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Herança Jacente e Herança Vacante
Art. 1819/1823 CC e art. 738/743 CPC
Herança jacente: 
Fase de destinação dos bens, antecede a fase da vacância
“Denomina-se herança jacente a universalidade de direitos, relativa aos bens pertencentes a uma pessoa que faleceu sem deixar testamento e sem deixar herdeiros conhecidos” (Farias e Rosenvald)
É declarada pelo juiz quando não há herdeiros e fica-se então procurando o destino deste patrimônio. (Fase provisória)
Pressupostos:
· Inexistência de cônjuge, herdeiros legais e legatários;
· Renúncia da herança ou do legado. > art. 1.823: Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, será esta desde logo declarada vacante.
Base legal
Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância.
Arrecadação dos bens:
Art. 740. O juiz ordenará que o oficial de justiça, acompanhado do escrivão ou do chefe de secretaria e do curador, arrole os bens e descreva-os em auto circunstanciado
Nomeação de curador especial
Art. 739. A herança jacente ficará sob a guarda, a conservação e a administração de um curador até a respectiva entrega ao sucessor legalmente habilitado ou até a declaração de vacância.
Função típica da Defensoria Pública – art. 72 CPC + Lei 80/94.
A herança jacente se transmuda em vacante quando frustrada a localização de sucessores.
Art. 1.820. Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será a herança declarada vacante.
Bens vacantes: 
São declaradas após a inexistência de herdeiros, com as devidas diligencias legais.
A declaração de vacância não impede que herdeiro sucessível reivindique a herança, enquanto não decorrido o prazo de cinco anos contado da abertura da sucessão [morte].
O colateral só pode se habilitar até a declaração de vacância.
A declaração de vacância defere a propriedade RESOLÚVEL dos bens arrecadados ao ente público designado na lei. Isso ocorre, pois somente após o prazo de 5 anos da abertura da sucessão é que os bens transmitidos e não reivindicados são incorporados ao patrimônio do Município ou Distrito Federal.
Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal.
Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais ficarão excluídos da sucessão.
Usucapião de bens e vacância simplificada
O bem integrante de herança jacente só é devolvido ao Estado com a sentença de declaração da vacância, podendo, até ali, ser possuído ad usucapionem. Incidência da Súmula 83/STJ”.AgRg no Ag 1212745/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 19/10/2010, DJe 03/11/2010
Art. 1.823. Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, será esta desde logo declarada vacante.
Petição De Herança (arts. 1.824 a 1.828):
“Medida judicial cabível para que a pessoa que foi excluída indevidamente da transmissão automática obtenha o reconhecimento da qualidade de herdeiro, bem como possa receber os bens que compõem a herança, inclusive com os seus rendimentos e acessórios.”
Art. 1.824. O herdeiro pode, em ação de petição de herança, demandar o reconhecimento de seu direito sucessório, para obter a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título, a possua.
Prazo: 10 anos – art. 205 CC/02
Art. 1.826. O possuidor da herança está obrigado à restituição dos bens do acervo, fixando-se lhe a responsabilidade segundo a sua posse, observado o disposto nos arts. 1.214 a 1.222. (Boa-fé e má-fé)
Parágrafo único. A partir da citação, a responsabilidade do possuidor se há de aferir pelas regras concernentes à posse de má-fé e à mora.
Art. 1.827. O herdeiro pode demandar os bens da herança, mesmo em poder de terceiros, sem prejuízo da responsabilidade do possuidor originário pelo valor dos bens alienados.
Parágrafo único. São eficazes as alienações feitas, a título oneroso, pelo herdeiro aparente a terceiro de boa-fé.

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