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Peritônio: Funções e Características

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1 Manoella Evelyn | P5 – UC14 | Anatomia – aula 1 
O peritônio é uma membrana serosa transparente, 
contínua, brilhante e escorregadia. Reveste a cavidade 
abdominopélvica e recobre as vísceras. O peritônio 
consiste em duas lâminas contínuas: o peritônio parietal, 
que reveste a face interna da parede abdominopélvica, e 
o peritônio visceral, que reveste vísceras como o 
estômago e intestino. 
FUNÇÕES: 
 Facilitar movimentos peristálticos e reduzir atrito 
entre as vísceras. 
 Resistência a infecções (leucócitos e anticorpos no 
liquido peritoneal). 
 Comunicação neurovascular entre o órgão e a parede 
corporal. 
 Armazenamento do gordura. 
 Via alternativa de absorção de medicamentos. 
 
Características funcionais 
O peritônio é um verdadeiro órgão, com funções e 
patologias próprias. Das suas características funcionais, 
as principais são: 
 A secreção do líquido peritoneal, que reduz o atrito 
entre as vísceras 
 A resistência a infecção pela ação dos macrófagos 
existentes no líquido peritoneal e também pela sua 
capacidade de confinar uma infecção. Quando esta não é 
muito intensa, o peritônio através, especialmente, do 
omento maior, que se desloca, a isola por tamponamento 
e/ou aderência. 
 O acúmulo de gordura, em especial no omento maior, 
que atua como reserva nutricional 
 A absorção e a eliminação de substâncias para e da 
circulação, podendo ser utilizado em processos 
terapêuticos (diálise peritoneal, administração de 
medicamentos). Esta mesma propriedade explica a 
absorção de toxinas bacterianas nos casos de infecções 
graves que afetem o peritônio 
 O peritônio é muito sensível, provocando dores 
intensas quando traumatizado, descolado ou fortemente 
distendido. O peritônio parietal é inervado pelos nervos 
das paredes a ele adjacentes: a parte diafragmática pelos 
n.n. frênicos, o restante pelos n.n. tóraco-abdominais e 
ramos do plexo lombo-sacral. Os estímulos dolorosos do 
peritônio parietal podem ser relacionados diretamente 
com a região estimulada ou podem ser referidos, como, 
por exemplo, a estimulação dolorosa da parte central do 
peritônio diafragmático que é referida no ombro. O 
peritônio visceral não apresenta inervação para a dor, 
mas sensações de distensão ou tração podem ser 
sentidos difusamente. 
Peritônio parietal 
O peritônio parietal tem a mesma vasculatura sanguínea 
e linfática e a mesma inervação somática que a região da 
parede que reveste. Como a pele sobrejacente, o 
peritônio que reveste o interior da parede do corpo é 
sensível a pressão, dor, calor e frio, e laceração. A dor no 
peritônio parietal geralmente é bem localizada, exceto na 
face inferior da parte central do diafragma, que é 
inervada pelos nervos frênicos; a irritação nesse local 
costuma ser referida nos dermátomos C3–C5 sobre o 
ombro. 
 Subdivisões: anterior ou antero-lateral (reveste a 
parede antero-lateral do abdômen). 
 Responsável por revestir a face interna da parede 
abdominopelvica. 
O peritônio parietal anterior infraumbilical apresenta a 
prega umbilical mediana, impar e as pregas umbilicais 
 
2 Manoella Evelyn | P5 – UC14 | Anatomia – aula 1 
mediais e laterais, pares. Todas elas são produzidas pela 
presença de estruturas no tecido extraperitoneal: 
• ligamento umbilical mediano, resultante do 
úraco (estrutura embrionária que vai da bexiga 
ao umbigo) fibrosado, produz a prega umbilical 
mediana 
• as a.a. umbilicais obliteradas produzem as 
pregas umbilicais mediais, uma de cada lado 
• as a.a. epigástricas inferiores produzem as 
pregas umbilicais laterais, uma de cada lado 
Enquanto as pregas umbilicais mediana e mediais 
chegam ao umbigo, as laterais não o fazem. 
Entre a prega umbilical mediana e as pregas umbilicais 
mediais situa-se a fossa supravesical; entre as mediais e 
laterais fica a fossa inguinal medial e lateralmente à 
prega umbilical lateral fica a fossa umbilical lateral. 
Acima do umbigo também existe uma prega, formada 
pelo ligamento falciforme 
Peritônio visceral 
O peritônio visceral e os órgãos que ele cobre têm a 
mesma vasculatura sanguínea e linfática e inervação 
visceral. O peritônio visceral é insensível a toque, calor e 
frio, e laceração; é estimulado basicamente por distensão 
e irritação química. A dor provocada é mal localizada, 
sendo referida para os dermátomos dos gânglios 
vertebrais que emitem as fibras sensitivas, sobretudo 
para as partes medianas desses dermátomos. 
Consequentemente, a dor oriunda de derivados do 
intestino anterior geralmente é sentida no epigástrio; a 
dor proveniente de derivados do intestino médio, na 
região umbilical; e aquela originada em derivados do 
intestino posterior, na região púbica. 
 Reveste as vísceras. 
 Não sensível. 
 Vascularização e inervação corresponde ao órgão. 
Relação do peritônio e as vísceras 
O peritônio e as vísceras estão na cavidade 
abdominopélvica. A relação entre as vísceras e o 
peritônio é a seguinte: 
 Os ÓRGÃOS INTRAPERITONEAIS são quase 
completamente cobertos por peritônio visceral 
(p. ex., o estômago e o baço). Intraperitoneal 
neste caso não significa dentro da cavidade 
peritoneal (embora o termo seja usado 
clinicamente para designar substâncias 
injetadas nessa cavidade). Os órgãos 
intraperitoneais foram conceitualmente, se não 
literalmente, invaginados para o saco fechado, 
como ao pressionarmos a mão fechada contra 
uma bola de aniversário cheia. 
 Os ÓRGÃOS EXTRAPERITONEAIS, 
RETROPERITONEAIS E SUBPERITONEAIS também 
estão situados fora da cavidade peritoneal — 
externamente ao peritônio parietal — e são 
apenas parcialmente cobertos por peritônio 
(geralmente apenas em uma face). Órgãos 
retroperitoneais, como os rins, estão entre o 
peritônio parietal e a parede posterior do abdome 
e só têm peritônio parietal nas faces anteriores 
(não raro com uma quantidade variável de 
gordura interposta). Do mesmo modo, a bexiga 
urinária subperitoneal só tem peritônio parietal 
em sua face superior. 
As vísceras abdominais são classificadas conforme sua 
relação ao peritônio em peritonizadas, extraperitoneais e 
intraperitoneais. 
As PERITONIZADAS são aquelas quase totalmente 
envolvidas por peritônio visceral, ficando sem este 
revestimento somente numa estreita faixa que 
corresponde a região onde o meso ou ligamento se 
delamina para revestir a víscera, tornando-se peritônio 
visceral. 
As EXTRAPERITONEAIS são aquelas situadas 
externamente ao peritônio parietal, o qual pode revestir 
uma ou mais faces da víscera, mas sem envolvê-la quase 
completamente (neste caso ela seria peritonizada). Em 
decorrência das alterações ocorridas durante o 
desenvolvimento embrionário existem dois tipos de 
vísceras extraperitoneais: as primitivamente 
extraperitoneais que, desde o início do seu 
desenvolvimento estiveram localizadas externamente ao 
peritônio e as secundariamente extraperitoneais que 
eram inicialmente peritonizadas e tornaram-se 
posteriormente extraperitoneais em consequência a 
sobreposição de seu meso ao peritônio parietal posterior. 
As lâminas assim em contato (lâmina posterior do meso 
e peritônio parietal) unem-se e são substituídas por uma 
 
3 Manoella Evelyn | P5 – UC14 | Anatomia – aula 1 
lâmina conjuntiva. A lâmina anterior do meso passa a ser 
agora parte do peritônio parietal posterior e a víscera 
torna-se extraperitoneal. Este fenômeno de justaposição 
e posterior substituição é denominado de coalescência e 
o conjuntivo que substituiu as lâminas peritoniais é 
denominado de fáscia de coalescência. 
 Esta situação definitiva pode ser artificialmente (por 
dissecação anatômica ou cirúrgica) revertida pois as 
fáscias de coalescência permitem uma fácil clivagem, o 
que permite a manipulação da parede posterior destas 
vísceras por uma incisão na parede anterior do abdome. 
Como a maior parte dos órgãos extraperitoneais situa-se 
posteriormente ao peritônioparietal posterior é comum 
chamá-los de retroperitoniais. 
A única víscera INTRAPERITONEAL é o ovário, pois se 
situa na cavidade peritoneal. Nesta região, a cavidade 
deixa de ser virtual para ser real. Além disto, como a tuba 
uterina se abre tanto para a cavidade peritoneal quanto 
para o útero e este se comunica com a vagina, a cavidade 
peritoneal está, por esta via, em comunicação com o meio 
externo. Assim, enquanto no sexo masculino a cavidade 
peritoneal é fechada, no sexo feminino é uma cavidade 
aberta, o que justifica o fato de infecções dos órgãos 
genitais femininos alcançarem e envolverem o peritônio. 
PERITONIZADOS: fígado, baço, estomago, jejuno-ilio, ceco, 
cólon transverso, cólon sigmoide, parte inicial da 1° 
porção do duodeno (ampola). 
INTRAPERITONEAL: ovário. 
EXTRAPERITONEAIS: rins e suprarrenais, pâncreas, 2° 
parte do duodeno, veia cava inferior, aorta abdominal, 
cólon ascendente, cólon descendente, reto, porção 
abdominal das vias urinarias. 
Cavidade peritoneal 
A cavidade peritoneal está dentro da cavidade abdominal 
e continua inferiormente até a cavidade pélvica. A 
cavidade peritoneal é um espaço potencial com 
espessura capilar, situado entre as lâminas parietal e 
visceral do peritônio. Não contém órgãos, mas contém 
uma fina película de líquido peritoneal, que é composto 
de água, eletrólitos e outras substâncias derivadas do 
líquido intersticial em tecidos adjacentes. 
A cavidade peritoneal é completamente fechada nos 
homens. Nas mulheres, porém, há uma comunicação com 
o exterior do corpo através das tubas uterinas, cavidade 
uterina e vagina ⟶ essa comunicação é uma possível via 
de infecção externa. 
Entre os folhetos parietal e visceral está a cavidade 
peritonial, virtual em estado normal, mas real sob certas 
circunstâncias, como derrames de ar ou líquido 
(pneumoperitônio, hemoperitônio, derrames de bile, 
conteúdo gástrico ou intestinal, etc) ou introdução 
artificial de ar ou líquido para fins de diagnóstico ou 
tratamento. Também a abertura cirúrgica ou traumática 
do peritônio, após secção dos planos parietais, ao 
permitir a entrada de ar, transforma a cavidade 
peritoneal de virtual em real. 
 Corresponde a um espaço existente entre os dois 
folhetos peritoneais. É virtual, correspondendo a um 
espaço capilar preenchido por uma quantidade mínima de 
liquido peritoneal. 
 Masculina ≠ feminina ⟶ na feminina tem a presença 
do óstio abdominal da tuba 
Liquido peritoneal 
O líquido peritoneal lubrifica as faces peritoneais, 
permitindo que as vísceras movimentem-se umas sobre 
as outras sem atrito e permitindo os movimentos da 
digestão. Além de lubrificar as faces das vísceras, o 
líquido peritoneal contém leucócitos e anticorpos que 
resistem à infecção. Os vasos linfáticos, sobretudo na 
face inferior do diafragma, cuja atividade é incessante, 
absorvem o líquido peritoneal. 
Formações peritoneais 
 A cavidade peritoneal abriga uma grande extensão de 
intestino, a maior parte da qual é revestida por peritônio 
 São necessárias extensas áreas de continuidade entre 
o peritônio parietal e visceral para dar passagem às 
estruturas neurovasculares da parede do corpo até as 
vísceras 
 Embora o volume da cavidade abdominal corresponda 
a uma fração do volume do corpo, os peritônios parietal e 
visceral que revestem a cavidade peritoneal 
internamente têm uma área de superfície muito maior do 
que a face externa do corpo (pele); portanto, o peritônio é 
extremamente convoluto. 
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS FORMAÇÕES PERITONEAIS 
 
4 Manoella Evelyn | P5 – UC14 | Anatomia – aula 1 
Meso Prega de peritônio que une um órgão a 
parede (peritônio visceral com 
peritônio parietal) e que contém o feixe 
vascular nervoso. 
Epíplon Prega de peritoneo que une dois órgãos 
entre si (peritônio visceral com 
visceral). 
Fascia de 
coalescênci
a 
Aderência constante entre 2 lojas 
peritoneais; se alojam órgãos que 
giram e se prendem a parede 
abdominal. 
Ligamento Pregas de peritônio que unem órgãos a 
órgãos/parede e que não carregam 
elementos nobres. 
 
O MESENTÉRIO é uma lâmina dupla de peritônio formada 
pela invaginação do peritônio por um órgão, e é a 
continuidade dos peritônios visceral e parietal. Constitui 
um meio de comunicação neurovascular entre o órgão e 
a parede do corpo. O mesentério une um órgão 
intraperitoneal à parede do corpo — geralmente a parede 
posterior do abdome (p. ex., o mesentério do intestino 
delgado). O mesentério do intestino delgado costuma ser 
denominado simplesmente “mesentério”; entretanto, os 
mesentérios relacionados a outras partes específicas do 
sistema digestório recebem denominações de acordo — 
por exemplo, mesocolos transverso e sigmoide, 
mesoesôfago, mesogástrio e mesoapêndice. Os 
mesentérios têm um cerne de tecido conjuntivo que 
contém sangue e vasos linfáticos, nervos, linfonodos e 
gordura. 
 Um complexo leque formado a partir de duas 
camadas de peritônio (anterossuperior e 
posteroinferior) separadas por tecido conjuntivo 
e vasos. 
 Os mesos que são reflexões do peritônio 
parietal posterior, constituídos por duas lâminas, 
que relacionam a parede abdominal com sua 
respectiva víscera, fixando-a e ao mesmo tempo 
dando-lhe mobilidade. O espaço entre as duas 
lâminas do meso é preenchido por tecido 
extraperitoneal, pelo qual passam vasos, nervos 
e linfáticos em direção a víscera. Os mesos 
existentes são o mesentério, para o jejuno e o 
íleo, o mesocolo transverso, para o colo 
transverso e o mesossigmóide, para o colo 
sigmóide. 
 
 
O OMENTO é uma extensão ou prega de peritônio em duas 
camadas que vai do estômago e da parte proximal do 
duodeno até os órgãos adjacentes na cavidade 
abdominal. 
 Os omentos são reflexões peritoniais largas, 
amplas, que se dispõe entre duas vísceras. Os 
omentos existentes são o omento menor entre o 
fígado e a curvatura menor do estômago e a 
primeira porção do duodeno e o omento maior 
que vai da curvatura maior do estômago ao colo 
transverso e deste se dispõe como um “avental”, 
anteriormente às alças intestinais. 
 O OMENTO MAIOR é uma prega peritoneal 
proeminente, que tem quatro camadas e pende 
como um avental da curvatura maior do 
estômago e da parte proximal do duodeno. Após 
descer, dobra-se de volta e se fixa à face anterior 
do colo transverso e seu mesentério 
 O OMENTO MENOR é uma prega peritoneal 
muito menor, dupla, que une a curvatura menor 
do estômago e a parte proximal do duodeno ao 
fígado. Também une o estômago a uma tríade de 
estruturas que seguem entre o duodeno e o 
fígado na margem livre do omento menor. 
Um LIGAMENTO PERITONEAL consiste em uma dupla 
camada de peritônio que une um órgão a outro ou à 
parede do abdome. 
 
5 Manoella Evelyn | P5 – UC14 | Anatomia – aula 1 
 Os ligamentos que são ou reflexões peritoniais 
de dupla lâmina que vão do peritônio parietal 
(exceto o posterior, porque aí então seriam 
mesos) a uma víscera ou reflexões peritoniais 
entre uma víscera e outra. Estes conceitos são 
generalizações e como tal, admitem exceções. 
Assim, existem ligamentos que se prendem à 
parede posterior, como o lienorrenal e a lâmina 
posterior do ligamento falciforme e ligamentos 
denominados de mesos, sem partirem da parede 
posterior, como o mesoapêndice ou o 
mesossalpinge. 
O fígado está unido: 
 À parede anterior do abdome pelo ligamento 
falciforme. 
 Ao estômago pelo ligamento hepatogástrico, a 
porção membranácea do omento menor. 
 Ao duodeno pelo ligamento hepatoduodenal, a 
margem livre espessa do omento menor, que dá 
passagem à tríade portal: veia porta, artéria 
hepática e ducto colédoco. 
Conexões peritoneais com o fígado: 
 Coronários 
 Falciforme 
 Triangular 
 Hepatogástrico (omento menor) 
 
Os ligamentos hepatogástrico e hepatoduodenal são 
partes contínuas do omento menor e são separados 
apenas por conveniência para descrição.O estômago está unido: 
 À face inferior do diafragma pelo ligamento 
gastrofrênico. 
 Ao baço pelo ligamento gastroesplênico, que 
se reflete para o hilo esplênico. 
 Ao colo transverso pelo ligamento 
gastrocólico, a parte do omento maior 
semelhante a um avental, que desce da 
curvatura maior, inferiormente, recurva-se e, 
então, ascende até o colo transverso. 
Embora os órgãos intraperitoneais possam ser quase 
totalmente cobertos por peritônio visceral, todo órgão 
precisa ter uma área que não é coberta para permitir a 
entrada ou saída de estruturas neurovasculares. Essas 
áreas são denominadas áreas nuas, formadas em relação 
às fixações das formações peritoneais aos órgãos, 
inclusive mesentérios, omentos e ligamentos que dão 
passagem às estruturas neurovasculares. 
Uma PREGA PERITONEAL é uma reflexão de peritônio 
elevada da parede do corpo por vasos sanguíneos, ductos 
e ligamentos formados por vasos fetais obliterados 
subjacentes (p. ex., as pregas umbilicais na face interna 
da parede anterolateral do abdome). 
Um RECESSO OU FOSSA PERITONEAL é uma bolsa de 
peritônio formada por uma prega peritoneal (p. ex., o 
recesso inferior da bolsa omental entre as lâminas do 
omento maior e as fossas supravesical e umbilical entre 
as pregas umbilicais. 
Omentos e ligamentos 
No início do desenvolvimento embrionário o intestino 
primitivo apresenta duas conexões com a parede do 
corpo. Posteriormente se prende a ela pelo amplo meso 
dorsal, que vai do esôfago terminal a parte cloacal do 
intestino posterior. Anteriormente prende-se pelo meso 
ventral que existe na altura do esôfago terminal, 
estômago e parte inicial do duodeno. O crescimento do 
fígado, entre as duas lâminas do meso ventral as afasta 
uma da outra, tranformando-as em peritônio visceral 
hepático. O que persiste do meso ventral forma: 
 O ligamento falciforme, entre a parede 
anterior do abdome e o fígado. A borda livre, 
inferior, do ligamento falciforme contém a veia 
umbilical que, após o nascimento, oblitera-se e 
forma o ligamento redondo do fígado. 
 
6 Manoella Evelyn | P5 – UC14 | Anatomia – aula 1 
 O omento menor, entre o fígado, 
superiormente e a curvatura menor do estômago 
e a primeira porção do duodeno, inferiormente. A 
margem livre do omento menor, direita no adulto, 
contém o ducto colédoco, a a. hepática e a v. 
porta e constitui a parede anterior do forame 
epiplóico, o qual dá acesso à bolsa omental. O 
omento menor costuma ser dividido em 
ligamentos hépato-gástrico, entre o fígado e o 
estômago e hépato-duodenal, entre o fígado e a 
1ª porção do duodeno. 
 Entre o fígado e o diafragma forma-se o 
ligamento coronário. Entre as suas duas lâminas, 
uma anterior ( ou superior ) e outra posterior ( ou 
inferior ) está a área nua do fígado, não 
peritonizada. As duas lâminas se encontram à 
direita, formando o ligamento triangular direito e 
à esquerda, formando o ligamento triangular 
esquerdo. 
Como estas estruturas são todas derivadas de uma única, 
o meso ventral, são contínuas umas com as outras. 
Assim, o ligamento falciforme continua-se para a direita 
e para a esquerda como a lâmina anterior do ligamento 
coronário e a lâmina posterior deste se continua como o 
omento menor. Daí alguns autores afirmarem ser o 
ligamento triangular esquerdo formado pelas lâminas 
esquerdas do ligamento falciforme e do omento menor. 
Parte do meso dorsal vai se acolar ao peritônio parietal 
posterior primitivo em conseqüência ao crescimento, 
pregueamento e rotação que o intestino primitivo sofre 
durante seu desenvolvimento. O que persiste forma o 
mesentério, os mesocolos transverso e sigmóide, o 
omento maior e os ligamentos gastrofrênico, gastrolienal 
e esplenorrenal: 
 O omento maior pende do estômago e passa 
anterior ao colo transverso. Suas bordas laterais 
são livres, mas sua parede anterior, formada por 
duas lâminas peritoniais, curva-se 
posteriormente constituindo a parede posterior, 
que ascende para fixar-se no colo transverso. No 
embrião está composto por quatro lâminas 
peritoniais ( as duas anteriores e as duas 
posteriores ), mas durante o desenvolvimento 
ocorre uma fusão, em grau variável, da parede 
anterior com a posterior, com o colo transverso 
e com o mesocolo transverso. A parte resultante 
destas fusões, que vai do estômago ao colo 
transverso é o ligamento gastrocólico. 
 O ligamento gastrofrênico conecta o fundo do 
estômago e o esôfago abdominal ao diafragma. 
 O ligamento gastrolienal vai da curvatura 
maior do estômago ao baço, onde sua lâmina 
anterior se continua como o peritônio visceral 
deste órgão. 
 O ligamento esplenorrenal (ou lienorrenal) vai 
do baço ao peritônio parietal posterior 
relacionado com o rim esquerdo. É formado pela 
continuação do peritônio visceral do baço e pela 
lâmina posterior do ligamento gastrolienal. 
Subdivisões da cavidade peritoneal 
Após a rotação e o surgimento da curvatura maior do 
estômago durante o desenvolvimento, a cavidade 
peritoneal é dividida em sacos peritoneais maior e menor. 
A cavidade peritoneal é a parte principal e maior. A bolsa 
omental situa-se posteriormente ao estômago e ao 
omento menor. 
O mesocolo transverso (mesentério do colo transverso) 
divide a cavidade abdominal em um compartimento 
supracólico, que contém o estômago, o fígado e o baço, e 
um compartimento infracólico, que contém o intestino 
delgado e os colos ascendente e descendente. 
O compartimento infracólico situa-se posteriormente ao 
omento maior e é dividido em espaços infracólicos direito 
e esquerdo pelo mesentério do intestino delgado. Há 
comunicação livre entre os compartimentos supracólico 
e infracólico através dos sulcos paracólicos, os sulcos 
entre a face lateral dos colos mascendente e 
descendente e a parede posterolateral do abdome. 
Supramesocólico – acima do mesocólon transverso: 
estomago, fígado, baço, omento menor e maior parte do 
omento maior. 
A cavidade peritoneal é dividida em andares supra e 
inframesocólicos, separados pelo mesocolo transverso e 
em uma terceira porção, a porção pélvica, situada abaixo 
do estreito superior da pelve. Os andares supra e 
inframesocólicos serão vistos a seguir enquanto a porção 
pélvica será vista quando do estudo da pelve. 
É importante notar que o mesocolo transverso não é um 
mero septo horizontal póstero-anterior, pois tem uma 
disposição oblíqua, ínfero-anterior, e tem grande 
mobilidade, de tal modo que as relações por ele 
determinadas variam conforme a situação. 
 
7 Manoella Evelyn | P5 – UC14 | Anatomia – aula 1 
O ANDAR SUPRAMESOCÓLICO contém o fígado, o 
estômago, o baço, o ligamento falciforme, o omento 
menor e a maior parte do omento maior. É subdividido 
pelo fígado em recessos subfrênicos e subhepático: 
• os recessos subfrênicos (ou supra-hepáticos) 
direito e esquerdo são espaços virtuais entre o 
peritônio visceral hepático e o peritônio parietal 
diafragmático, separados um do outro pelo 
ligamento falciforme. O recesso direito é limitado 
posteriormente pela lâmina anterior do 
ligamento coronário, enquanto o recesso 
esquerdo é limitado posteriormente pelo 
ligamento triangular esquerdo. 
• recesso subhepático (ou hépato-renal) situa-
se entre o peritônio da face visceral do lobo 
direito do fígado e o peritônio parietal posterior 
que reveste o rim direito. Posteriormente é 
limitado pela lâmina posterior do ligamento 
coronário. 
O ANDAR INFRAMESOCÓLICO é subdividido em partes 
superior (ou direita) e inferior (ou esquerda) pela raiz do 
mesentério e contém as alças jejunais e ileais, 
emolduradas pelos colos ascendente, transverso e 
descendente. Lateralmente aos colos ascendente e 
descendente existem duas depressões longitudinais, os 
sulcos paracólicos. 
Estes compartimentos e sulcos da cavidade peritoneal 
determinam como e onde materiais (líquido peritoneal, 
sangue, pus, etc) contidos na cavidadeperitoneal devem 
se acumular ou deslocar. Os acúmulos ocorrem nos 
pontos de maior declive, que são o recesso hépato-renal, 
em ambos os sexos e em decúbito dorsal e a escavação 
retovesical, no sexo masculino e a escavação reto-
uterina, no sexo feminino. Também as curvaturas da 
coluna vertebral contribuem na determinação destes 
pontos de acúmulo, criando vertentes naturais para o 
escoamento. Os sulcos paracólicos e a divisão esquerda 
do andar inframesocólico drenam para a pelve. Além 
disto, os sulcos paracólicos também drenam para o 
recesso hépato-renal e recebem, em especial o direito, o 
conteúdo da bolsa omental, através do forame epiplóico. 
A divisão direita do andar inframesocólico é um espaço 
fechado, em termos de drenagem. 
 
Bolsa omental 
A bolsa omental é uma cavidade extensa, semelhante a 
um saco, situada posteriormente ao estômago, omento 
menor e estruturas adjacentes. A bolsa omental tem um 
recesso superior, limitado superiormente pelo diafragma 
e as camadas posteriores do ligamento coronário do 
fígado, e um recesso inferior entre as partes superiores 
das camadas do omento maior. 
Como consequência destas alterações que 
ocorrem com os órgãos e com os mesos ventral 
e dorsal, forma-se a bolsa omental. Ela é um 
espaço virtual, amplo e irregular, situado em sua 
maior parte posterior ao estômago e omento 
menor. É uma dependência da cavidade 
peritoneal com a qual se comunica através do 
forame epiplóico. Este é limitado anteriormente 
pela borda livre do omento menor e 
posteriormente pelo peritônio parietal posterior 
que recobre a v. cava inferior. A esquerda a bolsa 
omental é limitada pelos ligamentos gastrolienal 
e esplenorrenal. Inferiormente ela se prolonga 
no recesso inferior da bolsa omental, entre a 
parede anterior e a parede posterior do omento 
maior. As dimensões deste recesso dependem do 
grau de fusão destas paredes (ver descrição do 
omento maior). Ocasionalmente o recesso 
inferior pode estar isolado do restante da bolsa 
omental pela presença de aderências. 
Superiormente a bolsa se continua entre o fígado 
e o diafragma como o recesso superior da bolsa 
omental. 
A bolsa omental permite o livre movimento do estômago 
sobre as estruturas posteriores e inferiores a ela, pois as 
paredes anterior e posterior da bolsa omental deslizam 
suavemente uma sobre a outra. A maior parte do recesso 
inferior da bolsa é separada da parte principal posterior 
 
8 Manoella Evelyn | P5 – UC14 | Anatomia – aula 1 
ao estômago após aderência das lâminas anterior e 
posterior do omento maior. 
A bolsa omental comunica-se com a cavidade peritoneal 
por meio do forame omental, uma abertura situada 
posteriormente à margem livre do omento menor 
(ligamento hepatoduodenal). O forame omental pode ser 
localizado passando-se um dedo ao longo da vesícula 
biliar até a margem livre do omento menor. 
 
Fossas 
Entre a prega umbilical mediana e as pregas umbilicais 
mediais situa-se a fossa supravesical; entre as mediais e 
laterais fica a fossa inguinal medial e lateralmente à 
prega umbilical lateral fica a fossa umbilical lateral. 
 Supravesical 
 Inguinal medial 
 Inguinal lateral 
 Para-retal 
A inervação somática, (também chamada de parietal) é 
muito densa, especialmente na pele, no peritônio parietal 
e nas raízes dos mesos. 
O peritônio parietal é inervado pelos nervos das paredes 
a ele adjacentes: a parte diafragmática pelos n.n. 
frênicos, o restante pelos n.n. tóraco-abdominais e ramos 
do plexo lombo-sacral. 
PERITÔNIO PARIETAL ⟶ DOR SOMÁTICA PROFUNDA 
Inervação somática = parede abdominal 
↓ 
Sensível a dor/pressão/calor/frio/laceração 
↓ 
Dor geralmente é bem localizada 
↓ 
Inervada por nervos da parede adjacente: n. frênico 
(parte diafragmática), nn. Toraco-abdominais (ramos do 
plexo lombo-sacral) 
PERITÔNIO VISCERAL ⟶ DOR VISCERAL 
Inervação visceral = órgãos que recobre 
↓ 
Insensível ao toque/calor/frio/laceração > estimulado 
por distensão e irritação química 
↓ 
Dor geralmente mal localizada 
↓ 
Inervado por nervos das vísceras adjacentes 
↓ 
Epigástrico: derivados do intestino anterior 
Região umbilical: derivados do intestino médio 
Região pubica: derivados do intestino posterior 
PLEURÍTICA 
DOR PLEURÍTICA: dor aguda no peito que piora quando se 
respira, tosse ou espirra. 
A pleurite é provocada quando, por alguma razão, vários 
tipos de elementos estranhos - como microrganismos, 
substâncias irritantes ou células cancerosas - entram 
em contacto com a pleura e as células defensivas reagem 
provocando uma inflamação. Nesse caso, além da 
chegada das próprias células defensivas, que se 
encarregam da eliminação dos elementos estranhos e do 
fabrico de fibras destinadas à cicatrização das eventuais 
lesões, o espaço pleural é frequentemente invadido por 
um líquido proveniente dos vasos sanguíneos. Contudo, 
como este processo nem sempre se desenvolve de forma 
idêntica, é possível distinguir vários tipos de pleurite. 
 
9 Manoella Evelyn | P5 – UC14 | Anatomia – aula 1 
Na denominada pleurite seca, em que a inflamação 
costuma ser mais localizada, produz-se uma escassa 
acumulação de líquido no espaço pleural. Por outro lado, 
na pleurite húmida, a inflamação é mais extensa e 
costuma produzir uma considerável acumulação de 
líquido inflamatório no espaço pleural, o que se conhece 
como derrame pleural. Um tipo específico de pleurite 
húmida, a pleurite purulenta ou empiema pleural, 
corresponde à acumulação no espaço pleural de pus, um 
líquido viscoso composto por restos de microorganismos 
e células defensivas, provocado por uma reacção 
inflamatória nas infecções bacterianas. 
As causas mais frequentes da pleurite são) as infecções 
pulmonares bacterianas (nomeadamente, a tuberculose 
pulmonar), a embolia pulmonar, os traumatismos 
torácicos, as bronquiectasias (dilatações anómalas dos 
brônquios) e o cancro do pulmão. 
PLEURAL VISCERAL  insensível a dor porque não 
recebe nervos associados a sensibilidade geral 
PLEURA PARIETAL  é extremamente sensível a dor; 
recebe muitos ramos dos nervos intercostais e frênicos. 
Parte costal e periférica diafragmática: dor local; 
dor referida nos dermátomos das paredes 
torácica e abdominal. 
Parte mediastinal e área central diafragmática: 
dor local; dor referida na raiz do pescoço e no 
ombro (dermátomos C3-C5) 
PERITONEAL 
A peritonite é a inflamação da cavidade peritoneal. Sua 
causa mais séria é a perfuração do trato gastrintestinal, 
que produz inflamação química imediata seguida 
rapidamente de infecção por microrganismos intestinais. 
A peritonite também pode resultar de qualquer condição 
abdominal que produz inflamação intensa (p. ex., 
apendicite, diverticulite, obstrução intestinal 
estranguladora, pancreatite, doença inflamatória pélvica 
e isquemia mesentérica). O sangramento intraperitoneal 
de qualquer origem (p. ex., aneurisma roto, trauma, 
cirurgia, gestação ectópica) é irritante e causa peritonite. 
O bário causa peritonite grave e nunca deve ser 
administrado a um paciente com suspeita de perfuração 
do trato gastrintestinal. No entanto, meios de contraste 
hidrossolúveis podem ser usados com segurança. 
Derivações peritoneossistêmicas, drenos e cateteres de 
diálise na cavidade peritoneal predispõem o paciente à 
peritonite infecciosa, assim como o líquido ascítico 
predispõe. 
Raramente ocorre peritonite bacteriana espontânea, na 
qual a cavidade peritoneal é infectada por bactérias 
provenientes da corrente sanguínea. Peritonite 
bacteriana espontânea ocorre principalmente em 
pacientes com cirrose e ascite. 
A peritonite faz com que o líquido se desvie para a 
cavidade peritoneal e intestino, causando desidratação e 
distúrbios eletrolíticos graves. A síndrome de 
desconforto respiratório agudo do adulto pode se 
desenvolver rapidamente. Insuficiência renal, 
insuficiência hepática e coagulaçãointravascular 
disseminada podem se seguir. Sem tratamento, a morte 
ocorre em questão de dias. 
O primeiro sinal clínico observado é a dor e sensibilidade 
abdominal, agravada durante a movimentação. 
INFLAMAÇÃO DO PERITÔNIO PARIETAL: 
A dor apresenta caráter constante e incômodo, 
localizando-se sobre a área inflamada, tornando possível 
a identificação exata da localização acometida, uma vez 
que é transmitida pelos nervos somáticos que inervam o 
peritônio parietal. A intensidade depende do tipo e do 
volume do material ao qual o peritônio é exposto em 
determinado período de tempo. 
A dor da peritonite agrava-se durante a palpação, ou por 
movimentos como tosse ou espirro – o paciente 
permanece quieto no leito, evitando movimentos, ao 
contrário, por exemplo, do paciente com cólica que pode 
se contorcer incessantemente

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