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Sistema urinário

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Marcela Chaves quinta-feira, 13 de maio de 2021
Problema 3 
Objetivo 1
- Os rins, que tem formato oval, retiram o excesso de água, sais e resíduos do 
metabolismo proteico do sangue e devolvem nutrientes e substâncias químicas; 
são retroperitoneais, desempenhando as principais funções do sistema urinário.
- As outras partes do sistema (ureteres, bexiga e uretra) são essencialmente vias 
de passagem e áreas de armazenamento
- O rim direito situa-se ligeiramente abaixo do rim esquerdo devido ao grande 
tamanho do lobo direito do fígado
- Funções dos rins 
• Regulação dos íons do sangue
• Regulação do pH sanguíneo
• Manutenção da osmolaridade do sangue: regulam a perda de água e de 
solutos na urina.
• Regulação do volume de sangue: ocorre por meio da conservação ou 
eliminação de água na urina, o aumento desse volume sanguíneo eleva a PA e 
a diminuição reduz a PA.
• Regulação da PA: a secreção da enzima renina, pelos rins, ativa o sistema 
renina-angiotensina-aldosterona. Dessa forma, há uma elevação da PA.
• Produção de hormônios: os rins produzem 2 hormônios; calcitriol (ajuda a 
regular a homeostasia do Ca) e eritropoetina (estimula a produção de 
eritrócitos)
• Regulação do nível sanguíneo de glicose: assim como o fígado, os rins podem 
utilizar aminoácidos para síntese de moléculas de glicose (gliconeogênese). 
Sendo assim, os rins podem liberar glicose no sangue para ajudar a manter um 
nível normal de glicemia.
• Produção de substancias bioativas: prostaglandinas, endotelina, bradicina, 
óxido nítrico e fator de crescimento epidérmico; essas substâncias alteram a 
PA.
• Excreção de restos metabólicos e substâncias estranhas: algumas escórias 
metabólicas presentes na urina resultam de reações metabólicas no 
organismo. Ex.: amônia e ureia (provenientes da desaminação dos 
aminoácidos); bilirrubina (catabolismo de Hb); ácido úrico (ácidos nucleicos); 
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creatina (clivagem da creatina nas fibras musculares); além de fármacos e 
toxinas.
- Características macroscópicas dos rins 
• Na margem medial, há uma fenda vertical, o hilo renal, conduz ao seio renal.
• As estruturas que servem aos rins: (vasos, nervos e estruturas que drenam 
urina do rim) entram e saem do seio renal através do hilo renal, a veia renal 
situa-se anteriormente à artéria renal, que é anterior à pelve renal.
• Estrutura do néfron 
- Consiste em um corpúsculo renal, túbulo proximal, alça de Henle, túbulo 
distal e um sistema de dutos coletores.
- Corpúsculo renal consistem em capilares glomerulares dentro da cápsula de 
Bowman. Túbulo proximal sai dessa estrutura e inicialmente forma vários 
espirais, que são seguidas por um trecho reto que desce para a medula.
- O próximo segmento é a alça de Henle, composta pelo trecho reto do túbulo 
proximal, o ramo fino descendente e ascendente e o ramo grosso 
descendente e ascendente.
- O néfron passa entre as arteríolas Aferentes e Eferentes do mesmo néfron. 
Esse trecho curto do ramo grosso ascendente encostado no glomérulo é 
chamado de mácula densa.
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- O túbulo distal começa a uma curta distância além da mácula densa e se 
estende até o ponto do córtex onde dois ou mais néfrons se juntam para 
formar um ducto coletor cortical. O ducto coletor cortical entra na medula e 
torna-se o ducto coletor medular externo e então o ducto coletor medular 
interno. 
- O ducto coletor é composto de 2 tipos celulares: células principais (poucas 
mitocôndrias e fazem reabsorção de NaCl) e intercaladas (papel na 
regulação do equilíbrio ácido básico com muitas mitocôndrias)
Objetivo 2
- O fluxo sanguíneo renal é determinado, em partes, pelas pressões hidrostáticas 
nos vasos sanguíneos renais com sua resistência vascular. Sem dúvidas, a maior 
parte da resistência vascular renal está distribuída principalmente em 3 leitos: nas 
artérias interlobulares, arteríolas aferentes e eferentes.
- O sangue chega ao rim pela artéria renal e entra sob alta pressão nos capilares 
do glomérulo. Isso força a filtração no glomérulo, com saída de líquido para a 
cápsula renal, formando o filtrado glomerular, contendo água, ureia, vitaminas, 
aminoácidos, ácido úrico, sais, etc.
- É importante para a manutenção do FSR, independe de flutuação na pressão 
arterial, através da variação da resistência da arteríola aferente.
- Mantém a taxa de a TFG relativamente constante, o que permite controle preciso 
da excreção renal.
- A hipótese do Feedback Tuberoglomerular baseia-se na ideia de que as 
alterações do fluxo e da composição do líquido tubular, em função de mudanças 
da TFG, desencadeiam secreção de parácrinos, os quais realizam a 
autorregulação renal.
Objetivo 3
- Filtração glomerular:
• Na primeira etapa da produção de urina, a água e a maior parte dos solutos 
atravessam a membrana de filtração (barreira permeável composta por 
capilares glomerulares e os podócitos, que circundam os capilares. Entretanto, 
não ocorre filtração da maior parte das proteínas plasmáticas, células 
sanguíneas e plaquetas.
• As substancias filtradas do sangue atravessam 3 barreiras de filtração:
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- Célula endotelial glomerular/urotélio (evita passagem de substâncias filtradas 
de volta pro sangue)
- Membrana glomerular basal de carga negativa
- Fenda de filtração formada por podócitos (célula especializada que envolve 
os capilares, tem prolongamentos chamados de processos podocitários; 
entre os prolongamentos possui fendas de filtração que permitem a 
passagem de líquido para formação do filtrado glomerular).
• Então passam para o interior da cápsula glomerular e em seguida, para o 
túbulo renal.
• Forças que influenciam a filtração glomerular
- Pressão hidrostática (forca o líquido e as substâncias dissolvidas nele a SAIR 
através dos poros capilares para os espaços intersticiais) no interior dos 
capilares glomerulares que promove a filtração;
- Pressão hidrostática na cápsula de Bowman fora dos capilares, que se opõe 
à filtração. Como é um espaço fechado, cria-se uma pressão e resistência à 
entrada do líquido na cápsula de Bowman. O fluido filtrado para fora dos 
capilares precisa deslocar o fluido que já se encontra no seu interior;
- Pressão oncótica das proteínas plasmáticas no interior dos capilares 
glomerulares, que se opõe à filtração; a pressão oncótica das proteínas na 
cápsula de Bowman favorecem a filtração. Obs.: caso a PA esteja muito 
baixa, ocorre um prejuízo na filtração. Dessa forma, acontece um aumento 
de substâncias tóxicas e, por conseguinte, uma grande retenção líquida 
(formação de edemas).
- Reabsorção tubular: conforme o líquido filtrado flui pelos túbulos renais e 
duetos coletores, as células tubulares reabsorvem 99% da água filtrada e muitos 
solutos úteis. Sendo assim, a água e os solutos retornam ao sangue que flui 
pelos capilares peritubulares e arteríolas retas.
- Secreção tubular 
• Ocorre à medida que o líquido flui ao longo do túbulo e pelo ducto coletor.
• As células do túbulo e do ducto removem substâncias indesejadas (como 
resíduos, fármacos e o excesso de íons do sangue nos capilares peritubulares) 
transportando-os para o líquido dos túbulos renais.
• No momento em que o líquido filtrado sofre reabsorção e secreção tubulares, e 
entra nos cálices menores e maiores, é chamado urina.
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Objetivo 4
- Quando o rim gera água livre, a urina torna-se diluída. Contrariamente, quando o 
rim remove água de um fluido isosmótico, a urina torna-se concentrada.
- Os rins geram urina diluída bombeando sais para fora da luz dos segmentos 
tubulares que são impermeáveis à água. O que é deixado para trás é um fluido 
tubular que é hiposmótico em relação ao sangue.
- Já a geração de urina concentrada se deve à passagem do fluido por segmentos 
tubulares (ducto coletor medular) que estão mergulhados emum compartimento 
hiperosmótico (medula renal). Desta maneira, por osmose, a água deixará o 
túbulo, indo para a medula e criando uma urina concentrada.
- Se a urina é mais diluída ou mais concentrada depende se a reabsorção de água 
ocorre nos segmentos mais distais: túbulos coletores iniciais e corticais, e ductos 
coletores medulares internos e externos. Uma importante observação é que o 
ADH regula a fração variável de reabsorção de água nesses quatro segmentos.
- Resumindo: os 2 principais elementos para que se forme urina concentrada 
são: interstício hiperosmótico medular, que proporciona o gradiente 
osmótico e o ADH, que eleva a permeabilidade à água no néfron distal. 
Objetivo 5
- Litíase renal
• Forma-se através da cristalização e nucleação de alguns substâncias da urina 
como o cálcio e o ácido úrico.
• Pode afetar apenas um rim ou então afetar os dois.
• Complicações: cólica renal, lesão renal, infecções urinárias recorrentes, 
hematúria e infecção crônica do rim levando à insuficiência renal. 
Objetivo 6
- Elementos Anormais do Sedimento (EAS)
• Exame normalmente solicitado pelos médicos para identificar alterações no 
sistema urinário e renal devendo ser feito através da análise da primeira urina 
do dia, já que se encontra mais concentrada.
• Aspectos analisados:
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- Cor, densidade, pH, nitritos, glicose, proteínas, cetonas, bilirrubinas e 
urobilinogênio.
- Sangue, bactérias, fungos, protozoários, espermatozoides, filamentos de 
muco, cilindros e cristais.
PONTOS QUE PASSARAM BATIDO 
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