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Leucemia - Consideraçoes gerais

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Resumo por: Danielle Ramalho
Adaptado a partir da 4ª Edição do livro: Patologia Oral e Maxilofacial, Neville
LEUCEMIA
Considerações gerais:
Conceito: Representa vários tipos de malignidade na derivação das células-tronco hematopoéticas.
Como a doença começa?
Com a transformação maligna de uma das células-tronco, que, inicialmente, prolifera na medula óssea e, eventualmente, extravasa para o sangue periférico do paciente afetado. As células leucêmicas se superpõem às células de defesa e às hemácias precursoras normais.
Classificação: de acordo com sua histogênese e comportamento clínico.
Assim, as categorias principais seriam aguda ou crônica (referindo-se ao curso clínico) e mieloide ou linfocítica/linfoblástica (referindo-se à origem histogenética).
As leucemias mieloides podem se diferenciar em vários caminhos distintos; logo, produzem células malignas que, geralmente, mostram características de granulócitos ou monócitos e, menos frequentemente, de eritrócitos ou megacariócitos.
As leucemias agudas, se não tratadas, seguem um curso agressivo e, frequentemente, resultam em morte do paciente dentro de poucos meses.
As leucemias crônicas tendem a seguir um curso mais indolente, apesar de o resultado final ser o mesmo.
Um dos maiores sucessos no tratamento do câncer tem sido alcançado na leucemia linfoblástica aguda infantil, uma condição que costumava ser fatal, mas que agora é possível ser controlada.
As leucemias são o resultado de uma combinação de fatores ambientais e genéticos. Certas síndromes estão associadas a um risco aumentado.
Essas doenças genéticas incluem as seguintes:
· Síndrome de Down;
· Síndrome de Bloom;
· Neurofibromatose tipo 1;
· Síndrome de Schwachman;
· Síndrome de ataxia-telangiectasia;
· Síndrome de Klinefelter;
· Anemia de Fanconi;
· Síndrome de Wiskott-Aldrich.
Certos tipos de leucemia mostram anomalias cromossômicas específicas.
	A 1ª anomalia a ser detectada foi encontrada em pacientes com leucemia mieloide crônica, e esta neoplasia foi caracterizada por uma alteração genética chamada de cromossomo Filadélfia. Essa anomalia representa uma translocação do material cromossômico entre os braços longos dos cromossomos 22 e 9. Este rearranjo do material genético ocorre pela fusão do gene BCR (breakpoint cluster region) com o oncogene Abelson (ABL), produzindo um gene inteiramente novo: BCR-ABL. Este gene é continuamente transcrito, e o produto proteico resultante, uma tirosina quinase, causa a proliferação descontrolada das células leucêmicas.
	A identificação de tais mecanismos patogenéticos têm aberto um campo inteiramente novo de quimioterapia que tem como alvo os mecanismos moleculares específicos da carcinogênese.
	Uma variedade de outras alterações genéticas nas células-tronco da medula óssea têm sido associada às síndromes mielodisplásicas, um grupo de doenças que parecem representar estágios iniciais na evolução da leucemia mieloide aguda. À medida que as alterações genéticas se acumulam nas células-tronco, as chances de o paciente desenvolver leucemia aumentam.
	Alguns agentes ambientais estão associados a um risco aumentado de leucemia, mas sua contribuição para o aparecimento da leucemia parece ser menor que 5%. Exposições a pesticidas, benzeno e produtos químicos semelhantes ao benzeno têm sido associadas a um risco aumentado de desenvolver leucemia.
	A radiação ionizante também tem sido implicada; isto foi documentado pelo aumento da frequência de leucemia mieloide crônica nos sobreviventes das explosões de bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial.
	Também tem sido mostrado que vírus produzem leucemia, apesar de este não ser um achado comum. O mais estudado é o retrovírus conhecido como vírus do linfoma/leucemia de células T humano tipo 1 (HTLV-1), o qual é transmitido pelo sangue contaminado de indivíduos infectados para não infectados. Esse vírus pode causar uma forma relativamente rara de malignidade de linfócitos T, a qual pode se apresentar como uma leucemia ou como um linfoma não Hodgkin. A maioria dos casos tem sido identificada em partes do Caribe, África Central e sudoeste do Japão.
	À medida que o conhecimento sobre esse grupo de doenças aumenta, o fato de as leucemias serem diversas e complexas não pode ser negligenciado. Por exemplo, oito subtipos diferentes de leucemia mieloide aguda foram agora identificados, e para cada subtipo há um enfoque de tratamento e prognóstico diferentes.

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