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UNIVERSIDADE DE CUIABÁ FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA BIOQUÍMICA Leni Rodrigues Lima Bioquímica dos ruminantes – parte 1 Introdução Processo evolutivo dos ruminantes Crescimento dos microrganismos http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.sct.embrapa.br/dctv/2007/img/23-Integracao_lavoura_pecuaria2.jpg&imgrefurl=http://hotsites.sct.embrapa.br/diacampo/programacao/2007/integracao-lavoura-pecuaria-maior-eficiencia-dos-sistemas-produtivos&usg=__dE6MKibnwh5TqNzKub4NM5EIgD4=&h=221&w=350&sz=25&hl=pt-br&start=3&zoom=1&itbs=1&tbnid=3QV5L8j8SQMk1M:&tbnh=76&tbnw=120&prev=/images?q=INTEGRA%C3%87%C3%83O+LAVOURA+PECU%C3%81RIA&hl=pt-br&sa=G&gbv=2&tbs=isch:1 http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.sct.embrapa.br/dctv/2007/img/23-Integracao_lavoura_pecuaria2.jpg&imgrefurl=http://hotsites.sct.embrapa.br/diacampo/programacao/2007/integracao-lavoura-pecuaria-maior-eficiencia-dos-sistemas-produtivos&usg=__dE6MKibnwh5TqNzKub4NM5EIgD4=&h=221&w=350&sz=25&hl=pt-br&start=3&zoom=1&itbs=1&tbnid=3QV5L8j8SQMk1M:&tbnh=76&tbnw=120&prev=/images?q=INTEGRA%C3%87%C3%83O+LAVOURA+PECU%C3%81RIA&hl=pt-br&sa=G&gbv=2&tbs=isch:1 Surgimento do rúmen: adaptação evolutiva da espécie; Primórdios dos ruminantes = presas fáceis; Alimentação: pastagens em pradarias; Introdução Consumo “rápido” e em grande quantidade para evitar ataque de predadores. Introdução http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.sct.embrapa.br/dctv/2007/img/23-Integracao_lavoura_pecuaria2.jpg&imgrefurl=http://hotsites.sct.embrapa.br/diacampo/programacao/2007/integracao-lavoura-pecuaria-maior-eficiencia-dos-sistemas-produtivos&usg=__dE6MKibnwh5TqNzKub4NM5EIgD4=&h=221&w=350&sz=25&hl=pt-br&start=3&zoom=1&itbs=1&tbnid=3QV5L8j8SQMk1M:&tbnh=76&tbnw=120&prev=/images?q=INTEGRA%C3%87%C3%83O+LAVOURA+PECU%C3%81RIA&hl=pt-br&sa=G&gbv=2&tbs=isch:1 http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.sct.embrapa.br/dctv/2007/img/23-Integracao_lavoura_pecuaria2.jpg&imgrefurl=http://hotsites.sct.embrapa.br/diacampo/programacao/2007/integracao-lavoura-pecuaria-maior-eficiencia-dos-sistemas-produtivos&usg=__dE6MKibnwh5TqNzKub4NM5EIgD4=&h=221&w=350&sz=25&hl=pt-br&start=3&zoom=1&itbs=1&tbnid=3QV5L8j8SQMk1M:&tbnh=76&tbnw=120&prev=/images?q=INTEGRA%C3%87%C3%83O+LAVOURA+PECU%C3%81RIA&hl=pt-br&sa=G&gbv=2&tbs=isch:1 I. Anatomia do Estômago dos Ruminantes Detalhes Anatômicos: Rúmen Retículo Omaso Abomaso Ruminação Anatomia do Estômago dos Ruminantes II. Mecânica da Digestão em RuminantesMecânica da Digestão em Ruminantes Utilizar eficientemente carboidratos fibrosos como fonte de energia; Compostos nitrogenados não proteicos como fonte de proteína. Vantagens x Evolução animais ruminantes desenvolveram características anatômicas e simbióticas, que lhes permitem: Produção de metano (perda de energia, poluição ambiental); Perda de aminoácidos (fermentação da proteína). Desvantagens Celulose e outros polissacarídeos PCV (parede celular vegetal): maior fonte potencial de energia para ruminantes. Degradação de alguns constituintes da parede celular pelos ruminantes é consequência da simbiose entre o animal ruminante e microrganismos ruminais. Microrganismos possuem enzimas que quebram ligações (β) de carboidratos da parede celular vegetal Carboidratos Fibrosos Utilizam fontes de nitrogênio não proteico para síntese de aminoácidos; Sintetizar vitaminas do complexo B e K; Sintetizam enzimas capazes de degradar carboidratos fibrosos (CF) e pectina. Celulose Hemicelulose Pectina Microrganismos ruminais: Rúmen: •Enzimas digestivas de mamíferos: não degradam celulose, hemicelulose (CF) •Enzimas microbianas do rúmen: degradam celulose, hemicelulose A principal forma de energia de ruminates adultos são os AGV’s, já do bezerro é a glicose (pré- ruminante). Árvore filogenética universal, apresentando os três domínios da vida Bactérias 1010 células/g de conteúdo ruminal; 60 a 90% da biomassa microbiana Características do Rúmen Protozoários106células/g de conteúdo ruminal; Maioria ciliados Representam de 10 a 50% da biomassa microbiana total Características do Rúmen Fungos 102 a 104 células/g de conteúdo ruminal Estritamente anaeróbicos Até 8% da biomassa microbiana total Características do Rúmen Distintas filogeneticamente das bactérias. Diferenciam-se das bactérias ruminais por serem quimiotróficas e pela estrutura da parede celular. Os lipídios de membrana são éteres de glicerol em vez de ésteres de glicerol. São os microrganismos mais estritamente anaeróbicos do rúmen e produzem metano a partir do CO2 e H2. 0,5 a 3,0% do total de microrganismos do rúmen; 20% das metanogênicas vivem na superfície dos protozoários. Archaea (Metanogênicas) Fungo Protozoário Archaea ou Archaeabacterias (Metanogênicas) Microbiota Ruminal Baixa concentração de oxigênio (anaeróbico); Constância de pH (6,0 a 7,0); Constância de temperatura 38 °C a 42 °C (39 °C); Suprimento contínuo de sólidos e líquidos; Presença de substrato e de atividade fermentativa. Remoção dos produtos da fermentação: Aproveitamento pelo animal; Manutenção das características ideais para fermentação. Características do Rúmen População mais diversa no rúmen (número de espécies e capacidade metabólica); Tamanho: 1 a 5 µm; Mais de 20 espécies apresentam contagens superiores a 107 células/g de conteúdo ruminal; Digestão enzimática de carboidratos e proteínas; Síntese de vitaminas do complexo B e K; Síntese de aminoácidos a partir de NNP. Bactérias GRUPOS DE BACTÉRIAS GRUPOS SUBSTRATOS PRODUTOS Celulolíticas Celulose, amido, maltose, sacarose, glicose Formato, Acetato, Butirato, Lactato,... Hemicelulolíticas Hemicelulose e Pectinas AGV Amilolíticas Amido, Dissacarídeos Formato, Acetato, Butirato, Lactato,... Lipolíticas Lipídeos Acetato, Propionato, CO2,... Proteolíticas Aminoácidos Amônia e AGV Archaea H+, CO2 Metano Grupos de bactérias GRUPOS DE BACTÉRIAS Grupos de bactérias Protozoários Auxiliam na digestão da fibra e da proteína; Geralmente estão aderidos às partículas alimentares de grande tamanho (manutenção no rúmen por mais tempo); O tempo médio de vida dos protozoários é de 24 horas. A aderência é essencial para a sua sobrevivência; Utilizam bactérias como fonte aminoácidos, também utilizam outras fontes. Protozoários 103 a 104 cel/mL em animais consumindo forragem; 30% ou mais dos protozoários ciliados no rúmen; Toda a superfície é coberta por cílios; Principal substrato: carboidratos solúveis; São predados no rúmen por grandes protozoários; Protozoários Holotrichia 105 a 106 cel/mL em animais consumindo quantidade moderada de grãos; Encontrados em estreita associação com as partículas de alimento e a sua concentração no líquido ruminal não indica número real; Usam carboidratos solúveis pobremente; engolfam rapidamente grânulos de amido; usam amido e celulose; Protozoários Entodinomorfos Necessidade de contato com um animal faunado. Protozoários Neocallimastix frontalis Sphaeromonas communis Piromonas communis Degradam os carboidratos fibrosos e são capazes de acessar os tecidos vasculares lignificados Participam ativamente no rompimento físico da fibra por meio de rizóides ou hifas, durante o processo de degradação das forragens. Fungos Figura: Exemplo do ciclo de vida de fungos ruminais. Fonte: Adaptado de Dijkstra et al. (2002). Fungos O desenvolvimento do rúmen como câmara de fermentação inicia-se no animal recém nascido; Grande influencia da dieta e do subsequente controle da fermentação, por meio de processos fisiológicos integrados com a nutrição do hospedeiro; Contágio de recém nascido com microrganismos ruminais: Principalmente pelo contato com animais adultos (mãe) Ingestão de alimentos contaminados Cochos e bebedouros Ar Estabelecimento dos microrganismos no rúmen Carboidratos(fibra) Ruminantes Produtos de alto valor nutricional Digestão no Rúmen Para a degradação das moléculas; 1º passo é a aderência - célula bacteriana, protozoário e fungo - à partícula de alimento; Aproximação das enzimas presentes na superfície externa da membrana das microrganismos aos substratos; A população de bactérias aderentes crescerá sobre o substrato; Adesão às partículas alimentares – Digestão ruminal CELULOSE GLICOSE HEMICELULOSE PECTINA AMIDO AÇÚCARES Acético/ propiônico/butírico ÁCIDO LÁTICO Fonte: Aulas Prof. Dr. André Soares de Oliveira (2013) Ácidos fracos 1 a 7 átomos de carbono Ácido fórmico Acético Propiônico Butírico Isobutírico Ácidos graxos voláteis - AGVs Valérico Isovalérico 2-metilbutírico Hexanóico Heptanóico Atendem 60-80% das exigências diárias de energia do ruminante. 75% da energia dos carboidratos Produção de AGV 25% Ácidos graxos voláteis Perdidos na forma de CH4 Crescimento e manutenção microbiana DEGRADAÇÃO MASSA MICROBIANA AGV Colonização ou passagem Absorção Passagem RÚMEN Fibra Balanço da fermentação ruminal Glicose (6C) = 2Acetatos (2C) + 2CO2 + 8H Glicose (6C) = Butirato (4C) + 2CO2 + 4H Glicose (6C) = 2Propionato (3C) – 2H Fermentação: excesso de hidrogênio no meio CO2 Necessidade de retirar H+ Regenerar cofatores (NAD+ →NADH) Metanogênese Archaeas Metanogênicas CO2 + 8H = CH4 + 2H2O Eliminação de 6-12% da energia ingerida (Perda de energia) Preocupação ambiental (Gases de Efeito Estufa) Fermentação: Variedade de compostos Determinantes Primários: natureza da ração e origem química dos CHOs Acético Butírico Propiônico Volumosos Pouca Variação Concentrados (CNF) Pectina CNF de fermentação acética Fermentação Fonte: Aulas Prof. Dr. André Soares de Oliveira (2013) Formação do Acetato Fonte: Aulas Prof. Dr. André Soares de Oliveira (2013) Formação do Propionato 2 VIAS: VIA DO SUCCINATO 1 mol de glicose 2 piruvato 2 propionato + 4 mol de ATP (microbiota) - 2H VIA DO ACRILATO 1 mol de glicose 2 piruvato 2 lactato 2 propionato + 2 mol de ATP (microbiota) - 2H Formação do Butirato Fonte: Aulas Prof. Dr. André Soares de Oliveira (2013) Formação do Lactato Fonte: Aulas Prof. Dr. André Soares de Oliveira (2013) Figura 3: Relação do pH do rúmen com as proporções ruminais de ácido acético, propiônico e lático. Fonte: Bergman, et. al. (1990) Absorção Papilas ruminais Transporte da parede do rúmen para a corrente sanguínea - Butirato > Propionato > Acetato 90% metabolizado pelo epitélio ruminal Glicose (glicogênico) Ácido graxo (lipogênico) Absorção de AGVs ACETATO Acetil-CoA Gliconeogênese Ciclo deKrebs B OH Butirato 75% Acetoacetato 25% -Oxidada ( Ciclo de Krebs) - Síntese de AG (T.adiposo) - Síntese de AG Gl. mamária(AG <16C) Epitélio ruminal (2 a 5% de conversão a lactato) Epitélio ruminal 90% Locais de Utilização dos AGV’s PROPIONATO BUTIRATO Fígado Gliconeogênese a partir dePropionato VitaminaB12 Biotina Glicose Succinil-CoA Digestão no Intestino Delgado Suco Pancreático Suco Biliar Enzimas Intestinais Digestão no Intestino Delgado Principais Enzimas • α-amilase pancreática α-1,4 α -1,4 oligossacarídeos = Glicose = Frutose sacarose SACARASE = galactose lactose LACTASE trealose TREALASE amido ISOMALTASE MALTASE maltose isomaltose α - AMILASE LimitadoRuminantes • Maltase • Isomaltase • Lactase • Sacarase •Trealase Digestão no Intestino Grosso (ceco e cólon) Digestão: amido, celulose e hemicelulose Absorção AGV’s IG: formação bolo fecal e excreção ??? Dúvidas
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