Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ONCOLOGIA MAMÁRIA INTRODUÇÃO Distribuição dos casos de neoplasia segundo topografias agrupadas no sexo feminino ANATOMIA DA MAMA ¢ MORFOLOGIA: Localização 2ª a 6ª costela Pele, tecido subcutâneo e glândula mamária ¢ SISTEMA LINFÁTICO E SUPRIMENTO SANGUÍNEO ¢ ANATOMIA MUSCULAR: Peitoral maior e menor Serrátil anterior Grande dorsal - Envolvidos com esse complexo todo Suprida de uma rede intensa de vasos linfáticos e vasos sanguíneos Peitoral menor é o musculo de referência FATORES DE RISCO ETIOLOGIA MULTIFATORIAL Fatores genéticos - Tudo que faz na vida pode modificar seus locus genéticos Estilo de vida Hábitos reprodutivos Meio ambiente Idade mais tempo você vive mais tempo você esta perto de fatores protonsoncogenicos RISCO MUITO ELEVADO Idade > 50 anos História familiar (mãe ou irmã) pré-menopausa RISCO MEDIANAMENTE ELEVADO História familiar (mãe ou irmã) pós-menopausa Nuliparidade RISCO POUCO ELEVADO Menarca precoce (< 12 anos) Menopausa tardia (> 55 anos) Terapia reposição hormonal (TRH) > 5 anos Obesidade Ingestão alcoólica excessiva RISCO DIMINUÍDO (FATOR PROTETOR) Dieta rica em vegetais e fibras Atividade física DIAGNÓSTICO CLÍNICO ¢ Diagnóstico precoce > melhor prognóstico e aumenta sobrevida ¢ Papel fundamental da mulher no diagnóstico inicial da doença: Realização exame clínico e mamografia periodicamente Mamografia consegue identificar ate 2 anos antes do tumor ser palpável. AUTO EXAME DAS MAMAS Autopalpação mensal das mamas com o objetivo de identificar alterações e nódulos Baixa eficiência no rastreio do câncer de mama! Não precisa ser descartado: esclarecer benefícios, limitações e possibilidade de falso negativo EXAME CLÍNICO ¢ Elemento fundamental da propedêutica para diagnóstico → solicitação exames complementares ¢ Inclui inspeção e palpação (mamas e linfonodos axilares), realizado por médico ginecologista ou mastologista MAMOGRAFIA ¢ Exame de rastreio padrão-ouro → detecção precoce (antes do aparecimento de sintomas ou detecção em exame clínico) ¢ Reduz risco de morte, possibilita cirurgias e tratamentos complementares menos agressivos ¢ Recomendação American Cancer Society EXAME CLÍNICO Realização trienal para mulheres entre 20 e 39 anos e anual após os 40 anos MAMOGRAFIA Rastreamento anual para mulheres entre 40 e 50 anos ¢ Recomendação Ministério Saúde (Brasil) Rastreamento mamográfico somente a partir 50 anos, exceto mulheres pertencentes ao grupo de risco Quando a mama ela é jovem, ela é glandular, e a glândula fica branca na mamografia, então não se sabe se é tumor ou se é glândula, pouco especifico em mulheres jovens. Conforme envelhece a mama vai sendo lipo substituível, ou seja por gordura e na mamografia a gordura é preta lesão branca provavelmente um tumor. BI-RADS - Breast Imaging Reporting and Data System ¢ Padronização laudo mamográfico com objetivo de conclusão diagnóstica e proposição de conduta Para ser considerada ela precisa aparecer nas duas incidências, na craniocaudal e na médio lateral se não ela será desconsiderada. DIAGNÓSTICO CLÍNICO ¢ Estabelecimento de diagnóstico de lesão mamária► avaliação de nódulo de mama ou achado anormal na mamografia ¢ Inclui avaliação criteriosa da história clínica, exame físico e exame imagem DIAGNÓSTICO CIRÚRGICO ¢ Reconhecimento de benignidade ou malignidade da lesão (confirmar ou descartar Ca mama após diagnóstico clínico) ¢ Biópsia percutânea permite conhecimento da característica celular sem necessidade de procedimento cirúrgico convencional Diferença de Biópsia para Punção: Biopsia e punções são para lesões císticas, císticas são coleções líquidas, envoltas por uma camada de células naquela região - BIHADS 4 ou 5 o médico pede a punção PAAF Biópsia citológica - Com agulha fina, por que é líquido por ser um cisto PAG Biópsia histológica Biópsia cirúrgica excisional - Bom para que não carregue célula para outra região Material avaliado por microscopia (patologista) Se for líquido aspira, se for sólido tira um pedacinho e faz uma biópsia ESTADIAMENTO CLÍNICO CIRÚRGICO ¢ Estadiamento clínico e patológico avalia extensão anatômica e órgãos acometidos � Escolha do tratamento � Avaliação do prognóstico ¢ Sistema TNM (classificação tumores malignos) T – tamanho do tumor - Vai depender do lugar em que ele esta N – no linfonodos comprometidos M – presença de metástases Classificação do T Tx: Não pode ser avaliado - Não tem dados, nem imagiológicos que podem evidenciar o tamanho T0: Sem evidências de tumor primário - Pessoas que não possuem doença TIS: Carcinoma in situ - Tumor que não ultrapassou a primeira margem dele, melhor prognóstico T1: <2cm na maior dimensão T2: > 2CM E < 5 CM T3: >5cm T4: Qualquer tamanho com extensão à parede toracica ou pele., tumor infiltrativo Classificação do N - Axila do lado da mama comprometida Nx: não podem ser avaliados N0: ausência de metástase N1: metástase em linfonodo axilar homolateral e móvel - Quando palpa a axila da pra ver que o tumor ainda é móvel N2: metástase em linfonodo axilar homolateral e fixos N3: metástase em linfonodo de cadeia mamária interna homolateral - Cadeia de linfonodos medial da mama Classificação do M Mx: Não pode ser avaliado M0: ausência de metástase à distância M1: metástasis distantes (inclui linfonodos supraclaviculares) Se tem metastases presentes o meu estadiamento clínico é obrigatoriamente L4, então não interessa se o tumor for pequeno, pode até não ter N comprometido, mas já achei uma metástase meu estagiamento é 4. ESTADIAMENTO CLÍNICO CIRURGICO ¢ Estágio O: carcinoma in situ, carcinoma loco regional, não infiltrou nenhum outro local ¢ Estágio I: tumor pequeno sem metástase regional ou à distância ¢ Estágio II e III: variação tamanho associado ou não à metástase regional ¢ Estágio IV: tumor de qualquer tamanho com metástase à distância Maior probabilidade de metástases com o câncer de mama: Ossos, pulmões, fígado ou cérebro. TRATAMENTO CIRÚRGICO ¢ Promove controle local da doença → remoção células malignas, definição estadiamento tumor, orientação terapia complementar e promoção de maior sobrevida Cirurgias radicais ou mastectomias - Retira toda a mama e os nódulos linfáticos (axilares) Cirurgias conservadoras de mama - Determinada pelo tamanho do tumor e experiência do cirurgião Técnica determinada pelo tamanho do tumor e da mama, experiência do cirurgião e opção da mulher Quando um carcinoma é descoberto o melhor tratamento, deveria ser o cirúrgico, quando ele tiver um problema, por exemplo esse tumor está muito grande, margens muito irregulares, então faz um tratamento neoadjuvante pra que esse tumor diminua e se torne ressecável ou seja retiravel de forma cirúrgica com margem. Mas em geral descobriu biópsia, estádio, o próximo passo é fazer a cirurgia. Só que não pode simplesmente só tirar o tumor por que ele é microinfiltração, se você corta e deixa um pedacinho ela pode progredir, chamamos isso de recidiva. Todo carcinoma deve ser retirado com uma margem de segurança. Se você puder tirar 2 cm em volta do carcinoma, é uma boa garantia de que não corte nenhum infiltrado desse tumor. Então você tire uma peça desse tumor, pra que não corte ele e sobre alguma coisa la dentro. Isso denomina-se higiene oncológica. Cirurgias radicais ou mastectomias Mastectomia Radical (Halsted) Remoção dos mm. peitorais maior e menor, da mama, incluindo pele, e 3 níveis de linfonodos axilares Mastectomia Radical Modificada (Patey) Remoção do m. peitoral menor, da mama, incluindo pele, e 3 níveis de linfonodos axilares - PIOR tira um músculo Mastectomia Radical Modificada (Madden) Remoção da mama, incluindo pele, e 3 níveis de linfonodos axilares - MELHOR não tira nenhum músculo Cirurgias conservadoras de mama O aperfeiçoamento de técnicas diagnósticas possibilita abordagem de tumores menores, tornando viável propostas conservadoras da mama Quadrantectomia Remoção da fáscia do m. peitoral menor e de um quadrante da mama incluindoa pele Tumorectomia Remoção do tumor com margens livres da doença Tumor pequeno mais lateral ou medial é mais fácil de fazer quadrante. E de uma maneira geral tumor grande central da mama ou retro não se faz muitos tratamentos conservadores pois o local é propicio a mandar nodulos para qualquer região pode ter um prognóstico pior. ¢ Abordagem axilar► consciência do risco de recidiva regional Vias de drenagem linfática da mama> Linfonodos axilares, mamarios internos, supra e infraclaviculares 80% ♀ apresentam complicações pós-operatória no membro superior após dissecção axilar ¢ Biópsia do Linfonodo Sentinela (BLS) > Método menos invasivo de abordagem axilar DEFINIÇÃO Linfonodo sentinela: primeiro linfonodo que recebe a drenagem linfática do órgão INDICAÇÃO Tumores unicêntricos, < 5 cm e axila negativa TÉCNICA - Injeção de corante azul patente e/ou radiofármaco para identificação do(s) linfonodo(s) sentinela(s) - Remoção e análise anatomopatológica durante procedimento cirúrgico LINFONODO NEGATIVO – Seguimento clínico LINFONODO POSITIVO – Linfadenectomia completa ¢ Reconstrução mamária► substituição da forma da mama após mastectomia IMEDIATA • Realizada no mesmo procedimento cirúrgico • Melhor readaptação psicossocial • Possibilita preservação da pele TARDIA • Realizado outro procedimento cirúrgico a partir de 4 a 6 meses após mastectomia • Resultados estéticos inferiores Implante de prótese de silicone Simplicidade e rapidez da técnica Reações capsulares (contratura) Reconstrução mamária com expansor Expansão da pele com injeções periódicas de solução salina e posteriormente troca por prótese definitiva Altos índices de hematomas e infecções por isquemia mecânica na pele Reconstrução por transferência de tecido autógeno Procedimento cirúrgico de substituição do tecido perdido por retalho miocutâneo (m. reto abdominal e grande dorsal) Cirurgia de longa duração e sequelas biomecânicas Mastectomia redutora de risco - Cirurgias que pode ser feita antes da detecção de câncer Para quem indicar? Mamas de rastreamento difícil Mutação deletéria em BRCA-1 Paciente jovem Heredograma suspeito Técnica ideal? Adenectomia Mastectomia skin-sparing Complicações cirúrgicas? Efeitos colaterais NÃO são desprezíveis Precoce (hematoma, necrose, infecção*) Tardia (cápsula, estética, “dog ear”) TRATAMENTO CLÍNICO Terapias adjuvantes incluem tratamento locorregional e sistêmico Radioterapia (RT) - Tratamento local atraves de radiação Quimioterapia (QT) - Tratamento com imunossupressor Hormonioterapia (HT) - Tratamento por hormônio. OBJETIVO: erradicação da doença residual ou redução de volumes tumorais existentes Tratamentos que vem antes da cirurgia neoadjuvantes Tratamentos que vem depois da cirurgia adjuvantes RADIOTERAPIA Destrói células neoplásicas remanescentes após a cirurgia ou reduz tamanho do tumor antes da cirurgia ↓ incidência recidiva locorregional ↑ sobrevida Complicações REAÇÕES AGUDAS EFEITOS Eritema Hipersensibilidade Edema Hiperpigmentação Descamação EFEITOS TARDIOS Teleangectasias Fibrose da derme Alteração deposição melanina Úlceras de pele QUIMIOTERAPIA Abordagem sistêmica, utilizada quando neoplasia é caracterizada por micrometástases ↑ taxa de cura Melhora clínica e regressão tumoral Efeitos colaterais Náuseas, vômitos, alterações gastrointestinais, alopécia, fadiga, dor e ansiedade QT neoadjuvante Precede a cirurgia Redução do volume tumoral QT adjuvante Aplicada após remoção TU primário Destrói micrometástases após terapêutica locorregional (cirurgia e/ou RT) QT paliativa Indicada em casos avançados ou inoperáveis Melhora qualidade de vida HORMONIOTERAPIA Ablativa Ooforectomia cirúrgica ou induzida quimicamente ¢ Aditiva Antiestrogênicos (tamoxifeno) Associação com sintomas climatéricos Prevenção e tratamento da perda de massa óssea Retirar o hormonio circulante ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA Atuação fisioterapêutica► processo de reabilitação físico-funcional � Favorecer prognóstico da recuperação � Prevenir complicações pós-cirúrgicas � Retorno precoce AVDs � Promove integração social e emocional FISIOTERAPIA – FASE HOSPITALAR PRÉ-OPERATÓRIO ¢ Apresentação da fisioterapia ¢ Avaliação fisioterapêutica ¢ Intervenção, se necessário PÓS-OPERATÓRIO¢ Avaliação fisioterapêutica ¢ Cuidados gerais ¢ Cinesioterapia ¢ Encaminhamento à reabilitação FISIOTERAPIA – FASE AMBULATORIAL Programa de reabilitação � Cinesioterapia em grupo � Cinesioterapia individual Limitação ADM persistente, disfunções musculoesqueléticas de ombro, alterações cicatriciais e linfedema AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 1. Dados pessoais Nome, endereço, profissão 2. Antecedentes pessoais Alterações cardiovasculares, ortopédicas, entre outras 3. Dados clínicos Estadiamento, terapia neoadjuvante 4. Exame físico Goniometria, força muscular, perimetria, postura COMPLICAÇÕES PÓS-CIRÚRGICAS ¢ Hemorragias e infecção ferida operatória ¢ Lesões nervosas n. intercostobraquial, torácico longo ¢ Seroma ¢ Distúrbios de cicatrização necrose, deiscência ou aderência tecidual ¢ Disfunções motoras fraqueza muscular, ombro congelado, alterações posturais ¢ Linfedema - Mexe-se na região anterior do torax
Compartilhar