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Reações adversas a medicamentos
Farmacovigilância: sistema para prevenir ou reduzir 
efeitos nocivos manifestados pelo paciente e melhorar as 
ações de saúde pública. 
Episódio de fibrilação em jovem de 15 anos 
decorrente de uso de clorofórmio como anestésico. 
Efeitos adversos raros e séricos só descobertos após 
a utilização do produto. 
1968: Programa OMS de vigilância de medicamentos. 
- Objetivo de acumular e organizar dados. 
- Sistema de notificação de registros de suspeitas de 
reações adversas a medicamentos. 
Farmacovigilância 
● Para registro é necessário ensaio clínico (vitro, animal, 
humano). 
● Diferença de resposta entre animais e humanos. 
● Ensaios de duração relativamente curta. 
● Idoso, gestante, nutriz, crianças, excluídos estudos. 
● Associação de medicamentos, diferenças étnicas. 
Reação adversa a medicamento 
Qualquer resposta prejudicial ou indesejável, não 
intencional, a um medicamento, a qual se manifesta após a 
administração de doses normalmente utilizadas no homem 
para profilaxia, diagnóstico ou tratamento ou para 
modificação da função fisiológica. 
Reação adversa grave 
Efeito nocivo que pode resultar em morte, ameaça à 
vida, incapacidade, anomalia congênita, efeito clinicamente 
importante, hospitalização ou prolongamento da mesma. 
Reações indesejáveis por 
● Uso de dose maior que a adequada. 
● Falha terapêutica. 
● Abuso. 
● Não adesão. 
● Erro de administração. 
Fatores predisponentes 
● Idade (extremos de idade são mais afetados, 
principalmente menores de dois anos) 
● Gênero. 
● Raça e características genéticas. 
● Doenças ou condições clínicas associadas. 
● Associação de medicamentos. 
● Consumo de álcool (piora ou reduz efeitos). 
 
 
 
Detecção 
O profissional de saúde é o mais apto para a detecção 
de reação adversa. Para isso é necessário conhecer o 
medicamento que está sendo prescrito. 
Diagnóstico difícil, pois mimetizam sintomas e sinais 
de doenças comuns. 
● Estava usando o fármaco antes da reação? 
● Sequência temporal é lógica? 
● Existem outros fatores que justifiquem os efeitos? 
● Há descrição na literatura? 
● Melhora após retirada da medicação? 
● Retorno dos sintomas com retorno da medicação? 
● Possibilidade de intervenção medicamentosa? 
Existem algoritmos que auxiliam na detecção da 
reação adversa: 
 
 
Classificação 1 
Sobredosagem relativa: dose terapêutica, mas concentrações 
superiores às habituais. Ex: aminoglicosídeo em paciente com 
insuficiência renal - não ocorre a excreção do medicamento no 
tempo esperado havendo maiores concentrações no sangue, 
ocasionando uma nefrotoxicidade. 
Efeitos colaterais: inerentes à própria ação, porém 
indesejável. Ex.: sonolência (benzodiazepínico), 
broncoespasmo (betabloqueador). 
Efeitos secundários: são consequências do efeito desejado. 
Ex.: superinfecção e diarreia em uso de antibióticos. 
Idiossincrasia: sensibilidade peculiar a certo produto. Ex.: 
anemia hemolítica após o uso de oxidantes (primaquina). 
Hipersensibilidade: decorrente de sensibilização prévia de 
uma substância estranha no organismo. Ex.: urticária, 
anafilaxia. 
Tolerância: administração repetida diminui progressivamente 
a intensidade dos efeitos. Ex.: pacientes que usam rivotril para 
 
 
dormir, ingerindo uma grande quantidade de doses 
diariamente, tornando-se tolerante. 
Classificação 2 
Tipo A: resultam da ação ou efeito farmacológico de 
medicamento administrado em dose teraeutica habitual. 
- Comuns e previsíveis. 
- Dose dependente e de letalidade baixa. 
- Intoxicação digitálica, síndrome serotoninérgica com 
ISRSs. 
- Bradicardia por betabloqueador, hemorragia por 
anticoagulantes. 
Superdosagem relativa, efeito colateral, efeito 
secundário, tolerância. 
Tipo B: reações inesperadas. Mais difíceis de predizer ou 
identificar. Foco principal da farmacoepidemiologia. 
- Incomuns, indivíduos susceptíveis. 
- Independentes da dose. 
- Alta mortalidade. 
- Hipersensibilidade à penicilina. 
- Hipertermia maligna. 
- Tratamento com suspensão da medicação. 
Hipersensibilidade, idiossincrasia. 
Tipo C: reações crônicas, dose e tempo dependentes. 
Tipo D: reações retardadas. 
Tipo E: reações de retirada. 
Tipo F: insucesso da terapêutica. 
Nem sempre será possível classificar! 
Classificações por gravidade 
Leves: não requerem manejo específico. 
Moderadas: exigem modificação da terapêutica. 
Graves: potencialmente fatais. 
Letais: contribuíram direta ou indiretamente para a morte do 
paciente. 
Prevenção e tratamento 
● Manejar manifestação. 
● Reduzir a dose? 
● Aumentar intervalo de administração? 
● Suspender medicação? 
● Administração de outros medicamentos ou medidas 
corretivas. 
● Medidas gerais de suporte. 
Uso racional de medicamentos é a melhor forma de 
prevenção. 
A prevenção de reações alérgicas é particularmente 
difícil devido a imprevisibilidade, porém deve-se evitar o uso 
de medicações com relato de reação prévia.

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