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CIRROSE HEPÁTICA CIRROSE HEPÁTICA Estágio final da fibrose hepática - Formação de nódulos de regeneração não funcionais - Distorção da arquitetura lobular e vascular ETIOLOGIAS ● Álcool ● Virais: hepatite B, hepatite C ● Metabólicas: Esteatohepatite não alcoólica ● Fármacos: Amiodarona, metotrexato, metildopa ● Autoimune: Mulheres jovens e na pós menopausa ● Doenças colestáticas: Colangite primária biliar (fibrosa os ductos biliares) A: 5-6 pontos (Compensada com prognóstico de 10-13 anos de vida) B: 7-9 pontos (Com reserva limitada e menos de 2 anos de sobrevida) C: 10-15 pontos (Descompensada. Encaminhar para transplante) CLASSIFICAÇÃO CIRROSE HEPÁTICA CHILD-PUGH 1 PONTO 2 PONTOS 3 PONTOS ASCITE Ausente Discreta Tensa ENCEFALOPATIA Ausente I-II III-IV ALBUMINA > 3,5 2,8-3,5 < 2,8 BILIRRUBINA < 2 2-3 > 3 INR < 1,7 1,7-2,3 > 2,3 CIRROSE HEPÁTICA ÁLCOOL FISIOPATOLOGIA Pode agir de várias formas na agressão do fígado Se ligando a proteínas e induzindo uma resposta autoimune HEPATITE ALCOÓLICA Mais O2 consumido para metabolizar o álcool Hipóxia centrolobular Oxidação dos ácidos graxos que se acumulam em forma de gotículas de gordura ESTEATOSE ALCOÓLICA Diretamente tóxico Células de Kupfer sofrem injúrias Secretam citocinas inflamatórias Agem nas células de Ito e passam a produzir colágeno Perda das frenestrações sinusoidal Necrose hepatocitária Renovação do tecido em nódulos de regeneração 1. HIPERESTROGENISMO Aumento da globulina ligadora de hormônio sexual O aumento de estrógeno -Aumenta a proliferação e dilatação de vasos cutâneos - TELANGIECTASIAS - ERITEMA PALMAR - GINECOMASTIA 2. HIPOANDROGENISMO Diminui a sínte de testosterona nas gônadas - QUEDA DA LIBIDO - ATROFIA TESTICULAR - DIMINUIÇÃO DOS PELOS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CIRROSE HEPÁTICA Telangiectasias Eritema palmar Ginecomastia 3. DIMINUIÇÃO DA ALBUMINA Lesão do fígado acarreta uma menor produção de albumina (principal proteína responsável pela pressão dentro do vaso) Quando a albumina diminui, diminui a pressão oncótica dentro do vaso, a água extravasa para o espaço intersticial - EDEMA O edema ainda pode ser agravado pela ativação do SRAA no rim devido a “hipovolemia” detectada. A ativação desse sistema ajuda a reter sódio e água. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CIRROSE HEPÁTICA Sinal de cacifo positivo 4. HIPERTENSÃO PORTAL Veia porta: drena sangue do intestino, pâncreas e baço. Na cirrose acontece fibrose intrahepática, o que aumenta a resistência vascular portal, dificultando que o sangue entre no fígado. Com isso, ocorre a formação de colaterais venosos portossistêmicos que desviam o fluxo sanguíneo que chegaria no fígado para a circulação sistêmica. - CIRCULAÇÃO COLATERAL MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CIRROSE HEPÁTICA Circulação colateral ou cabeça de medusa 4. HIPERTENSÃO PORTAL Outras consequências da hipertensão portal podem ser: - VARIZES ESOFÁGICAS - GASTROPATIA HIPERTENSIVA: Congestão vascular da mucosa gástrica - ESPLENOMEGALIA: Aumento do sangue chegando no baço e aumento da pressão da veia esplênica. Pode causar pancitopenia. - ENCEFALOPATIA HEPÁTICA: Como a circulação portal vira sistêmica, substâncias tóxicas podem ir para o encéfalo. - ASCITE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CIRROSE HEPÁTICA Varizes esofágicas 5. ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Síndrome neuropsiquiátrica potencialmente reversível. Ocorre pela passagem de substâncias tóxicas do intestino para o encéfalo (amônia é a principal). - DISTÚRBIOS DO COMPORTAMENTO - SONOLÊNCIA - LETARGIA - DISTÚRBIOS MOTORES - FLAPPING: estende o braço do paciente para frente e faz a dorsiflexão. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CIRROSE HEPÁTICA Flapping http://www.youtube.com/watch?v=sEnp2ss8VoA&t=29 6. ASCITE Derrame de líquido na cavidade peritoneal Hipertensão portal por cirrose hepática é a principal causa de ascite no mundo EXAME FÍSICO ● Abdome globoso, cicatriz umbilical aplanada ● Sinal de Piparote ● Macicez móvel ● Semicirculo de skoda Leve: detectada apenas em USG Moderada: detectado no exame física Grave: piparote + distensão abdominal MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CIRROSE HEPÁTICA Piparote Macicez móvel Semicírculo de skoda CIRROSE HEPÁTICA PARACENTESE Realizada em pacientes com grande volume como terapêutica, em ascites refratárias ou pacientes com desconforto respiratório GASA = Albumina sérica - Albumina do líquido Pode causar infecção do líquido ascítico : PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA Febre, dor abdominal, alteração do hábito intestinal - Prevenção com antibiótico - Restrição de sódio - Diurético: Espironolactona bloqueia o receptor de aldosterona ≥ 1,1: transudato < 1,1 exsudato PROTEÍNA TOTAL DO LÍQUIDO ≥ 2,5> CIRROSE < 2,5: ICC ≥ 2,5: SD. NEFRÓTICA < 2,5: NEOPLASIA CIRROSE HEPÁTICA Hemograma: Pode demonstrar pancitopenia (esplenomegalia) ou leucocitose (PBE) Aminotransferases: TGO > TGP Fosfatase alcalina: 2-3 x o limite superior Gama-GT: Pode ta levemente aumentado Bilirrubina: Aumento da bilirrubina direta com a progressão da doença - O fígado tem lesão hepatocelular, mas consegue captar e conjugar a bilirrubina, pois é um processo passivo. Entretanto, não consegue excretar porque é um processo ativo. Albumina: Diminuída TAP ou INR: aumentado IMAGEM US: fígado pequeno e nodular. Realizar semestralmente para rastreamento de carcinoma hepatocelular TC ou RM: Se encontrar lesão nodular suspeita. Endoscopia digestiva alta: EXAMES COM cirrose e SEM varizes: a cada 2 anos SEM doença e COM varizes: a cada 2 anos COM doença e COM varizes: a cada 1 ano
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