TEORIA BIG FIVE DE PERSONALIDADE

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TEORIA BIG FIVE DE PERSONALIDADE
· O QUE É?
· HISTORICO
· NEUROTICISMO
· EXTROVERSÃO
· AGRADABILIDADE
· CONSCIENCIOSIDADE
· ABERTURA
· APLICAÇÕES
· CONCLUSÃO
· REFERENCIAS
1. O que é?
Existem diversas teorias e modelos de personalidade, e não há como negar que um dos mais utilizados e estudados é o modelo The Big Five. No Brasil, as cinco colocações são: Neuroticismo; Extroversão; Agradabilidade; Abertura e Conscienciosidade.
O modelo Big Five, foi desenvolvido para tentar descrever a personalidade de uma forma simples, e assim conseguir prever possíveis transtornos. O modelo Big Five, pode ser utilizado para montar um psicodiagnóstico e em avaliações de perfis para cargos em empresas.
Os traços de personalidade Big Five são as medidas de personalidade cientificamente mais aceitos e mais comumente utilizados e têm sido extensivamente pesquisados. A técnica estatística utilizada para investigar esses traços por meio de questionário é o de Análise Fatorial, que é utilizada para reduzir uma quantidade grande de informações a um conjunto sintético e relevante.
2. Histórico
Os estudos desse modelo começaram com McDougall na década de 1930, quando ele sugeriu analisar a personalidade a partir de cinco fatores independentes. Depois disso vários outros estudiosos complementaram essa teoria, tornando o modelo mais solido.
Quatro diferentes grupos de pesquisadores usaram métodos diferentes para encontrar os cinco traços, e assim, seus fatores possuem, em algum grau, nomes e definições diferentes. No entanto, todos são correlacionados e ligados analiticamente.
Os traços Big Five são amplos, compreensivos e quando calculados para indivíduos, tais traços são geralmente apresentados em uma medida de percentil. Por exemplo, um score de Conscienciosidade no 80º percentil indica um indivíduo mais controlador, organizado, que tende controlar os seus impulsos. Isto significa que 80% das pessoas possuem um nível menor ou igual deste fator do que o indivíduo analisado, isto é, a maioria das pessoas possuem o mesmo nível ou menor do que ele de Conscienciosidade. Por outro lado, este indivíduo do exemplo, possui um score de Extroversão no 5º percentil o que indica ser mais recluso, quieto, que tende a ser menos envolvido no "mundo social". Neste caso, apenas 5% das pessoas possuem o mesmo nível ou um nível menor de Extroversão do que ele, isto é, poucas pessoas possuem um score menor do que o dele neste quesito. As métricas frequentemente mais utilizadas para o Big Five contém itens de sentenças auto avaliativas ou, no caso de medidas léxicas, itens que são adjetivos.
3. Neuroticismo
É composto por 4 subfatores: vulnerabilidade; instabilidade emocional; Passividade/Falta de Energia e Depressão. Indivíduos com altos níveis de neuroticismo tendem a sofrer mais psicologicamente, serem mais instáveis psicologicamente e se sentirem mais vulneráveis.
Neuroticismo é a tendência para experienciar emoções negativas, como raiva, ansiedade ou depressão. Por vezes é chamada de instabilidade emocional. Aqueles com um grau elevado de neuroticismo são emocionalmente reactivos e vulneráveis ao stress. Estes estão mais predispostos a interpretar situações normais como sendo ameaçadoras, e pequenas frustrações como dificuldades sem esperança. As suas reações emocionais negativas tendem a persistir por períodos invulgarmente longos, o que significa que eles estão usualmente com má disposição. Esses problemas na regulação emocional podem diminuir a capacidade dessas pessoas para pensar claramente, tomar decisões e lidar de forma apropriada com o stress.
Há também estudos que relacionam altos níveis de neuroticismo com a dependência de substâncias, isso pode acontecer porque o individuo procura meios para aliviar o sofrimento.
No outro extremo da escala, indivíduos com baixo neuroticismo são mais difíceis de serem perturbados e são menos reativos emocionalmente. Eles tendem a ser calmos, emocionalmente estáveis, e livres de sentimentos negativos persistentes; no entanto, a escassez de sentimentos negativos não significa necessariamente que estes indivíduos experimentem muitos sentimentos positivos.
A avaliação do fator maior do neuroticismo, é feita pela média dos subfatores.
3.1. Vulnerabilidade
Que avalia o quão emocionalmente frágil o individuo é ou se considera. Altos níveis desse fator podem indicar baixa auto estima e medo de ser deixado pelos erros que comete
Já os baixos níveis podem indicar uma pessoa com independência emocional, que pode ser considerada uma pessoa fria e sem sensibilidade com os outros.
3.2. Instabilidade emocional
Avalia o quanto o indivíduo se considera, irritável, nervoso e com variações significativas de humor. Altos níveis podem indicar tendência a impulsividade frente a desconfortos psicológicos.
Baixos níveis podem indicar menor ocorrência de sentimentos negativos e maior capacidade para lidar com esses sentimentos.
3.3. Passividade/Falta de Energia
Altos níveis indicam indivíduos com tendência a procrastinação, além da dificuldade de tomar decisões.
Baixos níveis podem indicar indivíduos proativos e que se esforça para tomar decisões.
3.4. Depressão
Em altos níveis indica tendência a esperar coisas negativas do futuro, ter uma vida que consideram monótona e sem emoção, podendo sentir-se solitários, sem objetivos de vida e considerando-se incapazes de lidar com o dia a dia e tem alto nível de desesperança.
Baixos níveis demonstram um individuo com dificuldade de perceber problemas, esperam pelo futuro de forma mais positiva, porem a incapacidade de resolver problemas por não conseguir perceber os mesmos.
4. Extroversão
Extroversão é caracterizada por emoções positivas e pela tendência para procurar estimulação e a companhia dos outros. Este traço é marcado pelo profundo envolvimento com o mundo exterior. Os extrovertidos gostam de estar com pessoas, e são usualmente vistos como sendo cheios de energia.
Altos níveis de extroversão, pode estar relacionada com uma tendência a liderança. Baixa extroversão podem indicar pessoas mais caladas que falam pouco sobre si e precisam de maior contato para desenvolver intimidade com outras pessoas.
Os introvertidos simplesmente necessitam de menos estimulação e de mais tempo sozinhos do que os extrovertidos. Eles podem ser bastante ativos e enérgicos, mas não socialmente. Tendem a ser independentes e preferirem ficar sozinhos.
Os subfatores da extroversão são: Comunicação; altivez; dinamismo e interações sociais.
4.1. Comunicação 
Demonstram quão comunicativas as pessoas pensam ser. Altos níveis podem indicar facilidade de falar em público, conhecer novas pessoas e expressar opiniões.
Baixos níveis indicam pessoas que preferem não se expressar em publico e que se constrangem em situações de exposição.
4.2. Altivez
Indica indivíduo que tem amor-próprio, considera-se superior.
Demonstra pessoas com uma percepção grandiosa sobre a sua capacidade.
Altos níveis indicam pessoas que necessitam de atenção dos outros e acreditam que eles lhe invejam, confiança na capacidade pessoal.
Níveis baixos demonstram pessoas que não se vangloriam pelos bens e capacidades pessoais e que não sentem necessidade de receber atenção.
4.3. Dinamismo
Indica o quanto as pessoas tomam iniciativa em situações variadas.
Altos níveis representam pessoas mais dinâmicas, e que prefere manter-se ocupado em várias atividades.
Baixos níveis indicam pessoas que não precisam estar constantemente em movimento ou ocupadas, demorando a colocar suas ideias em prática.
4.4. Interações Sociais
Descreve pessoas que buscam atividades que geram interações sociais.
Altos níveis indicam indivíduos que fazem parte e um grupo.
Baixos níveis indicam indivíduos que preferem ficar sozinhos e que tem uma necessidade reduzida de viver situações intensas.
5. Agradabilidade
é a tendência para ser compassivo e cooperante em vez de suspeitoso e antagonista face aos outros. Este traço reflete diferenças individuais na preocupação com a harmonia social. Indivíduos “amáveis” valorizam a boa relação com os outros. 
Elessão geralmente respeitosos, amigáveis, generosos, prestáveis e dispostos a fazer compromissos.
Como consequência negativa podem se tornar pessoas mais submissas. Muitas vezes agem de forma ingênua com os outros lhes colocando em situações de risco.
Indivíduos “não-amigáveis” põem o interesse próprio acima da boa relação com os outros. Eles normalmente não se preocupam com o bem-estar dos outros.
Os subfatores da agradabilidade são: amabilidade; pró-sociabilidade e confiança nas pessoas.
5.1. Amabilidade
São pessoas mais atenciosas compreensivas e empáticas.
Altos níveis tendem a ser atenciosos e amáveis e pro ativos
Baixos níveis apresentam pouca disponibilidade com as demais, são auto centradas e indiferentes com as necessidades dos demais.
5.2. Pró-Sociabilidade
Apresenta um individuo que se envolve em comportamentos de risco ou apresentam padrões de consumo de bebidas alcoólicas.
Altos níveis identificam pessoas que evitam situações de risco.
Baixos níveis podem indicar pessoas que colocam a si mesmas e outras pessoas em situações de risco, pois acabam por desqualificar a importância das regras, sendo manipuladoras e hostis, além de um padrão de consumo elevado de álcool.
5.3. Confiança nas Pessoas
Demonstra o quanto confiam nas pessoas e acreditam que não irão prejudicá-los.
Altos níveis indicam pessoas que acreditam que os outros sejam honestos e bem intencionados, podendo ser ingênuos.
Níveis baixos indicam pessoas céticas, que acreditam que as pessoas tentam prejudicá-los.
6. Conscienciosidade
é a tendência para mostrar autodisciplina, orientação para os deveres e para atingir os objetivos. Este traço mostra uma preferência pelo comportamento planejado em vez do espontâneo.
Altos níveis representam indivíduos que buscam formas de alcançar seus objetivos sendo ambiciosos e esforçados.
Baixos níveis podem indicar pessoas com pouca motivação e que desistem diante das dificuldades. 
Os subfatores são: competência; prudência e comprometimento
6.1. Competência
Atitudes ativas em busca do objetivo e consciência de que são necessários sacrifícios para alcançar os objetivos
Altos níveis demonstram pessoas que acreditam em seu potencial para realizar diversas tarefas ao mesmo tempo.
Baixos níveis indicam pessoas com pouca disposição para chegar aos seus objetivos.
6.2. Prudência 
O cuidado que o individuo apresenta para expressar suas opiniões e defender interesses
Níveis altos indicam ponderação quanto ao que dizer ou fazer.
Baixos níveis indicam pessoas impulsivas com falta de planejamento e organização.
6.3. Comprometimento
Tendência ao detalhismo e exigência pessoal.
Altos níveis indicam pessoas que se dedicam bastante as atividades e gostam de obter reconhecimento.
Baixos níveis indicam pessoas que não se dedicam as suas tarefas.
7. Abertura
é o interesse pela arte, emoção, aventura, ideias fora do comum, imaginação, curiosidade, e variedade de experiências. Este traço distingue as pessoas imaginativas das “terra-a-terra” e convencionais. As pessoas com elevada abertura são intelectualmente curiosas, apreciadoras da arte, e sensíveis à beleza. Elas tendem a ser comparadas com as pessoas “fechadas”, mais criativas, a prestar mais atenção aos seus sentimentos e a terem opiniões não convencionais.
As pessoas com baixo grau de abertura tendem a ter interesses mais convencionais e tradicionais. Elas preferem o simples, claro e óbvio ao complexo, ambíguo e subtil. Elas podem ver as artes e as ciências com suspeita ou achá-las desinteressantes.
Seus subfatores são: abertura a ideias; liberalismo e busca por novidades.
7.1. Abertura a ideias
Abertura para novos conceitos ou ideias.
Altos níveis mostram pessoas que gostam de usar sua imaginação.
Baixos níveis indicam pessoas pouco curiosas, conservadoras e fiéis à seus gostos.
7.2. Liberalismo
Tendência a abertura para novos valores morais e sociais.
Altos níveis demostram indivíduos que relativizam fatores morais e regras sociais.
Baixos níveis mostram indivíduos que demonstram tendência ao dogmatismo e entendimento de que valores não devem ser mudados com o tempo.
7.3. Busca por novidades
Descreve a preferência por vivenciar novos eventos.
Altos níveis mostram indivíduos que não gostam de rotinas, ter pouca motivação para realização de tarefas repetitivas e se entediar quando não podem viver eventos novos.
Baixos níveis indicam pessoas que se sentem desconfortáveis com a quebra de rotina.