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Teoria das contingencias

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81
81 
6 - ABORDAGEM CONTINGENCIAL: 
A palavra contingência significa algo incerto ou eventual, que pode acontecer ou 
não, dependendo das circunstâncias. A abordagem contingencial salienta que não 
se alcança a eficácia organizacional seguindo um único e exclusivo modelo. 
Diferentes ambientes requerem diferentes desenhos organizacionais para obter a 
eficácia. 
 
A visão contingencial sugere que a organização é um sistema composto de 
subsistemas e definido por limites que o identificam em relação ao supra-sistema 
ambiental. Está dirigida para desenhos organizacionais e sistemas gerenciais 
adequados para cada situação específica. 
 
6.1 - Teoria da Contingência: 
A Teoria da Contingência enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou 
na teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. Há uma relação funcional 
entre as condições do ambiente (variáveis independentes) e as técnicas 
administrativas (variáveis dependentes) apropriadas para o alcance eficaz dos 
objetivos da organização. 
 
Origens: 
Através de pesquisas efetuadas onde a conclusão foi de que a estrutura de uma 
organização e o seu funcionamento são dependentes da interface com o ambiente 
externo. 
 
Pesquisas: 
 
 
 
Chandler 
 
 
Estudou a experiência de quatro grandes empresas americanas - a Du Pont, 
General Motors, Standard Oil Co. e a Sears Roebuck & Cia. - e examinou 
comparativamente essas corporações americanas, demonstrando como a sua 
estrutura foi sendo continuamente adaptada e ajustada à sua estratégia. 
 
Concluiu que a estrutura organizacional das grandes empresas americanas foi 
sendo gradativamente determinada pela sua estratégia mercadológica. 
 
Diferentes ambientes levam as empresas a adotar novas estratégias e as mesmas 
exigem diferentes estruturas organizacionais. 
 
 
 
 
Burns e Stalker 
 
 
Sociólogos, que pesquisaram vinte indústrias inglesas para verificar a relação 
existente entre as práticas administrativas e o ambiente externo das indústrias, e 
classificaram-nas, segundo os diferentes procedimentos adotados por elas em 
mecanísticas e orgânicas. 
 
O sistema mecanicista é apropriado para empresas que operam em condições 
ambientais estáveis e o sistema orgânico para empresas que operam em ambientes 
de mudança. 
 
 
 
 
82
82 
 
 
Características 
 
 
Sistemas Mecânicos 
 
Sistemas Orgânicos 
 
Estrutura 
Organizacional 
 
 
Burocrática, rígida, definitiva 
e permanente. 
 
Flexível, mutável, adaptativa e 
transitória. 
 
 
Autoridade 
 
 
Baseada na hierarquia e no 
comando. 
 
 
Baseada no conhecimento e na 
consulta. 
 
 
Desenho de 
Cargos e Tarefas 
 
 
Definitivo. 
 
Cargos estáveis e definidos. 
 
Ocupantes especialistas. 
 
 
Provisório. 
 
Cargos mutáveis, redefinidos 
constantemente. 
 
Ocupantes polivalentes. 
 
 
Processo 
Decisorial 
 
 
Decisões centralizadas na 
cúpula da organização. 
 
 
Decisões descentralizadas. 
 
 
Comunicações 
 
 
 
Quase sempre verticais. 
 
 
Quase sempre horizontais. 
 
 
 
Confiabilidade 
 
As regras e regulamentos 
formalizados por escrito e 
impostos pela empresa. 
 
 
 
As pessoas e as comunicações 
informais. 
 
Princípios 
predominantes 
 
 
Princípios Gerais da Teoria 
Clássica. 
 
Aspectos democráticos da 
Teoria das Relações Humanas. 
 
Ambiente 
 
 
Estável e permanente. 
 
Instável e dinâmico. 
 
 
 Propriedades das estruturas: 
 
 
Desenho Mecanístico 
 
 
Desenho Orgânico 
 
Coordenação centralizada. 
 
Padrões rígidos de interação em cargos 
bem definidos. 
 
Limitada capacidade de processamento 
da informação. 
 
Adequado para tarefas simples e 
repetitivas. 
 
Adequado para eficiência da produção. 
 
Elevada interdependência. 
 
Intensa interação em cargos autodefinidos 
e mutáveis. 
 
Capacidade expandida de processamento 
da informação. 
 
Adequado para tarefas únicas e 
complexas. 
 
Adequado para a criatividade e inovação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
83
83 
 
Lawrence e Lorsch 
 
 
Pesquisa sobre o defrontamento entre organização e ambiente para marcar o 
aparecimento da Teoria da Contingência, cujo nome derivou dessa pesquisa. Concluíram 
que os problemas organizacionais básicos são a diferenciação e a integração. 
 
 
 
 
Diferenciação 
 
 
Divisão da organização em subsistemas ou departamentos, cada 
qual desempenhando uma tarefa especializada para um contexto 
ambiental também especializado. 
 
 
 
 
Integração 
 
 
Refere-se ao processo oposto, gerado por pressões vindas do 
ambiente da organização no sentido de obter unidade de esforços e 
coordenação entre os vários departamentos ou subsistemas. 
 
 
 
Joan Woodward 
 
 
Socióloga industrial inglesa, organizou uma pesquisa para saber se os princípios da 
administração propostos pelas teorias administrativas ser relacionavam com o êxito do 
negócio quando colocados em prática. 
 
Envolveu uma amostra de cem empresas de vários tipos de negócios, cujo tamanho 
oscilava de cem a oito mil funcionários, situadas no sul da Inglaterra. 
 
 
 
As cem empresas foram divididas em três tipos de tecnologia que utilizam diferentes 
abordagens de manufatura dos produtos. 
 
 
Tecnologia 
Produção 
 
 
Tecnologia Utilizada 
 
 
Resultado da Produção 
 
 
Produção 
unitária ou 
Oficina 
 
Habilidade manual. 
 
Pouca padronização e pouca 
automatização. 
 
Mão de obra intensiva e não 
especializado. 
 
Produção em unidades. 
 
Pouca previsibilidade dos resultados e incerteza 
quanto às operações. 
 
Exemplos: 
Produção de navios, geradores, motores de 
grande porte, aviões, locomotivas. 
 
 
 
 
 
 
Produção 
em massa 
 
 
 
Máquinas agrupadas em 
baterias do mesmo tipo 
(departamentos). 
 
Mão de obra intensiva e barata, 
utilizada com regularidade. 
 
Produção em lotes e em quantidade regular 
conforme cada lote. 
 
Razoável previsibilidade dos resultados. Certeza 
quanto à seqüência das operações. 
 
Exemplos: 
Máquinas operadas pelo homem e linhas de 
produção padronizadas, caso das montadoras 
de automóveis. 
 
 
 
 
Produção 
Contínua 
 
Processamento contínuo por 
meio de máquinas 
especializadas e padronizadas, 
dispostas linearmente. 
 
Padronização e automação. 
 
Tecnologia intensiva. 
 
Pessoal especializado. 
 
Produção contínua e em grande quantidade. 
 
Forte previsibilidade dos resultados. 
Certeza absoluta quanto à seqüência das 
operações. 
 
Exemplos: 
Participação humana mínima. Processo de 
produção de refinarias de petróleo, produção 
química, petroquímica, siderurgias. 
 
 
 
 
84
84 
Conclusões de Woodward: 
 
 
O desenho organizacional é afetado pela tecnologia: as empresas de produção em 
massa bem sucedidas tendiam a ser organizadas em linhas clássicas, porém nos 
outros tipos de tecnologia a forma organizacional ideal nada tem a ver com os 
clássicos. 
 
Há uma forte correlação entre a estrutura organizacional e previsibilidade das 
técnicas de produção: a previsão de resultados é alta para a produção por 
processamento contínuo e baixa para produção unitária. 
 
As empresas com operações estáveis necessitam de estruturas diferentes das 
organizações com tecnologia mutável: sistemas mecanísticos são mais 
apropriados para operações estáveis enquanto a organização inovadora, com 
tecnologia mutável requer um sistema orgânico e adaptativo. 
 
Há um predomínio das funções na empresa: a importância de cada função como 
vendas, produção e engenharia, P&D, na empresa depende da tecnologia utilizada. 
 
Tecnologia e suas conseqüências: 
 
 
Tecnologia de 
Produção 
 
 
Previsibilidade 
 
Níveis 
Hierárquicos 
 
Padronização e 
Automação 
 
Áreas 
Predominantes 
 
Produção 
Unitária ou 
Oficina 
 
 
 
Baixa 
previsibilidade 
dos resultados. 
 
 
Poucos níveis 
hierárquicos. 
 
 
Pouca 
padronização e 
automação. 
 
 
Engenharia 
P&D. 
 
 
Produção 
em Massa 
 
 
Média 
previsibilidade 
dos resultados 
 
 
Médio número 
de níveis 
hierárquicos 
 
Médiapadronização e 
automação 
 
Produção 
(Operações). 
 
 
Produção 
Contínua 
 
 
Eleva 
previsibilidade 
dos resultados 
 
Muitos níveis 
hierárquicos. 
 
Muita 
padronização e 
automação 
 
 
Marketing 
(Vendas). 
 
6.2 - Ambiente: 
É o contexto que envolve externamente a organização, situação dentro do qual a 
empresa está inserida, que sendo um sistema aberto mantém transações e 
intercâmbio com seu ambiente. 
 
 Mapeamento ambiental: 
O mapeamento ambiental traduz o ambiente de certeza da organização, que é feito 
pelas pessoas que dirigem a empresa, por isso mesmo sendo subjetivas e sujeitas a 
erros. 
 
 Ênfase Ênfase no 
 Intra-organizacional Ambiente 
 
 
 
 
 Clássica Comportamental Estruturalista Sistemas D.O. Contingência 
 RH 
 Burocracia 
 
 
85
85 
 Seleção ambiental: 
A difícil compreensão do ambiente geral de uma só vez, leva as empresas a 
selecionar seus ambientes e a visualizar o seu mundo apenas nas partes escolhidas 
e selecionadas. 
 
Em vez de considerar o ambiente como feito de coisas (matéria prima e produtos), 
as organizações interpretam sua realidade através da informação. 
 
Percepção ambiental: 
As organizações percebem subjetivamente seus ambientes de acordo com suas 
expectativas, experiências, problemas, convicções e motivações. 
 
Cada organização percebe e interpreta de forma própria e peculiar o contexto 
ambiental, significando que um mesmo ambiente pode ser percebido e interpretado 
diferentemente por duas ou mais organizações. 
 
Consonância e Dissonância: 
Ao selecionar e perceber seus ambientes, as organizações procuram reduzir a 
dissonância e manter a consonância. Consonância significa que as previsões da 
organização a respeito de seu ambiente são confirmadas na prática e no cotidiano. 
Dissonância é justamente os desvios dessa previsão ou presunção. 
 
Ambiente geral: 
É o macro ambiente constituído de um conjunto de condições comuns a todas 
organizações. 
 
 
 
 
Condições 
Tecnológicas 
 
As organizações precisam adaptar-se e incorporar tecnologia que 
provém do ambiente geral para não perderem a sua 
competitividade. 
 
 
 
Condições 
Legais 
 
Legislação vigente afetando direta ou indiretamente das 
organizações, auxiliando-as ou impondo-lhes restrições. 
 
 
 
Condições 
Políticas 
 
Definições políticas tomadas em nível federal, estadual e 
municipal que influenciam as organizações orientando as 
condições econômicas. 
 
 
 
Condições 
Econômicas 
 
Conjuntura que determina o desenvolvimento econômico ou a 
retração econômica e influencia as organizações - inflação, 
balança de pagamentos, distribuição de renda. 
 
 
 
Condições 
Demográficas 
 
Taxa de crescimento, população, raça, religião, distribuição 
geográfica, distribuição por sexo e idade, determinam as 
características do mercado atual e futuro das organizações. 
 
 
 
Condições 
Ecológicas 
 
Ecologia social, as organizações influenciam e são influenciadas 
por aspectos como poluição, clima, transportes, comunicações. 
 
 
 
Condições 
Culturais 
 
A cultura de um povo penetra nas organizações através das 
expectativas de seus participantes e consumidores. 
 
 
 
 
86
86 
Ambiente de tarefa: 
É o ambiente de operações de uma empresa onde ela extrai as suas entradas e 
deposita suas saídas. 
 
 
Constituição do ambiente de tarefa 
 
 
Fornecedores 
de entradas 
 
 
 
Recursos materiais, financeiros, humanos. 
 
 
Clientes ou 
Usuários 
 
 
 
Consumidores das saídas da organização. 
 
 
Concorrentes 
 
 
Disputa com outras organizações os mesmos recursos e os 
mesmos tomadores de suas saídas. 
 
 
Entidades 
reguladoras 
 
Outras organizações que regulam ou fiscalizam as atividades, 
caso de sindicatos, associações de classe, órgãos 
regulamentadores do governo, órgãos protetores do 
consumidor. 
 
 
 Tipologia de Ambientes: 
 
 
Quanto à sua estrutura 
 
 
Quanto à sua dinâmica 
 
Homogêneo 
 
 
Heterogêneo 
 
Estáveis 
 
Instáveis 
 
Fornecedores, clientes, 
concorrentes similares. 
 
Mercado com pouca 
diferenciação e baixa 
segmentação. 
 
 
 
Muita diferenciação de 
fornecedores, clientes e 
concorrentes e mercado. 
 
Pouca ou 
nenhuma 
mudança. 
 
Tranqüilo e 
previsível. 
 
Muitas 
mudanças. 
 
Instabilidade 
constante gera 
incertezas. 
 
6.3 - Tecnologia: 
Contribui para o desenvolvimento das organizações através de conhecimentos 
acumulados e desenvolvidos bem como pelo avanço de máquinas, equipamentos e 
instalações. A tecnologia permeia toda a atividade industrial e participa de toda 
atividade humana, em todos os campos de atuação. 
 
 Influência dos Fatores Tecnológicos e Humanos: 
 
Mecanização e Artesanato e 
 Automação. Manufatura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Operação de 
Tecnologia Intensiva 
Operação de 
Mão de Obra Intensiva 
Operação de 
Média Tecnologia 
Exemplos: 
 
Petroquímica 
 
Refinaria de Petróleo 
 
Processamento /dados 
 
Siderúrgica 
 
Produção de Cimento 
Exemplos: 
 
Injeção de plásticos 
 
Crédito e cobrança 
 
Têxtil semi-automática 
Exemplos: 
 
Construção Civil 
 
Serviços de Escritório 
 
Linhas de Montagem 
 
 
87
87 
Impacto da Tecnologia: 
A influência da tecnologia sobre a organização e seus participantes é relevante 
pelas seguintes razões: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.4 - As Organizações e seus Níveis: 
Na Teoria da Contingência não existe uma universalidade dos princípios e num uma 
única e melhor maneira de organizar e estruturar as organizações, mas sim, estão 
sujeitos ao ambiente e a tecnologia. 
 
 
Níveis organizacionais 
 
 
 
 
Institucional 
 
Nível mais elevado, composto de diretores, proprietários, onde 
são estabelecidos os objetivos da organização. 
 
Lida com a incerteza por não ter controle sobre os eventos 
ambientais. 
 
 
 
 
 
Intermediário 
 
Nível mediador ou nível gerencial, cuida da articulação entre o 
estratégico (incerteza e risco) e o operacional (certeza e lógica). 
 
Deve ser flexível, elástico, capaz de amortecer e conter os 
impactos e pressões externos para não prejudicar as operações 
internas. 
 
 
 
 
 
Operacional 
 
Nível técnico, relacionado com os problemas ligados à execução 
cotidiana e eficiente das tarefas e operações da organização e 
orientado para as exigências impostas pela natureza da tarefa 
técnica a ser executada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A tecnologia determina a natureza da estrutura e do comportamento 
organizacional das empresas, influenciando sua vida, natureza e funcionamento. 
 
A tecnologia, isto é, a racionalidade técnica, tornou-se um sinônimo de 
eficiência, sendo que este é o critério normativo pelo qual as organizações são 
avaliadas. 
 
A tecnologia leva os administradores a melhorar cada vez mais a eficácia, mas 
sempre dentro dos limites do critério normativo de produzir eficiência. 
 
 
 
88
88 
6.5 - Novas abordagens ao Desenho: 
A Teoria da Contingência preocupou-se com o desenho das organizações devido à 
importância dada à abordagem de sistemas abertos. 
 
O desenho da estrutura organizacional deve ser função de um ambiente complexo e 
mutável requerendo a identificação de variáveis: 
 
 
 
Entradas 
 
Características do ambiente geral e do ambiente de tarefa 
(fornecedores de recursos, clientes e usuários, concorrentes e 
entidades regulamentadoras). 
 
 
 
Tecnologias 
 
Utilizadas para execução das tarefas organizacionais de sistemas 
concretos (máquinas, instalações, equipamentos) e abstratos 
(know-how, políticas, diretrizes). 
 
 
Tarefas ou 
funções 
 
Operações e processos executados para obter as saídas ou 
resultados. 
 
 
 
Estruturas 
 
Relações existentes entre os elementos componentes de uma 
organização, incluindo interações, a própria configuraçãoestrutural dos órgãos e cargos, interações entre órgãos e cargos, 
equipes, hierarquia da autoridade, ou seja, todos os esquemas de 
diferenciação e integração. 
 
 
 
Saídas ou 
resultados 
 
 
Os objetivos almejados, resultados esperados (quantidade e 
qualidade da produção, lucratividade, satisfação dos clientes, 
competitividade), são as medidas de eficácia organizacional. 
 
 
6.6 - O Homem Complexo: 
O homem complexo é genérico, particular, ativo e reflexivo. É sujeito ativo e não 
objeto da ação. A Teoria da Contingência passou a aceitar a enorme variabilidade 
humana dentro das organizações: em vez de selecionar as pessoas e padronizar o 
comportamento humano passou-se a realçar as diferenças individuais e a respeitar 
a personalidade das pessoas, aproveitando e canalizando as suas diferentes 
habilidades e capacidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Administração 
Científica 
 
TRH 
Teoria 
Estruturalista 
Teoria 
Comportamental 
Teoria dos 
Sistemas 
Homo 
Economicus 
Homo 
Social 
Homem 
Organizacional 
Homem 
Administrativo 
Homem 
Funcional 
Homem 
Complexo 
 
 
89
89 
 6.7 - Modelo Contingencial de Motivação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modelo de Expectância: 
Probabilidade de que os esforços de uma pessoa conduzam a um desempenho. 
 
 Resultado Final: 
 
 
 
 
 Expectação: 
 Resultado 
 Intermediário: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Expectância e Sistema de Valências: 
Cada indivíduo tem preferências quanto a determinados resultados finais que ele 
pretende alcançar ou evitar. 
 
Esses resultados adquirem valências, sendo como positiva o desejo de alcançar 
certo resultado final, enquanto uma valência negativa indica o desejo de fugir ou 
evitar um resultado final. 
 
A relação causal entre resultados intermediários e resultados finais recebe o nome 
de instrumentalidade, que apresenta valores que variam de +1,0 a -1,0 de valência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 
motivação 
para 
produzir é 
função de: 
 
Força do desejo de alcançar 
objetivos individuais. 
Relação percebida entre a 
produtividade e alcance dos 
objetivos individuais. 
Capacidade de percebida de 
influenciar o próprio nível de 
produtividade 
 
 
 
 
Expectativas 
 
 
Recompensas 
Relação entre 
Expectativas e 
Recompensas 
 
Atividades 
da pessoa: 
 
Esforço 
 
Capacidade 
Produtividade 
Elevada 
 
Dinheiro 
Benefícios 
Sociais 
Apoio do 
Gerente 
 
Promoção 
Aceitação 
 do Grupo 
 
 
90
90 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Contingencial da Liderança: 
O modelo se baseia no fato de que não existe um estilo único e melhor de liderança 
para toda e qualquer situação. Os estilos eficazes de liderança são contingenciais. 
 
 
Dimensões situacionais que influenciam a liderança eficaz 
 
 
 
Relações líder - 
membros 
 
Refere-se ao sentimento de aceitação do líder pelos 
membros do grupo e vice-versa. As relações podem ser boas 
ou pobres. É uma dimensão mais importante do que o poder 
da posição do líder. 
 
 
Estrutura da 
tarefa 
 
Refere-se ao grau de estruturação da tarefa, ou seja, ao grau 
em que o trabalho dos subordinados é rotineiro e 
programado ou vago e indefinível. 
 
 
Poder da posição 
do líder 
 
Refere-se à dimensão de autoridade formal atribuída ao líder, 
independentemente do seu poder pessoal. Pode ser forte ou 
pode ser fraca. 
 
 
6.8 - Apreciação Crítica: 
A Teoria da Contingência representa a mais recente abordagem da teoria 
administrativa. Leva em conta todas as teorias anteriores dentro do prisma da 
Teoria de Sistemas. A relação existente entre a abordagem contingencial e a Teoria 
de Sistemas é paralela à relação existente entre a abordagem clássica e neoclássica. 
 
Os neoclássicos estenderam os conceitos clássicos de Taylor e Fayol adicionando 
aspectos das teorias comportamentais, mantendo contudo intactas as premissas 
básicas da Teoria Clássica. 
 
A abordagem contingencial fez a mesma coisa em relação à Teoria de Sistemas: 
aceitou as premissas básicas da TS a respeito da interdependência e natureza 
orgânica da organização, bem como o caráter aberto e adaptativo das organizações 
e a necessidade de preservar sua flexibilidade em face as mudanças ambientais. 
Para aumentar a 
Expectância: 
 
Faça a pessoa sentir-se 
competente e capaz de 
alcançar o nível desejado de 
desempenho. 
Para aumentar a 
Instrumentalidade: 
 
Faça a pessoa compreender e 
confiar que recompensas 
virão com o alcance do 
desempenho. 
Para aumentar a 
Valência: 
 
Faça a pessoa compreender 
o valor dos possíveis 
retornos e recompensas. 
 
Selecione pessoas com habilidade. 
 
Treine as pessoas para usar suas habilidades. 
 
Apoie os esforços das pessoas. 
 
Esclareça os objetivos de desempenho. 
 
Esclareça contratos psicológicos. 
 
Comunique possibilidades de retorno de 
desempenho. 
 
Demonstre quais as recompensas 
dependem do desempenho. 
 
Identifique as necessidades individuais 
das pessoas. 
 
Ajuste as recompensas para se 
adequarem a essas necessidades. 
 
 
91
91 
Principais aspectos críticos: 
 
 
Relativismo em Administração 
 
 
A Teoria da Contingência não aceita os princípios universais e definitivos de administração, 
sendo a prática administrativa situacional e circunstancial. Tudo é relativo e tudo depende. 
 
Administrar não é somente indicar o que fazer, mas principalmente, analisar por que fazer. O 
enfoque contingencial proporciona conceitos, instrumentos, diagnósticos, métodos e 
técnicas apropriadas para a análise e resolução de problemas situacionais. 
 
 
 
Bipolaridade Contínua 
 
 
Quase todos os conceitos básicos da Teoria da Contingência são utilizados em termos 
relativos, pois, os autores desta teoria não utilizam conceitos únicos e estáticos e em termos 
absolutos e definitivos, mas conceitos dinâmicos e que podem ser abordados em diferentes 
situações. 
 
 
 
Ênfase no Ambiente 
 
 
A Teoria da Contingência focaliza a organização de fora para dentro, mostrando a influência 
ambiental na estrutura e no comportamento das organizações. Enfatiza a necessidade de 
consonância entre a organização e seu ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ênfase na Tecnologia 
 
 
A visão contingencial focaliza a organização como um meio de utilização racional da 
tecnologia, que se constitui a variável independente que condiciona a estrutura e o 
comportamento organizacional, que constituem as variáveis dependentes do sistema. A 
tecnologia representa simultaneamente uma importante variável ambiental e uma variável 
organizacional, ou seja, uma variável exógena e endógena para as organizações. 
 
 
 
 
Compatibilização entre Sistema Fechado e Sistema Aberto 
 
 
A Teoria da Contingência mostrou que as abordagens mecanísticas se preocuparam com os 
aspectos internos da organização, enquanto as abordagens orgânicas voltaram-se para os 
aspectos da periferia organizacional e dos níveis organizacionais mais elevados. 
 
 
 
Caráter Eclético e Integrativo 
 
 
A abordagem contingencial é eclética e integrativa, absorvendo os conceitos das diversas 
teorias administrativas no sentido de alargar horizontes e mostrar que nada é absoluto. É 
com a Teoria da Contingência que se percebe com mais nitidez que as fronteiras entre as 
teorias estão se tornando cada vez mais permeáveis e incertas devido a um crescente 
intercâmbio de idéias e conceitos. 
 
Oportunidades 
 
Receptividade ambiental. 
 
Incentivos. 
 
Facilidades. 
 
Aberturas. 
 
Condições favoráveis. 
 
Contingências favoráveis. 
Ameaças 
 
Contingências imprevisíveis 
 
Condições desfavoráveis. 
 
Restrições e limitações. 
 
Problemas e desafios. 
 
Coações e pressões. 
 
Hostilidade ambiental.

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