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Radiação Infravermelha

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Radiação Infravermelha
Se encontra entre as micro-ondas e a luz visível, assim, ela é invisível aos olhos humanos.
Objetivos
· Alívio de dor;
· Redução do espasmo muscular;
· Relaxamento muscular;
· Aumento da irrigação sanguínea;
· Melhora da ADM; e
· Auxilia em alterações na pele, como infecções por fungos e psoríase.
Efeitos físicos
Esses efeitos modulam a penetração da energia dentro dos tecidos e desse modo, as alterações biológicas que ocorrem. A radiação IV quando chega na pele, pode sofrer absorção, reflexão (a luz vai no paciente, mas retorna para o meio externo, não penetra no tecido), refração (quando a luz penetra e desvia o ângulo de incidência) e difração (radiação penetra no tecido e falha um pouco para a região próxima).
- Absorção, penetração e reflexão
As características de reflexão e absorção da pele não são uniformes.
A radiação precisa ser absorvida para facilitar as mudanças dentro dos tecidos do corpo e a absorção depende de: estrutura e tipo do tecido, vascularidade, pigmentação e comprimento de onda. 
A penetração de energia para dentro de um meio depende da intensidade da fonte de infravermelho, do comprimento de onda (quanto menor, melhor), do ângulo com que a radiação atinge a superfície (quanto mais próximo, perpendicular, melhor a penetração) e do coeficiente de absorção do material (quanto maior, melhor).
Como a penetração da energia diminui exponencialmente com a profundidade, a maior parte do aquecimento do IV ocorre superficialmente.
- Aquecimento do tecido corporal:
As radiações IV produzem alterações térmicas devido à absorção da radiação, que leva a vibração molecular e esse movimento, por sua vez, leva a alterações térmicas. 
Algum aquecimento pode ocorrer mais profundamente devido à transferência de calor dos tecidos superficiais, tanto por condução direta como por convecção, em grande parte através do aumento da circulação local.
Efeitos Biológicos
 Os principais efeitos fisiológicos são, resultado do aquecimento local do tecido, esses efeitos incluem alterações no comportamento metabólico e circulatório, na função neural e na atividade celular.
Dosagem
Para que os efeitos terapêuticos ocorram tem-se sugerido que é necessário manter uma temperatura entre 40 e 45 °C por pelo menos 5 minutos.
A intensidade é alterada mudando a distância entre a lâmpada e a parte do corpo ou alterando o rendimento do gerador. No final de um tratamento, uma dose leve deve gerar na pele temperaturas na região de 36-38°C e uma dose moderada deve produzir temperaturas entre 38-40°C.
O tratamento é, normalmente, continuado por um período entre 10-20 minutos, dependendo do tamanho e vascularização da parte do corpo, da cronicidade e da natureza da lesão. Partes avasculares pequenas, condições agudas e lesões de pele tendem a ser tratadas por períodos de tempo mais curtos.
Aplicação clínica
• Seleção do equipamento: Lâmpada luminosa ou não luminosa.
• Aquecimento: Isso maximiza o rendimento. Lâmpada não luminosa: aproximadamente 15 minutos; lâmpada luminosa: apenas alguns minutos.
• A pessoa: É usada uma posição confortável, com apoio, para permitir que a pessoa permaneça parada durante o tratamento. A pele deve estar descoberta, limpa e seca, sendo removidas todas as pomadas e cremes.
• Precauções de segurança: A natureza, os efeitos e riscos do tratamento devem ser explicados, as contra-indicações verificadas e a sensibilidade térmica da pele examinada. Os olhos devem ser cobertos se houver possibilidade de serem irradiados para prevenir ressecamento da superfície. O paciente deve ser alertado sobre os riscos, incluindo o de queimaduras. Idosos podem sofrer desidratação e redução temporária da PA ou sintomas como tontura e cefaléia após a aplicação de IV, especialmente em áreas amplas como a coluna ou pescoço/ombros.
Um dos efeitos da radiação IV é a perda de sal, água, ureia e outras substâncias nitrogenadas, devido a sudorese gerada pelo calor.
• Posicionamento da lâmpada: é posicionada para permitir que a radiação incida na pele em ângulo reto de modo a facilitar a absorção máxima de energia. A distância entre a lâmpada e a parte do corpo deve variar de acordo com a potência da lâmpada, mas é geralmente entre 50 e 75 cm.
• Dosagem: determinada pela resposta da pessoa. É essencial, portanto, que o paciente seja orientado sobre o nível apropriado de aquecimento e compreenda a importância de relatar qualquer mudança no mesmo.
• Acompanhamento: Após o tratamento, a temperatura da pele deve parecer levemente ou moderadamente quente ao toque. O grau de eritema induzido deve ser anotado e devem ser avaliadas quaisquer alterações inesperadas. Devem ser mantidos registros de cada sessão de tratamento e das mudanças induzidas pela radiação.
Contra-indicações
• áreas com sensibilidade térmica cutânea deficiente;
· Feridas abertas;
• pessoas com doença cardiovascular avançada;
• áreas com a circulação periférica local comprometida;
• tecido cicatricial ou tecido desvitalizado por radioterapia profunda ou outras radiações ionizantes (que pode estar mais sujeito a queimaduras);
• tecido maligno na pele (embora tal tecido possa ocasionalmente ser tratado com o uso de irradiação infravermelha);
• pessoas com redução no nível de consciência ou da capacidade de compreensão dos riscos do tratamento; pessoas com febre aguda, algumas doenças agudas de pele como eczema; e
• testículos (após o uso do IV, observa-se redução de espermatozoides).
Fonte: KITCHEN, S. Eletroterapia baseada em evidencias. 11 ed. 2018.

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