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Anestesia e Neurofisiologia

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Isabela Miquilini
Neurofisiologia
Métodos para induzir anestesia
1. Trauma mecânico
2. Baixa temperatura
3. Anóxia (Ausencia de O2)
4. Irritantes químicos
5. Agentes neurológicos
6. Agentes químicos
Propriedades mais desejáveis 
dos anestésicos locais
1. Não deve ser irritante
2. N ã o d e v e c a u s a r 
alterações permanentes
3. Toxicidade baixa
4. E f i c a z n o te c i d o e 
membranas
5. Tempo de inicio mais breve 
possível 
6. Longo suficiente para 
completar o procedimento
7. Potência suficiente sem 
aumentar a concentração
8. Relativamente isento de 
reações alérgicas
9. Estável em solução e boa 
biotransformação
10. Estéril ou capaz de ser 
esterilizado
 
Geração e transmissão de 
impulsos
Estrutura celular:
Membrana celular:
Nodos de ranvier:
Células de Schwann:
 de 1 6
Nenhum anestésico local 
satisfaz todos os critérios, mas 
a maioria sim.
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Eletrofisiologia
Etapa 1. Um estímulo excita o 
nervo, levando à sequência de
eventos:
A. Uma fa se i n i c i a l de 
despolarização lenta. O 
potenc ial e létr ico no 
interior do nervo torna-se 
d iscretamente menos 
negativo.
B. Q u a n d o o p o te n c i a l 
elétrico em declínio atinge 
um nível crítico, resulta em 
uma fase extremamente 
rápida de despolarização. 
I s s o é d e n o m i n a d o 
potencial de limiar ou 
potencial de descarga 
C. E s s a f a s e d e 
despolarização rápida 
resulta em uma inversão 
do potenc ial e létr ico 
através da membrana 
nervosa
Etapa 1C). O interior 
do nervo agora é 
eletricamente
positivo em relação 
ao exterior. Existe um 
potencial elétrico de 
+40 mV no interior 
da célula nervosa.
Resumo
Despolarização
1. Excitação do nervo
2. Alargamento dos canais 
de sódio até chegar ao 
limiar de descarga
3. Abertura total do canal de 
sodio
4. Inversão de polaridade e 
inativação do canal
Repolarização
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Após retorno do potencial de 
membrana ao estado original, 
há pequeno excesso de Na+ 
intracelular. (Por osmolaridade)
Estado de repouso da membrana
• Discretamente permeável 
aos íons Na+
• Livremente permeável aos 
íons K+ e Cl-
• Porém o potássio permanece 
dentro do axoplasma e o 
cloreto permanece fora -> 
polaridade
• O sódio permanece fora 
devido a seletividade da 
membrana
REPOLARIZAÇÃO
• Período refratário absoluto
"Imediatamente depois de um 
est ímulo ter inic iado um 
potencial de ação, um nervo é 
incapaz, por algum tempo, de 
responder a outro estímulo.”
• Periodo refratário relativo
"Um novo impulso pode ser 
iniciado, mas somente por um 
estímulo mais forte do que o 
normal”
Disseminação de impulsos 
Nervos não mielinizados 
(mais lenta)
- Processo anterógrado de 
arrastamento relativamente 
lento (1,2m/s)
Nervos mielinizados 
(mais rápida)
- Condução saltatória
- Mais rápida e eficiente
- Um mínimo de 8 a 10 mm 
de nervo deve ser coberto 
pela solução anestésica 
para assegurar um bloqueio 
total
- 2. Cerca de 2 a 3 nodos de 
Ranvier
Modo e local de ação dos 
anestésicos locais
- Alterando o potencial de 
repouso básico
- Alterando o potencial limiar 
- D iminu indo a taxa de 
despolarização
- Prolongando a taxa de 
repolarização
- Teorias descartadas:
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- T e o r i a d o 
deslocamento do calcio
- Teoria das cargas de 
superficie
- Teoria da acetilcolina 
- Teorias aceitas:
- E x p a n s ã o d a 
m e m b r a n a 
(anestésicos tópicos)
- Teoria do receptor 
específico.
Teoria da expansão da membrana
Teoria do receptor específico
Classificação das Substâncias 
Anestésicas Locais de Acordo 
com o Sítio Biológico e o 
Modo de Ação
Ação sobre as membranas do 
nervo
- Difusão através da bainha 
do nervo
- Ligação ao sitio receptor do 
canal
Classificação Definição Substância Química
Classe A
Agentes que 
atuam em um 
sítio receptor 
na superficie 
externa da 
membrana do 
nervo
Biotoxinas (p. 
CX., 
tetrodotoxina, 
saxitoxina)
Classe B
Agentes que 
atuam em um 
sítio receptor 
na superficie 
interna da 
membrana do 
nervo
Análogos da 
lidocaína com 
amônio 
quaternário
Veneno de 
escorpiões
Classe C
Agentes que 
atuam por um 
mecanismo 
fisico-químico 
independente
do receptor
Benzocaína
Classe D
Agentes que 
atuam por 
uma 
combinação 
de 
mecanismos 
do receptor e 
independentes 
do receptor
Anestésicos 
locais mais 
úteis 
clinicamente 
(p. ex.,
articaína, 
lidocaína, 
mepivacaína, 
prilocaína)
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1. Anestésico aplicado no 
meio extracelular
2. Base (RN) vai entrar no 
axoplasma (a quantidade 
d e b a s e q u e e n t ra 
depende do pH e do pKa
3. Interiormente, (RN) realiza 
novo equilíbrio
4. Cátion (RNH+) irá entrar no 
canal de sódio
Difusão tecidual
• O anestésico se desloca em 
todas as direções possíveis 
de acordo com o gradiente 
de concentração
• O perineuro e perilema são 
as maiores barreiras a 
difusão de anestésicos. O 
ep ineuro não const i tu i 
barreira a difusão
• Difusão para o interior do 
nervo. Em nenhuma situação 
clínica 100% das fibras do 
nervo estão bloqueadas
Propriedades 
Fator Ação afetada Descrição
pK2 Inicio de ação pK, mais baixa 
= Início de 
ação mais 
rápido, mais 
moléculas RN 
presentes para 
se difundirem
através da 
bainha do 
nervo; o 
tempo de 
inicio, 
portanto, 
diminui
Solubilidade 
nos lipídeos
Potencia 
anestésica
Maior 
lipossolubilida
de = Potência 
aumentada (p. 
ex., procaína = 
1; etidocaína = 
140)
A etidocaína 
produz um 
bloqueio da 
conduçao em 
concentrações 
muito baixas, 
enquanto a 
procaína 
pouco suprime 
a condução 
nervosa, 
mesmo em 
concentrações 
mais altas
Ligação 
proteica
Duração Aumento da 
ligação 
proteica 
possibilita que 
os cátions 
anestésicos 
(RNH*) se 
fixem de 
maneira mais 
firme às 
proteínas 
situadas nos 
sítios 
receptores; 
desse modo, a 
duração de 
ação aumenta
Fator
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Recuperação do bloqueio com 
anestésico local
- Reduz a concentração 
extraneural do anestésico é 
reduz ida pela d i fusão, 
dispersão e captação da 
droga
- M a nté m c o n s ta n te a 
concentração intraneural 
permanece relativamente 
estável
- Relação reversa: a relação 
int ra e extraneural é 
revertida e passa a se 
d i fund i r moléculas do 
anestésico para fora do 
nervo
Dificuldade em reobter anestesia 
profunda
• Paciente com dor
• R e - a d m n i s t r a ç ã o d o 
anestésico, porém, sem 
atingir a ação esperada
• Provavel que se desenvolva 
q u a n d o s e p e r m i te a 
remissão da função neural
• Taquifilaxia: aumento da 
resistência de uma droga 
que é administrada de 
forma repetida
Difusão em 
tecido não 
nervoso
Inicio de ação Aumento da 
difusao = 
Diminuição do 
tempo de 
início de ação
Atividade 
vasodilatadora
Potencia e 
duração do 
anestésico
Maior 
atividade 
vasodilatadora 
= Aumento do 
fluxo 
sanguíneo 
para a regiao = 
Remoçao 
rápida de 
moléculas de 
anestésico a 
partir do local 
de infiltraçao; 
desse modo, a 
potência e a 
duração do 
anestésico 
diminuem
Ação afetada DescriçãoFator
 de 6 6

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