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ORBITOPATIAS ANATOMIA • Cavidade em forma de pirâmide, cujo pedículo é o canal óptico – por onde passa o nervo optico a caminho do cerebro • Formada por 7 ossos: 1. Etmoide 2. Frontal 3. Esfenoide 4. Lacrimal 5. Zigomático 6. Maxilar 7. Palatino HISTORIA CLINICA E INSPEÇÃO – uma das coisas mais importantes • Idade – algumas congênitas são mais comuns - , tempo de aparecimento e duração dos sinais e sintomas, doenças pregressas familiares – hipo e hipertireoidismo - e tratamentos já realizados • Análise de fotografias – muito importante! Pedir pro paciente levar fotos antigas pra comparar • Deslocamento do globo ocular no sentido ântero-posterior - significa q tem algo por tras do olho - e/ou horizontal ou vertical – vertical pode ate algo acima ou abaixo do olho Gabriel Barreto S7 – MEDICINA - UNICHRISTUS Foto A: tem uma quantidade de tecido mole exacerbada Foto B: existe uma proptose, paciente ta com o olhos mais pra frente Foto C: distopia, o olho esta fora do local Foto D: oftalmoplegia a direita, não consegue mexer o olho, como se ele estivesse congelado • Avaliação qualitativa da proptose – faz olhando • Exoftalmometria: medida da posição do olho em relação ao rebordo orbitário lateral 1. Realizado com o exoftalmômetro (mais comum é o de Hertel) – avaliação quantitativa 2. Adultos normais: 15mm 3. Pseudoproptoses: assimetria facial, alta miopia unilateral, retrações palpebrais e enoftalmo contralateral – são exemplos de caso que o paciente pode ter uma pseudoproptoses mas é por causa da assimetria ou pq ele é muito míope e o olho fica maior que o outro.. So pra mostrar como faz a medida.. PALPAÇÃO – importante fazer, sempre palpar o rebordo orbitário do paciente, procurar se tem alguma descontinuidade ou massa • Deve ser realizada em casos de traumas para avaliar se há perda de continuidade óssea – procurar enfisema subcutâneo pode ser sinal de trauma • Avaliação de massas localizadas mais anteriormente na órbita • Avaliar a presença de enfisema subcutâneo EXAME OFTALMOLÓGICO • Acuidade visual, campo visual, visão de cores (compressão ou inflamação do nervo óptico) • Motilidade ocular (infiltração, encarceramento, massas) – doenças infiltrativas comprometem a motilidade do globo ocular.. • Reflexos pupilares – principalmente se tem lesão de nervo optico • Avaliação da pressão intraocular (processo restritivo do m. reto inferior) – as vezes o paciente teve o trauma e na parte inferior o M. reto ficou contido e isso aumenta a pressão do olho • Fundoscopia (edema/atrofia óptica, shunts optociliares, dilatação venosa, dobras de coróide) – se tiver alguma coisa empurrando o olho pode comprometer a fundoscopia IMAGEM • Tomografia Computadorizada – é a que melhor avalia osso Mostra detalhes da órbita e estruturas vizinhas com perfeição Exame de escolha em casos de trauma, principalmente com suspeita de corpo estranho metálico Define muito bem lesões tumorais (localização, tamanho, alterações ósseas) • Ressonância Nuclear Magnética Lesões do ápice orbitário e nervo óptico – não ve bem osso nem calcificação Não visualiza bem osso e calcificações ORBITOPATIA DE GRAVES • Doença auto-imune orbitária • Auto-anticorpos contra o receptor do hormônio estimulador da tireóide (TSH-R) • Sugere-se a existência de um antígeno comum entre a órbita e a tireóide - por isso que pode dar sintomas orbitários • Retração palpebral, proptose, estrabismo restritivo ou neuropatia óptica – são os principais sintomas • 50-90% dos pacientes apresentam alguma disfunção tireoidiana auto-imune associada (Doença de Graves) • 10% dos casos não apresentarão disfunção tireoidiana – é importante saber disso ( ela falou) MANIFESTAÇÕES CLINICAS – falou mais uma vez que era importante saber essas manifestações • Retração palpebral superior (90%) (contração do m. simpático de Muller e aumento do tônus do levantador da pálpebra) • Proptose ou exoftalmia (60%) (inflamação dos tecidos moles retroculares) • Estrabismo ou miopatia retritiva (30-50%) (inflamação e fibrose muscular) – envolve a região central do musculo e polpa os tendões, falou que era típico da doença de graves • Neuropatia óptica compressiva (5%) (compressão do nervo no ápice da órbita) O Normal é a pálpebra da gente cobrir o limbo em torno de 1 mm, isso é normal. Nessas fotos a gente pode ver que a esclera ta aparecendo e isso não é pra aperecer.. Exoftalmia é bem típico desses pacientes. Foto C: infecção! FISIOPATOGENIA • Acredita-se na possibilidade de um antígeno comum entre os tecidos orbitário e tireoidiano • Doença de Graves (DG): auto-anticorpos contra o TSH-R • Esta ligação causa produção excessiva e descontrolada do hormônio tireoidiano – mas lembrar daqueles 10% que pode estar em estado normal da tireoide TRATAMENTO • Depende da fase da doença • Fase aguda com alta atividade inflamatória (dor, hiperemia, quemose e lacrimejamento): tratamento imunossupressor - prednisona 1mg/kg/dia • Fase sequelar: tratamento cirúrgico (descompressão - correção do estrabismo - correção palpebral) – sempre nessa ordem! Não pode fazer a correção do estrabismo antes de descomprimir por exemplo.. CELULITES • Podem ser causadas por bactérias – principalmente - , fungos e parasitos • Celulite infecciosa bacteriana é uma das causas mais comuns de órbita aguda PRÉ – SEPTAL DEFINIÇÃO: • Infecção do tecido subcutâneo anterior ao septo orbitário • Pode evoluir para celulite orbitária – por contiguidade , pode acontecer em qualquer lugar ta gente? Posto, hospital, atenção médicos generalistas Importante saber q ela pode ser pre e pos septal. E quando for pos septal é MUITO grave, tem que internar a paciente pra tratar com atb endovenoso. CAUSAS • Trauma cutâneo: laceração ou picada de inseto (S. aureus e S. pyogenes) • Disseminação da infecção local: hordéolo, dacriocistite ou sinusite ( sinusite é a causa mais comum de celulite pos – septal) • Infecção distante do trato respiratório superior ou ouvido médio por via hematogênica SINAIS • Edema periorbitário, unilateral, doloroso ao toque e vermelhidão palpebral – quando você toca ta bem endurecido e doi bastante • Acuidade visual, reações pupilares e motilidade ocular preservadas – importante saber pra diferenciar da pré e pos, é saber que na pré a motilidade esta preservada e na pós esta acometida.. isso é MUITO típico ( falou pra aprender isso, deve cair na prova) • Ausência de proptose e diplopia Caso típico de uma celulite pre septal – bastante vermelho e doloroso, mas quando você levanta a pálpebra a motilidade esta normal, acuidade normal.. se puder pedir um exame de imagem é o ideal. TRATAMENTO • Antibioticoterapia oral • Sem necessidade de internação hospitalar CELULITE ORBITARIA ou POS SEPTAL • Infecção de tecidos moles atrás do septo orbitário que ameaça a vida • Mais comum na infância • Agentes mais comuns: S. pneumoniae, S. aureus, S. pyogenes e H. influenzae PATOGENESE – principal causa é uma sinusite • Relacionada com os seios da face: mais comumente etmoidal, afeta, em geral, crianças e adultos jovens – o seio etmoidal é fino e cheio de furinho então é mt fácil passar pro olho por contiguidade • Extensão da celulite pré-septal • Disseminação local de dacriocistite e infecção hemifacial ou dentária • Disseminação hematogênica • Pós-traumática • Pós-cirúrgica: cirurgia de retina, lacrimal ou orbitária CLINICA E DIAGNOSTICO • Mal-estar intenso, febre, dor e baixa visual • Edema periorbitário, unilateral, doloroso ao toque, quente e vermelho e edema palpebral – o olho fica congelado • Proptose: pode ser oculatada pelo edema palpebral • Oftalmoplegia dolorosa • Disfunção do nervo óptico • TC: opacificação posterior ao septo orbitalBem típico de uma celulite pos septal.. COMPLICAÇÕES • Oculares: ceratopatia de exposição, aumento da pressão intraocular, oclusão da artéria ou veia central da retina, endoftalmite ou neuropatia óptica • Intracranianas: meningite, abscesso cerebral e trombose de seio cavernoso Abscesso subperiosteal TRATAMENTO • Hospitalização: avaliação oftalmologica e otorrinolaringológica – Hospitalização é mandatória, se possível avaliação diária • Antibióticoterapia: cobertura para Gram-positivos e anaeróbios; se houver suspeita de corpo estranho cobertura para Gram-negativo • Monitoramento da função do nervo óptico: reações pupilares, acuidade visual e visão de cores • Investigações: contagem leucocitária, hemocultura, TC de órbita, seios da face e cérebro e punção lombar • Intervenção cirúrgica: drenagem de seios infectados e de acúmulos orbitários: ausência de resposta aos ATBs, abscesso intracraniano ou subperiosteal e quadro atípico – cirurgia feita pelo otorrino PSEUDOTUMOR ORBITARIO • Causa frequente de órbita aguda • Inflamação idiopática • Preferência por adultos • Variação clínica frequente: inflamação anterior leve ou evoluir para inflamação congestiva difusa (proptose e dor) – ai vc pede uma TC e ve q não tem tumor • Imuno-histoquímica: auxilia na diferenciação entre causa inflamatória e neoplásica – por uma questão de confirmação mesmo • Tratamento: corticoterapia oral ou pulsoterapia HEMANGIOMA CAPILAR – pediu pra prestar atenção nesse – PROVA • Tumor orbitário e periorbitário mais comum na infância – aquele bb que nasceu com uma mancha em cima da pálpebra, é muito comum mesmo, regride espontaneamente • Mais comum no sexo feminino • Apresentação nas primeiras semanas de vida (30% ao nascimento) • Pode apresentar-se como pequena lesão isolada ou como grande massa desfigurante • O tumor é composto da anastomose de pequenos canais vasculares sem encapsulação verdadeira – diferente do outro hemangioma que é capsular e mais comum em adultos CARACTERISTICAS • Lesão cutânea superficial da cor vermelho-vivo • Tumor pré-septal parece azul-escuro ou púrpura através da pele sobrejacente – pode ser vermelhinho ou arroxeado • Tumor orbitário profundo determina proptose unilateral • Pode haver envolvimento do fórnice conjuntival • Pode haver hemangiomas adicionais em outras partes do corpo SEGUIMENTO • TC: necessária no envolvimento profundo, quando o diagnóstico não é aparente • USG: relações anatômicas e extensão do tumor • Evolução: crescimento rápido de 3-6 meses após o diagnóstico, seguido por uma resolução natural mais lenta (30% aos 3 anos e 70% aos 7 anos) REPETIU: ENTAO A GENTE VIU O HEMANGIOMA CAPILAR QUE É COMUM EM CRIANÇAS E REGRIDE ESPONTANEAMENTE! – (prova certeza se cair cada uma me deve 10 reais) HEMANGIOMA CAVERNOSO • É uma malformação vascular que ocorre no adulto • 70% de predominância pelo sexo feminino • Ocorre mais frequentemente dentro do cone muscular atrás do globo ocular, é uma lesão encapsulada diferente da outro hemangioma • Apresentação entre quarta e quinta décadas com lenta e progressiva proptose unilateral, podendo ser acelerado na gravidez - Quadro de propose unilateral em adultos tem que pensar em Hemangioma Cavernoso - SEGUIMENTO • TC: lesão oval bem circunscrita com baixa captação de contraste • Tratamento: observação isolada (detectação ocasional) ou remoção cirúrgica – observa, ve se ta incomodando se tem clinica ai vc deixa la OU vc faz a remoção cirúrgica. Professora falou que prfere tirar pq pode ser um tumor. TRAUMAS • Extremamente comum • Pode ocorrer lacerações, perfurações e contusões • Preocupar-se com infecções secundárias, hemorragias e retenção de corpos estranhos sempre que tiver uma porta de entrada de infecção tem que se preocupar • Lembrar da profilaxia antitetânica • Avaliação neurológica em casos de trauma craniano - • Lacerações: desinserção e avulsão palpebral, lesão da via lacrimal, rotura e avulsão do globo ocular • Perfuração: apresentam uma porta de entrada • Contusões: traumas fechados por instrumentos rombos, podendo levar a fraturas, hematomas e explosões oculares FRATURAS ORBITARIAS • Qualquer descontinuidade óssea patológica que ocorre subtamente no esqueleto orbitário • Nem toda fratura necessita de tratamento cirúrgico – pode ser consolidado por si so, nem sempre precisar operar. DIAGNOSTICO • Inicia-se com uma história de trauma facial ou periorbitário – TEM QUE PALPAR PRINCIPALMENTE! • Outras estruturas além da órbita podem estar acometidas • Inspeção: edema periorbitário, hematoma, ptose de palpebra superior • Palpação do rebordo orbitário em busca de alguma irregularidade óssea • Exame oftalmológico: acuidade visual, reflexos pupilares, motilidade ocular, biomicroscopia anterior, pressão intraocular, fundoscopia • Grau de protusão ocular – pode evoluir com uma proptose • Exames de imagem (TC de órbitas com cortes axiais e coronais contíguos de 2 a 3mm de espessura e janela óssea englobando os seios da face) – TC pq avalia melhor osso. Se vc quiser ver nervo, ai você pode pedir uma RM FRATURA TIPO BLOW – OUT DO ASSOALHO DA ORBITA – é a mais comum, ou é por um soco ou pela bola de tênis, é o trauma do tenista • Causada por aumento súbito da pressão orbitária • Objeto com diâmetro maior que a abertura orbital • Globo ocular se desloca e transmite o impacto, em vez de absorvê-lo – ele chacoalha • Pode envolver as paredes medial e inferior • Teto e parede lateral são mais resitentes • Diagnóstico: 1. Equimose, edema, enfisema subcutâneo, diplopia – acontece um encarceramento dos músculos, oq causa a diploplia , se prender o Obliquo Superior, o olho vai descer e a pessoa fica vendo duas imagens - , enoftalmia e lesão ocular 2. TC de órbitas • Tratamento: 1. Inicial: conservador com ATBs, descongestionantes nasais e bolsas de gelo + esteróides sistêmicos 2. Prevenção da diplopia vertical ou enoftalmia - fraturas com encarceramento do conteúdo orbitário, enoftalmia maior que 2mm e/ou diplopia persistente em PPO devem ser tratadas em até 2 semanas No item B: a gt pode ver que um olho eleva bastante e o outro não.. ou seja tem um encarceramento do musculo aí FRATURA TIPO BLOW – OUT DA PAREDE MEDIAL DA ORBITA • Estão em geral associadas a fraturas do assoalho, fraturas isoladas são menos comuns • Sinais: equimose periorbitária e enfisema subcutâneo que se desenvolvem ao assoar o nariz – na hora q ele assoa o nariz tem um aumento o enfisema subcutâneo • TC de órbitas: mostra a extensão da lesão • Tratamento: liberação do tecido encarcerado e reparo do defeito ósseo FRATURA DO TETO DA ORBITA • Raras • Queda sobre um objeto pontiagudo ou pancada no supercílio ou fronte são mais comuns em crianças – que fica brincando de dar estrelhinha • Deslocamento do rebordo orbitário associado ou acometimento de outros ossos craniofaciais são mais comuns em adultos • Apresentação: hematoma da pálpebra superior e equimose periocular • Sinais: deslocamento axial ou inferior do globo ocular, pulsação ocular – pode ter acometimento de meninge • Tratamento: conservador para pequenas fraturas, excluir apenas extravasamento do LCR por risco de meningite e grandes fraturas necessitam de cirurgia reconstrutiva FRATURA DA PAREDE LATERAL • Raramente são encontradas pelos oftalmologistas • Geralmente associada a lesão facial extensa
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