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TDAH - Saúde Mental

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ELOISA DE ALMEIDA,TXX 
SAÚDE MENTAL 
TRANSTORNO DO DÉFICT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE 
 
INTRODUÇÃO 
• É um transtorno do autocontrole; 
• Marcado por déficits referentes aos períodos de 
atenção, ao manejo dos impulsos e ao nível de 
atividade; 
• Mais frequente e severo do que manifestações 
similares presentes em crianças da mesma idade e 
nível desenvolvimental. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• 3 – 7% em escolares nos EUA; 
• 8 – 12% da população mundial; 
• Em crianças, 3 – 5 vezes mais comum em 
meninos → 3 meninas para 5 meninos; 
• Em adultos, 1:1. 
 
ETIOLOGIA 
• Pais e irmãos que já possuem: 2 – 8 vezes mais 
chance; 
• Concordância em gêmeos monozigóticos; 
• Persistência durante a vida e gravidade dos 
sintomas tem relação com genética; 
• Exposição intraútero a substancias tóxicas, 
aditivos alimentares ou corantes → causas 
alérgicas; 
• Ambiente familiar pode exacerbar os 
sintomas. 
 
FISIOPATOLOGIA 
• Alterações na neurotransmissão de dopamina e 
noradrenalina; 
• PET-scan sugere que metilfenidato aumenta a 
dopamina; 
• As regiões frontal e pré-frontal, lobo parietal e 
cerebelo talvez tenham relação com a doença; 
• Deformidades nos núcleos da base (caudados, 
putamen e globo pálido), que normalizam após 
tratamento com estimulantes. 
 
QUADRO CLÍNICO 
• 3 problemas primários: 
• Dificuldade em manter a ATENÇÃO; 
• Dificuldade em manter o controle ou 
inibição de IMPULSOS; 
• ATIVIDADE excessiva. 
• É percebido quando a criança ingressa na escola 
→ comparação com outras crianças da mesma 
idade e ambiente; 
• Há muitos casos onde pacientes passaram 
despercebidos durante a infância – por não terem 
apresentado atividade excessiva – e chegando na 
vida adulta com prejuízo. 
 
DESATENÇÃO 
• Dificuldade de atentar a detalhes; 
• Equívocos por pequenos descuidos em 
atividades escolares e de trabalho; 
• Dificuldade de manter a atenção em atividades 
lúdicas ou tarefas em geral; 
• Não seguir instruções dadas e não terminar 
tarefas escolares; 
• Facilmente distraído por estímulos alheios; 
• Dificuldade em organizar tarefas e atividades 
em geral; 
• Esquecimento em atividades diárias; 
• Relutância em realizar tarefas que exijam esforço 
mental; 
• “Sonhar acordado”; 
• Dificuldade de permanecer focado em uma 
única tarefa por tempo prolongado; 
• Impressão de que não estão ouvindo; 
• Frequentes mudanças de assunto, por falta de 
atenção aquilo que é dito e a detalhes ou regras 
quando participam de jogos e outras atividades; 
• Atentas por um curto período de tempo: 
• Novidade, alto valor de interesse, 
intimidação; 
• Sensação de que não possuem dificuldade 
quanto a atenção → diagnósticos 
equivocados. 
 
HIPERATIVIDADE 
• Inquietação motora e agressiva; 
• “Ligada na tomara”; 
• Inquietação ou dificuldade de manter-se quieto na 
cadeira escolar; 
• Não permanecer sentado quando espera tal 
conduta; 
• Correr, escalar ou mostrar conduta motora 
inadequada em situações inapropriadas; 
• Dificuldade em brincar ou realizar atividades de 
lazer em silencia ou por falar excessivamente; 
• Não é constante: 
• Podem ficar quietas em situações novas, 
fascinantes ou em situações assustadoras; 
ELOISA DE ALMEIDA,TXX 
• Controle quando estão a sós com alguém → 
intimidação. 
 
IMPORTANTE!!!! 
• Sempre levar em conta o nível de 
desenvolvimento da criança; 
• Conforme a idade avança, o controle da 
hiperatividade melhora. 
 
IMPULSIVIDADE 
• Desde prejuízo significativo na interação social da 
criança a ação que promovam um risco físico real; 
• Ação sem controle racional 
• Faz o que quer, o que lhe vem à cabeça, sem 
medir ou se preocupar com as 
consequências; 
• Se envolver em brincadeiras perigosas, se 
ferirem ou agredir outras crianças quando 
frustradas, para atingiram aquele desejo 
que lhes veio à mete. 
• Dificuldade em conter respostas frentes a uma 
situação e pensarem antes de agir 
• Dificilmente fariam se refletissem antes; 
• Verbalizando coisas de forma impulsiva, 
carregadas com carga emocional forte, 
comportamento rude e insensível. 
• Repercussão negativa no meio social e 
aprendizagem; 
• Sinais: 
• Interromper a aula; 
• Comentários sem pensar e sem autorização; 
• Responder a perguntas antes que sejam 
terminadas; 
• Iniciar tarefas ou testes sem ler as 
instruções por completo ou com cuidado; 
• Dificuldade em aguardar a sua vez. 
• Envolvimento em roubos → dificuldade em 
administrar o dinheiro. 
 
Maior dificuldade em concluir os estudos, maior 
índice de repetência, suspensões e expulsões de 
escolar, rendimento abaixo da média. 
 
O ADULTO 
• Dificuldade cognitiva mais evidente do que 
agitação; 
• Falta de planejamento, dificuldade em 
terminar projetos, tedio com atividades que 
demando concentração, desorganização, 
esquecer compromissos e datas, dificuldade em 
manter relacionamentos; 
• Adultos com TDAH cometem um maior número de 
infrações e se envolvem mais em acidentes de 
trânsito; 
• Dificuldade em permanecer no emprego, 
maior taxa de demissões e ocupam cargos de 
menor valia. 
 
EXAME FÍSICO 
• Sem achados específicos no exame físico. 
 
EXAME ESTADO MENTAL 
• Aparência: 
• Criança impulsiva, não fica sentada, 
correndo pelo consultório; 
• Adulto distraído e esquecido. 
• Afeto/humor: 
• Afeto normalmente adequado, podendo 
estar elevado (não eufórico); 
• Humor geralmente eutímico (“normal”, 
ausência de humor deprimido ou elevado). 
• Fala/pensamentos: 
• Fala na velocidade e quantidade normal → 
tom mais alto (impulsividade); 
• Pensamento na velocidade normal, 
arborizado → conteúdo normal. 
• Alucinações/delírios: ausentes; 
• Cognição: 
• Concentração e memória recente 
prejudicadas; 
• Dificuldade com atividades envolvendo 
cálculos. 
 
COMORBIDADES 
• 65% dos casos apresentam comorbidades; 
• Podem ser: 
• Transtorno de personalidade antissocial; 
• Transtorno de conduta / transtorno 
opositor-desafiador; 
• Dependência química; 
• Autismo; 
• TAB (transtorno afetivo bipolar); 
• Depressão. 
 
DIAGNÓSTICO 
• É totalmente CLÍNICO! 
• Os sintomas devem ocorrer em um número maior 
de vezes do que não ocorrer, por no mínimo 6 
meses; 
• Persistência dos sintomas em vários locais ao 
longo do tempo (2 ou + ambientes); 
• Interferem no funcionamento social, 
acadêmico ou profissional, ou reduzem sua 
qualidade; 
• Os sintomas estavam presentes antes dos 12 anos; 
ELOISA DE ALMEIDA,TXX 
• Avaliação essencialmente clínica, baseada em 
critérios claros e bem definidos (DSM, CID 10); 
• Técnicas e instrumentos auxiliam na avaliação e 
no diagnostico, como: entrevistas clinicas, uso de 
escalas, testes psicológicos e neuropsicológicos. 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Transtorno ansioso; 
• TAB (transtorno afetivo bipolar); 
• Depressão; 
• Hipertireoidismo; 
• TEPT (transtorno de stress pós-traumático); 
• Distúrbios do sono; 
• Levar em conta os sintomas que são frutos de 
outros quadros, reação a um fator psicossocial 
desencadeante, situação familiar caótica ou de 
um sistema de ensino adequando; 
 
TRATAMENTO 
• PRIMEIRA LINHA: ESTIMULANTES 
 
• Eficácia semelhante, difere na posologia; 
• Sintomas alvo: impulsividade, distratibilidade, 
baixa adesão a tarefas, hiperatividade e 
diminuição da atenção; 
• ↑ na liberação de NA e DA na fenda sináptica; 
• Afeta crescimento? NÃO! 
• “Férias de medicação” → caso os sintomas 
não atrapalhem na convivência familiar; 
• Gráfico de crescimento → 1 – 2 cm a menos 
que o esperado. 
• Ação prolongada melhora a adesão; 
• Pico tem mais efeitos colaterais, 
principalmente os noradrenérgico: taquicardia, 
dor de cabeça, agitação/ansiedade, 
irritabilidade, boca seca, perda de apetite e 
sono. 
• Apenas o uso UV de metilfenidrato se associa a um 
disparo rápido fásico de neurônios; 
• Raro abuso do medicamento em pacientes sob 
tratamento para TDAH; 
 
• SEGUNDA ESCOLHA: caso o primeiro estimulante 
não tenha obtido o resultado esperado, deve-se 
tentar o segundo estimulante 
 
• TERCEIRA ESCOLHA: ATOMOXETINA 
 
• QUARTA ESCOLHA: ANTIDEPRESSIVOSImipramina 
 
TOFRANIL 
2,5 – 5mg por kg 
de peso 
divididos em 2 
doses 
 
Nortriptilina 
 
PAMELOR 
1 – 2,5mg por kg 
de peso 
divididos em 2 
doses 
Bupropiona VELLBUTRIN 
SR 
150mg 2x ao dia 
 
• Antidepressivos triciclos: efeitos, no entanto 
apresentam muitos efeitos colaterais; 
• Modafinil: terceira ou quarta linha tratamento; 
• Ácido valpróico: comportamento agressivo; 
• Psicoterapia: performance acadêmica e social 
• Em conjunto com medicação; 
• Melhora organização e o planejamento. 
 
PROGNÓSTICO 
• Criança com TDAH tem maior risco de 
desenvolver um transtorno de conduta e abuso 
de substâncias; 
• Podem persistir até vida adulta, ou 
amenizar/remitir; 
• 15 – 20% adulto TDAH; 
• 65% sintomas residuais. 
 
 
Lis-
dexanfetamina 
 
VENVANSE 
30, 50 ou 
70mg pela 
manhã 
12hr 
Mectilfenidrato 
RITALINA 
5 – 20mg de 2 
a 3x ao dia 
3 – 5hr 
Mectilfenidrato 
CONCERTA 
18, 36 ou 
54mg pela 
manhã 
15hr 
Mectilfenidrato RITALINA 
LA 
20, 30 ou 
40mg pela 
manhã 
8hr

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