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Teoria geral da 
administração 
Augusto Nishimura
E-book 1
Objetivos de aprendizagem
• Conhecer os principais idealizadores que im-
pulsionaram os estudos na área;
• Compreender principais as ideias que emergi-
ram a partir do surgimento das indústrias;
• Exercitar a análise de fenômenos organizacio-
nais a partir dos conceitos aprendidos.
Teoria geral 
da administração
E-book 
1
2
Neste E-book:
Introdução ���������������������������������������������������4
Quais foram as primeiras ideias na 
área da Administração? ��������������������������16
Análise Crítica à 
Administração Científica �����������������������21
O fortalecimento de outras ideias 
para a melhoria da eficiência �������������� 23
A Administração pode 
ser ensinada? ��������������������������������������������30
Quais são as críticas às 
ideias de Fayol? ����������������������������������������34
Considerações finais������������������������������� 35
Síntese ���������������������������������������������������������36
3
INTRODUÇÃO 
Olá, seja bem-vindo(a) ao mundo da Administração!
A partir de agora, iremos compreender as bases que 
dão sustentação à gestão e às decisões tomadas 
pelos administradores. Você sabia que muitas ideias 
que são utilizadas até hoje pelas organizações foram 
desenvolvidas há muito tempo?
Então, que tal desbravarmos o tempo para descobrir 
as razões pelas quais essas ideias permanecem vi-
vas até hoje?
Fique atento
O que são Organizações?
“Objetivos e recursos são as palavras-chaves na 
definição de administração e também de organi-
zação. Uma organização é um sistema de recur-
sos que procura realizar algum tipo de objetivo 
(ou conjunto de objetivos). Além de objetivos e 
recursos, as organizações têm dois outros com-
ponentes importantes: processos de transforma-
ção e divisão do trabalho”.
Maximiano (2018)
Antes de darmos o primeiro passo nessa discussão, 
é muito importante compreendermos alguns termos 
que utilizaremos aqui, pois eles servirão de referên-
4
cia e nortearão toda a construção da nossa linha de 
raciocínio para a construção do conhecimento.
É muito comum ler, ouvir e falar, no nosso dia a dia, 
algumas palavras que, aparentemente, são de fácil 
compreensão. Por exemplo, eficiência e eficácia são 
termos conhecidos no mundo corporativo. Veja os 
exemplos a seguir.
Figura 1: Disponível em: https://exame.abril.com.br/revista-exa-
me/em-busca-de-fabricas-cada-vez-mais-eficientes. Acesso em: 
27 dez. 2018
Figura 2: Disponível em: https://exame.abril.com.br/negocios/rele-
ases/eficacia-das-vendas-pelas-redes-sociais-depende-de-planeja-
mento-estrategico-muito-bem-estruturado. Acesso em: 27 dez. 2018
5
Basta fazermos uma pesquisa rápida na internet que 
poderemos levantar inúmeros exemplos. Mas, será 
que existe diferença entre esses dois termos? A res-
posta é sim! Então, vamos conhecê-los? 
Para podemos iniciar o nosso entendimento, vamos 
analisar as situações abaixo:
Figura 3: https://br.freepik.com/vetores-gratis/empresario-
-fazendo-uma-pratica-de-alvo-de-flecha-de-sucesso_1311359.
htm#term=flecha%20alvo&page=1&position=1
O executivo da figura acertou o centro dos dois al-
vos em suas primeiras tentativas e está buscando 
acertar o terceiro alvo. Note que o executivo está 
sendo eficiente, pois está utilizando poucos recur-
sos (flechas), além de economizar seu tempo. Ele 
também está sendo eficaz, pois está atingindo seu 
objetivo maior, que é acertar exatamente no alvo. 
Agora, vamos analisar a seguinte situação:
6
Figura 4: https://br.freepik.com/vetores-gratis/flechas-empresario-
-blindfold_765716.htm#term=flechas&page=3&position=22 
Considerando aquilo que aprendemos por meio da 
análise da primeira imagem, podemos chegar à se-
guinte conclusão: o executivo está sendo ineficiente, 
pois está utilizando muitos recursos (flechas) e, por 
consequência, gastando muito tempo para acertar o 
centro do alvo. E está sendo ineficaz, pois não está 
alcançando seu objetivo, que é o de acertar o alvo.
No mundo das organizações, é muito importante 
compreender que eficiência e eficácia sempre andam 
lado a lado. Há, ainda, outro termo que é muito utili-
7
zado, a efetividade. Afinal, qual o significado desse 
termo? Analise a ilustração abaixo
Ou seja, efetividade é a união da eficiência com a 
eficácia. Agora que você já conhece bem os termos, 
fica claro que não é possível falar em alta efetividade 
se há baixa eficiência e/ou baixa eficácia.
Vamos avançar um pouco mais na nossa discussão. 
Do ponto de vista da gestão, precisamos incorporar 
outros fatores na análise. A questão temporal e o 
ambiente da organização. Vamos analisar as defi-
nições dadas pelos autores Fischmann e Almeida 
(2018, p. 2).
Ser eficiente significa “fazer algo da melhor forma 
e com o menor prazo e recursos”, podendo ser me-
dido por meio de números, estando associado ao 
pensamento racional.
Ser eficaz significa “fazer as coisas certas, para aten-
der as necessidades do ambiente da organização”.
Os autores ampliam essa discussão, con-
forme abaixo:
8
A eficiência tem um horizonte de curto prazo, o controle 
pode ser numérico, e se desenvolve por meio de uma 
forma de pensar racional. 
Já a eficácia tem um horizonte de longo prazo e seu 
controle é difícil de ser realizado, pois o resultado não 
é numérico, e se desenvolve por meio de uma for-
ma criativa.
 (FISCHMANN; ALMEIDA, 2018, p.5).
Note que continuamos com o mesmo entendimento 
sobre a eficiência, agora detalhando ainda mais as 
suas características. A eficiência é de curto prazo e 
pode ser medida e interpretada de maneira racional. 
Por exemplo, uma equipe de Fórmula 1 que estava 
trocando os quatro pneus de seus carros em quatro 
segundos. Após muito treinamento e aprendizagem, 
conseguiu diminuir o tempo para dois segundos, au-
mentando a eficiência, pois passou a utilizar menos 
recursos (tempo) para executar a mesma tarefa.
Com relação à eficácia, também mantemos o mesmo 
entendimento, porém, vamos incluir duas variáveis 
importantes: o tempo e o ambiente da organização. 
Quando falamos em alcançar os objetivos, estamos 
nos referindo ao alcance dos objetivos da organi-
zação. Isso inclui atender as expectativas de todas 
as partes envolvidas, que participam do ambiente 
9
da organização, como funcionários, clientes, forne-
cedores, governo, dentre outros, que são denomi-
nados em inglês de stakeholders. Por isso o con-
ceito é mais amplo, e de uma perspectiva temporal 
maior. Analisemos, a seguir, a mensagem da empresa 
Microsoft:
Figura 5: https://www.microsoft.com/en-us/Investor/company-
-overview.aspx
Em uma tradução livre dos dizeres dessa imagem, a 
missão da Microsoft é empoderar as pessoas e as 
organizações para que elas possam alcançar mais. 
Além disso, a visão da organização é a de ajudar 
pessoas e negócios a realizar todo o seu potencial. 
Mas como? Podemos deduzir, a partir daquilo que 
já conhecemos sobre essa empresa, que seria por 
meio da oferta de produtos e serviços em tecnologia 
que possibilitariam o alcance dessa missão e visão. 
Note, portanto, que se trata de algo que pode ser con-
cretizado mais a longo prazo, nem sempre podemos 
medir de maneira numérica, e envolve criatividade.
Podcast 1 
10
Bem, agora que aprendemos sobre o que é eficiência 
e eficácia, vamos fazer uma breve reflexão sobre 
como os conceitos e as teorias da administração 
podem ajudar o gestor a enxergar as situações nas 
organizações de uma maneira diferenciada. Vamos 
analisar a imagem abaixo:
Figura 6: h t t p s : // p t . w i k i p e d i a . o r g / w i k i / R e v o l u % C 3 % 
A7%C3%A3o_Industrial
Essa é uma imagem que mostra o interior das fá-
bricas, no período em que ocorreu a RevoluçãoIndustrial. Vamos nos deter e pensar mais sobre a 
11
situação apresentada. O que você poderia dizer sobre 
ela? Objetivamente, poderíamos dizer que os homens 
estão trabalhando arduamente, usando muita força 
física para forjar ferro, ao mesmo tempo em que há 
uma criança próximo ao forno, num cenário em que 
prevalece o método artesanal de produção. Agora, 
vamos pensar sob o ponto de vista da eficiência? 
Vamos analisar e comparar as duas imagens abaixo:
Figura 7: Imagem: Metalúrgia (1875). https://pt.wikipedia.org/wiki/
Metalurgia#/media/File:Adolph_Menzel_-_Eisenwalzwerk_-_Google_
Art_Project.jpg
12
Figura 8: Imagem: Metalúrgica (2018). Fonte:https://g1.globo.com/sp/
sao-carlos-regiao/noticia/sao-carlos-metalurgica-suspende-contrato-
-de-310-funcionarios-temporariamente.ghtml
Qual cenário aparenta ser mais eficiente na produção 
metalúrgica? Retomemos o conceito de eficiência: 
“fazer algo da melhor forma e com o menor prazo 
e recursos”. Qual fábrica está produzindo melhor e 
com menor uso de recursos? Na primeira imagem, 
há um uso intensivo de força humana, em que há 
inúmeros indivíduos trabalhando num espaço restrito, 
em condições insalubres. Na segunda imagem, há 
um uso intensivo de tecnologia, em que os traba-
lhadores atuam de maneira mais ordenada e com 
menos dependência da força física e mais focados 
no trabalho intelectualizado. Portanto, a conclusão 
é de que a situação apresentada na segunda figura 
é a que ilustraria uma produção mais eficiente.
13
Agora, chegamos ao ponto alto da discussão que 
realizamos até aqui. Você percebeu que estamos fa-
zendo a leitura de uma situação, fazendo uso daquilo 
que já aprendemos sobre eficiência? Ou seja, esta-
mos usando um conceito para interpretar algo, como 
se funcionasse como uma lente, que nos permite 
termos uma visão mais clara do fenômeno, possibi-
litando enxergar muito mais e além? Pois bem, essa 
é a importância de compreendermos bem as teorias, 
pois, por meio delas é que podemos fazer as leituras 
dos fenômenos que ocorrem no dia a dia, levando a 
uma melhor compreensão dos acontecimentos. A 
partir da realização de um diagnóstico de uma de-
terminada situação, o gestor tem mais propriedade 
para tomar as suas decisões para que os problemas 
sejam resolvidos e os objetivos sejam alcançados.
Portanto, na medida em que compreendemos os con-
ceitos e as teorias, passamos a ter mais e diferentes 
“lentes” para visualizar os fenômenos, possibilitando 
analisar sob diferentes perspectivas e formar a nossa 
própria avaliação sobre os acontecimentos. Podemos 
dizer que essa é uma das grandes diferenças entre o 
profissional que detém o conhecimento sobre admi-
nistração e o indivíduo que toma decisões no puro 
“achismo”, de maneira empírica. A administração 
pode ser considerada uma ciência, pelo fato de pos-
sibilitar a análise sob diferentes lentes conceituais, 
e também uma arte, pois as decisões são tomadas 
a partir da aplicação das ferramentas administra-
tivas. Também cabe ao gestor saber inovar e dar 
14
novos rumos para os diferentes desafios a serem 
enfrentados.
Vamos prosseguir com os estudos para conhecer 
as diferentes lentes idealizadas e utilizadas por in-
divíduos, pesquisadores e organizações ao longo do 
tempo. Saiba que muitas delas são válidas até hoje!
15
QUAIS FORAM AS 
PRIMEIRAS IDEIAS 
NA ÁREA DA 
ADMINISTRAÇÃO?
Uma das primeiras ideias estruturadas na área surgiu 
a partir da inquietação de um engenheiro mecâni-
co chamado Frederick Winslow Taylor (1856-1915). 
Natural dos Estados Unidos, é considerado o “pai” da 
Administração Científica. Suas ideias aplicadas na 
fábrica onde trabalhava deram grandes resultados 
e, por isso, Taylor ficou muito conhecido pelas inova-
ções implementadas na época que serviram como 
base para o surgimento de outras ideias. 
Saiba mais
Você sabe quem foi Frederick Taylor? Para co-
nhecê-lo, acesse este vídeo, que trata de sua bio-
grafia e ideias.
Você pode estar se perguntando: O que Taylor fez de 
relevante, a ponto de ficar tão famoso assim?
Taylor inovou ao aplicar métodos científicos para 
aumentar a eficiência produtiva no âmbito das ta-
refas dos operários. Ele havia identificado que as 
fábricas, em decorrência da Revolução Industrial, se 
16
expandiram fortemente, mas operavam de maneira 
ineficiente.
Saiba mais
Antes da Revolução Industrial, as atividades 
produtivas eram artesanais e manuais, em que 
todo o processo produtivo era praticamente rea-
lizado por um único trabalhador. Com o advento 
da Revolução Industrial, por volta de 1760, na In-
glaterra, houve a incorporação de máquinas e a 
utilização de energia a vapor na produção, subs-
tituindo esse modelo de produção por um siste-
ma mecanizado – modelo que se espalhou para 
outros continentes. O trabalhador deixou de con-
trolar a produção e passou a atuar no controle 
das máquinas. Houve aumento da produtividade, 
redução dos custos e crescimento dos lucros por 
parte dos proprietários das fábricas.
Para mais detalhes sobre a Revolução Industrial, 
assista a esse vídeo abaixo:
Mesmo com o aumento da produtividade em função 
da utilização das máquinas, as fábricas funcionavam 
de maneira caótica, pois trabalhadores, ferramentas, 
máquinas e estoques de materiais ficavam amon-
toados, dificultando a movimentação das pessoas. 
O trabalho era caracterizado pelo empirismo – ou 
seja, baseado na experiência de cada trabalhador – e 
improvisação, gerando desperdícios e elevação dos 
preços dos produtos.
17
Diante disso, o objetivo de Taylor foi melhorar a efi-
ciência produtiva. Você se lembra daquilo que já es-
tudamos sobre eficiência? Pois bem, esse era o as-
pecto que Taylor buscou melhorar. Para tanto, aplicou 
o método científico, fazendo estudos e realizando 
testes nas tarefas executadas pelos operários. Por 
meio da análise minuciosa dos movimentos execu-
tados, bem como o tempo para execução desses 
movimentos pelos operários, pôde compreender, 
com mais propriedade, as características de cada 
tarefa, buscando, com isso, fazer adaptações dos 
movimentos e ferramentas utilizadas para elevação 
da produtividade e diminuição dos custos. 
Fique atento
Com o estudo dos tempos e movimentos, Taylor 
conseguiu que o trabalho executado por 500 
trabalhadores, para movimentação de carvão e 
minério de ferro, fosse executado por 140 indiví-
duos, diminuindo os custos em 50% (ABRANTES, 
2012).
Em outras palavras, Taylor fez um trabalho minucioso 
e detalhado, buscando compreender os problemas, 
realizar testes e aplicar soluções plausíveis para de-
senhar um padrão de execução das tarefas que fosse 
mais eficiente. Buscou levantar, registrar e analisar 
os dados obtidos, enfatizando sua atuação analítica 
e racional no processo produtivo.
18
Portanto, as ideias de Taylor podem ser sintetizadas 
conforme os seguintes aspectos (ABRANTES, 2012):
• Aplicou métodos científicos para estudar as tarefas 
executadas pelos operários, substituindo os métodos 
empíricos que prevaleciam na época;
• Os operários deveriam se ajustar à máquina e se-
rem alocados em postos de trabalho específicos, 
com materiais e ferramentas alocados de maneira 
que aperfeiçoasse a produtividade;
• Os operários deveriam ser treinados para a exe-
cução de uma tarefa específica, conforme o padrão 
que se julgava ser mais eficiente;
• Ênfase na cooperação e divisão do trabalho entre 
o administrativo e o operacional, ou seja, entre os 
gestores que planejariam a produção e os operários 
que executariam a tarefa;
• Pagamento de melhores salários para compensar 
os operários pela sua produtividade.
O objetivo do seu trabalho na Administração 
Científica era, portanto, alcançar a maior eficiência 
das fábricas, ou seja, elevar a quantidade produzida 
com diminuição dos custosda produção.
Para isso, Taylor se concentrou na análise mecânica 
e temporal das tarefas, decompondo-as em movi-
mentos menores, buscando aperfeiçoar constante-
mente as atividades, por meio da racionalização dos 
movimentos e da realização de experimentos. Por 
intermédio de seus estudos, Taylor identificou que 
o operário produzia abaixo de seu potencial e que, 
pelo fato de a remuneração ser igual entre todos, 
19
não havia estímulo adequado para que o operário 
pudesse produzir conforme seu potencial. Concluiu 
que a baixa produtividade era decorrente do sistema 
empírico e amador de administração, além da falta 
de padronização das técnicas.
20
ANÁLISE CRÍTICA 
À ADMINISTRAÇÃO 
CIENTÍFICA
Sabemos que os estudos de Taylor foram decisivos 
para uma mudança radical na forma de gerir as orga-
nizações, passando da ênfase empírica e amadora 
para uma visão analítica, organização dos postos de 
trabalho e racionalização das tarefas, pautada no au-
mento da eficiência produtiva, por meio da aplicação 
de métodos científicos e remuneração conforme a 
produtividade. 
Fique atento
Aqui vale uma explicação muito importante. Não 
existe conceito ou teoria perfeita. O conhecimen-
to é incremental, ou seja, a partir do que foi de-
senvolvido, são sugeridas novas ideias, novas 
perspectivas, novos aprimoramentos. Mas o fato 
de haver críticas não invalida, necessariamen-
te, as ideias propostas. Esse é um cuidado que 
sempre devemos ter, pois precisamos compreen-
der tanto os seus pontos fortes, quanto as suas 
limitações.
Por outro lado, as ideias de Taylor possuíam algumas 
limitações:
21
• Foco no ambiente interno: as ideias de Taylor foca-
vam na questão interna da fábrica, não levando em 
consideração as interfaces com o ambiente externo;
• Foco na produção: Taylor se preocupou, essencial-
mente, com os problemas da produção, restritos às 
tarefas dos operários, sem estabelecer relações com 
outros setores da organização;
• Especialização: fragmentação das tarefas, levando 
à superespecialização do trabalho em atividades re-
petitivas, relegando para segundo plano o potencial 
humano para o trabalho.
• Homem a serviço da máquina: o operário obede-
ce ao ritmo de produção das máquinas, devendo o 
operário se adaptar a elas.
Saiba mais
Conheça aqui quais são as virtudes e defeitos do 
Taylorismo na atualidade.
22
O FORTALECIMENTO 
DE OUTRAS IDEIAS 
PARA A MELHORIA 
DA EFICIÊNCIA
Você sabia que outra grande contribuição que nos 
influencia até os dias atuais vem das ideias de um 
empreendedor? Pois é, o empresário norte-americano 
Henry Ford (1863-1947) também inovou em sua área, 
por meio da aplicação de ideias sobre padroniza-
ção, simplificação das tarefas e implementação da 
linha de montagem. Ele buscou, portanto, aumentar 
a eficiência da produção de sua fábrica, destinada 
à montagem de carros.
Saiba mais
Acesse aqui a biografia de Henry Ford.
Afinal, por que as ideias de Henry Ford foram tão re-
volucionárias para a época? Em primeiro lugar, pelo 
fato de estabelecer um novo patamar de produção 
na área automobilística. Em segundo lugar, por suas 
ideias se estenderem para outros setores econômi-
cos, por exemplo, na produção da indústria de eletro-
domésticos. Se, por um lado, Taylor é conhecido pela 
administração científica, Ford está associado à linha 
23
de montagem móvel e popularizou os princípios da 
produção em massa, a padronização das peças e a 
especialização do trabalhador na função.
Na produção em massa, Ford passou a produzir ape-
nas um modelo, de uma única cor: preta. O famoso 
Ford T passou a ser produzido em grande escala, 
diminuindo drasticamente o tempo de produção e 
barateando os custos, tornando-o acessível para boa 
parte da população. 
Figura 9: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ford_Model_T
Como isso foi possível? Conforme Maximiano (2018), 
ao estabelecer a linha de montagem móvel, o tempo 
para a montagem do chassi passou de 12 horas e 
28 minutos para 1 hora e 33 minutos. Ou seja, houve 
forte aumento de eficiência, pois passou a utilizar 
24
menos recursos (tempo) para produzir mais. Com a 
explosão do número de carros produzidos, eles fica-
vam muito mais baratos. Além disso, vale ressaltar, 
também, que Ford inovou na forma de remuneração 
do trabalhador e, além adotar o padrão de 8 horas 
por dia de trabalho, duplicou o salário dos trabalha-
dores para que pudessem comprar os produtos que 
eles próprios fabricavam! Ademais, concorrentes e 
industriais de outros setores passaram a replicar 
aquilo que Ford havia idealizado.
Agora, você poderia perguntar: quais foram as estra-
tégias adotadas por Ford para alcançar tanto sucesso 
assim? Então, vamos apontar algumas delas:
• Oferta de modelos populares: o automóvel era um 
item extremante caro para a realidade da época e, 
por isso, desejava-se que o produto pudesse estar 
acessível para um público maior, por meio da diminui-
ção dos custos com diminuição do preço de venda;
• Oferta de financiamentos: para facilitar a compra 
dos automóveis, estabeleceu-se planos de financia-
mentos e condições vantajosas que possibilitassem 
o acesso a um público menos favorecido;
• Oferta de assistência técnica: tratava-se de uma 
iniciativa revolucionária, um diferencial nas questões 
comerciais da época, sendo oferecido aos potenciais 
clientes como forma de atração, em um mercado que 
estava em desenvolvimento.
Como o objetivo era aumentar a eficiência produtiva, 
adotou-se um sistema de produção, em que os carros 
25
passariam a ser montados por partes, em uma estei-
ra rolante, por funcionários especializados em uma 
atividade. Esses trabalhadores desempenhavam suas 
funções em posições fixas na linha de montagem, 
evitando desperdício de tempo com movimentações 
desnecessárias. Como desempenhava uma tarefa 
específica, não era necessário investir muito tempo 
na capacitação para a realização de suas funções. 
Saiba mais
Conheça a linha de montagem da Ford.
Parte 1
Parte 2
Além da linha de montagem e da produção em gran-
de escala, que outros aspectos são importantes para 
compreender sobre as ideias aplicadas por Ford? 
O Fordismo – nome pelo qual as ideias de Henry 
Ford ficaram conhecidas – possui as seguintes 
características:
• Padronização das peças: as especificações das 
peças deveriam ser as mesmas, para facilitar e agi-
lizar a produção, além de possibilitar trocas (peças 
intercambiáveis);
• Máquinas especializadas: as máquinas deve-
riam estar desenhadas para um fim específico na 
linha de montagem;
• Sistema universal de fabricação: o fluxo de pro-
dução deveria ser o mesmo em qualquer fábrica, 
26
independentemente do local ou país onde a fábrica 
estivesse instalada;
• Peças simples e processo produtivo simplificado: 
essa simplificação era necessária para agilizar o 
processo de montagem dos automóveis, facilitando 
o trabalho dos funcionários;
• Trabalhador especializado: o operário deveria se 
especializar em uma função específica, para que 
pudesse ter um alto desempenho;
• Tarefa única: as tarefas eram segregadas em par-
tes específicas, cabendo aos operários executar so-
mente aquela tarefa;
• Posição fixa na linha de montagem: os trabalhado-
res realizavam deslocamentos mínimos, ficando na 
mesma posição, para que seus esforços estivessem 
concentrados na execução de sua tarefa – em que as 
peças e o maquinário ficavam no posto de trabalho.
A partir do que vimos até aqui, você conseguiria es-
tabelecer relação das ideias de Ford com o atual 
cenário em que vivemos? Observe a reflexão abaixo:
A linha de montagem continua a funcionar precisa-
mente como Ford a inventou: os produtos andam, 
o trabalho fica parado. O trabalho, agora, é feito por 
robôs, no lugar de operários. Sem problemas de gre-
ve, produtividade, fadiga,conflitos com a administra-
ção. Sem chefes. Muito mais eficiente; muito menos 
dispendioso. Desperdício virtualmente inexistente. 
 
Cada vez que vai a uma lanchonete de fast-food, você 
27
entra em um sistema de linha de montagem. Na ver-
dade, em dois. Um está atrás do balcão. É o processo 
de fazer sanduíches. Os operadores – não são cozi-
nheiros – movimentam-se muito pouco para preparar 
a comida e colocá-la no balcão. O outro sistema é a fila 
de clientes, da qual você faz parte. Você é o produto: 
você anda, o processo produtivo fica parado. Taylor e 
Ford iriam sentir-se muito à vontade vendo suas ideias 
triunfantes no terceiro milênio.
 (MAXIMIANO, 2018).
Saiba mais
Conheça mais a respeito de Henry Ford neste link.
De fato, Ford foi capaz de influenciar o mundo. Mas, 
quais são as críticas ao Fordismo?
A primeira delas é a opção de escolha pelo cliente. 
Henry Ford optou por produzir carros somente na 
cor preta. Um único modelo. Os trabalhadores não 
participavam na criação do modelo, e atuavam de 
maneira rotineira, como se fosse mais uma peça na 
engrenagem da produção. Suas funções estavam 
restritas à realização de movimentos mecânicos e 
repetitivos, alienando-os do processo produtivo como 
um todo. Vamos imaginar a seguinte situação: se per-
guntássemos ao trabalhador da época sobre o que 
ele fazia, o que ele responderia? Provavelmente, algo 
28
parecido com isso: “eu aperto porcas”; “eu coloco as 
peças na esteira”; “eu peso a matéria prima”. Ou seja, 
sua alienação quanto ao processo produtivo como 
um todo era uma das principais críticas em relação 
ao trabalho. Em outras palavras, as necessidades e 
expectativas desses trabalhadores não eram levadas 
em consideração. 
29
A ADMINISTRAÇÃO 
PODE SER 
ENSINADA?
Se alguém fizer essa pergunta, nos dias de hoje, a 
resposta é muito fácil: SIM! Mas, você sabia que essa 
ideia foi amplamente difundida por Jules Henri Fayol1 
(1841-1925) e que muitos de seus princípios influen-
ciam até hoje a forma como se ensina Administração 
nas Universidades? Além disso, a partir de suas 
ideias, a Administração passou a ser vista como 
uma profissão.
Para Fayol, a atividade administrativa deveria estar 
separada da atividade operacional. Ele passou a olhar 
a organização de cima para baixo, ou seja, a partir do 
topo da hierarquia em que os executivos exerceriam 
atividades administrativas, consideradas as mais 
importantes, enquanto as atividades operacionais 
ficariam na base dessa hierarquia.
1 Enquanto Taylor preocupava-se mais com o chão de fábrica, ou 
seja, com atividades operacionais, Fayol entendia que a parte mais 
importante estava sob responsabilidade daquele que estava no topo 
da hierarquia, cuja administração cabia ao executivo.
Saiba mais
Conheça aqui a biografia de Henry Fayol: 
30
Outro aspecto defendido por Fayol estava na defesa 
da ideia de que a administração deveria ser conside-
rada como uma das funções da empresa. Para ele, 
existiam as seguintes funções:
1. Funções técnicas: relacionadas à produção de 
bens e serviços.
2. Funções comerciais: relacionadas aos processos 
de compra e venda de materiais.
3. Funções financeiras: relacionadas com a procu-
ra/uso de capitais da empresa.
4. Funções de segurança: relacionadas à pro-
teção de pessoas e preservação das proprie-
dades da empresa.
5. Funções contábeis: relacionadas com a realiza-
ção e a análise da situação econômica e controle de 
estoque, custos, registros, etc.
6. Funções administrativas: relacionadas aos ele-
mentos do ato de administrar: prever, organizar, co-
mandar, coordenar e controlar. 
As funções administrativas são as que comandariam 
as demais funções. Vamos detalhar um pouco mais 
cada elemento das funções administrativas.
• Prever: é o olhar para o futuro e programar-se para 
ele, por meio do estabelecimento de planos de ação;
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• Organizar: é o olhar para a estrutura física e tam-
bém para a estrutura social, composta pelas pessoas 
que fazem parte dela;
• Comandar: é o olhar para que a estrutura social 
funcione, tendo a equipe sob a responsabilidade 
dos dirigentes;
• Coordenar: é a busca da harmonização, sincro-
nização e integração operacionais e de esforços 
coletivos, para o alcance das metas da organização;
• Controlar: é o olhar para as atividades, buscando 
verificar sua realização e identificar desvios para 
realização de correções. 
Saiba mais
Conheça as ideias clássicas de Fayol aqui.
É importante observar que Fayol não negava, neces-
sariamente, que os níveis operacionais não importa-
vam. Na realidade, ele passou a dar ênfase na organi-
zação da empresa como um todo, diferentemente de 
Taylor, que se preocupou, basicamente, nas tarefas 
executadas em nível operacional, ou seja, no chão de 
fábrica. Para Fayol, a melhora da eficiência poderia 
vir do aperfeiçoamento da estrutura da organização. 
A administração, portanto, referia-se à organização 
como um todo e as funções administrativas eram 
valiosas por coordenar as demais funções. Mas um 
ponto em comum é que ambos buscavam a efici-
ência, mas partiam de diferentes pontos de vista! 
Afinal, você poderia se perguntar: quem está certo 
32
(ou errado)? Não há certo ou errado, são simples-
mente perspectivas diferentes. Ambos possuem 
suas contribuições importantes para a construção 
do conhecimento na área.
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QUAIS SÃO AS 
CRÍTICAS ÀS IDEIAS 
DE FAYOL?
Uma das críticas está relacionada a uma visão sim-
plista da organização, pois não considera as ques-
tões psicológicas do indivíduo, nem as questões so-
ciais que influenciam o trabalho, deixando de lado as 
necessidades e as expectativas dos indivíduos. Além 
disso, a premissa adotada por Fayol era a de que as 
empresas atuavam de maneira isolada do ambiente, 
em outras palavras, elas não sofriam influência ex-
terna. Um outro aspecto está relacionado à ênfase 
demasiada no comando da organização, ou seja, a 
preocupação com a unidade do comando e linhas 
de autoridade, deixando de lado outros aspectos 
importantes para a organização.
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CONSIDERAÇÕES 
FINAIS
Você aprendeu que Taylor buscou elevar a eficiência 
das atividades, com foco no nas tarefas executa-
das pelos operários no chão de fábrica. Ele ficou 
conhecido por ser o propagador da Administração 
Científica, com a aplicação de métodos científicos 
para estudar tempos e movimentos. Ford alcançou 
alta eficiência em seu processo de produção de car-
ros, por meio do uso dos princípios da produção em 
massa, com padronização das peças e utilização da 
linha de montagem móvel. Já Fayol buscou analisar 
a organização como um todo, com ênfase na im-
portância da estrutura da organização e da função 
administrativa como responsável pela coordenação 
das outras funções da organização. 
Podcast 2 
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Síntese
Referências
ABRANTES, José. Teoria Geral da Administração – 
TGA: A Antropologia Empresarial e a Problemática 
Ambiental. Rio de Janeiro: Interciência, 2012.
GOMES E SILVA, Luiz Felipe. A organização do tra-
balho na linha de montagem e a teoria das organi-
zações. Revista Administração de Empresas. vol. 27 
no.3 São Paulo: Julho/Setembro, 1987.
FISCHMANN, Adalberto A.; ALMEIRA, Martinho Isnard 
Ribeiro de. Planejamento estratégico na prática. 3. 
ed. São Paulo: Atlas, 2018.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da 
Administração: da revolução urbana à revolução di-
gital. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
	Introdução 
	Quais foram as primeiras ideias na área da Administração?
	Análise Crítica à Administração Científica
	O fortalecimento de outras ideias para a melhoria da eficiência
	A Administração pode ser ensinada?
	Quais são as críticas às ideias de Fayol?
	Considerações finais
	Síntese

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