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RELATO DE EXPERIÊNCIA - OBESIDADE INFANTIL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA ABORDAGEM REFLEXIVA

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OBESIDADE INFANTIL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA ABORDAGEM REFLEXIVA
Camila Sanção de Macedo1; Gabryella Maria Torres Rocha1; Josnayra Lima Delgado1; Leticia Sanção de Macedo1 ; Samuel Cansação Bona Ibiapina1; Thiago de Souza Lopes Araújo²; Ayane Araujo Rodrigues².
1 Aluno (a) do curso de Medicina do Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba – IESVAP, Parnaíba, Brasil.
² Docente do curso de Medicina do Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba – IESVAP, Parnaíba, Brasil.
RESUMO
Introdução: A obesidade infantil é uma condição considerada séria e relevante, apontada como um dos maiores problemas de saúde no mundo. No Brasil, esse desafio já vem sendo registrado em crianças a partir de cinco anos e está relacionado a hábitos alimentares, sedentarismo, influência da mídia e estilo de vida. Metodologia: O tema escolhido foi selecionado do banco de dados do e-SUS. Para a construção das demais etapas do arco, a pesquisa em questão ocorreu nas bases Google acadêmico e Scielo, no período de março de 2021 até abril de 2021, sendo selecionados 5 artigos (publicados entre os anos de 2016 e 2020) para a fundamentação da 3ª etapa do arco, o qual foi desenvolvido via remota juntamente com as demais etapas durante as aulas práticas do módulo de IESC II ou em reuniões no Google Meet. Ainda, na 4ª etapa, para a construção dos quadrinhos utilizou-se os sites Canva e Pixton. Relato da Experiência: A obesidade infantil foi escolhida como tema para o Arco de Maguerez em razão da sua relevância dentro da saúde e pela necessidade de criação de intervenções nesse problema que atinjam o público alvo em questão (crianças de 7 a 10 anos). Diante isso, optou se pela escolha das HQ como maneira interventiva por ela ser um exemplo de ferramenta educacional lúdica e didática. No entanto, o distanciamento social devido ao contexto pandêmico foi uma barreira para a divulgação dessas histórias em quadrinhos, impedindo a concretização da parte prática do projeto inicialmente idealizada pelos autores. Logo, utilizou-se as mídias sociais como meio alternativo de compartilhamento das HQ para que pudessem chegar aos pais (usuários do meio virtual) e, consequentemente aos filhos. Considerações Finais: Mesmo com obstáculos (divulgação e as reuniões remotas) advindos pela Pandemia do Covid-19, o grupo considerou esse estudo como uma experiência enriquecedora para o aprendizado do período vigente em razão de um maior conhecimento do assunto escolhido e da construção do arco que até então era um projeto desconhecido pela equipe.
Descritores: Obesidade. Obesidade infantil. Educação Alimentar e Nutricional.
1. Introdução 
 A obesidade infantil consiste em um dos mais sérios problemas de saúde no Brasil e no mundo. Essa condição é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal na criança, sendo também um fator de risco para o aparecimento de doenças como: diabetes, problemas ortopédicos, entre outros (FIO CRUZ), e é evidenciado pelo consumo exagerado de alimentos processados e ultraprocessados. Pesquisas feitas pelo IBGE comprovam que um terço das crianças com menos de dois anos de idade já bebem refrigerantes e sucos artificiais contendo açúcar, e mais de 60% comem biscoitos e bolos (IBGE, 2015). 
 Visto isso, grupo escolheu esse tema por sua relevância e pertinência na atualidade, já que a obesidade infantil está cada vez mais comum nessa faixa etária, o que a torna preocupante por tratar-se de uma geração que futuramente representará os adultos que desde a infância já manifestam problemas de saúde. Com isso, a obesidade infantil deve ser sempre estudada e discutida para minimizar os danos causados por ela. 
 Portando, o projeto de pesquisa teve como objetivo principal, fomentar uma alimentação saudável as crianças, seguido da prática regular de atividades físicas, já que a pesquisa inicial demonstrou um crescente avanço da obesidade infantil não só no Brasil, mas em todo o mundo.
2. Metodologia
A construção do Arco de Maguerez dividiu- se em quatro etapas, todas feitas no período das aulas práticas de IESC II ou em reuniões no Google Meet. Inicialmente, em março de 2021, durante uma das aulas práticas de IESC, foi proposto ao grupo o comando para a elaboração da primeira e da segunda etapa do arco, em que se observou os dados do e-SUS para a escolha do tema e selecionou-se posteriormente os ponto-chaves do problema, sendo eles: sedentarismo, má alimentação, consumo excessivo de alimentos industrializados, influência da mídia e mudanças no estilo de vida. Para isso, o grupo utilizou-se de uma breve pesquisa bibliográfica, selecionando cinco artigos – publicados entre os anos 2016 e 2020 - nas bases de dados Scielo e Google Scholar para a teorização do tema obesidade infantil. 
Nesse contexto, e em razão de o público alvo ser crianças de 7 a 10 anos, o grupo preocupou-se em escolher uma intervenção didática: as histórias em quadrinhos, com o intuito de fomentar a curiosidade das crianças sobre o assunto, trazendo a obesidade infantil de forma mais lúdica e criativa, para que obtenha-se êxito na mudança dos hábitos alimentares infantis, tornando-os mais saudáveis. A equipe inspirou-se em um jogo criado por acadêmicos, cujos objetivos consistiam em: compreender a importância da alimentação saudável e do exercício físico para o organismo, entre outros (DIAS, 2016). Nessa perspectiva, foram utilizados dois sites para a construção das HQ: Canva (design dos quadrinhos) e Pinterest (seleção de personagens). Visto isso, inicialmente, decidiu-se como seria feito a elaboração da HQ, um grupo composto por 3 alunos construiu o roteiro no Word, visando uma linguagem acessível (devido a escolha do público alvo); enquanto o grupo composto por 2 alunos, selecionou imagens dos personagens (uma criança e diversos alimentos, como a maçã, a cereja, a pizza, entre outros), para por fim todos se reunirem para a confecção da história em quadrinhos titulada por “As aventuras de Joãozinho com as frutas”.
3. Relato da Experiência 
 A experiência a seguir a ser descrita, trata-se da vivência na construção do projeto de pesquisa voltado para saúde da criança, no âmbito da obesidade infantil, através do planejamento e da reflexão sobre a realidade a ser vivenciada.
 Para a delimitação da abordagem construtiva das Histórias em Quadrinhos, observou-se que no Brasil, inserido no Sistema Único de Saúde (SUS) existe a organização da Atenção Nutricional, a qual visa garantir os cuidados referentes à alimentação e nutrição, que devem estar inseridos no cuidado integral na Rede de Atenção à Saúde (RAS). Nessa conjuntura, a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), preconiza medidas que promovam a prevenção de doenças aliadas ao cuidado integral do indivíduo. Paralelo a isso, existe o Programa Saúde na Escola (PSE), que auxilia na articulação da saúde na atenção básica e nas escolas, um ambiente propício ao desenvolvimento de medidas de controle e monitoramento do estado nutricional das crianças brasileiras, principalmente em relação à obesidade infantil (HENRIQUES, 2018). 
 Nesse interim, a pesquisa trouxe exemplos de uso de tecnologias educacionais: seriados, serious games, aplicativos móveis, jogos e histórias em quadrinhos que representam abordagens de credibilidade e integração de conteúdo, desenvolvendo a prevenção em saúde e em complicações de saúde (DIAS, 2016). No entanto, a intervenção escolhida pelo grupo (história em quadrinho) não foi aplicada na realidade - conforme o roteiro do Arco - devido a Pandemia de Covid-19. 
 A experiência de ensino-aprendizagem necessitou de muita organização, disciplina e planejamento dos discentes, para a efetivação do projeto. Todavia, o grupo enfrentou obstáculos no que diz respeito às reuniões on-line, já que a disponibilidade de horário foi o primeiro empecilho. Ainda, os alunos apresentaram presteza no que diz respeito a divulgação da ferramenta interventiva escolhida, como foi mencionado anteriormente.
4. Considerações FinaisEm suma, ao longo do estudo o grupo concluiu a relevância desse assunto dentro da saúde e a necessidade de intervenções lúdicas e didáticas que possam atingir tanto as crianças como os pais. Dessa forma, a tecnologia educacional escolhida pelo grupo se encaixa nesse tipo de intervenção ainda pouco explorado. Portanto, faz-se necessário maior divulgação e investimento nessa ferramenta tanto por políticas públicas como no ambiente escolar. 
 Entretanto, os anseios do grupo não foram almejados devido ao contexto pandêmico que exige o distanciamento social, isto é, não foi possível aplicar diretamente ao público infantil nas escolas, já que é um ambiente predominantemente composto por crianças da faixa etária do público alvo escolhido. Devido a isso, como forma de contornar a situação, o grupo fez a divulgação nas mídias sociais como meio alternativo de atingir os pais, e consequentemente, as crianças. Todavia, mesmo com os obstáculos de divulgação e construção do arco, ainda sim o grupo considerou essa experiência como enriquecedora para o aprendizado do período vigente em razão de um maior conhecimento do assunto escolhido e da construção do arco que até então era um projeto desconhecido pela equipe.
REFERÊNCIAS:
DOS SANTOS, Elaine Matias; ROCHA, Mikele Miranda Santos; DIAS, Thamires de Oliveira. OBESIDADE INFANTIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A OBESIDADE NA INFÂNCIA. Revista Brasileira de Reabilitação e Atividade Física, v. 9, n. 1, p. 57-62, 2020.
HENRIQUES, Patrícia et al. Políticas de Saúde e de Segurança Alimentar e Nutricional: desafios para o controle da obesidade infantil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 4143- 4152, 2018.
DIAS,	Jéssica		David		et al. Serious game development as a strategy for health promotion and tackling childhood obesity. Rev.		Latino- Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 24,	e2759, 2016.	Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692016000100382&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 06 Abr.  2021. 
 
OBESIDADE	INFANTIL	DESAFIA	PAIS	E	GESTORES. Saúde.go.gov.br, 2019. Disponível em: https://www.saude.go.gov.br/noticias/81-obesidade-infantil-desafia-pais-e-gestores#:~:text=As%20notifica%C3%A7%C3%B5es%20do%20Sistema%20de,%2C98% 25%20t%C3%AAm%20obesidade%20grave. Acesso em: 11 de outubro de 2019.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional de Saúde. Rio de Janeiro: IBGE; 2015.
Obesidade Infantil e na Adolescência. Fiocruz.br. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/obesidade-infantil.htm>. Acesso em: 25 Maio 2021.
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