fórmula e liberar grânulos que possuem a função de recrutar mais plaquetas e ativar o processo de coagulação sanguínea. Esse processo numa lesão normal sessaria, no caso do trombo ela se mantem. Ocorre o acoplamento de hemácias, neutrófilos na fibrina da parede do vaso que foram o trombo. Existem 2 fatores de coagulação que auxiliam nesse processo. 1) Fator 8 2) Fator de VW (3)Consequentemente a luz do vaso diminuiu e aumenta a pressão. Pode levar a um quadro de isquemia parcial ou total. Para que ocorra a trombose, são preciso 3 fatores: 1) Lesão endotelial. 2) Fluxo sanguíneo anormal. 3) HipercoagulabilidadePode ocorrer trombo após o edema? R: O sangue perde água maior a sua hipercoagulabilidade, mais difícil de circular e maior a chance de lesão arterial. 1) Lesão Endotelial: Ocorre alteração na atividade antitrombogênica do endotélio. Exposição do colágeno da 2 camada irá estimular a adesão de plaquetas. Por púrpuras: defeito da parede vascular e plaquetas. Coagulopatias: Deficiências de fatores de coagulação. Ex: qualquer traumatismo é preocupante. Classificação dos tipos de hemorragia: Consequências da hemorragia: Depende da quantidade de sangue o animal perde, acima de 30% é grave. Quanto mais rápido a perda, pior, e o local afetado. Diferença da micro em hemorragia pulmonar e edema pulmonar: No edema: a coloração é rosa ou roxa, na hemorragia observa-se a grande quantidade de hemácias. Processo de hemostasia: É uma forma de defesa do organismo para não perder grande volume sanguíneo, ou seja: coagulação. Os fatores que interferem a hemostasia são: parede do vaso, sua integridade ou sua lesão, as plaquetas que alteram sua forma e agregam-se no local da lesão, ativação da cascata de coagulação e ativação do sistema fibrinolítico. Caso um desses fatores falhem, ocorre o aumento do tempo de sangramento, comprometendo o prognóstico do animal 28. Maria Carolina Quintino da Silva Alteração primária (genética): Deficiência de coagulabilidade, deficiência de antitrombina III, proteína C, de proteína S e da Fibrinólise (proteína que quebra fibrina) Alteração secundária (adiquirida): Pacientes em repouso no leito prolongado, ficam muito tempo na mesma posição e o fluxo sanguíneo que é lento na veia, tende a agregar células na região. O paciente pode morrer de embolia pois depois de acordar, houve o processo de formação do trombo na região e ao se movimentar o trombo também se movimenta, cai na circulação e obstrui outro vaso. Pacientes com infarto, com AVC, com alterações de lesões de plaquetas também sofrem com o menor fluxo. 2) Hipercoagulabilidade: Quanto mais viscoso o sangue, maior o hematócrito possuindo maior fator de hipercoagulabilidade. Ou pode ser um animal que possui deficiência dos fatores que inibem a coagulação e o organismo continua coagulando. Pode ocorrer o aumento de plaquetas, ou essas plaquetas possuírem sua função aumentada. A hipercoagulabilidade divide-se em: 3) Alterações do fluxo sanguíneo: Quanto mais lenta a velocidade ou mais turbulento o fluxo, maior é a chance de lesão ocorrer no endotélio e alterar a corrente. Classif icação dos trombos Podem ser classificados em: 1) Oclusivos: Obstrui parcialmente a luz do coração, do ventrículo ou do vaso, ou pode ser Mural: que obstrui totalmente. 2) Séptico: É o que pode ser contaminado com bactérias, ex: se o animal possuir septissemia, ou Asséptico: quando possui somente células sanguíneas ou fatores de coagulação. Além disso, podem ser classificados também de acordo com a sua cor: Fibrina: Chamado de trombo de hialina Plaqueta e fibrina: Trombos são brancos Hemácias e fibrina: Trombos são vermelhos Hemácias, fibrinas, plaquetas: São os trombos mistos e são os mais comuns. Diferença de trombo e coágulo É uma maça aderida na parede do vaso Possui aspecto opaco e seco São friáveis: se quebram e não saem inteiro da parede do vaso Dividido em: cabeça, corpo e cauda Não se aderem na parede do vaso Possui aspecto brilhante É úmido, elástico e forma fibrina TROMBOS: COÁGULO: Consequências da trombose Depende do local e de serem oclusivos ou não. Pode resultar em: 1) Congestão: Impede o retorno venoso 2) Vai ter isquemia 3) Células com isquemia podem sofrer necrose e hipotrofia Evolução da trombose O trombo pode sumir, pode virar um êmbolo, pode ocorrer a formação de outra camada de endotélio, pode ser colonizado por bactérias (ele vira trombo séptico) ou o trombo pode ser canalizado, Aneurisma O Aneurisma pode estar associado aos trombos. Aneurisma é a dilatação da artérias em uma determinada região, ocorrendo o turbilhonamento do fluxo, o sangue chega com pressão, bate nas paredes e causa lesão no endotélio causando trombos. O sangue que passa com pressão, o trombo pode fragmentar e cair na circulação ou o volume do fluxo diminuir. Aneurisma se divide em: Congênito (indivíduo nasce) ou aneurisma Adquirido: causado pelas placas de gordura que diminuem a elasticidade. 29 . Maria Carolina Quintino da Silva ANEURISMA DISSECANTE: É adquirido. Pode ocorrer por deficiência de cobre, estresse ou por outras causas como o aumento da pressão arterial. MICRO DA TROMBOSE: Aderência de células na parede do vaso. 4.Embolia É a obstrução do vaso provocado por um êmbolo. Êmbolo: é qualquer substância não miscível, que não dilui no sangue, ele se desloca e obstrui a circulação sanguínea de maneira parcial ou total. Dependendo do local, se for em regiões importantes do vaso, ocorre a isquemia persistente e evolui a óbito. Portanto, o trombo pode virar um êmbolo. Classificação da embolia: Quanto ao percurso: 1) Embolia direta: quando há fluxo sanguíneo direto 2) Embolia Cruzada: quando o sangue sai de uma veia pra uma artéria 3) Retrógrada: geralmente com o fluxo sanguíneo de baixo pra cima. Quanto a composição: 1) Embolia Sólida: Trombo se formou, caiu na circulação, se fragmentou e obstruiu certa região. Ex: Embolia pulmonar: Trombo se formou e obstruiu o vaso na região pulmonar, ocorre necrose isquêmica do tecido do pulmão. O paciente morre em minutos se não for socorrido a tempo. A embolia sólida pode se formar por fragmentos de trombos ou por arteriosclerose (placas de gordura). As placas de gordura quando estão parada são ATEROMAS, se ela entra na circulação e se movimenta ela vira Êmbolo sólido. Evolução da embolia: Podem obstruir artéria coronária e causar infarto, pode também obstruir artéria basilar e causar AVC. 2) Embolia Líquida: É muito relatada em humanos por lipoaspiração. Quando se faz a cirurgia, é injetado soro fisiológico com vasoconstritor para Sólido: Desintegração ou fixação na parede do vaso. Líquido: Saponificação ou fagocitose ou hidrólise. Gasoso: Dissolução. a célula a célula ficar maior e ficar mais fácil de ser aspirado. O vasoconstritor diminui o calibre do vaso que está no tecido adiposo para sangrar menos. Quando a cânula entra para aspirar, ela rompe adipócitos e os vasos, o que pode acontecer é que a gordura solta pode entrar na circulação, geralmente causa embolia pulmonar. Embolia por líquido amniótico : Durante o parte há contração uterina, descolamento da placenta que causa hemorragia após descolar da parede, se o líquido amniótico extravasar e entrar em contato com os vasos do útero, pode formar êmbolos e causar reação anafilática, tem processo de hipersensibilização grave. Prognóstico: Precisa ser diagnosticado precocemente, a criança fica bem, mas a mãe precisa entrar com terapia antiestamínica, reposição de células sanguíneas se não a mãe morre em 24 horas. 3) Embolia Gasosa: (doença do mergulhador): Quando se está em outro tipo de pressão, a tendência é que o nitrogênio se dissolva no sangue numa determinada velocidade, se o mergulhador sobe muito rápido altera a pressão muito rápido. Portanto, velocidade impede que o nitrogênio se dissolva rápido, fazendo bolhas no sangue e causando embolia pulmonar. A embolia pode ser causada no animal: No momento de dar soro ao animal, o equipo não pode ter ar, precisa estar cheio de soro para não ir ar para a veia, pois ocorre embolia. Embolia Linfática: É associada a filariose e ao edema. CONSEQUÊNCIAS DA EMBOLIA: Depende do órgão e da circulação. EVOLUÇÃO: Ex: Placa de gordura formou o trombo, ele se desgruda e vai para a circulação e vira êmbolo, 30 . Maria Carolina Quintino da Silva
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