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81 81 6 - ABORDAGEM CONTINGENCIAL: A palavra contingência significa algo incerto ou eventual, que pode acontecer ou não, dependendo das circunstâncias. A abordagem contingencial salienta que não se alcança a eficácia organizacional seguindo um único e exclusivo modelo. Diferentes ambientes requerem diferentes desenhos organizacionais para obter a eficácia. A visão contingencial sugere que a organização é um sistema composto de subsistemas e definido por limites que o identificam em relação ao supra-sistema ambiental. Está dirigida para desenhos organizacionais e sistemas gerenciais adequados para cada situação específica. 6.1 - Teoria da Contingência: A Teoria da Contingência enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. Há uma relação funcional entre as condições do ambiente (variáveis independentes) e as técnicas administrativas (variáveis dependentes) apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização. Origens: Através de pesquisas efetuadas onde a conclusão foi de que a estrutura de uma organização e o seu funcionamento são dependentes da interface com o ambiente externo. Pesquisas: Chandler Estudou a experiência de quatro grandes empresas americanas - a Du Pont, General Motors, Standard Oil Co. e a Sears Roebuck & Cia. - e examinou comparativamente essas corporações americanas, demonstrando como a sua estrutura foi sendo continuamente adaptada e ajustada à sua estratégia. Concluiu que a estrutura organizacional das grandes empresas americanas foi sendo gradativamente determinada pela sua estratégia mercadológica. Diferentes ambientes levam as empresas a adotar novas estratégias e as mesmas exigem diferentes estruturas organizacionais. Burns e Stalker Sociólogos, que pesquisaram vinte indústrias inglesas para verificar a relação existente entre as práticas administrativas e o ambiente externo das indústrias, e classificaram-nas, segundo os diferentes procedimentos adotados por elas em mecanísticas e orgânicas. O sistema mecanicista é apropriado para empresas que operam em condições ambientais estáveis e o sistema orgânico para empresas que operam em ambientes de mudança. 82 82 Características Sistemas Mecânicos Sistemas Orgânicos Estrutura Organizacional Burocrática, rígida, definitiva e permanente. Flexível, mutável, adaptativa e transitória. Autoridade Baseada na hierarquia e no comando. Baseada no conhecimento e na consulta. Desenho de Cargos e Tarefas Definitivo. Cargos estáveis e definidos. Ocupantes especialistas. Provisório. Cargos mutáveis, redefinidos constantemente. Ocupantes polivalentes. Processo Decisorial Decisões centralizadas na cúpula da organização. Decisões descentralizadas. Comunicações Quase sempre verticais. Quase sempre horizontais. Confiabilidade As regras e regulamentos formalizados por escrito e impostos pela empresa. As pessoas e as comunicações informais. Princípios predominantes Princípios Gerais da Teoria Clássica. Aspectos democráticos da Teoria das Relações Humanas. Ambiente Estável e permanente. Instável e dinâmico. Propriedades das estruturas: Desenho Mecanístico Desenho Orgânico Coordenação centralizada. Padrões rígidos de interação em cargos bem definidos. Limitada capacidade de processamento da informação. Adequado para tarefas simples e repetitivas. Adequado para eficiência da produção. Elevada interdependência. Intensa interação em cargos autodefinidos e mutáveis. Capacidade expandida de processamento da informação. Adequado para tarefas únicas e complexas. Adequado para a criatividade e inovação. 83 83 Lawrence e Lorsch Pesquisa sobre o defrontamento entre organização e ambiente para marcar o aparecimento da Teoria da Contingência, cujo nome derivou dessa pesquisa. Concluíram que os problemas organizacionais básicos são a diferenciação e a integração. Diferenciação Divisão da organização em subsistemas ou departamentos, cada qual desempenhando uma tarefa especializada para um contexto ambiental também especializado. Integração Refere-se ao processo oposto, gerado por pressões vindas do ambiente da organização no sentido de obter unidade de esforços e coordenação entre os vários departamentos ou subsistemas. Joan Woodward Socióloga industrial inglesa, organizou uma pesquisa para saber se os princípios da administração propostos pelas teorias administrativas ser relacionavam com o êxito do negócio quando colocados em prática. Envolveu uma amostra de cem empresas de vários tipos de negócios, cujo tamanho oscilava de cem a oito mil funcionários, situadas no sul da Inglaterra. As cem empresas foram divididas em três tipos de tecnologia que utilizam diferentes abordagens de manufatura dos produtos. Tecnologia Produção Tecnologia Utilizada Resultado da Produção Produção unitária ou Oficina Habilidade manual. Pouca padronização e pouca automatização. Mão de obra intensiva e não especializado. Produção em unidades. Pouca previsibilidade dos resultados e incerteza quanto às operações. Exemplos: Produção de navios, geradores, motores de grande porte, aviões, locomotivas. Produção em massa Máquinas agrupadas em baterias do mesmo tipo (departamentos). Mão de obra intensiva e barata, utilizada com regularidade. Produção em lotes e em quantidade regular conforme cada lote. Razoável previsibilidade dos resultados. Certeza quanto à seqüência das operações. Exemplos: Máquinas operadas pelo homem e linhas de produção padronizadas, caso das montadoras de automóveis. Produção Contínua Processamento contínuo por meio de máquinas especializadas e padronizadas, dispostas linearmente. Padronização e automação. Tecnologia intensiva. Pessoal especializado. Produção contínua e em grande quantidade. Forte previsibilidade dos resultados. Certeza absoluta quanto à seqüência das operações. Exemplos: Participação humana mínima. Processo de produção de refinarias de petróleo, produção química, petroquímica, siderurgias. 84 84 Conclusões de Woodward: O desenho organizacional é afetado pela tecnologia: as empresas de produção em massa bem sucedidas tendiam a ser organizadas em linhas clássicas, porém nos outros tipos de tecnologia a forma organizacional ideal nada tem a ver com os clássicos. Há uma forte correlação entre a estrutura organizacional e previsibilidade das técnicas de produção: a previsão de resultados é alta para a produção por processamento contínuo e baixa para produção unitária. As empresas com operações estáveis necessitam de estruturas diferentes das organizações com tecnologia mutável: sistemas mecanísticos são mais apropriados para operações estáveis enquanto a organização inovadora, com tecnologia mutável requer um sistema orgânico e adaptativo. Há um predomínio das funções na empresa: a importância de cada função como vendas, produção e engenharia, P&D, na empresa depende da tecnologia utilizada. Tecnologia e suas conseqüências: Tecnologia de Produção Previsibilidade Níveis Hierárquicos Padronização e Automação Áreas Predominantes Produção Unitária ou Oficina Baixa previsibilidade dos resultados. Poucos níveis hierárquicos. Pouca padronização e automação. Engenharia P&D. Produção em Massa Média previsibilidade dos resultados Médio número de níveis hierárquicos Médiapadronização e automação Produção (Operações). Produção Contínua Eleva previsibilidade dos resultados Muitos níveis hierárquicos. Muita padronização e automação Marketing (Vendas). 6.2 - Ambiente: É o contexto que envolve externamente a organização, situação dentro do qual a empresa está inserida, que sendo um sistema aberto mantém transações e intercâmbio com seu ambiente. Mapeamento ambiental: O mapeamento ambiental traduz o ambiente de certeza da organização, que é feito pelas pessoas que dirigem a empresa, por isso mesmo sendo subjetivas e sujeitas a erros. Ênfase Ênfase no Intra-organizacional Ambiente Clássica Comportamental Estruturalista Sistemas D.O. Contingência RH Burocracia 85 85 Seleção ambiental: A difícil compreensão do ambiente geral de uma só vez, leva as empresas a selecionar seus ambientes e a visualizar o seu mundo apenas nas partes escolhidas e selecionadas. Em vez de considerar o ambiente como feito de coisas (matéria prima e produtos), as organizações interpretam sua realidade através da informação. Percepção ambiental: As organizações percebem subjetivamente seus ambientes de acordo com suas expectativas, experiências, problemas, convicções e motivações. Cada organização percebe e interpreta de forma própria e peculiar o contexto ambiental, significando que um mesmo ambiente pode ser percebido e interpretado diferentemente por duas ou mais organizações. Consonância e Dissonância: Ao selecionar e perceber seus ambientes, as organizações procuram reduzir a dissonância e manter a consonância. Consonância significa que as previsões da organização a respeito de seu ambiente são confirmadas na prática e no cotidiano. Dissonância é justamente os desvios dessa previsão ou presunção. Ambiente geral: É o macro ambiente constituído de um conjunto de condições comuns a todas organizações. Condições Tecnológicas As organizações precisam adaptar-se e incorporar tecnologia que provém do ambiente geral para não perderem a sua competitividade. Condições Legais Legislação vigente afetando direta ou indiretamente das organizações, auxiliando-as ou impondo-lhes restrições. Condições Políticas Definições políticas tomadas em nível federal, estadual e municipal que influenciam as organizações orientando as condições econômicas. Condições Econômicas Conjuntura que determina o desenvolvimento econômico ou a retração econômica e influencia as organizações - inflação, balança de pagamentos, distribuição de renda. Condições Demográficas Taxa de crescimento, população, raça, religião, distribuição geográfica, distribuição por sexo e idade, determinam as características do mercado atual e futuro das organizações. Condições Ecológicas Ecologia social, as organizações influenciam e são influenciadas por aspectos como poluição, clima, transportes, comunicações. Condições Culturais A cultura de um povo penetra nas organizações através das expectativas de seus participantes e consumidores. 86 86 Ambiente de tarefa: É o ambiente de operações de uma empresa onde ela extrai as suas entradas e deposita suas saídas. Constituição do ambiente de tarefa Fornecedores de entradas Recursos materiais, financeiros, humanos. Clientes ou Usuários Consumidores das saídas da organização. Concorrentes Disputa com outras organizações os mesmos recursos e os mesmos tomadores de suas saídas. Entidades reguladoras Outras organizações que regulam ou fiscalizam as atividades, caso de sindicatos, associações de classe, órgãos regulamentadores do governo, órgãos protetores do consumidor. Tipologia de Ambientes: Quanto à sua estrutura Quanto à sua dinâmica Homogêneo Heterogêneo Estáveis Instáveis Fornecedores, clientes, concorrentes similares. Mercado com pouca diferenciação e baixa segmentação. Muita diferenciação de fornecedores, clientes e concorrentes e mercado. Pouca ou nenhuma mudança. Tranqüilo e previsível. Muitas mudanças. Instabilidade constante gera incertezas. 6.3 - Tecnologia: Contribui para o desenvolvimento das organizações através de conhecimentos acumulados e desenvolvidos bem como pelo avanço de máquinas, equipamentos e instalações. A tecnologia permeia toda a atividade industrial e participa de toda atividade humana, em todos os campos de atuação. Influência dos Fatores Tecnológicos e Humanos: Mecanização e Artesanato e Automação. Manufatura. Operação de Tecnologia Intensiva Operação de Mão de Obra Intensiva Operação de Média Tecnologia Exemplos: Petroquímica Refinaria de Petróleo Processamento /dados Siderúrgica Produção de Cimento Exemplos: Injeção de plásticos Crédito e cobrança Têxtil semi-automática Exemplos: Construção Civil Serviços de Escritório Linhas de Montagem 87 87 Impacto da Tecnologia: A influência da tecnologia sobre a organização e seus participantes é relevante pelas seguintes razões: 6.4 - As Organizações e seus Níveis: Na Teoria da Contingência não existe uma universalidade dos princípios e num uma única e melhor maneira de organizar e estruturar as organizações, mas sim, estão sujeitos ao ambiente e a tecnologia. Níveis organizacionais Institucional Nível mais elevado, composto de diretores, proprietários, onde são estabelecidos os objetivos da organização. Lida com a incerteza por não ter controle sobre os eventos ambientais. Intermediário Nível mediador ou nível gerencial, cuida da articulação entre o estratégico (incerteza e risco) e o operacional (certeza e lógica). Deve ser flexível, elástico, capaz de amortecer e conter os impactos e pressões externos para não prejudicar as operações internas. Operacional Nível técnico, relacionado com os problemas ligados à execução cotidiana e eficiente das tarefas e operações da organização e orientado para as exigências impostas pela natureza da tarefa técnica a ser executada. A tecnologia determina a natureza da estrutura e do comportamento organizacional das empresas, influenciando sua vida, natureza e funcionamento. A tecnologia, isto é, a racionalidade técnica, tornou-se um sinônimo de eficiência, sendo que este é o critério normativo pelo qual as organizações são avaliadas. A tecnologia leva os administradores a melhorar cada vez mais a eficácia, mas sempre dentro dos limites do critério normativo de produzir eficiência. 88 88 6.5 - Novas abordagens ao Desenho: A Teoria da Contingência preocupou-se com o desenho das organizações devido à importância dada à abordagem de sistemas abertos. O desenho da estrutura organizacional deve ser função de um ambiente complexo e mutável requerendo a identificação de variáveis: Entradas Características do ambiente geral e do ambiente de tarefa (fornecedores de recursos, clientes e usuários, concorrentes e entidades regulamentadoras). Tecnologias Utilizadas para execução das tarefas organizacionais de sistemas concretos (máquinas, instalações, equipamentos) e abstratos (know-how, políticas, diretrizes). Tarefas ou funções Operações e processos executados para obter as saídas ou resultados. Estruturas Relações existentes entre os elementos componentes de uma organização, incluindo interações, a própria configuraçãoestrutural dos órgãos e cargos, interações entre órgãos e cargos, equipes, hierarquia da autoridade, ou seja, todos os esquemas de diferenciação e integração. Saídas ou resultados Os objetivos almejados, resultados esperados (quantidade e qualidade da produção, lucratividade, satisfação dos clientes, competitividade), são as medidas de eficácia organizacional. 6.6 - O Homem Complexo: O homem complexo é genérico, particular, ativo e reflexivo. É sujeito ativo e não objeto da ação. A Teoria da Contingência passou a aceitar a enorme variabilidade humana dentro das organizações: em vez de selecionar as pessoas e padronizar o comportamento humano passou-se a realçar as diferenças individuais e a respeitar a personalidade das pessoas, aproveitando e canalizando as suas diferentes habilidades e capacidades. Administração Científica TRH Teoria Estruturalista Teoria Comportamental Teoria dos Sistemas Homo Economicus Homo Social Homem Organizacional Homem Administrativo Homem Funcional Homem Complexo 89 89 6.7 - Modelo Contingencial de Motivação: Modelo de Expectância: Probabilidade de que os esforços de uma pessoa conduzam a um desempenho. Resultado Final: Expectação: Resultado Intermediário: Expectância e Sistema de Valências: Cada indivíduo tem preferências quanto a determinados resultados finais que ele pretende alcançar ou evitar. Esses resultados adquirem valências, sendo como positiva o desejo de alcançar certo resultado final, enquanto uma valência negativa indica o desejo de fugir ou evitar um resultado final. A relação causal entre resultados intermediários e resultados finais recebe o nome de instrumentalidade, que apresenta valores que variam de +1,0 a -1,0 de valência. A motivação para produzir é função de: Força do desejo de alcançar objetivos individuais. Relação percebida entre a produtividade e alcance dos objetivos individuais. Capacidade de percebida de influenciar o próprio nível de produtividade Expectativas Recompensas Relação entre Expectativas e Recompensas Atividades da pessoa: Esforço Capacidade Produtividade Elevada Dinheiro Benefícios Sociais Apoio do Gerente Promoção Aceitação do Grupo 90 90 Teoria Contingencial da Liderança: O modelo se baseia no fato de que não existe um estilo único e melhor de liderança para toda e qualquer situação. Os estilos eficazes de liderança são contingenciais. Dimensões situacionais que influenciam a liderança eficaz Relações líder - membros Refere-se ao sentimento de aceitação do líder pelos membros do grupo e vice-versa. As relações podem ser boas ou pobres. É uma dimensão mais importante do que o poder da posição do líder. Estrutura da tarefa Refere-se ao grau de estruturação da tarefa, ou seja, ao grau em que o trabalho dos subordinados é rotineiro e programado ou vago e indefinível. Poder da posição do líder Refere-se à dimensão de autoridade formal atribuída ao líder, independentemente do seu poder pessoal. Pode ser forte ou pode ser fraca. 6.8 - Apreciação Crítica: A Teoria da Contingência representa a mais recente abordagem da teoria administrativa. Leva em conta todas as teorias anteriores dentro do prisma da Teoria de Sistemas. A relação existente entre a abordagem contingencial e a Teoria de Sistemas é paralela à relação existente entre a abordagem clássica e neoclássica. Os neoclássicos estenderam os conceitos clássicos de Taylor e Fayol adicionando aspectos das teorias comportamentais, mantendo contudo intactas as premissas básicas da Teoria Clássica. A abordagem contingencial fez a mesma coisa em relação à Teoria de Sistemas: aceitou as premissas básicas da TS a respeito da interdependência e natureza orgânica da organização, bem como o caráter aberto e adaptativo das organizações e a necessidade de preservar sua flexibilidade em face as mudanças ambientais. Para aumentar a Expectância: Faça a pessoa sentir-se competente e capaz de alcançar o nível desejado de desempenho. Para aumentar a Instrumentalidade: Faça a pessoa compreender e confiar que recompensas virão com o alcance do desempenho. Para aumentar a Valência: Faça a pessoa compreender o valor dos possíveis retornos e recompensas. Selecione pessoas com habilidade. Treine as pessoas para usar suas habilidades. Apoie os esforços das pessoas. Esclareça os objetivos de desempenho. Esclareça contratos psicológicos. Comunique possibilidades de retorno de desempenho. Demonstre quais as recompensas dependem do desempenho. Identifique as necessidades individuais das pessoas. Ajuste as recompensas para se adequarem a essas necessidades. 91 91 Principais aspectos críticos: Relativismo em Administração A Teoria da Contingência não aceita os princípios universais e definitivos de administração, sendo a prática administrativa situacional e circunstancial. Tudo é relativo e tudo depende. Administrar não é somente indicar o que fazer, mas principalmente, analisar por que fazer. O enfoque contingencial proporciona conceitos, instrumentos, diagnósticos, métodos e técnicas apropriadas para a análise e resolução de problemas situacionais. Bipolaridade Contínua Quase todos os conceitos básicos da Teoria da Contingência são utilizados em termos relativos, pois, os autores desta teoria não utilizam conceitos únicos e estáticos e em termos absolutos e definitivos, mas conceitos dinâmicos e que podem ser abordados em diferentes situações. Ênfase no Ambiente A Teoria da Contingência focaliza a organização de fora para dentro, mostrando a influência ambiental na estrutura e no comportamento das organizações. Enfatiza a necessidade de consonância entre a organização e seu ambiente. Ênfase na Tecnologia A visão contingencial focaliza a organização como um meio de utilização racional da tecnologia, que se constitui a variável independente que condiciona a estrutura e o comportamento organizacional, que constituem as variáveis dependentes do sistema. A tecnologia representa simultaneamente uma importante variável ambiental e uma variável organizacional, ou seja, uma variável exógena e endógena para as organizações. Compatibilização entre Sistema Fechado e Sistema Aberto A Teoria da Contingência mostrou que as abordagens mecanísticas se preocuparam com os aspectos internos da organização, enquanto as abordagens orgânicas voltaram-se para os aspectos da periferia organizacional e dos níveis organizacionais mais elevados. Caráter Eclético e Integrativo A abordagem contingencial é eclética e integrativa, absorvendo os conceitos das diversas teorias administrativas no sentido de alargar horizontes e mostrar que nada é absoluto. É com a Teoria da Contingência que se percebe com mais nitidez que as fronteiras entre as teorias estão se tornando cada vez mais permeáveis e incertas devido a um crescente intercâmbio de idéias e conceitos. Oportunidades Receptividade ambiental. Incentivos. Facilidades. Aberturas. Condições favoráveis. Contingências favoráveis. Ameaças Contingências imprevisíveis Condições desfavoráveis. Restrições e limitações. Problemas e desafios. Coações e pressões. Hostilidade ambiental.
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