Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE Contraçã� � rel�ament� da� fibra� musculare� esquelética� Mecanism� d� desl�ament� d� filament� ● A contração muscular ocorre porque as cabeças de miosina(filamento grosso) se prendem e “caminham” ao longo dos filamentos finos nas duas extremidades de um sarcômero, empurrando de maneira progressiva os filamentos finos na direção da linha M ● Em consequência disso, os filamentos finos deslizam para dentro e se encontram no centro do sarcômero. É, até mesmo, possível avançar tanto nesse sentido a ponto de suas extremidades se sobreporem. ● Conforme os filamentos finos vão deslizando, a banda I e a zona H se estreitam e, por fim, desaparecem juntas quando o músculo está em contração máxima. ➔ A largura da banda A e os comprimentos individuais dos filamentos finos e grossos permanecem inalterados. ● Uma vez que os filamentos finos em cada lado do sarcômero estão presos às linhas Z, quando os filamentos finos deslizam, as linhas Z se aproximam e o sarcômero encurta. Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE ➔ O encurtamento dos sarcômeros causa encurtamento de toda a fibra muscular, que, por sua vez, leva ao encurtamento de todo o músculo. Cicl� d� contraçã� ● No início da contração, o retículo sarcoplasmático libera Ca2+ no sarcoplasma, onde se ligam à troponina. ● A troponina faz com que a tropomiosina se movimente para longe dos locais de ligação com a miosina na actina. ● Uma vez “liberados” os locais de ligação, o ciclo da contração, sequência repetida de eventos que faz com que os filamentos deslizem, começa. ● O ciclo da contração consiste em quatro etapas: ★ Hidrólise de ATP ➢ A cabeça de miosina engloba um local de ligação com o ATP e uma ATPase, enzima que hidrolisa o ATP em ADP (difosfato de adenosina) e um grupo fosfato. ➢ Essa reação de hidrólise reorienta e energiza a cabeça de miosina. Observe que os produtos da hidrólise de ATP(ADP e um grupo fosfato) ainda continuam presos à cabeça de miosina. ★ Acoplamento da miosina à actina para formar pontes transversas ➢ As cabeças de miosina energizadas se fixam aos locais de ligação com a miosina na actina e liberam o grupo fosfato previamente hidrolisado. ➢ Quando as cabeças de miosina se prendem à actina durante a contração, elas são chamadas pontes transversas. ★ Movimento de força ➢ Depois da formação das pontes transversas, ocorre o movimento de força. ➢ Durante o movimento de força, o local na ponte transversa onde o ADP ainda está ligado se abre. ➢ Em consequência disso, a ponte transversa roda e libera o ADP. ➢ A ponte transversa gera força ao rodar em direção ao centro do sarcômero, deslizando o filamento fino pelo filamento grosso na direção da linha M. Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE ★ Desacoplamento da miosina da actina ➢ Ao final do movimento de força, a ponte transversa permanece firmemente presa à actina até se ligar a outra molécula de ATP. ➢ Quando o ATP se liga ao local de ligação com o ATP na cabeça de miosina, a cabeça de miosina se solta da actina. ● O ciclo da contração se repete conforme a ATPase da miosina vai hidrolisando as moléculas recentemente ligadas de ATP e continua enquanto houver ATP disponível e o nível de Ca 2+ perto do filamento fino estiver suficientemente alto. ➔ As pontes transversas se mantêm rodando a cada movimento de força, puxando os filamentos finos na direção da linha M. ● Cada uma das 600 pontes transversas em um filamento grosso acopla e desacopla cerca de 5 vezes por segundo. ● A todo instante, algumas das cabeças de miosina estão acopladas à actina, formando pontes transversas e gerando força, e outras cabeças de miosina estão desacopladas da actina, aprontando -se para se ligar de novo. ● Com a continuidade do ciclo da contração, o movimento das pontes transversas aplica a força que puxa as linhas Z uma na direção da outra, ocorrendo o encurtamento do sarcômero. ➔ Durante a contração muscular máxima, a distância entre duas linhas Z pode diminuir para a metade daquela em repouso. ➔ As linhas Z, por sua vez, puxam os sarcômeros vizinhos e toda a fibra muscular encurta. ● Alguns dos componentes musculares são elásticos: alongam -se discretamente antes de transferir a tensão gerada pelos filamentos deslizantes. Os componentes elásticos constituem as moléculas de titina, o tecido conjuntivo ao redor das fibras musculares (endomísio, perimísio e epimísio) e os tendões que prendem o músculo ao osso. ● Na medida em que as células de um músculo esquelético começam a encurtar, primeiramente, elas puxam seus tendões e revestimentos de tecido conjuntivo. Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE ➔ Os revestimentos e tendões estiram e se tensionam, e essa tensão transferida pelos tendões puxa os ossos aos quais estão presos. ➔ O resultado disso é o movimento de uma parte do corpo. Acoplament� �citaçã�–contraçã� A elevação da concentração de Ca2+ no sarcoplasma começa a contração muscular e a diminuição cessa. Quando uma fibra muscular está relaxada, a concentração de Ca2+ no seu sarcoplasma é muito baixa, apenas cerca de 0,1 micromol por litro (0,1 μmol/ l ). No entanto, uma enorme quantidade de Ca2+ está armazenada dentro do retículo sarcoplasmático. Conforme o potencial de ação muscular vai se propagando ao longo do sarcolema e nos túbulos T, os canais de liberação de Ca2+ na membrana do RS vão se abrindo. Quando esses canais se abrem, o Ca2+ sai do RS para o sarcoplasma ao redor dos filamentos grossos e finos. Em consequência disso, a concentração de Ca2+ no sarcoplasma sobe 10 vezes ou mais. Os íons cálcio liberados se combinam com a troponina, fazendo com que mudem de forma. Essa alteração de conformação movimenta a tropomiosina para longe dos locais de ligação com a miosina na actina. Uma vez livres esses locais de ligação, as cabeças de miosina se ligam a eles para formar pontes transversas e o ciclo da contração começa. A membrana do retículo sarcoplasmático também contém bombas de transporte ativo de Ca2+ que usam ATP para movimentar Ca2+ de maneira constante do sarcoplasma para o RS. Enquanto os potenciais de ação musculares se propagam pelos túbulos T, os canais de liberação de Ca2+ são abertos. Íons cálcio fluem para o sarcoplasma com mais rapidez do que são transportados de volta pelas bombas. Depois da propagação pelos túbulos T do último potencial de ação, os canais de liberação de Ca2+ fecham. Com o Ca2+ levado de volta para o RS pelas bombas, a concentração de íons cálcio no sarcoplasma rapidamente diminui. Dentro do RS, moléculas de uma proteína de ligação com cálcio, apropriadamente chamada calsequestrina, se ligam ao Ca2+, possibilitando que ainda mais Ca2+ seja sequestrado ou armazenado dentro do RS. Em consequência disso, a concentração de Ca2+ é 10.000 vezes mais elevada no RS do que no citosol de uma fibra muscular relaxada. Com a queda do nível de Ca2+, a tropomiosina cobre os locais de ligação da miosina e a fibra muscular relaxa. Resuminho: Geração de impulso nervoso- Liberação de cálcio pelas vesículas- Troponina saturada pelo cálcio ativando a actina- ATP(ponte cruzada “carregada”)- actina e miosina acopladas(actomiosina)- ATP- ADP+Pi+energia- pontes cruzadas ativadas- encurtamento muscular- desenvolvimento de tensão
Compartilhar