01 - Protocolos para coleta e testes

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II - GRUPO “PROGRAMAS PERSONALIZADOS” 
1 – Protocolos, Testes e Avaliações 
 
 
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 
- Razão circunferência cintura-quadril (RCCQ) – Bray e Grayt (1988); Heyward e 
Stolarczyk (1996) apud Pitanga (2008) 
RCCQ = Circunferência da cintura (cm) 
 Circunferência do quadril (cm) 
 
 
 
- Classificação de risco pelo pela Razão circunferência cintura-quadril (RCCQ) – 
Bray e Grayt (1988) apud Pitanga (2008) 
Classificação de risco pelo pela RCCQ 
Fonte: adaptado de Pitanga (2008) 
 
 
- Densidade Corporal – protocolo de Guedes (1994) apud Pitanga (2008) 
3 dobras cutâneas: 
Homens: Tríceps (TR), suprailíaca (SI) e abdome (AB) 
Mulheres: Coxa (CX), suprailíaca (SI) e subescapular (SB) 
 
Cálculo de Densidade Corporal (DC): 
HOMENS: DC = 1,17136 - 0,06706 log (TR + SI+AB) 
MULHERES: DC = 1,16650- 0,07063 log (CX + SI+ SB) 
 
 
- Percentual de gordura – protocolo de Siri (1961) apud Pitanga (2008) 
%G = [(4,95/Densidade Corporal) - 4,50] x 100 
Idade 
Risco 
Baixo Moderado Alto Muito Alto 
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres 
Até 29 < 0,83 < 0,71 0,83– 0,88 0,71 - 0,77 0,89 - 0,94 0,78 - 0,82 > 0,94 > 0,82 
30 – 39 < 0,84 < 0,72 0,84 - 0,91 0,72 - 0,78 0,92 - 0,96 0,79 - 0,84 > 0,96 > 0,84 
40 – 49 < 0,88 < 0,73 0,88 - 0,95 0,73 - 0,79 0,96 - 1,00 0,80 - 0,87 > 1,00 > 0,87 
50 – 59 < 0,90 < 0,74 0,90 -0,96 0,74 - 0,81 0,97 - 1,02 0,82 - 0,88 > 1,02 > 0,88 
> 59 < 0,91 < 0,76 0,91 - 0,98 0,76 - 0,83 0,99 - 1,03 0,84 - 0,90 > 1,03 > 0,90 
- Classificação do percentual de gordura – compilação de protocolos, Pitanga 
(2008) 
Classificação do percentual de gordura 
Classificação Homens Mulheres 
Abaixo do normal Até 16% Até 12% 
Normal 16 a 25% 12 a 18% 
Acima do normal 25 a 33% 18 a 25% 
Tendência à obesidade > 33% > 25% 
 Fonte: adaptado de Pitanga (2008) 
 
 
- Índice de Massa Corporal (IMC) – Quetelet (1832) apud Pitanga (2008) 
IMC = PESO 
 ALTURA2 
 
 
- Classificação do Índice de Massa Corporal (IMC) – Bray (1992) apud Pitanga 
(2008) 
Classificação do IMC 
Classificação IMC (kg/m2) 
Baixo peso < 20 
Normal 20 a 25 
Sobrepeso 26 a 30 
Obesidade > 30 
 Fonte: Pitanga (2008) 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE AERÓBIA 
(APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA) 
 
 
- Teste de uma milha (corrida) – Margaria et. al. (1975) apud Batista (1992) 
• Tipo: máximo 
• Finalidade: mensuração da capacidade aeróbica de indivíduos com idades 
entre quinze e sessenta e nove anos, em um teste de corrida. 
• Material necessário: cronômetro, pista de corrida, e material para anotação 
• Protocolo: o teste consiste em correr, à máxima velocidade possível, uma 
distância de mil e seiscentos e nove metros (1 Milha) em pista de atletismo, ou 
local plano. Entre os parâmetros a serem analisados estão: 
- Tempo (T): é o tempo gasto para a corrida de uma milha (1609m), 
enunciado em minutos e centésimos de minutos. 
 
O cálculo do consumo máximo de oxigênio (VO2Máx, dado em ml/kg.min) é obtido 
através da equação: 
VO2máx =100,311 – (9,602) x T + (0,287) x T 
 
- Teste de uma milha (Caminhada - para indivíduos que reportem não 
conseguirem correr) – Protocolo do The Rockport Walking Institute (1986) apud 
Pitanga (2008) 
• Tipo: submáximo 
• Finalidade: mensuração da capacidade aeróbica de indivíduos com idades 
entre trinta e sessenta e nove anos, que não conseguem realizar um teste de 
corrida. 
• Material necessário: cronômetro, pista de corrida, frequencímetro, e material 
para anotação 
• Protocolo: o teste consiste em caminhar, à máxima velocidade, uma distância 
de mil e seiscentos e nove metros (1 Milha) em pista de atletismo, ou local 
plano. Entre os parâmetros a serem analisados estão: 
- Peso corporal (PC) 
- Idade (I): a idade é dada em anos. 
- Sexo: atribui-se o valor de 0 para mulheres e 1 para homens 
- Tempo (T1): é o tempo gasto para a caminhada de uma milha (1609m), 
enunciado em minutos e centésimos de minutos. 
- Frequência cardíaca (FC1-4): frequência cardíaca expressa em 
batimentos por minuto, aferida nos últimos 400m ou após 5 segundos do 
término. 
 
O cálculo do consumo máximo de oxigênio (VO2Máx, dado em ml/kg.min) é obtido 
através da equação: 
VO2MAX = 132,853 - (0,0769 x PC/0,454) - (0,3877 x I) + (6,3150 x SEXO) - 
(3,2649 x T1) - (0,165 x FC1-4) 
- Classificação do nível de consumo máximo de oxigênio (VO2Máx) – ACMS, 
(2003) 
 
Aptidão cardiorrespiratória segundo a American Heart Association – AHA 
(VO2max em ml/kg.min) 
 
Idade Muito Fraca Fraca Regular Boa Excelente 
20 – 29 < 24 24 – 30 31 – 37 38 – 48 > 48 
30 – 39 < 20 20 – 27 28 – 33 34 – 44 > 44 
40 – 49 < 17 17 – 23 24 – 30 31 – 41 > 41 
50 – 59 < 15 15 – 20 21 – 27 28 – 37 > 37 
60 – 69 < 13 13 – 17 18 – 23 24 – 34 > 34 
 Fonte: ACMS, 2003 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE 
 
 
- Teste de flexibilidade (teste de sentar e alcançar de Wells modificado) - 
Protocolo de Pollock & Wilmore (1993) 
• Finalidade: Esse teste tem o objetivo de medir a flexibilidade, envolvendo a 
musculatura isquiotibial e a região lombar. 
• Material necessário: colchonete, Banco de Wells e material para anotação. 
• Protocolo: Para a realização desse teste, o executante encontra-se sentado 
com os joelhos estendidos, membros inferiores levemente separados, pés 
apoiados firmemente na parede do Banco de Wells, cotovelos estendidos e 
membros superiores fletidos anteriormente. A partir dessa posição, o 
executante realiza um único movimento à frente com o tronco, tentando 
alcançar com as mãos o maior deslocamento possível em um dispositivo móvel 
situado sobre uma escala graduada em centímetros na parte superior do Banco 
de Wells, sem dar dois toques ou fazer um movimento brusco. Repete-se a 
execução por três vezes e considera-se como resultado o maior ponto atingido. 
 
 
- Classificação da flexibilidade do teste sentar e alcançar – ALBINO et al, (2010) 
 
 
Classificação da flexibilidade do teste sentar e alcançar 
 
Fonte: adaptado de Albino et. al. (2010) 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA (RML) 
 
 
- Teste de resistência abdominal (1 minuto) - Pollock & Wilmore (1993) 
• Finalidade: Medir indiretamente a força da musculatura abdominal através do 
desempenho em flexionar e estender o quadril. 
• Material necessário: cronômetro, colchonete, e material para anotação. 
• Protocolo: o executante se posiciona de costas para o chão (decúbito dorsal) 
e a sua cabeça toca no chão. Com os joelhos flexionados e os pés tocando o 
chão totalmente, em seguida cruza os braços à frente para que a mão direita 
toque o ombro esquerdo, e a mão esquerda toque o ombro direito. Ao sinal de 
começar a execução, eleva o tronco até que este toque os joelhos e volta a 
posição inicial, realizando sucessivas execuções durante 1(um) minuto. Cada 
toque do tronco nos joelhos conta como uma repetição. Para auxiliar, o 
avaliador segura os tornozelos do executante, para que os seus pés continuem 
no chão durante a execução do exercício. 
 
 
 
 
 
 
Idades 
 
20-39 40-49 50-59 60-69 70+ 
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres 
Fraco < 20 < 20,4 < 12 < 18,4 < 11 < 18 < 6,6 < 16 < 7 < 15 
Regular 20-27,6 20,4-25,8 12-18 18,4-22,8 11-17 18-23 6,6-13,4 16-22 7-10 15-20 
Médio 27,6-33,2 25,8-28,2 18-23,8 22,8-28 17-20 23-29 13,4-17,6 22-28,4 10-16 20-25 
Bom 33,2-39,6 28,2-32,6 23,8-29 28-36 20-25 29-33 17,6-26 28,4-34 16-22 25-32 
Ótimo > 39,6 > 32,6 > 29 > 36 > 25 > 33 > 26 > 34 > 22 > 32 
- Classificação da resistência abdominal – Pollock & Wilmore (1993) 
 
Classificação da resistência abdominal 
 
Fonte: adaptado de Pollock & Wilmore (1993) 
 
 
 
 
- Teste de resistência de membros superiores (flexão de braços/flexão de 
cotovelos) - Pollock & Wilmore (1993) 
 
• Finalidade: Avaliar a força/resistência dos músculos dos membros superiores 
e da cinturaescapular no movimento de flexão e extensão dos cotovelos sobre 
o solo 
• Material necessário: material para anotação. 
• Protocolo: o avaliado deve se posicionar em decúbito ventral, com as mãos 
apoiadas no solo, com uma distância de 10 a 20 cm a partir da linha dos 
ombros, com os dedos voltados para frente. O posicionamento das mãos sobre 
o solo não deve ser acima da linha dos ombros e, na posição inicial do 
movimento, o rosto deve permitir um alinhamento adequado entre o tronco e as 
pernas. A aplicação do teste para o sexo feminino é modificada apenas pelo 
apoio dos joelhos sobre o solo. Os demais procedimentos são realizados para 
ambos os sexos. É recomendado que o avaliado execute algumas vezes o 
movimento para melhor 
 
 
 
 
 
 
Idades 
Excelente Acima da Média Média Abaixo da Média Fraco 
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres 
15 - 19 + 48 + 42 42 a 47 36 a 41 38 a 41 32 a 35 33 a 37 27 a 31 - 32 - 26 
20 - 29 + 43 + 36 37 a 42 31 a 35 33 a 36 25 a 30 29 a 32 21 a 24 - 28 - 20 
30 - 39 + 36 + 29 31 a 35 24 a 28 27 a 30 20 a 23 22 a 26 15 a 19 - 21 - 14 
40 - 49 + 31 + 25 26 a 30 20 a 24 22 a 25 15 a 19 17 a 21 07 a 14 - 16 - 06 
50 - 59 + 26 + 19 22 a 25 12 a 18 18 a 21 05 a 11 13 a 17 03 a 04 - 12 - 02 
60 - 69 + 23 + 16 17 a 22 12 a 15 12 a 16 04 a 11 07 a 11 02 a 03 - 06 - 01 
- Classificação da resistência de membros superiores – Pollock & Wilmore 
(1993) 
Classificação da resistência de membros superiores 
Fonte: adaptado de Pollock & Wilmore (1993) 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ACSM. Manual de pesquisa das diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua 
prescrição. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 
 
ALBINO, Júlia et al. Tabelas de classificação da aptidão física para frequentadores 
de parques públicos. Rev Bras Med Esporte, Niterói , v. 16, n. 5, p. 373-377, Out. 
2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
86922010000500011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 20 jan. 2020. 
 
BATISTA, A. F. Atletas: resistência específica para corredores de 5.000 metros. 
93p. Campinas: UNICAMP, 1992. 
 
PITANGA, F.J.G. Testes, Medidas e Avaliação em Educação Física e Esportes. 
5ed. 223p. São Paulo: Phorte, 2008 
 
POLLOCK, M. L.; WILMORE, J. H. Exercícios na Saúde e na Doença: Avaliação e 
Prescrição para Prevenção e Reabilitação. 2. Rio de Janeiro: MEDSI, 1993. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Idades 
Excelente Acima da Média Média Abaixo da Média Fraco 
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres 
15 - 19 + 39 + 33 29 a 38 25 a 32 23 a 28 18 a 24 18 a 22 12 a 17 - 17 - 11 
20 - 29 + 36 + 30 29 a 35 21 a 29 22 a 28 15 a 20 17 a 21 10 a 14 - 16 - 09 
30 - 39 + 30 + 27 22 a 29 20 a 26 17 a 21 13 a 19 12 a 16 08 a 12 - 11 - 07 
40 - 49 + 22 + 24 17 a 21 15 a 23 13 a 16 11 a 14 10 a 12 05 a 10 - 09 - 04 
50 - 59 + 21 + 21 13 a 20 11 a 22 10 a 12 07 a 10 07 a 09 02 a 06 - 06 - 01 
60 - 69 + 18 +17 11 a 17 12 a 16 08 a 10 05 a 11 05 a 07 02 a 04 - 04 - 01