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ANATOMIA DA ORELHA A orelha é divida anatomicamente em 3 partes ◦ Orelha externa ◦ Orelha média ◦ Orelha interna 1. Orelha Externa Composta por: ◦ Pavilhão auricular ◦ Conduto Auditivo Externo – CAE Estruturas Pavilhão auditivo - Cartilagem - Pele CAE 1/3 Lateral - Cartilagem - Pele - Anexos ( glândulas ceruminosas) 2/3 mediais - Osso - Pele a) Pavilhão Auditivo: Histo: esqueleto fibrocartilaginoso – cartilagem elástica (exceto lóbulo) Fisio: ◦ Proteção mecânica ◦ Conduz e amplifica o som ◦ Manutenção da temperatura e umidade ◦ Localização do som ◦ Ganho de 15 DB médio (2000-5000 Hz) Embrio: ◦ 1° arco → 3 proeminências → 1a.fenda (entre os 2 arcos) → Meato acústico externo ◦ 2° arco → 3 proeminências ◦ A proliferação do 1 arco faríngeo e do mesênquima do 2° arco → dão origem a orelha externa Vascularização ◦ Art. Temporal Superficial ◦ Art. Auricular posterior Ramos da ACE 3 Músculos extrínsecos da aurícula – origem gálea aponeurótica ◦ Superior → insere na eminência da fossa triangular ◦ Anterior → insere-se na espinha da hélice ◦ Posterior → insere-se na eminência da concha ao processo mastoide 6 Músculos intrínsecos da aurícula: ◦ Grande e pequeno músculo da hélice ◦ Músculo do trago ◦ Músculo do antitrago ◦ Músculo transverso ◦ Músculo oblíquo ◦ 4 delas na superfície lateral ◦ 2 deles na superfície medial 3 ligamentos da aurícula: ◦ Superior → comunica superfície externa óssea do CAE à espinha da cartilagem da hélice ◦ Anterior → conecta zigoma a hélice e tragus ◦ Posterior → comunica eminência da concha ao processo mastóide Inervação ◦ Motora → N. Facial (NC VII) ◦ Sensitiva: ▪ Ramo auricular do plexo cervical superficial (postero inferior) ▪ N. Auricular Magno (plexo cervical) (post orelha) → dorso ▪ N. Auricular Temporal (pele orelha anterior) → ramo do N. Mandibular (V3 – NC V) ▪ Ramo intermediário de Wrisberg (ramo do facial NC VII) → concha e zona de Ramsay-Hunt (parte inicial do conduto ▪ Ramo auricular do N. Vago (NC X) → profunda do conduto e tímpano OBS → Nervo Auricular Magno (C2 e C3) – seu ramo anterior inerva a pele da face sobre glândula parótida comunicando-se com o nervo facial; o ramo posterior inerva a pele sobre o processo mastoideo e sobre o dorso do pavilhão da orelha; Drenagem ◦ Linfáticos mastoides ◦ Cervicais superficiais b) CAE Histo 1/3 cartilaginoso (glândulas sebáceas/ceruminosas) 2/3 ósseo ◦ Porção timpânica do osso temporal ◦ Porção escamosa do osso temporal Glândulas ceruminosas e sebáceas situadas no tecido subcutâneo da parte cartilaginosa do meato acústico externo produz cerúmen (cera do ouvido). OBS → no RN → só cartilaginoso Embrio ◦ Ecto → externo Endo → Interno ◦ 1° sulco branquial Vascularização ◦ Art. Temporal Superficial ◦ Art. Auricular posterior ◦ Parte da Art. Auricular profunda → ramo da Art. Maxilar → Ramo da ACE OBS → ACE → Art. Maxilar 1a. parte → Timpânica anterior, Auricular profunda, Meníngea média, Timpânica superior, ramo acessório, alveolar inferior, lingual 2a. parte → temporais profundas, massetérica, bucal, alveolar superior posterior 3a. parte → infraorbital, palatina descendente, do canal pterigoideo, esfenopalatina. Inervação ◦ N. de Arnold → Ramo auricular do N. Vago (NC X) Relações anatômicas ◦ Anterior → parte timpânica do osso temporal, processo condilar da mandíbula ◦ Posterior → Osso e apófise do mastoide, células mastoideas ◦ Medial → MT ◦ Latero inferior → Glândula parótida ◦ Superior → Escama temporal, Fossa cerebral média ◦ Inferior/Assoalho → porção escamosa do osso temporal 2. Orelha média Composta por ◦ Caixa/cavidade timpânica ▪ MT e ossículos ◦ Tuba auditiva ◦ Células mastoideas ▪ Antro do mastoide Ramos da ACE Fisio: ◦ Equalizar as impedâncias ▪ Sistema tímpano ossicular → Ganho de até 22 a 25 DB ▪ Superfície vibrátil da MT e a área da platina do estribo ▪ Mecanismo martelo bigorna → forma cônica da MT ▪ Ganho médio de 35 DB a) Tuba auditiva Canal osteocartilaginoso ◦ 1/3 ósseo (posterolateral) e 2/3 cartilaginoso (anteromedial) ◦ Porção óssea se abre na cavidade timpânica ▪ Apresenta septo delgado que separa seu lúmen do m. Tensor do tímpano ◦ Porção musculocartilaginosa na nasofaringe Conecta ouvido médio à nasofaringe Fisio → Equalizar a pressão de ar na orelha média com a pressão atm ◦ Abertura → ativa ▪ M. tensor do Véu palatino (+ importante) ▪ M. Elevador do Véu palatino ▪ M. Salpingofaríngeo Se abre ao nível do hipotímpano Óstio faríngeo da TA → parede lateral da nasofaringe a 14 mm da sua parede posterior e a 11mm da concha nasal inferior. ◦ Fechamento → passivo Embrio → Endoderma – 1a. Bolsa ou sulco ◦ Na criança → + curto + horizontal → 17 mm, 10° ◦ Adulto → + longa + vertical → 35 – 38 mm, 45° Histo → Ep. Respiratório → Ep. Pseudo estratificado ◦ Possui tec conjuntivo em uma faixa de ligamento Gerlach Vascularização ◦ ACE → ▪ Art. Faríngea ascendente ▪ Art. Maxilar → Art. Meníngea Média + Art. Conal pterigoidea Inervação ◦ N. Glossofaríngeo (NC IX) – forame jugular Mm ligados a deglutição e mov palatal ▪ Fibras motores Parassimpáticas eferentes Estilofaríngeo ▪ Fibras sensitivas simpáticas aferentes Orofaringe, TA, ouvido médio, 1/3 posterior da língua, seio cavernoso, corpo carotídeo ◦ NC IX → N. Timpânico Gânglio cervical ◦ Sup→ Plexo carotídeo ◦ Fibras do Gânglio pterigopalatino Relação anatômica ◦ Superior → M. Tensor do tímpano ◦ Inferior → M. Tensor do véu palatino ◦ Antero inferior → ACI + V. Jugular ◦ Medial → canal carotídeo b) Células Mastoideas Pequenas cavidades (células) de tamanho variável na porção mastoidea do osso temporal Se comunicam entre si Conjunto de células aeradas revestidas de mucosa respiratória Divide-se em: ◦ Antro → maior célula, primeira na surgir na criança ▪ Comunica mastoide com a CT ◦ Células retrosigmóides → limite posterior ◦ Células présigmoideas → entre seio sigmoide e parede posterior do CAE ◦ Células retrolabirínticas → envolvem o bloco posteriormente ◦ Células subfaciais → entre canal de Falópio do N. Facial (NC VII) e a projeção do bulbo julgurar da mastoide ◦ Células da eminência mastoidea → parte inferior da mastoide c) Cavidade timpânica Espeço irregular preenchido por ar Revestido por epitélio muco tipo respiratório Diâmetro ◦ Antero posterior e vertical → 15 mm ◦ Transverso varia de → 2 a 5 mm Volume → 2cc Plexo Timpânico - N. Petroso menor - Ramos sensoriais para a Cav Timpânica Dividida em relação ao tímpano: ◦ Hipotímpano ◦ Mesotímpano ◦ Epitímpano ou Ático ▪ Região de comunicação com antro mastoideo → Aditus ad antrum ▪ 1/3 da cavidade ▪ Cabeça e corpo do Martelo ▪ Processo curto da bigorna ▪ Sua superfície → Tegmen timpani separa cav. Timpânica da fossa média cerebral Cavidade é dividida em 6 partes: ◦ 1. Superfície lateral → Membranosa ▪ MT, anel, sulco, parede lateral do ático e escama do temporal ▪ Canalículas anterior e posterior para a corda do tímpano ◦ 2. Superfície medial → Labiríntica ▪ Inferior → Promontório, plexo timpânico (N. De Jacobson) Supero-posterior ao promontório → existem 4 reparos anatômicos ◦ Fossa Vestibular → Janela oval → base do Estribo (platina) + Lig Anular ◦ Proeminência do canal facial ◦ Bulbo do canal semicircular lateral ◦ Processo cocleariforme → de onde sai o tendão do M. Tensor do tímpano (insere no colo do martelo) ▪ Infero-posterior → Janela Redonda / Coclear, revestida por membrana timpânica secundária ◦ 3. Superfície anterior → Carotídea ▪ Superior → semicanal do M. Tensor do tímpano ▪ Inferior → Óstio timpânico da tuba auditiva Células timpânicas → formam camada osséa → contém Nn caroticotimpânicos ◦ Separa orelha média da ACI ▪ Vasc → Art. Caróticotimpânica → Ramo da ACI ◦ 4. Superfície posterior → Mastoideas ▪ Inferior → Células mastoideas → eminênciaóssea piramidal → contém M. Do Estribo → inervado pelo N. Estapédio (Ramo do N. Facial) ▪ Lateral → Abertura timpânica do N. Corda do tímpano Aditus ad antrum → Que é o recesso epitimpânico, comunica antro com CT ◦ Recesso epitimpânico → é a parte da cavidade timpânica que se projeta superiormente, acima do nível da MT para acomodar a cabeça do martelo e o corpo da bigorna ▪ Liga-se posteriormente através do ádito ao antro mastoide ▪ Vasc → Parede medial → Art. Timpânica superior ▪ Sem face medial → art. Timpânica anterior ▪ Posterior → Vasc : Art. Mastoidea (Ramo da Art. Occpital - ACE) ▪ Recesso do Facial ▪ Seio timpânico ◦ 5. Superfície inferior → Jugular ▪ Relação com bulbo da Jugular interna → separados por fina camada óssea → Recesso hipotimpânico ▪ Canalículos para o ramo timpânico do nervo glossofaingeo ▪ Vasc→ Art. Timpânica Inferior (Ramo da Faríngea ascedente) ◦ 6. Superfície superior → Tegmen timpani ▪ Fina camada óssea → separa ouvido médio da fossa cerebral média ▪ Lateral → junção com porção escamosa do osso temporal → Sutura petroescamosa Resumo – Limites Cavidade Timpânica 1. Superior Tegmen timpani Assoalho da fossa média cerebral Porção petrosa do osso temporal (???) 2. Inferior Jugular Bulbo superior da V. Jugular interna 3. Lateral Membranosa MT 4. Medial Labiríntica Parede labiríntica - promontório (giro basal da cóclea) - Janela Oval(vestibular) – Platina do Estribo - Janela Redonda (coclear) 5. Anterior Carotídea - Tuba auditiva - Canal carótido – ACI - Semi canal do M. Tensor do tímpano 6. Posterior Mastoidea - Antro mastoidea aditus ad antrum d) Membrana Timpânica Encontra-se na extremidade lateral da CT Função ◦ Separar orelha média da externa ◦ Transmitir e amplificar vibrações sonoras para cadeia ossicular (22x → 27-35dB) ◦ Proteção da OI Possui 3 folhetos celulares fundidos entre si: ◦ Externo → formado pela pele contínua com a pele da CAE ▪ Ectoderma → camada escamosa ▪ Epitélio simples pavimentoso ◦ Intermediário → formado por tecido fibroso ▪ Mesoderma → Camada fibrosa ◦ Interno → formado pela mucosa da orelha média ▪ Endoderma → camada mucosa ▪ Epitélio respiratório com células colunares ciliadas Apresenta forma cômica e elíptica ◦ Porção mais saliente voltada para a CT devido a pressão exercida pelo cabo do martelo Diâmetro vertical → 8,5 a 10 mm // horizontal → 8 a 9 mm → área 75 mm² Ângulo de inclinação ◦ RN → 30° a 35 ° ◦ Adulto → 45° Está inserida na profundidade da porção óssea do CAE por uma faixa de tecido conjuntivo → Ligamento de Geralch Umbus → ápice da concavidade do cone → ponta do cabo do martelo Proeminência do martelo → projeção do recesso lateral do martelo ◦ Localiza-se na superfície superior do manúbrio, aderido a MT no Umbus e processo lateral → Estria maleolar MT dividida em 2 partes pelos Ligamentos timpanomaleolares anteriores e posteriores ◦ Pars tensa inferior → fica no meso tímpano; possui as 3 camadas; + grossa ◦ Pars flácida triangular superior → + fina; 3 camadas sendo a intermediária menos pronunciada (alguns livros = 2 camadas) ▪ Forma a parede lateral do recesso superior da CT → Membrana de Schrapnell ▪ Entre a parte flácida e o colo do martelo → Bolsa de Prussak (ático) Vascularização → Os vasos percorrem a superfície da MT ◦ Mucosa ▪ Ramo timpânico anterior (Art. Maxilar – ACE) ▪ Ramo Estilomastoideo (Art. Auricular posterior – ACE) Inervação → acompanham os vasos, penetram na porção superior da MT ◦ Ramo aurículo-temporal → Ramo do N. Mandibular ◦ N. Auricular → Ramo do N. Vago (NC X) ◦ Ramo timpânico → Ramo do N. Glossofaríngeo (NC IX) N. Vestibular Superior Barra de Bill N. Vestibular Inferior N. Intermediário (Wrisberg) Art. Auditiva interna N. Facial (NC VII) N. Coclear → Ramo do Vestibulococlear (NC VIII) AIPI ASPS AS Óstio da Tuba auditiva PS Cadeia ossicular (abaula na valsalva) AI Triângulo luminoso PI Promontório e janela oval INFO → PS + PI → quadrantes com máxima vibração e) Cadeia ossicular Composta por 3 ossículos ◦ Martelo → cabeça, colo, processo lateral e manúbrio ◦ Bigorna → corpo, apófise curta e longa ◦ Estribo → 2 cruras (pernas) + platina (base) Histo: articulações sesseis por meio de articulações sinoviais revestidas por ep simples pavimentoso Embrio → Martelo + Bigorna → 1° arco (cartilagem de Meckel); Estribo → 2° arco (cartilagem de Reichet) ◦ Ossículos → mesoderma Martelo ◦ 1° arco – Cartilagem de Meckel ◦ Maior ossículo ◦ Cabeça → ocupa recesso epitimpânico ◦ Manúbrio forma ângulo de 130° com a cabeça ◦ Processo lateral → saliência na MT ◦ M. tensor do tímpano ◦ Sustentado por: ▪ Ligamento maleolar anterior → se estende da espinha angular do esfenoide através da Fissura petrotimpânica ao processo longo do martelo (manúbrio - cabo) ▪ Ligamento maleolar lateral → conecta as margens do anel timpânico com o colo do martelo ▪ Ligamento maleolar superior → Desce do teto do recesso epitimpânico até sua cabeça ◦ Articulação Incudomaleolar → diartrose ◦ Vascularização → Art. Timpânica anterior ACE → Art. Maxilar → Art. Meníngea Média → Art. Timpânica superior OBS → Art. Timpânica anterior é ramo da primeira porção da Art Maxilar Bigorna ◦ 1° arco → Cartilagem de Meckel ◦ 2 processos - Formam ângulo de 100° ◦ Processo longo ▪ 7 mm, paralelo ao manúbrio ▪ Processo lenticular → face medial do processo longo → articula com estribo ▪ 2 Ligamentos suspensores Ligamento posterior → se estende do teto da CV Ligamento inferior → até parede anterior do antro mastoide ◦ Processo curto ▪ 5 mm ▪ Se insere na fossa da bigorna ◦ Vascularização → Art. Timpânica anterior (Ramo da Art. Maxilar interna – ACE) Estribo ◦ 2° arco → Cartilagem de Reichet ◦ 2 mm ◦ Platina articula com janela oval → Articulação vestíbulo estapedial (sindesmose) ▪ Da platina partem 2 cruras → formam a cabeça do estribo ▪ Na crura posterior se insere o tendão do M. Estapédio ◦ Face lateral de articula com o processo lenticular da bigorna → Art. Incudoestapedial (enartrose) ◦ Face medial → Ligamento anular → une platina com a janela oval ◦ Vascularização → Art. Timpânica Inferior (Ramo da Art. Faríngea Ascendente – ACE) #Músculos Cada músc está contido em um canal ósseo Músculo Tensor do Tímpano → 2mm ◦ 1° arco ◦ Origem → parte cartilaginosa da Tuba auditiva, da asa maior do Esfenoide e das paredes ósseas do semicanal do M. Tensor do tímpano ◦ Passa lateralmente → através da CT → tendão sai pelo processo cocleariforme ◦ Inserção → manúbrio próximo ao colo ◦ Função → Enrijece a MT ◦ Inervado → Ramo tensor da corda do tímpano (Ramo do Trigêmio - NC V) ◦ Vasc → Art. Timpânica superior (ramo da art. Meningea media → ramo da Art. maxilar) Músculo do Estapédio → menor músculo ◦ 2° arco ◦ Origem → Eminência piramidal e de um sulco na parede lateral do canal do facial ◦ Função → tracionar lateralmente a borda anterior da platina ◦ Inervação → N. Do Estapédio (Ramo do Facial – NC VII) → Acima de 80 DC → mecanismo de defesa → contração #Vascularização ACE → Art. Maxilar → Art. Timpânica anterior → Martelo e bigorna → Art. Faríngea Ascendente → Art. Timpânica inferior → Estribo, incudoestapedial, promontório → Art. Auricular Posterior → Art. Meníngea Média → Art. Petrosa superficial → Art. Timpânica superior ACI → Ramos caroticostimpanicos #Drenagem OM e OI Gânglios retrofaríngeos e Laterais profundos cervicais #Inervação Plexo Timpânico (sensitivo) → V3, IX, X → V3 = N. Mandibular → ramo do N. Trigêmio – NC V → N. Auriculotemporal → Ramo de V3 – Mandibular ( sensitivo - inerva maxilar, meninge média, paratireoideas, pele região temporal → Nervo de Jacobson = N. Timpânico → ramo do N. GlossofaríngeoNC IX → Nervo de Arnold = Ramo Auricular do Vago → Ramo do N. Vago NC X Motora → N. Facial MT → N. Auriculotemporal + N. Timpânico + Ramo auricular do Vago OI → N. Vestibulococlear NC VIII + N. Facial NC VII #Articulações 1. Incudomaleolar → martelo + bigorna → Diatrose 2. Incudoestapedial → bigorna + estribo → enartrose 3. Vestibuloestapedial → estapédio (platina) + Janela oval (vestibular) → sindesmose #Proteção da OI • Realizada pela presença da MT e do reflexo do estapédio • Reflexo do Estapédio → desencadeado por um estímulo sonoro e consiste de uma contração bilateral do músculo do estribo (Estapédio) ◦ A contração isolada do M. Estapedial faz com que ele gire em torno de um eixo vertical → facilitando a transmissão de sons fracos. ◦ Sob estímulos de grande intensidade → ele se desloca sob o eixo Longitudinal e se desloca de cima para baixo com amplitude máxima superior, aumentando a rigidez e a resistência a transmissão de sons graves principalmente ◦ Aferência → NC VIII (n. auditivo/n. Vestibulococlear) ◦ Eferência → NC VII (n. Facial) ◦ Período de latência do reflexo → 14 a 16 ms→ não oferecendo proteção contra ruídos bruscos e apresenta fatigabilidade ◦ Também colabora para a proteção do m. Tensor do tímpano 3. Orelha Interna Localizada na porção petrosa do osso temporal Recebe terminações nervosas do N. Coclear e N. Vestibular → audição e equilibrio Constituído por 3 estruturas: ◦ Labirinto ósseo → perilinfático ◦ Labirinto membranoso → endolinfático ◦ Capsula ótica a) Labirinto ósseo Dá suporte e formato ao labirinto membranoso Perilinfa → +++Na menos K (= plasma/líquido extracelular) ◦ Na+ → principal cátion 140 mEq/l ◦ Cl- principal ânion ◦ Função → amortecer vibrações ósseas Divide-se anatomicamente em: ◦ Canais semicirculares (CSCs) ◦ Vestíbulo ◦ Cóclea Cóclea ◦ Base relacionada com OM ◦ Canal coclear → maior parte – 30 mm ◦ Canal envolve com 2 voltas e ½ em um eixo central cônico → Modíolo ◦ Projetando-se do modíolo → Lamina espiral óssea ◦ Modíolo + Lâmina espiral → Hamulus (terminação em ponte) ◦ Escala vestibular + escala timpânica → formam o Helicotrema ▪ No ponto onde a lâmina espiral termina no hamulus ◦ Base da cóclea → área coclear do meato acústico interno (OM) – parede medial do vestíbulo ▪ Inervado por → Fibras do NC VIII ◦ Início do canal coclear → 3 aberturas principais ▪ 1. Vestibular ▪ 2. Cavidade timpânica - Janela oval e redonda ▪ 3. Aqueduto coclear → contém ducto perilinfático → comunicação entre escala timpânica e cavidade subaracnoidea b) Labirinto membranoso Conjunto de espaços epiteliais e tubos preenchidos por Endolinfa Endolinfa → ++++ K menos Na ◦ K+ 120 a 150 mmol/l ◦ Na+ 1 a 2 mmol/l ◦ Glicose e proteína ◦ Secreção feita em algumas regiões do epitélio labiríntico, principalmente na estria vascular Circundado pela perilinfa e labirinto ósseo Estruturas: ◦ Ducto coclear ◦ 3 ductos/canais semicirculares e suas ampolas ◦ Sáculo (órgão otolítico) ◦ Utrículo (órgão otolítico) ◦ Ductos e sacos endolinfáticos ◦ Ducto utrículo – sacular ▪ Ducto reuniens Canais semicirculares → aceleração linear ◦ Composto por 3 ductos membranosos ◦ Canal Superior ou Anterior → antero lateral - ângulo de 45° com o plano medial sagital ◦ Canal Posterior ou Frontal→ Postero lateral, ângulo de 45 ° com plano medial sagital ◦ Canal Lateral ou Horizontal→ + curto, ângulo de 30° com plano horizontal ◦ Os canais superior e posterior → planos verticais ◦ Se abrem junto ao Utrículo através de 5 orifícios ◦ Separado dos CSCs ósseos pela perilinfa no espaço perilinfático ▪ Exceto região de grande curvatura ◦ Cada ampola insere-se na superfície óssea correspondente → Sulco Ampular ▪ Onde penetram as fibras nervosas terminais ▪ Cada canal tem uma extremidade ampular e uma extremidade não ampular ▪ Canal superior + posterior se unem antes de abrir em um único orifício no vestíbulo ◦ Pares funcionais: ▪ Canal lateral D + lateral E ▪ Canal superior D + posterior E ▪ Canal posterior D + superior E ◦ Epitélio dos CSCs → se diferencia em órgãos sensoriais → Cristas ampolares Estruturas menores ▪ As cristas ocupam 1/3 do diâmetro das ampolas ▪ São formadas por um pequeno conjunto de células de sustentação + cél ciliadas altamente diferenciadas ▪ A crista é recoberta por uma cúpula gelatinosa → composta por mucopolissacarídeos → parede oposta da ampola → pode se deformar como meio elástico através do movimento da endolinfa ◦ Célula ciliada → elemento receptor do labirinto vestibular ▪ Ela é pré-sináptica ao N. Vestibular (ramo do NC VIII) ▪ Composta de neurônios Bipolares Os corpos celulares se encontram no Gânglio de Scarpa Cada neurônio envia um processo periférico (pré ganglionar) para 1 ou + células ciliadas e um processo central para as estruturas do tronco cefálico ▪ As células ciliadas tanto da crista ampolar quanto da mácula podem ser de 2 tipos: Tipo I → formato arredondado envolto por várias terminações nervosas Tipo II → formato cilíndrico e com uma única terminação nervosa ▪ Para cada célula ciliada existe: Cinocílio → Ele é único, emerge do corpo da célula e se coloca na periferia do tufo de Estereocílios Estereocílios → variam de tamanho, os mais próximos ao cinocílio são maiores Cóclea/ ducto coclear ◦ Formato em espiral, repousa sobre a cóclea óssea internamente ◦ Gira em torno de um eixo central → Modíolo ▪ Estrutura semelhante a um caracol, com 2 voltas e meia ◦ Se incia no ceco vestibular que ocupa o recesso coclear do vestíbulo ◦ O assoalho do ducto é formado por periósteo espesso ▪ Recobre a parte periférica da lâmina espiral óssea → Formando a Membrana Basilar ▪ O epitélio desse assoalho forma o órgão espiral de Corti → inervado pelas fibras do N. Coclear (Ramo do NC VIII) Órgão de Corti → na membrana basilar, órgão nobre da audição, células sensoriais que são dividas em internas e externas: ◦ Internas (CCI)→ fila única, mais próximas ao modíolo → responsáveis pela discriminação auditiva ▪ Em V 3.500 ◦ Externas (CCE)→ 3 a 5 fileiras → fazem as emissões otoacústicas ▪ Em W 12.000 a 16.000 células ▪ Função coclear e são as células mais lesadas por aminoglicosídeos ▪ Prestina → proteína contrátil ◦ Neurônios: ▪ Tipo I (90%) → aferente, inerva de 15 a 20 CCI ▪ Tipo II (10%) → 10 CCE ◦ Glutamato presente ◦ Principal neurotransmissor: Acetilcolina ◦ O periósteo externo do canal coclear forma a parede periférica do Ducto cocleariforme ▪ Denominando-se Ligamento espiral da Cóclea ▪ Contém rica trama vascular – superior, próximo à membrana vestibular Região denominada → Estria vascular ◦ A membrana basilar que se estende do ligamento espiral até a lâmina espiral óssea forma a 3a. Parede do ducto ◦ Membrana tectórica → camada que recobre todo o epitélio sensorial ▪ No assoalho do ducto, próximo ao lúmen e inserido na margem da lâmina espiral óssea ◦ A coclear se divide o canal em 3 escalas/rampas: ▪ Escala vestibular → passagem superior ▪ Escala média → ducto ou canal coclear ▪ Escala timpânica → passagem inferior ▪ As 2 se encontram no ápice → local onde termina o ducto coclear e as escalar vestibular e timpânica se abrem → Helicotrema ◦ As escalas são separadas: ▪ Escala Vestibular de Média → Membrana Vestibular → Membrana de Reissner ▪ Escala Média de Timpânica → Membrana Basilar ◦ As escalas são preenchidas líquidos: ▪ Escala média → Endolinfa ▪ Escala Vestibular e Timpânica → Perilinfa ◦ Relação das escalar com a Orelha Média: ▪ Escala Vestibular → Janela Oval ( Janela Vestibular da Cóclea) ▪ Escala Timpânica → Janela Redonda OBS→ Utrículo + Sáculo = Vestíbulo membranoso → Também são chamados de órgão otolíticos → formações de carbonato de cálcio Utrículo → aceleração angular ◦ Forma ovoide, maior ◦ Ocupa recesso elíptico na região póstero-superior do vestíbulo ◦ Inervação→ Ramo Utricular do N. Vestibular (Ramo do NC VIII) ◦ Antero lateral → Mácula utricular → região sensitiva do órgão ▪ Mácula utricular → Lápilus Fica na superfície inferior do utrículo, quase horizontal Determina orientação da cabeça qnd pessoa ereta ◦ Posterior → Terminações dos ductos semicirculares ◦ Anterior → Ducto utrículo – sacular Sáculo ◦ Mesma forma que utrículo, menor ◦ Localiza-se na região antero superior do vestíbulo ◦ Se insere no recesso esférico ◦ Mácula sacular → Rágata ▪ Plano vertical, equilíbrio em decúbito ◦ Inervação → Ramo Sacular do N. Vestibular (Ramo NC VIII) ◦ Superfície inferior → Ducto reuniens (Canalículo de Hensen)→ se conecta ao ducto Coclear ◦ Posterior → Ducto utrículo sacular OBS→ as máculas apresentam células ciliadas sensoriais intercaladas por células de sustentação → cada mácula é recoberta por uma camada gelatinosa com otólitos mergulhados → Milhares de células ciliadas projetam os cílios para dentro da camada gelatinosa → O peso dos otolitos inclinará os cílios em direção da força da gravidade OBS 2 → Do utrículo + sáculo → saem ductos que vão se unir para formar o Ducto endolinfático → este ducto atravessa o aqueduto vestibular (estreito canal ósseo) → termina em um saco endolinfático (pequena dilatação em fundo cego recoberto por Dura-máter) → o saco endolinfático tem 2 funções: equilíbrio da pressão entre sistema vestibular e SNC + absorver endolinfa c) Cápsula Ótica Estrutura óssea especial que envolve os labirintos Ossifica-se a partir de 14 ou mais centro de ossificação Esses centros se unem para formar uma capsula que protege as estruturas sensoriais O tecido ósseo permanece com as características que tinham na vida fetal Apesar de ser derivada de cartilagem, não se encontram resquícios de crescimento condral Sua dimensão máxima é atingida no 5° mês de vida fetal Apesar de apresentar osteogênese rápida, a histogênese não acompanha, terminando até o 1° ano de vida #Vascularização • Art. Estilo mastoidea → mastoide e tímpano • Art. Cerebelar Inferior Anterior ( ACIA)(Art. Auditiva interna) → ¾ Cóclea e Modíolo • Art. Labiríntica Interna → CA Interno e porção da OM ◦ Art. Coclear ◦ Art. Vestibular ◦ Art. Vestibulococlear ▪ Essas irrigam CSCs #Inervação → NC VIII (Vestibulococlear) e NC VII (facial) • N. Vidiano/ N. Do canal pterigoideo → composto por: ◦ N. Petroso Superficial maior ◦ N. petroso profundo ◦ Ramo simpático do plexo carotídeo . #Nervo vestibular Possui 2 ramos: ◦ Ramo Superior → proveniente do utrículo e dos CSCs Lateral e Superior ◦ Ramo Inferior → proveniente do sáculo e do CSC Posterior Ambos esses ramos possuem seus corpos celulares no Gânglio de Scarpa próximo ao meato acústico interno ◦ Cada gânglio → aproximadamente 20 mil células bipolares: ▪ Axônios periféricos, pequenos → inervam células ciliadas ▪ Axônios centrais → maiores, terminam no tronco cerebral ▪ Axônios e corpos celulares são milelinizados O N. Vestibular se une ao N. Coclear → Forma N. Vestibulococlear ( NC VIII) ◦ Esse nervo é exclusivamente sensitivo ◦ Atravessa o meato acústico interno ◦ Penetra na ponte → na região Ângulo ponto – cerebelar ◦ As fibras sensitivas seguem em direção aos Núcleos vestibulares. #Nervo Facial – NC VII • Nervo misto → aferente e eferente ◦ Motor, parassimpático secretor e sensitivo 1. Emerge do SNC → no ângulo pontocerebelar/ sulco bulbopontino (aqueduto cerebral) → entra no MAI → para entrar no canal facial → dobra no gânglio geniculado formando o 1/ joleho do nervo facial 60° • Entra no CAI → junto com NC VIII • Apresenta 3 porções: ◦ Supranuclear ◦ Nuclear ◦ Infranuclear ▪ Nessa porção apresenta mais 6 segmentos: • Segmento 1. Intracraniano (Cisternal) • Segmento 2. Meatal (CAI) ◦ Mede aproximadamente 8 mm e seu fundo une-se ao nervo intermédio formando um só nervo, quando o facial penetra no canal de Falópio. • Segmento 3. Labiríntico (do CAI até Gânglio Geniculado) ◦ Onde Emite seu 2 primeiros ramos→ N. Petroso Maior e Menor Superficial → tem seu primeiro JOELHO → 60-70° ◦ Mede aproximadamente 4 mm, com início no fundo do meato e término no gânglio geniculado, que descansa sobre a cóclea. Ao chegar nesse ponto, o facial se curva para trás e forma um ângulo de 60º • Segmento 4. Timpânico (do G. Geniculado até eminência piramidal) ◦ Inicia-se superiormente ao processo cocleariforme ◦ Com aproximadamente 10 mm, divide-se em uma porção proximal ou cocleariforme, que vai do gânglio até o processo cocleariforme, e uma porção distal chamada estapediana, intimamente relacionada ao estribo. • Segmento 5. Mastoideo (da eminência piramidal ao forame estilomastoideo) ◦ Maior segmento → segundo JOELHO → 115° • Segmento 6. Extra temporal (do forame estilomastoideo até a divisão em cervicofacial e temporofacial) ◦ Último ramo → N. De Wrisberg • Emite os seguintes Ramos intra ósseos: ◦ N. Petroso superficial Maior → inerva glândula Lacrimal (parassimpático) ◦ N. Petroso superficial Menor → glândula Sublingual ◦ N. Estapedial → contração do estapédio ◦ N. Corda do Tímpano → inervação gustatória de 2/3 anteriores da língua (parassimp.) • Exterioriza-se pelo forame estilomastoideo e emite: ◦ N. Auricular posterior ◦ Ramo do digástrico ◦ Ramo do estilo hioideo • Forma 5 ramos terminais: ◦ Temporal ◦ Zigomático ◦ Bucal ◦ Marginal da mandíbula ◦ Cervical • Relações anatômicas: ◦ OM ◦ CSC lateral ◦ Bigorna ◦ Parede posterior do CAE • Principais ramos ◦ N. Estapédio → inerva e ativa m. Estapédio → protege OI de trauma acústico ◦ N. Petroso maior ◦ N. Corda do Tímpano → inervação gustativa 2/3 anteriores da Língua ▪ Sua lesão pode causar gosto metálico na boca ▪ Nervo misto • Na OM → corre através de um canal ósseo de paredes estreitas → Canal facial – Aqueduto de Falópio ◦ Otites médias, tumores, colesteatomas → podem causar paralisias faciais periféricas. • O NC VII emerge do osso temporal → Forame estilomastóideo • Se subdivide depois do forame em 5 nervos principais → motoras da face • Neurônios parassimpáticos e viscerais: ◦ Glândula lacrimal (gânglio pterigopalatino) ◦ Glândulas mucosas da cavidade do nariz (g. Pterigopalatino) ◦ Glândulas salivares submandibular e sublingual (g. Submandibular) ▪ Originam-se do núcleo salivatório superior, na ponte ▪ Saem do tronco encefálico pela raiz sensorial do NC VII N. Facial (n. Intermedio) → cursam para os gânglios parassimpáticos → os gânglios submandibular e pterigopalatino • Sinais sensitivos Localização: ◦ Ao lado das fibras motoras da margem posterior do pedúnculo da ponte, existe um pequeno feixe de fibras sensitivas, que correm ao lado do Nervo Intermediário de Wrisberg, que constitui a porção sensitiva do N. Facial ▪ Seu gânglio sensitivo é o gânglio Geniculado → que se encontra no interior da parte petrosa do osso temporal • Componente funcional Aferente do N. Facial: ◦ Aferente visceral especial → Gustação nos 2/3 anteriores da língua ◦ Aferente visceral geral → Parte posterior das fossas nasais e face superior do palato mole ◦ Aferente somático geral → parte do pavilhão auditivo, MAE (contração do m estapédio em resposta a sons altos). • Seus Ramos: ◦ Ramo Temporal → emerge da margem superior da glândula parótida e cruza o arco zigomático (mais suscetível à lesões ▪ M. Auricular superior e Auricular Anteriores ▪ Ventre frontal do M. Occiptofrontal ▪ Parte superior do M. Orbicular do olho ◦ Ramo Zigomático ▪ M. Zigomático Maior e Menor ▪ M. Prócero ▪ M. levantador do lábio superior ▪ M. nasal ▪ M. Levantador do ângulo da boca ▪ M. Abaixador do septo nasal ◦ Ramo Bucal ▪ M. Bucinador ▪ M. Lábio superior (partes superior do orbicular e fibras inferior do levantados do lábio superior) ◦ Ramo Marginal da mandíbula → emerge da margem inferior da parótida e cruza a margem inferior da mandíbula profundamente ao platisma para chegar àface (em 20% das pessoas esse ramo segue abaixo do ângulo da mandíbula) ▪ M. Risório ▪ M. do lábio inferior e queixo ◦ Ramo Cervical → segue inferiormente a partir da margem inferior da parótida e passa posteriormente à mandíbula ▪ M. Platisma #Núcleos vestibulares As fibras provenientes do NC VIII projetam-se principalmente sobre os núcleos vestibulares principais ipsilaterais Localizam-se no assoalho do IV ventrículo → na junção da ponte e parte superior do bulbo São 4 núcleos vestibulares: ◦ 1. Núcleo vestibular Lateral ou Deiters → postura. Dividido em 2 zonas: ▪ I → Porção Rostroventral → recebe aferências do utrículo, sáculo e CSC superior ▪ II → Porção Dorsocaudal → aferências não labirínticas do cerebelo e da medula espinhal ◦ 2. Núcleo Superior ou Bechterew → aferências ampolares, predominantemente aferências CSCs ▪ Predominantemente inibitório ◦ 3. Núcleo Medial ou Schwalbe ou Triangular → aferências ampolares e poucas utriculares, predominantemente aferências CSCs ▪ Predominantemente excitatório ◦ Os núcleos mandam fibras através do fascículo longitudinal medial para o centro oculomotor e para ME ◦ 4. Núcleo Descendente ou Inferir ou Roller → responsável pela integração entre labirinto vestibular, cerebelo, formação reticular, ME e núcleos vestibulares contralateral ▪ Recebe aferências dos CSCs, utrículo, sáculo e verme cerebelar #Olhar Reflexos envolvidos na estabilização da cabeça #Olhar aula FISIOLOGIA VESTIBULAR + SISTEMA COCLEAR E VESTIBULAR Resumo rápido - Vestibular Labirinto posterior → transforma energia mecânica que resulta dos movimentos ciliares em sinal biológico CSCs → aceleração angular causadas pela rotação da cabeça Máxima excitação de um par funcional causa a máxima inibição do outro membro No movimento rotatório → endolinfa movimenta no sentido contrário, mas na mesma velocidade Na parada da rotação a endolinfa continua a se deslocar no mesmo sentido até deter- se → isso ocasiona uma pressão na cúpula gelatinosa que movimenta os cílios que nela penetram Nos CSCs Superior (anterior) e Posterior (frontal) o Cinocílio localiza-se na extremidade não ampular Já o CSCs Lateral o cinocílio localiza-se na extremidade utricular/ampular O movimento de estereocílios sobre o cinocílio → causa DESPOLARIZAÇÃO das céluLAS ciliadas → aumenta liberação de neurotransmissores → aumenta o estímulo da fibra Aferente O movimento do cinocílio sobre os estereocílios → HIPERPOLARIZAÇÃO → redução da liberação de neurotransmissores → menor estímulo nas fibras aferentes O sentido da movimentação da endolinfa nos CSCs podem ser: Ampúlípetas → do arco do ducto em direção a ampola Ampulífugas → da ampola em direção ao arco do ducto CSC Lateral → corrente Ampulípeta → flexionam estereocílios sobre cinocílio → Despolarização CSCs Superior e Posterior → ocorre o oposto → a corrente é Ampulífugas → Hiperpolarização As Leis de Eward tentam explicar esse fenômeno → no qual o CSC Lateral a corrente endolinfática Ampulípeta desperta reflexos mais intensos que a Ampulífuga, sendo que nos CSCs Superior e Posterior a Ampulífuga causa reflexos mais intensos Exemplo: ao rodar a cabeça para a D → por inércia ocorrerá uma corrente ampulípeta à Direta (mesmo lado da rotação) e ampulífuga à Esquerda → resultando na despolarização celular de um lado e hiperpolarização de outro → configurando uma resposta bidirecional Vestíbulo → aceleração linear (gravidade, mov do corpo ou equilíbrio estático) Ele é excitado através do deslocamento da membrana otolítica sobre a mácula Frente e traz, cima e embaixo → geram um fenômeno de tração da membrana otolítica sobre os cílios da mácula, ou ao contrário, geram um fenômeno de pressão. Sua resposta é semelhante as dos CSCs A inclinação da cabeça em qualquer direção vai resultar em despolarização de algumas células utriculares e hiperpolarização em outras (porque estão dispostas em diferentes direções na mácula) Esse sinal complexo fornece ao cérebro uma media acurada da posição da cabeça Resumo Rápido → Coclear Captação das ondas sonaras → deslocamento de ar → começa na orelha externa O MAE transfere e amplifica o som para a OM princialmente em frequência de 2000 a 5000 Hz, sendo máxima entre 200 a 3000 Hz ( 20 dB) O deslocamento de ar encontra-se com a Membrana Timpânica (MT) → essa vibra estimulando a vibração dos ossículos da orelha média → martelo bigorna e estribo ➢ A MT vibra somente 55 mm² dos 85 mm² ➢ Região de máxima vibração → postero superior ➢ A unidade Tímpano ossicular é responsável por amplificar o som a OI Vibrações sonoras do meio atm são muito perdidos, isso é corrido através dessa unidade por meio de 2 mecanismos: 1. Mecanismo Hidráulico→ a relação da superfície vibrátil da MT com a membrana da janela oval é de 17/1 até 25/1 (55mm² – 3,2 mm²), aumentando a pressão que chega na janela oval de 17 - 25 vezes (26dB) 2. Mecanismo de alavanca martelo/bigorna → esses ossiculos vibram em conjunto no seu eixo de rotação, o ramo longo da bigor é menor que o cabo do martelo, fazendo então que as ondas sonoras transmitidas à janela oval aumentem a pressão acústica numa relação de 2/1 (2,5 dB) Eixo de rotação → é fixo, formado pela linha que une o ligamento anterior do martelo ao ligamento posterior da bigorna → ocorre nas frequências mais baixas Translação → ocorre nas frequências mais altas, mais proeminente que rotação A amplificação global da pressão transmitida da MT à janela oval é de 22 vezes, aproximadamente 27 – 35 dB O estribo comunica-se com a orelha interna através de seu encaixe na janela oval (janela vestibular da cóclea) Ao vibrar, o estribo desloca a coluna de perilinfa da Escala vestibular Na escala Média em toda sua extensão encontra-se o Órgão de Corti → onde estão as células sensoriais que repousam na Membrana Basilar ➢ Essas células possuem estereocílios em seu ápice que se inclinam abaixo de uma membrana rígida → Membrana Tectórica ➢ A inclinação dos estereocilios apicais resulta em → despolarização das membranas das células sensoriais → transformando força mecânica/deslocamento de líquido em sinais nervosos → via aferente do nervo coclear do Nervo Vestibulococlear NC VIII No Helicotrema o deslocamento da perilinfa na escala vestibular passa para a perilinfa da escala timpânica que comunica-se com a orelha média através da janela redonda (janela da cóclea)→ essa janela possui uma membrana que não é rígida, amortecendo a onda de deslocamento da perilinfa → evitando que reverbere de volta para a cóclea Neurônios bipolares cujos corpos celulares compõem o Gânglio Espiral – que se encontra no interior do modíolo ➢ Os prolongamentos periféricos desses neurônios inervam as células sensoriais do órgão de Corti ➢ Já seus prolongamento centrais formam a divisão coclear do nervo Vestibulococlear NC VIII → que envia projeções para Núcleos Cocleares no tronco encefálico (do mesmo lado) → fazem sinapse com os neurônios II da via auditiva As células sensoriais do órgão de corte encontradas na Membrana Basilar são dividas em internas e externas ➢ Internas→ fila única, mais próximas ao modíolo → responsáveis pela discriminação auditiva ➢ Externas → 3 ou 4 fileiras → função ainda não elucidada Base da cóclea → células sensoriais sensíveis a altas frequências – agudo Ápice → células sensoriais sensíveis a baixas frequências – grave ➢ Ou seja → as células sensoriais apresentam uma organização tonotópica. #Núcleos Cocleares Onde projetam-se a divisão coclear do NC VIII Local → Bulbo cranial – extremidade postero lateral – próximo ao pedúnculo cerebelar inferior Divididos em: ◦ Núcleo ventral ▪ Núcleo antero ventral ▪ Núcleo postero ventral ◦ Núcleo dorsal Antero ventral → localização horizontaldos sons, envia projeções bilaterais ao Complexo Olivar Superior (na ponte) → esse projeta-se ao Colículo inferior no mesencéfalo (através do lemnisco lateral) Organização do sistema auditivo • Quatro ou mais neurônios envolvidos desde a periferia até o córtex auditivo (diversas estações intermediárias até o córtex auditivo primário: gânglio espiral, núcleos cocleares, núcleo olivar superior, núcleo do corpo trapezoide, núcleo do lemnisco lateral, colículo inferior, corpo geniculado medial). • Projeções craniais aos núcleos cocleares de um mesmo lado são bilaterais. • A estação talâmica de retransmissão auditiva está no corpo geniculado medial. • O córtex auditivo primário encontra-se no lobo temporal, no giro temporal superior. Lesões do lemnisco lateral até córtex auditivo produz diminuição bilateral (surdez parcial bilateral), que é pior na orelha contralateral à lesão. Surdez nervosa completa somente ocorre se a lesão ocorrer no nervo coclear (por exemplo por tumores, como o neurinoma do acústico) ou por lesão nos núcleos cocleares. No caso de lesão aos núcleos cocleares, como no infarto do território de irrigação da artéria cerebelar inferior anterior, outras estruturas adjacentes também são comprometidas e o paciente apresenta outras manifestações neurológicas além da surdez. Tanto no comprometimento do nervo quanto dos núcleos cocleares, a surdez é homolateral à lesão. Lesões não nervosas também podem produzir surdez (hipoacusia), como nos casos de afecções à cadeia de ossículos da orelha média, por infecções graves ou otosclerose, ou por problemas na orelha externa, como na lesão à membrana timpânica. Nestes casos, diz-se que a surdez é de condução ou de transmissão, em oposição à surdez neurossensorial ou de percepção, que ocorre por lesão da orelha interna. Em casos de hipoacusia, além do exame neurológico criterioso e completo, é realizada a audiometria, que mede o nível de audição em decibéis RESUMO OTOLOGIA – PATOLOGIAS 1. DOENÇAS DA ORELHA EXTERNA A) Oto hematoma • Definição: coleção sero hemática entre o pericôndrio e a pele • Geralmente pós trauma • QC: abaulamento local, geralmente na hélice, de coloração vinho acastanhada, com flutuação e dor à palpação • Dx: clínico • Tto: Drenagem local + curativo compressivo por 48 horas + ATB oral (cefalexina) B) Pericondrite • Infecção bacteriana da cartilagem e pericôndrio do pavilhão auditivo • Etiologia → geralmente ocorre após trauma com solução de contiguidade com o meio externo ou pelo uso de brincos. Pode evoluir com otites externas. ◦ Principais agentes → Streptococcus, Staphylococcus e Pseudomonas aeruginosa • QC: hiperemia, dor e edema do pavilhão de rápida evolução após trauma local • Dx: clínico • Tto: Agressivo → ATB oral (cipro) + CO (prednisona, dexametasona) ◦ Se abscesso → drenagem + dreno + curativo compressivo ◦ Considerar uso de pomadas com atb • Principais complicações: necrose tecidual e deformidades do pavilhão C) Otite Externa difusa aguda • Infecção aguda da derme e da epiderme do CAE • Agentes → P. Aeruginosas, S aureus, Strepcoccus e Proteus mirabilis • Fatores pré disponentes mais comuns: ◦ Exposição a umidade ◦ Traumas → cotonetes ou outros corpos estranhos causa solução de contiguidade com a pele favorecendo infecções bacterianas ◦ Composição do manto lipídico → a secreção das glândulas ceruminosas, quando ausentes ou alterações na composição da secreção das glândulas locais podem aumentar o pH e favorecer a penetração bacteriana • QC: otalgia moderada a intensa, geralmente unilateral, que piora à compressão do trágus ou manipulação do pavilhão. Sem alterações sistêmicas ◦ Otoscopia é dolorosa –> edema difuso do CAE + hiperemia + descamação e secreção • Dx: clínico • Tto: de acordo com gravidade ◦ Leve → gotas tópicas de ATB + CO ◦ Intensos → associas ATB oral (cefalexina, cefadroxila ou cipro) ▪ Evitar entrada de água no CAE ▪ Se não apresentar melhora em 48 a 72 h→ considerar extensão da infecção para sítios adjacentes (mastoide) D) Otite externa circunscrita • Infecção em complexo pilossebáceo do CAE, de localização bem definida e circunscrita → furúnculo • Etiologia → Sthaphylococcus aureus • QC: dor intensa local, evolução rápida, algumas vezes com febre ◦ Otoscopia: edema local com sinais flogísticos, muito doloroso ao toque • Tto: ATB com cobertura para Gram + (cefalexina) + analgésicos + AINE ◦ Se abscesso organizado → drenagem cirúrgica E) Rolha de cerume/epidérmica • Acúmulo de cerume no CAE, formando rolha com debris celulares ◦ O cerume é produzido por glândulas ceruminosas no terço externo do CAE • QC: hipoacusia com plenitude auricular • Dx: clínico • Tto: remoção da rolha por meio de lavagem com água morna ou curetas especiais • Fatores pré disponentes ◦ Uso de cotonetes ◦ Variações anatômicas → CAE estreito ou tortuoso ◦ Banhos de imersão → a água umidade a rolha previamente existente tornando-a mais oclusiva F) Otite externa maligna • Infecção originária do CAE que se estende para estruturas adjacentes→ ATM, pavilhão, OM, mastoide, base do crânio, OI e osso temporal • Caráter invasivo → destruição tissular e intenso processo inflamatório • Etiologia → Pseudomonas aeruginosa • Fatores de risco ◦ DM não controlada (90%) ◦ Idosos ◦ Imunossupressão (AIDS, doenças linfoproliferativas, QT) • QC: início otite externa água refratária ao tto clínico. ◦ Dor moderada a intensa associada a sintomas sistêmicos como: ▪ Queda do estado geralmente ▪ Descompensação diabética ▪ Febre ▪ Cefaleia ◦ Hipoacusia com plenitude auricular e otorreia ◦ Com a evolução acomete estruturas adjacentes, causando dor à movimentação articular, restrição da abertura oral (acometimento do masseter), adenopatia cervical e necrose de tecidos ◦ A invasão do osso temporal causa sinais de complicações secundárias: ▪ Paralisia facial periférica ▪ Abscessos intracranianos ou intratemporais ▪ NC mais envolvidos: VII, X e XI • EF: intenso edema e hiperemia no pavilhão auricular e no Cae ◦ Secreção purulenta no CAE ◦ Ulcerações na derme ◦ Granulações locais ◦ Dor intensa ao toque • Dx: Clínica + exames complementares ◦ Cintilografia com Gálio – 67 → marca os polimorfonucleares, sendo um marcador de infecção ativa (osteomielite). ▪ Também utilizada para monitorar a resposta terapêutica ◦ Cintilografia com Tecnécio – 99 → mostra regiões osteoblásticas, presentes em osteomielites ◦ TC de Mastoide → geralmente só se altera em estágios avançados da doença. Permite avaliar o grau de extensão da infecção ◦ RNM de Mastoide → fornece informações complementares à TC, também avalia possíveis alterações no SNC secundárias ao processo infecioso. ◦ Cultura de secreção do ouvido ◦ Hemocultura ◦ Exames gerais → HMG, PCR, VHS, Gjum • Tto: ◦ Compensação das patologias associadas → DM ou demais ◦ ATB parenteral → Cipro (+ utilizado) ◦ Abordagem cirúrgica → nos casos refratários ao tto clínico – debridamento das áreas necróticas ◦ Mortalidade menor que 10 %, porém aumenta se acometimento intracraniano ou imunossuprimidos G) Otomicose • Infecção do Cae causada por fungos ◦ Candida spp e Aspergillus spp • QC: pouco sintomático → prurido isolado até sintomas mais intensos ◦ Otoscopia → filamentos fúngicos de coloração variável • Tto: antifúngico tópico + limpeza por aspiração e evitar umidade H) Miringite Bolhosa • Infecção da camada externa da MT (epitelial), formando uma bolha pela delaminação dessas camadas, contendo secreção serosa em seu interior • Etiologia → pouco elucidada, decorrente pós infecção viral (IVAS) ou bacteriana (Mycoplasma) • QC: intensa otalgia, geralmente unilateral, após IVAS ◦ Hipoacusia com plenitude ◦ Sintomas sistêmicos como febre são pouco presentes • EF: otoscopia → bolha na MT com conteúdo líquido + hiperemia local e CAE preservado • Dx: clínico • Tto: proteção contra umidade+ ATB oral Macrolídeo (claritromicina ou eritromicina) + ATB tópica ◦ Punção da bolha: validade questionável 2. DOENÇAS NÃO INFECCIOSAS DA ORELHA MÉDIA A) Disfunção tubária • Incapacidade da tuba auditiva em se abrir adequadamente e equalizar a pressão no interior da OM com a pressão da cavidade nasal (pressão ambiente) • Etiologia: secundário ao edema da mucosa da TA em vigência de IVAS ou processos alérgicos • QC: plenitude auricular associada a hipoacusia e eventual zumbido ◦ Otoscopia → MT retraída para a OM • Dx: clínico + apresenta curva C na timpanometria e presença de gap aéreo ósseo • Tto: direcionado a doença de base + movimentos de deglutição B) Otosclerose (otospongiose) • Acomete multifocalmente o labirinto ósseo → mais na região da Janela Oval • Ocorre um processo de reabsorção e síntese óssea que pode levar, no final, à fixação da platina do estribo na janela oval, com consequente rigidez na vibração da cadeia ossicular → não transmite adequadamente as vibrações sonoras • Fatores de risco ◦ Mulheres ◦ Jovens ( com pico na 3a. - 4a. Década) ◦ Antecedente de gestação • QC: hipoacusia progressiva com zumbido, podem ocorrer sintomas vestibulares. EF costuma ser normal. • Testes complementares ◦ Audiometria → perda auditiva do tipo condutivo, acometendo inicialmente as menores frequências (graves) ▪ Pode ocorrer perda auditiva mais pronunciada na frequência de 2kHz • → Fenômeno conhecido como Entalhe de Carhart ◦ Imitanciometria → curva do tipo “Ar” ◦ Reflexos do Estapédio → pode estar abolido nas perdas mais intensas ◦ Evolução → as demais frequências podem ser comprometidas e a perda auditiva torna-se do tipo mista pela invasão dos focos otoscleróticos no OI • Tto: ◦ Clínico → readaptação auditiva com Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASIs) + terapia medicamentosa com Fluoreto de Sódio (efeito inibidor na progressão) ◦ Cx → substituição do estribo por uma prótese C) Traumas Os traumas do osso tempo são divididos didaticamente em: I) Trauma do CAE • Mecanismo do trauma: geralmente corpos estranhos • QC: dor intensa e sangramento, SEM alteração da acuidade auditiva • EF: laceração do CAE com MT íntegra • Tto: proteção contra umidade + ATB tópico e analgesia II) Perfuração timpânica traumática • Mecanismo do trauma: penetração de corpo estranho ou por aumento súbito de pressão no CAE (tapão na orelha) • QC: otalgia associada a otorragia e hipoacusia • EF: otoscopia observa-se MT lacerada + sangramento local • Tto: proteção auricular e observação clínica, 80 a 85 % as perfuração traumáticas tem resolução expontânea ◦ Se não houver fechamento → correção cx III) Desarticulação da cadeia ossicular • Mecanismo de trauma: penetrantes ou fechados de maior energia • QC: hipoacusia súbita após o trauma, podendo estar associada ou não com perfuração de MT • Dx: audiometria (desacusia condutiva ou mista) ◦ Timpanometria → curva do tipo Ad ◦ Tc de mastoide • Tto: protetização auditiva e/ou reconstrução cx da cadeia ossicular com próteses IV) Fratura do osso temporal • Longitudinal (80%): ◦ Mecanismo do trauma: geralmente secundário a trauma leve a moderada energia ◦ Trauma em direção lateral ao crânio na região parietal da cabeça ◦ QC: varia de acordo com estrutura acometida, porém comumente não cursa cim lesão de estruturas nobres ( NC VII Facial e capsula ótica) ◦ Dx: Tc → as estruturas mais envolvidas: MT, teto da caixa timpânica e porção anterior do ápice petroso ◦ Tto: conservador nos casos menos graves • Transversa ◦ Mecanismo de trauma: geralmente secundário a trauma lateral ou frontal ao crânio de alta energia. Pode acometer estruturas nobres (como canal do N. Facial/ de Falópio, capsula ótica e base do crânio) ◦ QC: paralisia facial periférica (PFP), hipo ou anacusia, vertigem severa e até otorreia hialina nos casos de fratura de base de crânio e formação de fístula labirínticas ◦ Dx: TC ◦ Tto: Depende da estrutura acometida. Se PFP pode-se considerar mastoidectomia e a descompressão do NC VII Tipos de trauma QC Dx Tto Laceração do CAE Otalgia e otorreia, em geral após uso de cotonete Clínico; laceração em CAE, MT íntegra Gotas de atb tópicas, proteção auricular Perfuração da MT Hipoacusia e otorreia Laceração ou perfuração recente em MT (bordos sem sinais de cicatrização) Gotas tópicas; proteção auricular (considerar abordagem cx) Desarticulação da cadeia ossicular Hipoacusia pós trauma Otoscopia possivelmente normal, curva Ad em impedanciometria Correção cx Fratura do osso temporal Hipoacusia, otorragia, otorreia hialina, zumbido, sintomas vestibulares, paralisia facial Tc que evidencia sinais de fratura Conservador ou cx 3.DOENÇAS INFECCIOSA0S/ INFLAMATÓRIAS DA ORELHA MÉDIA A) Otite média aguda • OMA → é um processo infeccioso da OM que pode ser viral ou bacteriano • Etiologia ◦ Bacterianos: ▪ Após 6 semanas de vida → em ordem decrescente de frequências • S. pneumoniae • H. influenzae • M. catarrhalis ▪ Em RN até 6 semanas de vida: • S. aureus • Intestinais → E.coli – Klebsiella spp e M. catarrhalis ◦ Virais: ▪ Vírus sincicial respiratório, adenovírus, Influenzae A ou B • Fisiopatologia → geralmente secundária à IVAS e processos inflamatórios/ alérgicos das VAS → evolui com edema mucoso e disfunção da tuba auditiva, favorecendo a estase de secreção na OM • Epidemio → acomete indivíduos de todas as idades → crianças estão mais sujeitas a ocorrência de OMA com 2 picos de incidência – entre 6 e 24 meses e entre 4 e 7 anos ◦ Tb acometem indivíduos com malformações craniofaciais • Fatores de risco para crianças: ◦ OMAs ou IVAS de repetição ◦ Anatomia → a TA mais curta + horizontal → predispõe à aspiração de secreção da nasofaringe até o OM ◦ Hábito de mamar deitado → leite ou secreções gástricas podem refluir pela via TA até OM ◦ Aleitamento materno por menos de 3 meses ◦ Frequência a creches ou berçários – exposição a IVAS ◦ Tabagismo passivo ◦ DRGE ◦ Atopias ◦ Meses de inverno • QC → otalgia, otorreia, plenitude auricular, toxemia e febre ◦ Em crianças menores → possível sinais e sintomas menos específicos → diarreia e prostação + dificuldade para mamar • Dx → eminentemente clínico ◦ Otoscopia → pode diferenciar a etiologia – sempre avaliar: ▪ Posição → normal, retraída, abaulada ▪ Cor → rosada, âmbar, branca, vermelha, azul ▪ Translucidez →translúcida, semiopaca, opaca ▪ Mobilidade (quando possível) → normal, aumentada, diminuída, ausente ◦ OMAs virais → MT hiperemiada (aumento de vascularização timpânica) + transparência diminuída ◦ OMAs bacterianas → além dos sinais anteriores + MT abaulada (secreção contida no interior do OM) • Tto → alívio dos sintomas + prevenção de complicações ◦ ATB somente se certeza do dx Fatores Preditor de certeza de dx (OMA bac) e de gravidade QC Oltalgia intensa, prostação, toxemia, náuseas/vômitos Febre >39° Otoscopia MT abaulada, sinais de supuração Idade Otoscopia Sinais e sintomas Tto < 6 meses Sugestiva de OMA – viral ou bact Choro, febre, prostração Atb + sintomáticos 6 a 12 meses Sugestiva de OMA viral unilateral - Otalgia leve? Moderada - Febre< 38° C - Sintomáticos Reavaliar se piora clínica 6 meses a 2 anos Sugestiva de OMA bacteriana unilateral - Otalgia leve? Moderada - Febre < 39° C - Ausência de otorreia - Observar por 48 h e realaviar (otoscopia/ Otalgia/ febre) - Se piora → atb 6 meses a 2 anos Sugestiva de OMA bacteriana bilateral - Otalgia leve; moderada - Febre < 39° C - Ausência de otorreia Abt + sintomáticos 6 meses a 2 anos Sugestiva de OMA uni ou bilateral - Otalgia moderada/ intensas- Febre de 39° C, presença ou não de otorreia Atb + sintomáticos > 2 anos Sugestiva de OMA bacteriana bilateral - Otalgia leve / moderada - Febre < 39° C - Ausência de otorreia - Observar por 48 horas e reavaliar (otalgia/ otoscopia/febre) - Se piora atb A escolha do atb deve ser feita da seguinta forma: • 1a.escolha → amoxicilina ◦ Em caso de falha terapêutica em 48 horas → aumentar a dose ◦ Alérgicos → claritromicina ou clindamicina • 2a. escolha → amoxicilina + ácido clavulânico ou axetilcefuroxima ◦ Se falha terapêutica → deve ser usada orara eliminar Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis • 3a. escolha → ceftriaxona por 3 dias consecutivos intramuscular em casos de vômitos persistentes ou em outra situação que não possa receber medicação oral ◦ Pacientes sem resposta a amoxicilina com ácido clavulânico devem receber 3 dias de ceftriaxona intramuscular → Paciente deve ser reavaliado em 48 a 72 horas → fatores de dor, febre e estado geral devem ser considerados → No caso de ausência de alívio dos sintomas → pode-se optar pela ampliação do espectro antimicrobiano 4. TRATAMENTOS ASSOCIADOS → Miringotomia → microincisão de alívio na MT → Visa a drenagem da coleção purulenta da OM → Deve ser considerada em casos refratários ao tto clínico, dor intensa e vigência de complicações - A perfuração da MT cicatriza após o processo infeccioso → AINES, antitérmicos e remoção de secreções do ouvido complementam o tto → Gotas tópicas otológicas não são usadas de rotina – se perfuração da MT deve-se evitar atb tópico ototóxico (como ciprofloxacino) + proteção auricular para evitar entrada de água. → Vacina conjugada de pneumococo – PCV 7 antes dos 24 meses – eficacia na proteção contra otite – 2/3 das crianças com influenza podem desenvolver otite – redução de 30 a 55% das otites durante inverno A) Otite média aguda recorrente • Episódios frequentes de OMA intercalados por períodos de normalidade • Fatores de risco → semelhantes ao da OMA + hipertrofia adenoidiana, imunodeficiências, deficiência de IgA, mal formações craniofaciais • Agentes etiológicos: = OMA ◦ S. pneumoniae, H. influenzae M. catarrhalis • Tto → fatores de base + miringotomia com alocação de tubo de ventilação ◦ Não é indicado o uso prolongado de atb como quimiprofilaxia B) Otite média secretora • Também conhecida como otite média serosa, otite média com efusão → caracteriza-se pela persistência de líquido no interior do ouvido médio sem sinais ou sintomas infecciosos • Epidemio → há 2 picos de incidência ◦ Entre 6 a 13 meses e aos 5 anos ◦ Após um episódio de OMA é possível persistir certa quantidade de líquido no ouvido médio, podendo levar até 8 semanas para ser absorvido ◦ Esse líquido pode ou não ser a causa da OMS • Fatores de risco → = OMA recorrente ◦ < 6 anos, hiperplasia de adenoide, mal formação craniofacial, patologias da tuba auditiva e DRGE • QC → histórico de otites recorrentes + queixa de hipoacusia ◦ EF → diminuição da transparência da MT + aumento da vascularização radial + coloração variável e áreas de retração • DX → os testes audiométricos indicam disacusia condutiva e a impedanciometria mostra alteração de curva tipo B • Tto → início e casos mais leves → clínico + atb e corticoide ◦ Casos refratários → miringotomia com colocação de tubos de ventilação na MT e adenoidectomia quando necessário C) Otite média crônica • Processo inflamatório crônico da OM associado à perfuração da MT • QC → otorreia recorrente, principalmente ao molhar o ouvido, hipoacusia e zumbido ◦ Sintomas menos comuns → plenitude auricular, otalgia e otorragia • Fatores de risco → disfunções da TA, mau estado nutricional, distúrbios imunológicos, hiperplasia adenoidiana e mal formações craniofaciais • Tipos → 3 subtipos → simples, supurativa e colesteatomatosa I) Otite média crônica simples • Perfuração da MT + pouco ou nenhuma alteração na mucosa da OM • Em geral ocorre após OMA supurada ou perfuração traumática • QC → hipoacusia e otorreias em crises, principalmente após molhar o ouvido e em vigência de IVAS ◦ Otoscopia → perfuração na MT sem alterações significativas na caixa timpânica • Dx → basicamente clínico ◦ Audiometria → apresenta gap aéreo osseo pelo comprometimento da condução sonora ◦ Dispensa exames de imagem → Tc de mastoide não apresenta alterações • Tto→ proteção auricular contra água diária ◦ Crises de otorreia – agudização → gotas tópicas com ciprofloxacino ▪ Atb oral pode ser feita em casos mais intensos – amoxicilina + clavulanato ◦ Tto a longo prazo → acompanhamento clínico-audiométrico periódico sem abordagem cx ou timpanoplastia II) Otite média crônica supurativa • Processo inflamatório persistente da mucosa da OM + perfuração da MT sem lamelas de colesteatomas • QC → hipoacusia e otorreia fétida persistente, refratária ao tto clínico com gotas e atb oral ◦ EF → perfuração parcial ou total da MT + mucosa com aspecto inflamatório, além de eventual presença de pólipos na OM • Dx → Audiometria – gap aéreo-ósseo ◦ Nesse caso há indicação de exames de imagem → TC = mastoidite crônica (mastoidite ebúrnea) sem sinais de erosão ou destruição óssea + cadeia ossicular integra ou parcialmente erodida • Tto → geralmente cx → mastoidectomia simples + timpanoplastia III) Otite média crônica colesteatomatosa • Processo inflamatório persistente mucosa da OM + perfuração da MT + colesteatoma na OM • Colesteatoma → é uma estrutura lamelar que histologicamente apresenta estrutura epitelial do tipo escamoso estratificado queratinizado que cresce descontroladamente – formando lamelas ◦ Comportamento lítico em relação as estruturas adjacentes – destrói o ouvido progressivamente – comportamento denominado pseudotumoral ◦ As lamelas podem infectar-se por diversas bactérias produzindo odor fétido r característico ▪ S. aureus e Pseudomonas ◦ Classificados em: ▪ Congênitos → podem ocorrer em diversos locais do osso temporal, crescimento lento, geralmente quando descobertos já atingiram grandes proporções • Otoscopia → MT intacta com crescimento na caixa timpânica – posteriormente destruída com o crescimento progressivo ▪ Adquiridos → primários ou secundários • Primários → decorrem da retração crônica da MT na sua porção flácida • Secundário → OMA de repetição+ + perfuração da MT que permite a migração do tecido epitelial do CAE para o interior do ouvido médio ◦ Histologia ▪ Externo –> perimatriz – tec conectivo (colágeno, fibras elásticas e células inflamatórias) ▪ Médio → Matriz – contendo células semelhantes a pele ▪ Interno → Conteúdo cístico formado por queratina • Dx → Otoscopia → secreção muito fétida, de coloração variável + perfuração da MT geralmente em sua porção flácida formando bolsas de retração com secreção e descamação epitelial no seu interior ◦ TC de osso temporal (cortes axiais e coronais) → massa de tecido mole póstero- superior na caixa timpânica, homogenea, não calcificada, de contornos lobulados, com efeito de massa com deslocamento medial da cadeia ossicular, osteólise de estruturas finas como os ossículos e retração da MT • Tto → CX – mastoidectomia subtotal ou radical Doenças Definições Etiologias QC Dx Tto OMA Infecção aguda da OM Staphylococcus Streptococcus Haemophilus Otalgia e febre MT abaulada e hiperemiada Amoxicilina/ cefalexina/ amoxi + clavu OMC simples Perfuração MT, pouca alteração da OM Pós infecciosa, traumática Otorreia eventual, hipoacusia Perfuração MT + disacusia mista Proteção auricular, timpanoplastia OMC supurativa Perfuração da MT, inflamação da OM Infecção crônica por Pseudomonas Otorreia refratária ao tto MT perfurada, otorreia, ausência de colesteatoma, disacusia condutiva ou mista Mastoidectomia ou timpanomastoid ectomia OMC colesteatomatosa Lamelas de colesteatomas na OM Embrionário ou adquirido Otorreia MT perfurada + otorreia + presença de colesteatoma + disacusia condutiva ou mista Mastoidectomia ou timpanomastoid ectomia D) COMPLICAÇÕES DAS OM I) Otite média aguda supurada • OMA bact + demora de atb, resistência bacteriana ou formação rápida de grande quantidade de secreção purulenta na OM → podeocorrer perfuração da MT e saída de secreção purulenta ou piossanguinolenta para o CAE • QC → otalgia, febre, prostração, otorreia espontânea, frequentemente com melhora parcial da otalgia • Dx → clínico com base na evolução do quadro ◦ EF → grande quantidade de secreção pio-hemática no CAE ▪ MT → quando visível apresenta-se hiperemiada, espessada e abaulada, dificil visualizar o ponto de perfuração da MT • Tto → atb – amoxicilina + ácido clavulânico ou axetilcefuroxima – gotas tópicas controverso • Evolução → 95% apresentam cicatrização espontânea da perfuração ◦ Se persistência da perfuração → considerar timpanoplastia após a adolescência II) Mastoidite aguda • É a complicação supurativa da OMA que afeta a porção mastoide do osso temporal • A secreção do OM pode penetrar no antro do mastoide e disseminar-se para as demais células mastoideas ◦ Essas células ficam preenchidas de secreção purulenta → pode haver disseminação para o espaço extraósseo com edema subcutâneo • Com a evolução da doença → há destruição das trabéculas ósseas da mastoide → gerando a coalescência das células (mastoide coalescente) • Evolui com destruição cortical externa da mastoide e extravasamento da secreção purulenta → com formação de abscesso organizado subperiosteal retroauricular → IMPORTANTE: a hiperemia e o edema retroauricular não têm evidências de flutuação na mastoidite aguda → a TC mostra preenchimento de células mastoides, sem evidência de coleção organizada → Se a progressão da mastoidite acometer outros locais da mastoide poderão ocorrer complicações intratemporais e até intracranianas → Na mastoidite há plena erosão do trabeculado mastoide e formação de continuidade com a base do crânio e meninges • QC → OMA precedente + erosão do trabeculado óssea da mastoide → maior frequência em <5 anos + abaulamento retroauricular ◦ Importante queda do estado geral + febre • Agente etiológico → S. pneumoniae • Exames complementares → TC de mastoide axial e coronal → avalia extensão da lesão e verifica se há coalescência dela • Tto → ATB EV + miringotomia (material para cultura + antibiograma) ◦ Incisão retroauricular para drenagem de grandes abscessos mastoides pode ser feita ◦ Mastoidectomia em casos extremos III) Abscesso de Bezold • Complicação secundária da mastoidite ◦ Formação de abscesso na região subperiosteal na inserção do músculo esternocleidomastoideo com extravasamento de secreção purulenta para espaços cervicais profundos ▪ Mais comum em < 7 anos • QC → sintomas típicos de mastoidite + dor e dificuldade à movimentação cervical • Dx → clínico + tomográfico → visualização do abscesso cervical e mastoidite com coalescência • Tto → drenagem cx + ATB EV + corticoterapia + suporte IV) Paralisia facial periférica • Paralisia do NC VII – Facial por extensão do processo inflamatório ou destruição do canal óssea do nervo facial – principalmente em indivíduos que apresentam deiscências naturais desse canal • Dx → clínico + Tc de mastoide – mastoidite e sinais de coalescência • Tto → ATB + corticoterapia + miringotomia ◦ Se houver progressão da paralisia → descompressão do nervo facial NC VII com a abertura do canal do nervo facial V) Labirintites • Processos infecciosos que acometem o OI, em geral secundárias a OMA ou OMC • 2 tipos principais: ◦ Serosa → há entrada de toxinas bacterianas nos líquidos do OI através da Janela Oval ou Redonda (mais comum) ◦ Supurativa → invasão dos próprios micro-organismos • QC → hipoacusia ou anacusia de rápida evolução, vertigem severa e zumbido em paciente com OMA ou agudização de OMC • Dx → clínico – pode-se solicitar Tc ou RNM e audiometria • Tto → ATB EV (ceftriaxona) + corticoterapia + depressores labirínticos + monitorização da audição e função vestibulares ◦ Nos casos mais severos → considerar abordagem cx → labirintectomia + debridamento do osso infectado VI) Complicações intracranianas • Ocorrem por disseminação do processo infeccioso da OM em direção ao SNC • Estreita tábua óssea – Tegmen Tympani - que separa a meninge da OM • Meningites ◦ É uma das principais complicações intracranianas → por disseminação bacteriana hematogênica ou contiguidade por meio do Tegmen Tympani ◦ Agentes → S. pneumoniae, H. influenzae, S. aureus, Streptococcus beta-hemolítico ◦ QC → típico de megingite – febre, queda do estado geral, cefaleia com fonofobia, vômitos em jato + processo infeccioso na OM ◦ Dx → na suspeita clínica confirmar com punção lombar ◦ Tto → miringotomia + ATB EV (cobertura G+ e produtores de betalactamase) ▪ Se secundário à OMC → cobrir também G- e anaeróbios • Abscessos ◦ Comumente extradurais decorrente de erosão da tábua interna do osso temporal (Tegmen tympani) ◦ QC → sintomas semelhantes à meningite, podendo apresentar sinais focais dependendo da localização ◦ Nesses casos é necessário exames de imagem ◦ Tto → neurocirúrgico deve preceder os demais – drenagem do abscesso + Ceftriaxona por tempo prolongado ◦ Abscessos do parênquima encefálico ou no cerebelo ocorrem mais comumente como complicações de OMC colesteatomatosas em estágio avançado ▪ Devido a lise óssea de tecido adjacentes ◦ QC → típico de infecção no SNC + piora dos sintomas otológicos crônicos + sinais neurológicos focais ◦ Dx → tomográfico ◦ Tto → drenagem cx + remoção da doença originária do quadro (mastoidectomia +remoção do colesteatoma) • Trombose de Seio Sigmoide ◦ Pode ocorrer por contiguidade dessa estrutura ao osso temporal ◦ Via hematogênica local ou erosão da cortical interna da mastoide ◦ QC → piora da infecção otológica + sinais de infecção do SNC + sinais de hipertensão intracraniana ( cefaleia intensa, papiledema) + toxemia ◦ Dx → tomográfico ◦ tto → cx com exposição do seio + ATB EV 5) DISTÚRBIOS DA ORELHA INTERNA → Distúrbios auditivos A) Presbiacusia • Processo degenerativo da OI decorrente do envelhecimento • Epidemio → acomete indivíduos de ambos os gêneros, a partir da 6a década de vida • QC → perda auditiva progressiva + zumbido (escuta mas não entende o que é dito) • Dx → audiometria → disacusia neurossensorial, descendente, bilateral e simétrica • Tto → correção de fatores associados (exposição à ruídos, dçs metabólicas DM, HAS) ◦ Ganho funcional pode ser feito com uso de aparelhos de amplificação sonora individual AASI B) Perde auditiva induzida por ruídos - PAIR • Lesão lenta e progressiva do órgão de Corti com destruição das células ciliadas externas e internas + exposição crônica a ruídos • Epidemio → 2a maior cauda de perda auditiva do tipo neurossensorial + sexo masculino • Geralmente causada por exposição contínua a ruídos no ambiente de trabalho • QC → Hipoacusia bilateral + zumbidos • Dx → audiometria tonal → perda auditiva di tipo neurossensorial bilateral e simétrica ◦ Inicialmente acomete frequências agudas → 3000 a 6000 Hz ◦ Perda pode se estender até frequências mais graves → 500 a 2000 Hz • Tto → predo0minantemente preventivo – lesão irreversível ◦ Casos severos → AAIS C) Trauma acústico • Diferente da PAIR que é instalação lenta e progressiva – no trauma a instalação da perda auditiva é súbita de corrente de uma única exposição ao ruído muito intenso e de curta duração • Pode resultar em imediata, severa e permanente perda auditiva • Fisiopato → a energia acústica explosiva pode lesão a MT → perfuração ◦ A transmissão de energia sonora explosiva para a OI pode lacerar a membrana basal ou a membrana de Reissner • Qc → hipoacusia + zumbido + otalgia após exposição a som explosivo – vertigem em casos severos ◦ EF → pode ter otoscopia normal até rotura da MT e hemorragia na OM • Dx → clínico + audiometria → disacusia neurossensorial ou mista em graus variáveis, uni ou bilateral • Tto → inicial – corticoterapia (controverso) + reabilitação com adaptação de AASI D) Hipoacusia por ototocixidade • Lesão decélulas da OI por ação de medicamentos ou outros agentes ototoxicos, produzindo perda auditiva do tipo neurossensorial • Exemplo: ◦ Aminoglicosídeos → gentamicina, amicacina, estreptomicina, canamicina ◦ Diuréticos → Furosemida ◦ Anti-inflamatórios – geralmente reversíveis ◦ Antineoplásicos → Cisplatina • QC → início zumbido uni ou bilateral + audiometria perda auditiva do tipo neurossensorial uni ou bilateral simétrico – pode ocorrer queixa de vertigem se acometimento de sistema vestibular associado • Dx → o critério é o surgimento de piora dos liminares auditivos da audiometria tonal superior a 25dB em 1 ou mais frequências em indivíduos em vigência de tto • Tto → interrupção da medicação pode regredir o quadro – prevenção com monitoramento acústico E) Surdez súbita • Perda auditiva repentina ou piora súbita de hipoacusia preexistente. • Fisiopato → controversa - idiopática – 3 mecanismos sugeridos: ◦ Infecção viral do OI ◦ Patologias autoimunes afetando OI ◦ Alterações microvasculares • QC → unilateral. Hipoacusia + plenitude auricular e zumbidos de início súbito ou de rápida evolução (horas) – vertigem pode estar associada • Dx → Otoscopia pode estar normal – confirmação feita por audiometria tonal e vocal → perda auditiva do tipo neurossensorial unilateral de intensidade variável ◦ Exames complementares → RNM – descartar tumores de NV VIII • Tto → procuras pelas 3 hipóteses causais ◦ Etiologia viral → Aciclovir ◦ Etiologia inflamatória → Corticoide ◦ Etiologia tromboembólicas → Pentoxifilina ◦ Outras modalidades terapêuticas → câmara hiperbárica e injeção intratimpânica de corticoesteroides ▪ Todos aparentam ter eficacia limitada Doença Definição Etiologia QC Dx Tto Presbiacusia Perda auditiva relacionada a idade Envelhecimento Disacusia progressiva lenta Disacusia neurossensorial descendente, bilateral e simétrica AASI PAIR Perda auditiva por exposi9ção prolongada à ruído Laboral/ exposição contínua Disacusia lenta progressiva “Gota acústica” EPI, AASI Ototocixidade Perda auditiva por lesão medicamentosa das células ciliadas Exposição a ototóxicos Hipoacusia + zumbido + vertigem Disacusia neurossensorial em graus variados Retirar causador, AASI Surdez súbita Perda auditiva de rápida evolução Múltipla Disacusia + zumbido + vertigem de instalação rápida Disacusia neurossensorial unilateral Corticoterapia e vasodilatadores 6) SURDEZ NA INFÂNCIA • Surdez infantil bilateral permanente → caracterizada por limiares auditivos superiores a 40dB no melhor ouvido ◦ Considerando as frequências 500, 1000, 2000 e 4000 Hz • QC → varia de acordo com a idade e o início dos sintomas ◦ Criança com perda auditiva podem apresentar retardo no desenvolvimento da fala, dificuldade de aprendizado e concentração, ausência de resposta a comandos verbais e desenvolvimentos de hábitos de sinais que facilitem a comunicação ◦ Surdez leve → a palavra é percebida pela criança, mas escapa alguns fonemas ◦ Surdez moderada → a criança ouve sons intensos, porém não discrimina ◦ Surdez severa ou profunda → a palavra não é entendida o que praticamente impede a comunicação verbal • Etiologias Hipoacusia neurossensorial de causa genética Hipoacusia neurossensorial de causa não genética Congênitas Pré natais - Displasias ( Michel, Mondini, Scheibe) - Ototóxicos na gravidez → aminoglicosídeos, diuréticos, talidomida, alcool - Surdez neurossensorial genética congênita não associada à mal formações - Infecção congênita – TORCH → toxoplasmose, rubéola, CMV e herpes - Surdez neurossensorial genética congênita associada à malformações: • Dismorfias cranianas – Crouzon • Dismorfias das extremidades – Wildewanck • Anomalias de pigmentação – Waardenburg • Doenças oftalmológicas – Usher – Hallgren • Doenças cardíacas – Jervell e Lange – Nielsen • Patologia tireoidea – Pendred - Outras causa: • Hemorragias do 1° trimentre • Deficiencia vitamínica • Hormonoterapia • Irradiação pélvica - Aberrações cromossômicas (trissomias e monossomias) Perinatais - Síndrome do aqueduto vestibular largo - Icterícia neo natal grave - Fístula perilinfática congênita - Baixo peso < 1500g e prematuridade Pós Natais - Asfixia perinatal - Surdez naurossensorial genética pós natal não associada a malformações - Traumatismo do parto - Surdez naurossensorial genética pós natal associada a malformações • Doenças metabólicas – mucopolissacarídeos • Malformações oftalmológicas – Cockayne • Doenças renais – Alport, Fanconi • Malformações esqueléticas – Klippel-Feil • Doenças neurológicas - neurofibromatose Pós natais - Infecção → labirintite, parotidite, sarampo - Traumatismo cranino - Fármacos ototóxicos - Neoplasias → neurinoma de acústico, leucemias - Doenças metabólicas → hipotireoidismo, DM - Doenças autoimunes - Surdez súbita idiopática • Dx → Triagem Auditiva Neonatal Universal – TANU ◦ Realização de BERA com pesquisa de limiar auditivo – teste independe da resposta voluntária do indivíduos ◦ > 5 anos pode-se tentar audiometria tonal condicionada • Tto → causa base + AASI e fonoterapia + educação especial TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL UNIVERSAL → Aplicada a todos os RN até 3 meses → Maior atenção em portadores de fatores de risco 1. Neonatais: • História familiar • Infecções congênitas – TORCH • Malformações anatômicas de cabeça e pescoço • Baixo peso < 1500g • Hiperbilirrubinemia grave • Estigmas de síndromes associadas a surdez • Uso materno de drogas ou ototóxicos • Asfixia neonatal com Apgar <4 • Internamento em UTI neonatal • Trauma cranioencefalico no parto 2. Durante infância > 3 meses • Meningite bacteriana, encefalite ou labirintite • CMV perinatal • Trauma acústico • Trauma cranioencefálico • Ototóxicos • Histórico familiar • Otites médias repetidas com derrame → Métodos de TANU a) Emissões otoacústicas espontâneas e evocadas • São os testes universais de triagem • Consistem em registro de energia sonora gerada pelas células da cóclea em resposta a sons emitidos no CAE do RN ◦ Não há resposta quando existe alguma anormalidade funcional do OI • Vantagens → são rápidos e não necessitam de sedação • Desvantagens → Avaliam apenas o sistema auditivo pré neural (cóclea) b) BERA – potencial evocado auditivo do tronco encefálico • Avalia a integridade neural das vias auditivas atré o tronco cerebral • Apresenta sensibilidade de 98% e especificidade de 96% • Realizado de 3 a 6 meses • Vantagem → avalia a via neural até o tronco cerebral • Desvantagens → grande número de falsos positivos até o 4° mês, pela imaturidade do SNC + necessidade de sedação → De modo geral → realizam-se emissões otoacústicas até 48 horas de vida → Caso o teste seja negativo → deve ser repetido até 1 mês de vida → se novamente negativo → realiza-se o BERA → O dx de deficiência auditiva deve ser relizado até o 6° mês de vida → Protocolo do MS^: • Indivíduos sem fatores de risco → aplica-se otoemissões evocadas auditivas ◦ Passou → sem necessidade de reavaliação ◦ Não passou → repetir em 30 a 60 dias ▪ Passou → sem necessidade de reavaliação ▪ Não passou → realizar o BERA • Indivíduos com fatores de risco ou com 2 otoemissões evocadas auditivas negativas → BERA ◦ Passou → observação ou monitorização ◦ Não passou → avaliação otorrinolaringológica – provável surdez 7. VESTIBULOPATIAS PERIFÉRICAS → Periférica = originam-se por comprometimento do órgão vestibular periférico (labirinto) → Central = origem em doenças que acometem as vias neurológicas centrais responsáveis pelo equilíbrio Diferenças Nistagmo nas vestibulopatias centrais e periféricas Características Periférica Central Com a fixação ocular Diminuição ou desaparecimento Geralmente sem alteração Direção Horizontal Múltiplas direções Latência após o estímulo Presente Ausente Nistagmo rotatório Ausente Possível Esgotamento após estímulo Presente Ausente Pós estímulo calórico Hipo ou arreflexia Geral emente hiper-reflexia,
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