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ODONTOGÊNESE Antes da deposição do tecido dentário Os arcos responsáveis pela formação do dente são os mesmos responsáveis pela formação da maxila e mandíbula. O ectoderma é responsável pela formação do esmalte e todo restante do dente, revestido pelo cemento, vem de origem do mesênquima, que formam dentina, polpa, cemento e periodonto. A cavidade do dente é revestida por um tecido conjuntivo, muito vascularizado, a polpa. Células da Crista neural Ectomesênquima Dentina, polpa, cemento e periodonto Tudo começa com a banda epitelial primária a partir de um espessamento do ectoderma, de forma transitória na 5ª semana, que se divide em lâmina vestibular e lâmina dentária, 6ª semana. Ocorre na mandíbula e maxila.A lâmina dentária prolifera para dentro do mesênquima e forma brotos, 10 no total, que dará origem aos dentes passando por fases diferentes. Existe uma cascata de fatores de sinalização conhecidos nessa fase que provocam as características morfológicas dos estágios de desenvolvimento. Como o FGF-8, BMPs, SHHs e WNTs, que promovem organização e diferenciação celular, culminando na histogênese e organogênese dos dentes. FASE INICIAÇÃO: banda epitelial, espessamento do epitélio oral, proliferação- lâmina dentária. MORFOGÊNESE: botão, capuz, campânula. DIFERENCIAÇÃO E MINERALIZAÇÃO (deposição de tecido dentário na coroa): final da campânula e fase de coroa. FORMAÇÃO DA RAIZ: rizogênese e erupção. Na fase botão ocorre por volta da 8ª semana. Possui grande proliferação de células com dilatação da extremidade dentária e condensação do ectomesênquima. São células cúbicas ou prismáticas. Elas fazem a condensação por ordem do epitélio, produzindo moléculas que facilitam a união entre elas. A próxima fase é a capuz em que ocorre a extensão lateralmente, envolvendo a condensação de mesênquima. Isso ocorre pois existe uma barreira mecânica que permite que elas só cresçam na lateral, passando pela fase de transição. A cascata de sinalização surge um aglomerado de epitélio, no do esmalte, centro sinalizador que expressa várias proteínas que guiam as células epiteliais, que dará a forma do esmalte. As células do lado se ajustam, por fora do chapéu, denominadas células do folículo dentário. O capuz envolve as células do mesênquima e recebe o nome de papila dentária. Passa a ser formado pelo epitélio externo e interno, e a região entre formam o retículo estrelado. No capuz já se tem todos os constituintes de um germe dentário. GERME DENTÁRIO: órgão dentário, forma esmalte (epitélio externo e interno, retículo estrelado e nó do esmalte), papila dentária, dentina e polpa (mesênquima condensado, envolto por epitélio interno e folículo dentário), folículo dentário, periodonto (mesênquima condensado e alinhado em torno do germe e capilares, que nutrem a porção epitelial do germe). O número de papilas dentárias varia de acordo com o número de cúspides. Na fase campânula, ocorre o dobramento da alça cervical para o centro. A alça é a região de encontro do epitélio interno e externo. O epitélio interno possui um aspecto mais parecido com a coroa na fase final, do que a coroa do capuz. Surge uma camada de células achatadas que são importantes para mineralização, extrato intermediário, entre o epitélio interno e o retículo estrelado. Produz enzimas. O folicular fica bem vascular e a papila está cheia de vasos sanguíneos. A lâmina dentária 2ª, forma um outro broto, na fase final de campânula, que irá substituir o dente de leite. A lâmina dentária entra em degeneração. Ocorre a formação de osso, folículo e osso do processo alveolar envolvendo todo o germe, cripta óssea. As células epiteliais remanescentes formam o gubernáculo/ canal gubernacular. As células que produzem esmalte dentina surgem. Na ponta das cúspides acontece a diferenciação. O epitélio interno se torna mais cilíndrico, as células ficam mais altas e formam os pré- ameloblastos, que induzem as células internas das papilas para se diferenciar em pré-odontoblastos, células da papila. Começam a produzir a primeira camada de dentina, dentina do manto. A presença da dentina é um sinal para os pré- ameloblastos se diferenciarem em ameloblastos e produzir a primeira camada de esmalte. A fase de coroa surge quando a dentina e o esmalte são produzidos. Ao produzir a primeira camada de esmalte, outra camada de dentina é produzida, consumindo o retículo estrelado, formando a coroa e trocando a fase. Essa parte mais externa passa a ser chamada de epitélio reduzido, recobrindo o esmalte. Na coroa o esmalte do dente não tem a mesma espessura em todos os espaços. A formação da raiz, rizogênese, só inicia depois que a coroa está pronta. A ausência do retículo estrelado é um sinal para a formação da raiz. Uma proliferação da alça cervical, denominado bainha epitelial radicular, quando ela desce forma uma curva para dentro, deixando uma abertura, com nome de diafragma epitelial, onde passa feixe de vásculo-nervoso. O epitélio interno se torna pré ameloblasto e induz a célula da papila virar pré odontoblasto, estes produzem o manto que induz a diferenciação dos ameloblastos. A bainha produz a camada hialina e é invadida pelo folículo. Ela é desintegrada, para evitar que esmalte seja formado, o folículo se desenvolve, e começa a formar células que formam cemento, fibroblasto e cementoblastos. A fonte de bainha passa a ser o diafragma epitelial. Sobre a raiz ocorre a produção de cemento. À medida que o dente forma a raiz, o dente é empurrado para cima mostrando seu aspecto de erupção.